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FÍSICA CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS Antonio Sérgio Martins de Castro Compreender e analisar situações envolvendo o movimento de orbes celestes e de projéteis, além de investigar o fenômeno da fl utuação em suas diversas particularidades. MECÂNICA CELESTE / FLUIDOS Capítulo 1 Gravitação universal 2 Capítulo 2 Composição de movimentos / projéteis 26 Capítulo 3 Hidrostática I: densidade e pressão 46 Capítulo 4 Hidrostática II: empuxo / hidrodinâmica 67 Z h e n n e t/ S h u tt e rs to ck Et_EM_1_Cad4_Fis_c01_01a25.indd 1 8/31/18 6:13 PM ► Reconhecer os modelos planetários e identifi car os pontos discordantes do modelo reconhecido atualmente. ► Compreender as leis de Kepler e sua importância para o entendimento dos movimentos dos orbes celestes. ► Analisar, pela segunda lei de Kepler, o comportamento da velocidade dos planetas durante suas órbitas. ► Compreender e analisar as interações de forças existentes entre os corpos, segundo a lei da gravitação universal. ► Analisar e avaliar as situações envolvendo corpos em órbita nas proximidades da Terra. Principais conceitos que você vai aprender: ► Modelos planetários ► Leis de Kepler (1ª, 2ª e 3ª) ► Força gravitacional ► Órbita elíptica ► Velocidade orbital ► Velocidade de escape 2 OBJETIVOS DO CAPÍTULO Vadim S adovski/S h u tte rsto ck 1 GRAVITAÇÃO UNIVERSAL A conquista do espaço sempre fascinou o ser humano. Mas há quem ainda duvide de uma das conquistas mais surpreendentes, o alcance a lua. Não basta simplesmente “ven- cer” a gravidade e “rasgar” a atmosfera para dizer que o homem conquistou o espaço. A busca para ir além dos limites é interminável. Desde a idealização de organizar os sistemas planetários, Ptolomeu, Copérnico, Galileu e Kepler protagonizaram essa extensa caminhada. Pensavam que seria impossível levar algum veículo ao espaço, o que só seria viável anos à frente com o conhecimento das leis de Newton, em especial a da gravitação universal. Já foram lançadas sondas que cruzaram o Sistema Solar, enviando informações valio- sas sobre o nosso lar no espaço, e também já foram coletadas amostras do solo de Marte, porém essas conquistas ainda não são o sufi ciente. Colocar no espaço naves tripuladas, que possam levar humanos aos lugares mais distantes da Terra, faz parte do sonho de alguns visionários. • Dominamos a tecnologia para lançar foguetes gigantes ao espaço. Vencer a força gravita- cional já não é tão difícil, apesar de ter um custo extremamente alto. Mas o que falta para defi nitivamente nos tornamos exploradores do Universo? Quando, segundo especialistas, teremos veículos capazes de transportar tripulações dedicadas a essa exploração? Neste capítulo veremos como foram os primeiros momentos em que a observação do céu permitiu nos localizarmos e tornarmos parte da imensidão do Universo. Professor, nesse momento, aproveite para trabalhar com a habilidade 3 da matriz curricular do Enem, que consiste em: “Confron- tar interpretações científi cas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas”. Aborde as diferenças entre os primeiros modelos planetários, as difi culdades em divulgar tais infor- mações, as represálias sofridas por quem levava adiante suas ideias e os confl itos com o poder da época, a Igreja. Há vários obstáculos que impedem os exploradores do Universo de ir mais a fundo, um deles é o combustível, pois a demanda de armazenamento é maior conforme a distância da viagem. Esses veículos serão capazes de transportar tripulações maiores quando novas fontes de energia forem aptas para alimen- tar os veículos espaciais e à medida que forem produzidos propulsores mais potentes. M o d -X /S h u tt e rs to ck B ill io n P h o to s /S h u tt e rs to ck Professor, neste caderno você encontra mais de 240 atividades. Et_EM_1_Cad4_Fis_c01_01a25.indd 2 8/31/18 6:13 PM 3 FÍ S IC A Modelos planet‡rios Muitos astros errantes – aqueles que, com o decorrer dos dias, mudam de posição em relação às estrelas –, assim como o Sol e a Lua, já eram conhecidos na Antiguidade e era possível prever, por exemplo, os eclipses. Atualmente, o estudo da Astronomia é importante porque, pelo entendimento das leis físicas que regem o Universo, podemos compreender alguns fenômenos que fazem parte de nosso cotidiano, como as marés, o efeito estufa, as mudanças de fase da Lua, entre outros. Na Antiguidade, muito se discutia a respeito dos modelos astronômicos. Apesar de al- guns fi lósofos, como Aristarco de Samos (310-230 a.C.), defenderem o modelo heliocêntri- co, o que permaneceu por muito tempo foi o modelo geocêntrico. Vários fi lósofos propagaram esse modelo, como Apolônio de Perga (261-196 a.C.), mas o que mais infl uenciou o pensamento da época foi Cláudio Ptolomeu (90-168 d.C.), cujas ideias permaneceram por 15 séculos. Até o começo da Idade Média prevaleceu o modelo geocêntrico e, nesse período, im- portantes astrônomos o defendiam. Coube ao polonês Nicolau Copérnico (1473-1543) re- tomar a ideia do modelo heliocêntrico de Aristarco. Com suas observações e as de ou- tros cientistas, publicou a obra Das revoluções dos corpos celestes, no ano de sua morte. As observações compiladas por ele entravam em contradição com o modelo geocêntrico. O movimento dos astros não é necessariamente circular, como se acreditava no passa- do. Além disso, as estrelas não estão fi xas em uma faixa, como foi proposto por Copérnico. A Astronomia começou a se desenvolver com as contribuições deixadas por cientistas como Galileu Galilei (1564-1642) e Johannes Kepler (1571-1630). Galileu observou pela pri- meira vez os anéis de Saturno, as fases de Vênus e as luas de Júpiter com os telescópios que haviam surgido nessa época. Com base nessas observações, comprovou a teoria he- liocêntrica e deixou também outras contribuições. 1 P h o to s .c o m /T h in k s to ck /G e tt y I m a g e s P h o to s .c o m /T h in k s to ck /G e tt y I m a g e s Observação 1 Em 1632, Galileu publicou em Florença, na Itália, todas as provas que demonstravam o sistema proposto por Copérnico. Um ano depois, diante do Tribunal de Inquisição, foi obrigado a renunciar solenemente a sua teoria heliocêntrica, sob alegação de que ela contrariava as sagradas escrituras. Diz uma lenda que, ainda ajoelhado, ele murmurou em italiano Eppur, si muove!, expressão que pode ser traduzida como “E, no entanto, ela se move!”. No modelo heliocêntrico, o Sol (no grego hélios) é o centro do Universo, e os astros estão distribuídos em órbitas ao seu redor. No modelo geocêntrico de Ptolomeu, a Terra (no grego géo) é o centro do Universo, e os astros estão distribuídos em órbitas ao seu redor. Et_EM_1_Cad4_Fis_c01_01a25.indd 3 8/31/18 6:13 PM 4 CAPÍTULO 1 As leis de Kepler A partir da proposição do sistema heliocêntrico, de Copérnico, em que os planetas conhecidos até então – nesta ordem: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter e Saturno – giravam em torno do Sol em órbitas circulares, e de registros de observações precisas feitas pelo astrônomo dinamarquês Tycho Brahe (1546-1601), coube ao alemão Johannes Kepler (1571-1630), astrônomo e matemático, após muito estudo e trabalho matemático, estabelecer a forma correta das órbitas dos planetas em torno do Sol, culminando nos enunciados das três leis que descrevem o movimento planetário. 1 Primeira lei de Kepler Também conhecida como lei das órbitas, em que Kepler concluiu que a órbita dos pla- netas ao redor do Sol não era circular, mas, sim, elíptica. 1 Os elementos fundamentais de uma elipse são: • AB é o eixo maior; • CD é o eixo menor; • F 1 e F 2 são os focos; • F F 1 2 é a distância focal. A B C D F 1 F 2 Representação esquemática da órbita de um planeta em torno do Sol: Planeta Órbita do planeta Sol Focos BA Na fi gura: • A é operiélio, ponto de maior proximidade entre o planeta e o Sol. • B é o afélio, ponto da trajetória em que o planeta e o Sol estão mais afastados um do outro. 2 Observação 1 Com o tempo, outros planetas foram descobertos no sistema solar: Urano e Netuno, além de outros corpos menores, por exemplo, Plutão, classifi cado atualmente pela Astronomia como planeta-anão. 2 O movimento de um astro ao redor de uma estrela pode ser circular, uma vez que o movimento circular é um caso particular do elíptico, sendo que nesse os focos são coincidentes e localizados no centro da circunferência. Atenção 1 Os planetas giram ao redor do Sol descrevendo uma trajetória elíptica em que o Sol ocupa um dos focos. O sistema solar como Ž conhecido hoje. M a c ro v e c to r/ S h u tt e rs to c k Et_EM_1_Cad4_Fis_c01_01a25.indd 4 8/31/18 6:13 PM 5 FÍ SI CA Interação As estações do ano não são determinadas pelo periélio e pelo afélio – a Terra passa pelo pe- riélio durante o verão no hemisfério sul, porém é inverno no hemisfério norte, e pelo afélio durante o inverno no hemisfério sul, porém é verão no hemisfério norte. Como descreve a Geografi a, as estações do ano são determinadas pela inclinação do eixo de rotação da Terra em relação ao plano da órbita, o que defi ne maior ou menor inclinação dos raios solares incidentes na superfície do planeta, em cada latitude. Segunda lei de Kepler Também conhecida como lei das áreas, em que Kepler concluiu que a velocidade de translação de um planeta ao redor do Sol não é constante. 1 1 Na representação a seguir, matematicamente, para um dado planeta, temos: ∆s 1 ∆t 1 ∆s 2 ∆t 2 A 1 A 2 1 1 A t∆ = 2 2 A t∆ em que ∆t é o intervalo de tempo e A é a área. Essa razão constante é a velocidade areolar do planeta. Na fi gura, temos que: • ∆t 1 = intervalo de tempo que o planeta leva para percorrer o descolamento 1; • ∆s 1 é a distância percorrida pelo planeta ao varrer a área A 1 do setor elíptico; • ∆t 2 = intervalo de tempo que o planeta leva para percorrer o descolamento 2; • ∆s 2 é a distância percorrida pelo planeta a varrer a área A 2 do setor elíptico. Assim, se A 1 = A 2 , temos que ∆t 1 = ∆t 2 . Como o comprimento do arco ∆s 1 é maior que o comprimento do arco ∆s 2 e o intervalo de tempo gasto para percorrer esses arcos é o mesmo, então, a velocidade do planeta no periélio é maior que no afélio, ou seja, a velocidade do planeta aumenta à medida que ele se aproxima do Sol: v periélio . v afélio Para a translação da Terra, a máxima velocidade ocorre no periélio e é de aproximada- mente 30,3 km/s, e a mínima velocidade ocorre no afélio e é de aproximadamente 29,3 km/s. A velocidade média de translação é de 29,8 km/s. Durante a translação de um planeta, não há ganho nem perda de energia, portanto a energia mecânica do sistema (planeta e Sol) é constante. No periélio, a energia cinética é máxima, enquanto a energia potencial gravitacional é mínima. No afélio, a energia cinéti- ca é mínima, e a energia potencial gravitacional é máxima. Terceira lei de Kepler Também conhecida como lei dos períodos, essa lei se baseia nos períodos de transla- ção dos planetas e nas distâncias médias entre eles e o Sol. Kepler observou que os plane- tas mais afastados do Sol demoravam mais tempo para executar um movimento comple- to de translação. 2 Sendo T o período de translação (ou ano planetário), ou seja, o intervalo de tempo para completar uma volta em torno do Sol, e d a distância média do planeta ao Sol: 2 3 T d = K Atenção 1 O raio-vetor de cada planeta (segmento imaginário que liga o centro do Sol ao centro do planeta) varre áreas iguais em intervalos de tempo iguais, independentemente da posição do planeta em sua órbita. Observação 1 Apesar de o cálculo do trabalho da força peso ter sido feito em uma trajetória retilínea vertical, pode-se demonstrar que tal trabalho não depende da forma da trajetória. Por isso, a força peso é classifi cada como uma força conservativa, ou seja, a força cujo trabalho não depende da trajetória, mas apenas das posições inicial e fi nal no deslocamento do corpo. 2 O período de translação de cada planeta em torno do Sol, elevado ao quadrado, é diretamente proporcional à distância média do planeta ao Sol elevada ao cubo. Et_EM_1_Cad4_Fis_c01_01a25.indd 5 8/31/18 6:13 PM 6 CAPÍTULO 1 A constante K depende apenas da massa do astro em torno do qual os corpos orbi- tam, portanto no sistema solar, exclusivamente da massa do Sol. A distância média d do planeta ao Sol é a média aritmética entre a maior e a menor distância entre o planeta e o Sol. Na elipse, d corresponde ao semieixo maior, r. d = r Para dois planetas que orbitam a mesma estrela: K K 1 2 1 3 2 2 2 3 T r T r = ⋅ = ⋅ s 1 2 2 2 T T = 1 3 2 3 r r As leis de Kepler são válidas tanto para os movimentos dos planetas em torno do Sol quanto para qualquer corpo que gravite em torno de outro cuja massa seja bem maior. Podem ser aplicadas, por exemplo, aos satélites naturais dos planetas e também para os satélites artifi ciais da Terra. Desenvolva H3 Confrontar interpretações científi cas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas. Minha guerra contra Marte Não se trata de uma guerra com espadas ou armas de fogo, mas sim uma guerra travada entre Kepler e a órbita de Marte. Com base no sistema heliocêntrico de Nicolau Copérnico, Kepler coletava informações a respeito do planeta vermelho. Buscava descrever as posições do planeta em sua órbita, visto de uma plataforma móvel e girante, a Terra. Após anos de trabalho, seus cálculos e demonstrações somavam mais de 900 páginas e, com eles, Kepler demonstrou detalhadamente que a órbita de Marte não era uma circunferência perfeita, mas sim uma elipse. Além disso, mostrou que as velocidades ao longo da órbita mudavam em função da proximidade do Sol. Imagem ilustrativa de Johanes Kepler e o planeta Marte. Esses cálculos, porém, não seriam fi nalizados se não fossem as observações precisas de Tycho Brahe. Foram mais de 38 anos de observação que poderiam ter caído no esquecimento se não fosse Johannes Kepler. Os dados de Tycho eram mantidos em segredo e ele não os revelou nem mesmo a Kepler, com quem se correspondia. No leito de morte, Tycho pediu à família que não deixasse que sua vida tivesse sido em vão. Mesmo assim, a família continuou a manter os dados em segredo até que, em nome da ciência, Kepler se apoderou deles. Com tais dados e cálculo aprimorado, Kepler venceria sua guerra contra Marte, tendo como resultado suas três leis. Parece simples dizer que as órbitas dos planetas ao redor do Sol são elípticas. Mas o trabalho de Kepler foi matematica- mente primoroso. Pesquise detalhes dos processos que levaram Kepler à comprovação da órbita elíptica, e faça um esboço de algumas das marcações necessárias para se construir a trajetória de Marte. Professor, confi ra no manual as respostas às questões e mais informações sobre o tema de estudo. A rt e m K ry ly e v /S h u tt e rs to ck U G C h a n n e l/ S h u tt e rs to ck Et_EM_1_Cad4_Fis_c01_01a25.indd 6 8/31/18 6:13 PM 7 FÍ S IC A Atividades 1. (UFRJ) Nicolau Copérnico (1473-1543), Tycho Brahe (1546-1601) e Johannes Kepler (1571-1630) foram gran- des estudiosos das órbitas dos planetas. Foi Johannes Kepler, porém, que, após exaustivo trabalho, conseguiu descrever corretamente, pela primeira vez, as órbitas dos planetas do sistema solar, por meio de três leis, denomi- nadas leis de Kepler. O enunciado de uma dessas leis é: a) As órbitas são elípticas com o Sol ocupando um dos focos. b) As órbitas são elípticas com a Terra ocupando um dos focos. c) As órbitas são circulares com a Terra ocupando um dos focos. d) As órbitas são circulares com o Sol ocupandoum dos focos. e) As órbitas são elípticas com o Sol ocupando um dos focos e a Terra o outro. De acordo com a primeira lei de Kepler, as órbitas são elípti- cas, e o Sol ocupa um dos focos. Alternativa a 2. (FGV-SP) Johannes Kepler (1571-1630) foi um cientista dedicado ao estudo do sistema solar. Uma das suas leis enuncia que as órbitas dos planetas, em torno do Sol, são elípticas, com o Sol situado em um dos focos dessas elip- ses. Uma das consequências dessa lei resulta na variação: a) do módulo da aceleração da gravidade na superfície dos planetas. b) da quantidade de matéria gasosa presente na atmos- fera dos planetas. c) da duração do dia e da noite em cada planeta. d) da duração do ano de cada planeta. e) da velocidade orbital de cada planeta em torno do Sol. De acordo com os postulados de Kepler, a velocidade dos pla- netas é maior quando se encontram mais próximo do Sol e menor quando estão mais afastados dele. Alternativa e 3. +Enem [H20] A partir de observações feitas pelo astrô- nomo dinamarquês Tycho Brahe (1546-1601), Johannes Kepler (1571-1630), astrônomo e matemático alemão, enunciou três leis que descrevem o movimento dos pla- netas em torno do Sol. As duas primeiras leis, chamadas, respectivamente, lei das órbitas e lei das áreas, foram enunciadas em 1609, no livro: Nova astronomia. A terceira lei, chamada de lei dos períodos, foi enunciada em 1619, em sua obra Harmonias do mundo. Essas leis não são válidas apenas para o movimento dos planetas em torno do Sol, mas também para o de satélites artifi ciais, tais quais os satélites de telecomunicações que or- bitam em torno da Terra. Como consequência dessas leis: a) o Sol ocupa o centro da trajetória elíptica descrita pelo planeta. b) o movimento de um planeta em torno do Sol é uniforme. c) dois satélites artifi ciais da Terra, em trajetórias circula- res de mesmo raio, terão diferentes períodos de trans- lação dependendo de suas massas. d) a velocidade de translação de um planeta aumenta à medida que este se aproxima do Sol e diminui à medi- da que se afasta. e) os planetas mais próximos do Sol completam sua translação num tempo maior que os mais distantes. a) (F) Pela primeira lei de Kepler, as órbitas descritas pelos planetas são elípticas, com o Sol ocupando um dos focos. b) (F) Pela segunda lei de Kepler, a velocidade de translação de um planeta ao redor do Sol não é constante, sendo assim, não é um movimento uniforme. c) (F) O período de translação não depende da massa dos sa- télites, e sim da massa da Terra. d) (V) Aplicação da segunda lei de Kepler sendo: v periélio > v afélio e) (F) Pela terceira lei de Kepler, o quadrado do período de revolução de cada planeta ao redor do Sol é diretamente pro- porcional ao cubo do raio médio de órbita do planeta. Dessa maneira, quando mais próximos, completam sua translação em um tempo menor. Alternativa d 4. (Unicamp-SP) A primeira lei de Kepler demonstrou que os planetas se movem em órbitas elípticas e não circulares. A segunda lei mostrou que os planetas não se movem a uma velocidade constante. PERRY, Marvin. Civilização Ocidental: uma história concisa. São Paulo: Martins Fontes, 1999. p. 289. (Adaptado) É correto afi rmar que as leis de Kepler: a) confi rmaram as teorias defi nidas por Copérnico e são exemplos do modelo científi co que passou a vigorar a partir da Alta Idade Média. b) confi rmaram as teorias defendidas por Ptolomeu e permitiram a produção das cartas náuticas usadas no período do descobrimento da América. c) são a base do modelo planetário geocêntrico e se tor- naram as premissas científi cas que vigoram até hoje. d) forneceram subsídios para demonstrar o modelo pla- netário heliocêntrico e criticar as posições defendidas pela Igreja naquela época. As leis de Kepler reforçaram a ideia do modelo heliocêntrico que ajusta o formato da órbita sendo elíptica, não mais circular como apresentava o modelo de Nicolau Copérnico, confron- tando, assim, as ideias de Ptolomeu, defendidas pela Igreja. Alternativa d Et_EM_1_Cad4_Fis_c01_01a25.indd 7 8/31/18 6:13 PM 8 CAPÍTULO 1 5. (Enem) A característica que permite identificar um pla- neta no céu é o seu movimento relativo às estrelas fixas. Se observarmos a posição de um planeta por vários dias, verificaremos que sua posição em relação às estrelas fixas se modifica regularmente. A figura destaca o movimento de Marte observado em intervalos de 10 dias, registrado da Terra. 155° 150° 145° 140° 135° 130° Marte +20 +10 Adaptado de Projecto Física. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1980. (Foto: Reprodução/Enem) Qual a causa da forma da trajetória do planeta Marte re- gistrada na figura? a) A maior velocidade orbital da Terra faz com que, em certas épocas, ela ultrapasse Marte. b) A presença de outras estrelas faz com que sua trajetó- ria seja desviada por meio da atração gravitacional. c) A órbita de Marte, em torno do Sol, tem uma forma elíptica mais acentuada que a dos demais planetas. d) A atração gravitacional entre a Terra e Marte faz com que esse planeta apresente uma órbita irregular em torno do Sol. e) A proximidade de Marte com Júpiter, em algumas épocas do ano, faz com que a atração gravitacional de Júpiter interfira em seu movimento. a) (V) Por estar mais próxima do Sol, a Terra tem velocidade orbital maior que Marte. Assim, para um observador na Ter- ra, em determinado dia Marte se apresenta numa posição do céu, mas, ao ser ultrapassado pela Terra, para esse observa- dor, Marte �ca para trás, provocando um movimento oscilató- rio aparente na trajetória desse planeta. b) (F) Qualquer outra estrela, por maior que seja, está su�- cientemente longe do sistema solar para interferir signi�cati- vamente no movimento de seus planetas. c) (F) Embora a excentricidade da órbita de Marte seja maior que a da Terra, é menor que a de Mercúrio e não interfere na observação de seu movimento errante para um observador na Terra. d) (F) A atração gravitacional entre os planetas e o Sol de�- nem, entre outros fatores, os formatos de suas órbitas, e a observação do movimento de Marte, para um observador na Terra, independe dessas atrações. e) (F) Os formatos das órbitas e o movimento dos planetas, para um observador na terra, independe dessas atrações. Alternativa a 6. Marte é um dos planetas de nosso Sistema Solar mais explorados pela agência espacial americana, a Nasa. Já foram realizadas várias missões até o planeta vermelho e um dos objetivos da Nasa é levar uma missão tripulada até ele. A distância média do planeta Marte até o Sol é 1,5r, sendo r a distância média da Terra ao Sol. Encontre, de maneira aproximada, o número de anos terrestres que corresponde ao período de translação do planeta Marte. Da terceira lei de Kepler, temos: T T T 2 M 2 = ⋅ ⋅ R R K K T 3 M 3 s 1 M 2 T = ( ) R R1,5 T 3 T 3 s s T M = 3,375 s T M H 1,8 ano 7. (PUC-RJ) Dois pequenos satélites de mesma massa descre- vem órbitas circulares em torno de um planeta, tal que o raio da órbita de um é quatro vezes menor que o do outro. O satélite mais distante tem um período de 28 dias. Qual é o período, em dias, do satélite mais próximo? a) 3,5 b) 7,0 c) 14 d) 56 e) 112 Pela terceira lei de Kepler, temos: T R 1 2 1 3 = T R 2 2 2 3 s T R 1 2 1 3 = (28) (4 ) 2 1 3 R s T 1 = (28) (4 ) 2 1 3 1 3 R R ⋅ = R R ⋅ ⋅ 784 64 1 3 1 3 s s T 1 = 12,25 = 3,5 dias Alternativa a 8. (Unicamp-SP) Em setembro de 2010, Júpiter atingiu a menor distância da Terra em muitos anos. As figuras a seguir ilustram a situação de maior afastamento e a de maior aproximação dos planetas, considerando que suas órbitas são circulares, que o raio da órbita terrestre (R T ) mede 1,5 ⋅ 1011 m e que o raio da órbita de Júpiter (R J ) equivale a 7,5 ⋅ 1011 m. Maior afastamento Sol Terra SolJúpiter R J R T Maior aproximação TerraJúpiterDe acordo com a terceira lei de Kepler, o período de re- volução e o raio da órbita desses planetas em torno do Sol obedecem à relação T T J T 2 = R R J T 3 , em que T J e T T são os períodos de Júpiter e da Terra, respectivamente. Considerando as órbitas circulares representadas na figu- ra, o valor de T J em anos terrestres é mais próximo de: a) 0,1 b) 5 c) 12 d) 125 Usando a terceira lei de Kepler e considerando o período de revolução da Terra como sendo 1 ano, temos que: T 1 J 2 = 7,5 10 1,5 10 11 11 3 ⋅ ⋅ s T J H 11,2 anos H 12 anos Alternativa c Et_EM_1_Cad4_Fis_c01_01a25.indd 8 8/31/18 6:13 PM 9 FÍ SI CA Complementares Tarefa proposta 1 a 16 11. (ITA-SP) Estima-se que, em alguns bilhões de anos, o raio médio da órbita da Lua estará 50% maior do que é atualmente. Naquela época, seu período, que hoje é de 27,3 dias, seria: a) 14,1 dias b) 18,2 dias c) 27,3 dias d) 41,0 dias e) 50,2 dias 12. (Enem) Na linha de uma tradição antiga, o astrônomo grego Ptolomeu (85-165 d.C.) afi rmou a tese do geo- centrismo, segundo a qual a Terra seria o centro do Universo, sendo que o Sol, a Lua e os planetas girariam em seu redor em órbitas circulares. A teoria de Ptolomeu resolvia de modo razoável os problemas astronômicos da sua época. Vários séculos mais tarde, o clérigo e astrônomo polonês Nicolau Copérnico (1473-1543), ao encontrar inexatidões na teoria de Ptolomeu, formulou a teoria do heliocentrismo, segundo a qual o Sol deveria ser considerado o centro do Universo, com a Terra, a Lua e os planetas girando circularmente em torno dele. Por fi m, o astrônomo e matemático alemão Johannes Kepler (1571-1630), depois de estudar o planeta Marte por cerca de 30 anos, verifi cou que sua órbita é elíptica. Esse resultado generalizou-se para os demais planetas. A respeito dos estudiosos citados no texto, é correto afi rmar que: a) Ptolomeu apresentou as ideias mais valiosas, por se- rem mais antigas e tradicionais. b) Copérnico desenvolveu a teoria do heliocentrismo ins- pirado no contexto político do Rei Sol. c) Copérnico viveu em uma época em que a pesquisa científi ca era livre e amplamente incentivada pelas autoridades. d) Kepler estudou o planeta Marte para atender às necessidades de expansão econômica e científica da Alemanha. e) Kepler apresentou uma teoria científica que, gra- ças aos métodos aplicados, pôde ser testada e generalizada. 9. (UFRGS-RS) A elipse, na figura abaixo, representa a órbi- ta de um planeta em torno de uma estrela S. Os pontos ao longo da elipse representam posições sucessivas do planeta, separadas por intervalos de tempo iguais. As regiões alternadamente coloridas representam as áreas varridas pelo ralo da trajetória nesses intervalos de tempo. Na figura, em que as dimensões dos astros e o tamanho da órbita não estão em escala, o segmen- to de reta SH representa o raio focal do ponto H, de comprimento P. Considerando que a única força atuante no sistema estre- la-planeta seja a força gravitacional, são feitas as seguin- tes afi rmações. I. As áreas S 1 e S 2 , varridas pelo raio da trajetória, são iguais. II. O período da órbita é proporcional a P3. III. As velocidades tangenciais do planeta nos pontos A e H, V A e V H , são tais que V A . V H . Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas I e II. c) Apenas I e III. d) Apenas II e III. e) I, II e III. 10. (Uespi) Um planeta orbita em um movimento circular uni- forme de período T e raio R, com centro em uma estrela. Se o período do movimento do planeta aumentar para 8T, por qual fator o raio da sua órbita será multiplicado? a) 1 4 b) 1 2 c) 2 d) 4 e) 8 A gravita•‹o segundo Newton Nas leis de Kepler, vimos que os planetas se movimentam em órbitas elípticas ao redor das estrelas. De que maneira um planeta pode se movimentar ao redor de uma estrela se não há nenhum meio físico “prendendo” esses astros? Essa pergunta foi feita por Isaac Newton (1642-1727), que supôs a existência de uma força entre esses astros, de modo que o planeta permanecesse em órbita ao redor da estrela. Ele imaginava que essa força deveria ser de mesma origem da que faz um objeto cair verticalmente, ou seja, uma maçã cai da macieira por causa da atração entre a maçã e a Terra – a força de atração gravitacional. Com base nas observações da força que atua entre os corpos e nas consequências de suas três leis fundamentais, Newton chegou à lei da gravitação universal. R e p ro d u ç ã o / U F R G S -R S , 2 0 1 5 . Et_EM_1_Cad4_Fis_c01_01a25.indd 9 8/31/18 6:13 PM 10 CAPÍTULO 1 A lei da gravitação universal A lei da gravitação universal não descreve apenas a interação entre dois astros no sis- tema solar, ou no Universo, como é válida para a interação entre dois corpos quaisquer. 1 Sejam dois corpos de massas M e m, com seus centros separados por uma distância r: r M m F Ð F Matematicamente: F = G ⋅ 2 M m r M m⋅M m em que G é a constante de gravitação universal. Como o próprio termo diz, trata-se de uma constante universal, ou seja, seu valor não depende dos corpos que interagem, nem da distância entre eles e nem do meio em que estão inseridos. Foi o cientista inglês Henry Cavendish (1731-1810), com um dispositivo chamado balança de torção, que obteve pela primeira vez o valor dessa constante: G = 6,67 ⋅ 10–11 ⋅N m kg 2 2 Para a aplicação da lei da gravitação universal, valem as seguintes propriedades: • a força gravitacional trocada entre dois astros é um par de forças de ação e reação. Assim, se a Terra atrai o Sol, o Sol atrai a Terra; • a determinação da força gravitacional pode ser calculada para dois corpos quaisquer. Não é necessário que sejam dois astros; • a força gravitacional é sempre de atração, e nunca de repulsão; • a constante gravitacional apresenta sempre o mesmo valor, independentemente do meio em que estão os corpos; • quando calculamos a força peso de um corpo em certo astro, estamos, na realidade, calculando a força de atração gravitacional entre o corpo e o astro. Campo gravitacional A força gravitacional pode atuar a distância, sem que haja um meio material unindo os corpos. Por exemplo, há atração entre a Terra e a Lua, mesmo existindo, na maior parte da distância, vácuo entre elas. Dizemos, então, que a força gravitacional é uma força de campo que existe por causa da região de interação gravitacional que um astro cria ao seu redor. Os corpos existentes nas proximidades do nosso planeta estão dentro da região de campo gravitacional criado pela Terra. Consequentemente, esses corpos são atraídos em direção ao centro da Terra. 2 Na fi gura, M é a massa do astro e r g representa o seu campo gravitacional. g M Atenção 1 Matéria atrai matéria com uma força de intensidade diretamente proporcional ao produto de suas massas e inversamente proporcional ao quadrado da distância entre seus centros. 2 O campo gravitacional, criado por um astro, consiste na região de interação gravitacional que esse astro gera ao seu redor. T im o th y H o d g k in s o n /S h u tt e rs to ck Et_EM_1_Cad4_Fis_c01_01a25.indd 10 8/31/18 6:13 PM 11 FÍ SI CA Colocando-se um corpo de massa m na região de campo gravitacional criado pelo cor- po M, este fi ca sujeito à força de atração gravitacional F r ( ). Desconsiderando-se o efeito causado pelo possível movimento de rotação desse astro e ações gravitacionais de outros corpos, essa força é a força peso P r ( ) do corpo. Seja um corpo de massa m, a uma distância r do centro de um astro de massa M, e F r a força de atração gravitacional entre eles: r M m F Ð F F = P s G ⋅ 2 M m r ⋅ = m ⋅ g s g = G ⋅ 2 M r Essa expressão determina a intensidade do campo gravitacional gerado pelo astro de massa M à distância r de seu centro. Assim,para pontos na superfície do astro: r = R (R = raio do astro, considerado praticamente esférico), g = G ⋅ 2 M r é a intensidade desse campo na superfície. Corpos em —rbita circular Newton se perguntou o motivo de dois astros, como a Terra e a Lua, se atraírem e a Lua não “cair” na Terra. O movimento que a Lua descreve ao redor da Terra é a combinação de duas grandezas físicas: força e velocidade, que determinam a órbita (praticamente circu- lar) da Lua e sua posição com relação à Terra. Hoje podemos estender essa preocupação aos satélites artifi ciais que orbitam a Terra. Considere o exemplo de um satélite em órbita circular, de raio r, em torno da Terra: r F – F v M m em que: • M é a massa da Terra; • m é a massa do satélite; • v é o módulo da velocidade do satélite, aqui chamada: velocidade orbital. Como a órbita é circular e v é constante, o satélite descreve um movimento circular uniforme em torno do centro da Terra e a força de atração gravitacional F r é a resultante centrípeta sobre o satélite, assim: F = F RC s G ⋅ 2 M m r ⋅ = m ⋅ a c s G ⋅ 2 M r = 2v r s v2 = G ⋅ M r Logo: v = M r ⋅G 1 E, ainda, da equação da velocidade orbital, conclui-se que a velocidade: • não depende da massa m do satélite; • depende da massa da Terra M e do raio da órbita r. • esse resultado é válido para corpos em órbita circular em torno de qualquer outro astro. Interação Os chamados satŽlites geoestacion‡rios estão sempre na mesma vertical em relação a um pon- to na superfície terrestre, por isso têm uma órbita circular em torno da Terra, com o mesmo período de rotação (24 h). Em consequência de seu período ser idêntico ao da Terra, os satélites geoestacionários pare- cem parados em determinado local no céu para quem os observa da Terra. Todos os satélites de comunicação são geoestacionários. Observação 1 Como consequência da segunda lei de Kepler, sabe-se que, caso o satélite se aproximasse da Terra, sua velocidade aumentaria, caso se afastasse, diminuiria. Sendo sua trajetória circular, o satélite não se aproxima nem se afasta da Terra, assim, sua velocidade em módulo é constante. Et_EM_1_Cad4_Fis_c01_01a25.indd 11 8/31/18 6:14 PM 12 CAPÍTULO 1 Velocidade de escape Um corpo pode ser lançado da superfície da Terra para nunca mais voltar. Para que isso aconteça, ele deverá ter determinada velocidade que lhe permita esca- par da gravidade terrestre. Essa velocidade pode ser calculada da seguinte forma. O campo gravitacional é conservativo e a energia mecânica de um corpo nesse cam- po é dada por: E M = E C + E P em que: • E C = ⋅ 2 2m v • E P = –G ⋅ ⋅M m d • G = constante da gravitação universal • M = massa da Terra • m = massa do corpo • v = velocidade do corpo • d = distância do corpo ao centro da Terra A velocidade mínima de lançamento de um corpo, a partir da superfície da Terra (d = R = raio da Terra), para que ele não volte mais, ocorre quando a energia mecânica é nula, pois o corpo deve atingir uma distância infinitamente grande da Terra (E P = 0), com velocidade nula (E C = 0). Então: E M = E C + E P = 0 s 2 2m v⋅ + –G M m R ⋅ ⋅ = 0 s 2 2m v⋅ = G ⋅ ⋅M m R s v = ⋅ ⋅2 G⋅ ⋅2 G⋅ ⋅M R Em valores numéricos, com M = 5,976 ⋅ 1024 kg; R = 6 378 km = 6,378 ⋅ 106 m; G = 6,67 ⋅ 10–11 N ⋅ m2/kg2, temos: v = ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ 2 6,67 10 5,976 10 6,378 10 –11 24 6 H 11 180 m/s A velocidade de escape de um corpo é de, aproximadamente, 11 200 m/s, ou seja, de 11,2 km/s. Logo, um corpo lançado com velocidade igual ou superior à velocidade de esca- pe nunca mais retorna à superfície da Terra. Decifrando o enunciado Lendo o enunciado Observe que o satélite atinge uma órbita estável. Ele realizará movimento circular e uniforme. Antes de realizar os cálculos, verifi que se todas as unidades de medida estão compatíveis com o SI. Importante verifi car que, para encontrar a quantidade de movimento pedida, será necessário descobrir a velocidade de órbita do satélite. (IFBA) Considere que um satélite de massa m = 5,0 kg seja colocado em órbita circular ao redor da Terra, a uma altitude h = 650 km. Sendo o raio da Terra igual a 6 350 km, sua massa igual a 5,98 ⋅ 1024 kg e a constante de gravitação universal G = 6,67 ⋅ 10–11 N ⋅ m2/kg2, o módulo da quantidade de movimento do satélite, em kg ⋅ m/s, é, aproximadamente, igual a: a) 7,6 ⋅ 103 b) 3,8 ⋅ 104 c) 8,0 ⋅ 104 d) 2,8 ⋅ 1011 e) 5,6 ⋅ 1011 Resolução Resposta: B A força gravitacional faz o papel da força centrípeta e, portanto, temos: m ⋅ v R 2 = G ⋅ ⋅M m R 2 s v = ⋅ M R G A quantidade de movimento pode ser encontrada por: Q = m ⋅ v s Q = m ⋅ ⋅ M R G s Q = 5 ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ + 6,67 10 5,98 10 (650 000 6 350 000) –11 24 s s Q = 37 742,8 H 3,8 ⋅ 104 kg ⋅ m s Et_EM_1_Cad4_Fis_c01_01a25.indd 12 8/31/18 6:14 PM 13 FÍ SI CA E se fosse possível? Tema integrador Trabalho, ciência e tecnologia Um dos grandes problemas enfrentados pelas agências espaciais do planeta está nos altos custos dos foguetes. Os custos atuais para se manter a Estação Espacial Internacional são extratosféricos. Ela é praticamente o primeiro passo para o ser humano alçar voos mais distantes. E se fosse possível haver missões tripuladas periódicas para explorar planetas vizinhos? Se depender de Elon Musk, um empresário visionário e dono de uma das maiores empresas aeroespacial, a humanidade estará em Marte em 2030. Também proprietário de uma empresa pioneira na produção de carros elétricos e autônomos, Musk diz que, nos próximos 50 a 100 anos, um milhão de pessoas já terão passado por Marte. Apostando na construção de foguetes e naves reutilizáveis, o Sistema de Transporte Planetário, como é chamado por Musk, utiliza- rá motores, capazes de colocar em órbita uma nave de 550 toneladas, levando até 100 pessoas. Mas não é só isso. Os cidadãos comuns não estão preparados para lidar com as situações de estresse, enfrentadas desde o início do lançamento até atingir uma determinada órbita. Biologicamente, quais seriam as mudanças/adaptações que o corpo humano sofreria numa viagem a Marte? Quais as consequências para o corpo humano de uma viagem por tempo prolongado no espaço? Faça uma pesquisa rápida e com- partilhe com os colegas de grupo. Contextualize Marés Marés e Correntes Oceânicas Maré baixa Maré baixa Lua Atração gravitacional da lua Maré alta Maré alta SolTerra Nosso planeta tem cerca de 70% de sua superfície coberta por água. Além disso, 97% dessa água está nos oceanos e mares. Em constantes movimentos, as águas oceânicas sofrem interferência relativa à proximidade do nosso satélite natural, a Lua, e também do nosso astro maior, o Sol. Devido à ação das forças de atração gravitacionais entre eles, o movimento dos oceanos apresenta situações bem defi - nidas em determinados períodos do dia. Estamos falando das marés, onde fi ca evidente essa movimentação. De acordo com a posição, principalmente da Lua, mas também do Sol, o comportamento das marés sofre alterações. Por exemplo, quando a Terra, a Lua e o Sol estão alinhados, os efeitos das atrações gravitacionais se somam, ampliando os efeitos sobre as massas oceânicas. Pela proximidade, a interferência da Lua sobre as marés é mais signifi cativa, produzindo duas marés altas e duas marés baixas. As marés altas ocorrem quando o oceano está voltado para a Lua (conjunção) ou quando está do lado oposto (oposição). Já as marés baixas ocorrem nos intervalos entre as duas altas. Um outro fator infl uencia diretamente na intensidade das marés, seja ela alta ou baixa, a topografi a do fundo do oceano. Em algumas regiões mais abertas, onde o espalhamento da água é maior, a intensidade das marés se apresenta reduzida, subindo alguns centímetros. Já nas regiões mais estreitas, as marés podem subir vários metros. Esse movimento coordenado pelo nosso satélite natural passou aser alvo de pesquisas e estudos, para se obter energia dessas variações. 1. Faça um levantamento dos tipos de usinas que conseguem produzir energia a partir do movimento das marés. 2. Elabore um mapa, identifi cando locais no Brasil e no mundo, onde essas usinas existem ou estão em fase de projeto. Professor, con� ra no manual as respostas às questões e mais informações sobre o tema de estudo. Professor, con� ra no manual as respostas às questões e mais informações sobre o tema de estudo. B lu e R in g M e d ia /S h u tt e rs to ck Et_EM_1_Cad4_Fis_c01_01a25.indd 13 8/31/18 6:14 PM 14 CAPÍTULO 1 13. Dois corpos celestes se atraem com uma força gravitacional de intensidade F. Se a distância entre ambos for dobrada, calcule a nova intensidade da força de atração trocada entre eles. Utilizando a expressão da força gravitacional, temos: F = M m r ⋅ ⋅G 2 s F = M m r ⋅ ⋅ ⋅ G (2 )2 = M m r ⋅ ⋅ ⋅ G 4 2 = F 4 14. (UEA-AM) Periélio e afélio são os pontos de maior aproxi- mação e de maior afastamento, respectivamente, de um planeta em relação ao Sol, em seu movimento de trans- lação ao redor deste. A fi gura mostra um mesmo planeta no periélio e no afélio, distante d 1 e d 2 do centro do Sol. d 1 d 2 Planeta no afélio Planeta no periélio Sol F 1 F 2 Sendo F1 r e F2 r as forças de atração gravitacional entre o Sol e o planeta no periélio e no afélio, respectivamente, pode-se afi rmar que a relação F F 1 2 é igual a: a) d d 1 2 b) d d 2 1 c) d 1 ⋅ d 2 d) d d 1 2 2 e) d d 2 1 2 Sendo F = G ⋅ M M d ⋅S T 2 , temos: F 1 = G ⋅ M M d( ) ⋅S T 1 2 e F 2 = G ⋅ M M d( ) ⋅S T 2 2 Logo: F F 1 2 = d d 2 1 2 Alternativa e 15. (Unicamp-SP) Em setembro de 2010, Júpiter atingiu a menor distância da Terra em muitos anos. As fi guras a seguir ilustram a situação de maior afastamento e a de maior aproximação dos planetas, considerando que suas órbitas são circulares, que o raio da órbita terrestre (R T ) mede 1,5 ⋅ 1011 m e que o raio da órbita de Júpiter (R J ) equivale a 7,5 ⋅ 1011 m. Maior afastamento Sol Terra SolJúpiter R J R T Maior aproximação TerraJúpiter A força gravitacional entre dois corpos de massas m 1 e m 2 tem módulo F = G ⋅ m m r 1 2 2 ⋅ , em que r é a distância entre eles e G = 6,67 ⋅ 10–11 N m kg 2 2 ⋅ . Sabendo que a massa de Júpiter é M J = 2,0 ⋅ 1027 kg e que a massa da Terra é M T = 6,0 ⋅ 1024 kg, o módulo da força gravitacional entre Júpiter e a Terra no momento de maior proxi- midade é: a) 1,4 ⋅ 1018 N b) 2,2 ⋅ 1018 N c) 3,5 ⋅ 1019 N d) 1,3 ⋅ 1030 N No momento de maior aproximação, a distância entre eles será: d = R J – R T = 7,5 ⋅ 1011 – 1,5 ⋅ 1011 s d = 6 ⋅ 1011 m Sendo assim: s F = G ⋅ M M d ⋅J T 2 s F = 6,7 ⋅ 10–11 ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ 2 10 6 10 (6 10 ) 27 24 11 2 s s F = 2,2 ⋅ 1018 N Alternativa b 16. (EEAR-SP) Dois corpos de massas m 1 e m 2 estão separados por uma distância d e interagem entre si com uma força gravitacional F. Se duplicarmos o valor de m 1 e reduzirmos a distância entre os corpos pela metade, a nova força de interação gravitacional entre eles, em função de F, será: a) F 8 b) F 4 c) 4F d) 8F Utilizando a expressão para a força gravitacional, temos: F = G ⋅ m m d ⋅1 2 2 s F 1 = G ⋅ m m d ⋅ ⋅ 2 2 1 2 2 s F 1 = G m m d ⋅ ⋅2 4 1 2 2 s s F 1 = G ⋅ m m d ⋅ ⋅8 1 2 2 s F 1 = 8 ⋅ G ⋅ m m d ⋅1 2 2 s F 1 = 8F Alternativa d Atividades Et_EM_1_Cad4_Fis_c01_01a25.indd 14 8/31/18 6:14 PM 15 FÍ S IC A 17. (UEL-PR) Com base no diálogo entre Jon e Garfi eld, expresso na tirinha, e nas leis de Newton para a gravitação universal, assinale a alternativa correta. Disponível em: <https://dicasdeciencias.com/2011/03/28/gar� eld-saca-tudo-de-� sica/>. Acesso em: 27 abr. 2016. a) Jon quis dizer que Garfi eld precisa perder massa e não peso, ou seja, Jon tem a mesma ideia de um comerciante que usa uma balança comum. b) Jon sabe que, quando Garfi eld sobe em uma balança, ela mede exatamente sua massa com intensidade defi nida em quilograma-força. c) Jon percebeu a intenção de Garfi eld, mas sabe que, devido à constante de gravitação universal “g”, o peso do gato será o mesmo em qualquer planeta. d) Quando Garfi eld sobe em uma balança, ela mede exatamente seu peso aparente, visto que o ar funciona como um fl uido hidrostático. e) Garfi eld sabe que, se ele for a um planeta cuja gravidade seja menor, o peso será menor, pois nesse planeta a massa aferida será menor. Levando em consideração que a massa de um corpo é a mesma em qualquer lugar, pela fórmula da força peso: P = m ∙ g, podemos concluir que o peso de um corpo pode variar de acordo com a gravidade do local. Alternativa a 18. (Ufscar-SP) No fi lme Armageddon, para salvar a Terra do impacto de um gigantesco asteroide, a Nasa envia a esse asteroide um grupo de perfuradores de petróleo. Lá, sem nenhuma experiência em atividades no espaço, trabalhando na superfície do asteroide como se estivessem na superfície da Terra, esses trabalhadores perfuram um poço no fundo do qual colocam um artefato nuclear de 9,0 megatons (cerca de 4,0 ⋅ 1014 J). A explosão desse artefato dividiu o asteroide em duas metades de igual massa que, em relação ao asteroide, se deslocaram perpendicularmente à trajetória inicial de colisão, livrando a Terra do catastrófi co impacto. A partir de outras informações fornecidas no fi lme e admitindo-se o asteroide esférico, é possível concluir que seu raio seria de 6,5 ⋅ 105 m, sua massa, de 6,0 ⋅ 1021 kg e cada uma das metades em que ele se dividiu na explosão deveria ter adquirido velocidade inicial mínima de 2,1 ⋅ 103 m/s, em relação ao centro de massa do asteroide, para que elas também não atingissem a Terra. a) Qual seria a aceleração da gravidade na superfície desse asteroide? O valor obtido está de acordo com o que descreve- mos do fi lme? Justifi que. (Dado: constante da gravitação universal: G = 6,7 ⋅ 10–11 N ⋅ m2/kg2) Calculando a aceleração da gravidade g, temos: g = G ⋅ M R2 = ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ 6,7 10 6 10 (6,5 10 ) –11 21 5 2 s g = 0,95 m/s2 Aparentemente não está de acordo com o que ocorre no � lme, pois é uma gravidade muito menor que a terrestre. b) A energia do artefato nuclear usado tinha o valor sufi ciente para separar o asteroide em duas metades e dar a elas a velocidade inicial necessária para livrar a Terra do choque? Justifi que. A energia cinética de cada metade é de: E cin. = m v⋅ 2 2 = ⋅ ⋅ ⋅3 10 (2,1 10 ) 2 21 3 2 = 6,6 ⋅ 1027 J E cin. total = 2 ⋅ E cin. = 1,3 ⋅ 1028 J Esse valor é muito maior do que a energia produzida pelo artefato e, portanto, é inviável à situação. R e p ro d u ç ã o / U E L- P R , 2 0 1 7. Et_EM_1_Cad4_Fis_c01_01a25.indd 15 8/31/18 6:14 PM 16 CAPÍTULO 1 19. (Acafe-SC) Foi encontrado pelos astrônomos um exopla- neta (planeta que orbita uma estrela que não o Sol) com uma excentricidade muito maior que o normal. A excen- tricidade revela quão alongada é sua órbita em torno de sua estrela. No caso da Terra, a excentricidade é 0,017 muito menor que o valor 0,96 desse planeta, que foi chamado HD 20 782. Nas fi guras a seguir, pode-se comparar as órbitas da Terra e do HD 20 782. Nesse sentido, assinale a correta. a) As leis de Kepler não se aplicam ao HD 20 782 porque sua órbita não é circular como a da Terra. b) As leis de Newton para a gravitação não se aplicam ao HD 20 782 porque sua órbita é muito excêntrica. c) A força gravitacional entre o planeta HD 20 782 e sua estrela é máxima quando ele está passando no afélio. d) O planeta HD 20 782 possui um movimento acelerado quando se movimenta do afélio para o periélio. Por ser o periélio a região da órbita mais próxima da estrela, de acordo com os postulados de Kepler, o planeta aumenta sua velocidade devidoà força de atração gravitacional. Assim, o planeta acelera do afélio para o periélio. Alternativa d 20. (Enem) O ônibus espacial Atlantis foi lançado ao espaço com cinco astronautas a bordo e uma câmera nova, que iria substituir outra danifi cada por um curto-circuito no te- lescópio Hubble. Depois de entrarem em órbita a 560 km de altura, os astronautas se aproximaram do Hubble. Dois astronautas saíram da Atlantis e se dirigiram ao teles- cópio. Ao abrir a porta de acesso, um deles exclamou: “Esse telescópio tem a massa grande, mas o peso é pequeno”. Considerando-se o texto e as leis de Kepler, pode-se afi r- mar que a frase dita pelo astronauta: a) se justifi ca porque o tamanho do telescópio determina sua massa, enquanto seu pequeno peso decorre da falta de ação da aceleração da gravidade. b) se justifi ca ao verifi car que a inércia do telescópio é grande comparada à dele próprio, e que o peso do telescópio é pequeno porque a atração gravitacional criada por sua massa era pequena. c) não se justifi ca porque a avaliação da massa e do peso de objetos em órbita tem por base as leis de Kepler, que não se aplicam a satélites artifi ciais. d) não se justifi ca porque a força peso é a força exercida pela gravidade terrestre – neste caso, sobre o telescó- pio – e é a responsável por manter o próprio telescópio em órbita. e) não se justifi ca, pois a ação da força peso implica a ação de uma força de reação contrária, que não existe naquele ambiente. A massa do telescópio poderia ser avaliada simplesmente pelo seu volume. A força gravitacional que a Terra exerce no telescópio (força peso) é responsável por manter o telescópio em órbita. A ex- pressão “o peso é pequeno” não se justi� ca, pois, a 560 km de altura, a aceleração da gravidade é praticamente igual a 90% de seu valor na superfície da Terra. Alternativa d Complementares Tarefa proposta 17 a 32 21. (PUC-MG) Dois corpos, A e B, de massas 16M e M, res- pectivamente, encontram-se no vácuo e estão separados de uma certa distância. Observa-se que outro corpo, de massa m, fi ca em repouso quando colocado no ponto P, conforme a fi gura. A BP yx A razão x y entre as distâncias indicadas é igual a: a) 2 b) 4 c) 6 d) 8 e) 16 22. (UFJF-MG) Um satélite geoestacionário é um satélite que se move em uma órbita circular acima do Equador da Terra se- guindo o movimento de rotação do planeta em uma altitu- de de 35 786 km. Nesta órbita, o satélite parece parado em relação a um observador na Terra. Satélites de comunicação, como os de TV por assinatura, são geralmente colocados nestas órbitas geoestacionárias. Assim, as antenas colocadas nas casas dos consumidores podem ser apontadas direta- mente para o satélite para receber o sinal. Sobre um satélite geoestacionário, é correto afi rmar que: a) a força resultante sobre ele é nula, pois a força centrí- peta é igual à força centrífuga. R e p ro d u ç ã o / A c a fe -S C , 2 0 1 6 . R e p ro d u ç ã o / E n e m , 2 0 0 9 . Et_EM_1_Cad4_Fis_c01_01a25.indd 16 8/31/18 6:14 PM 17 FÍ SI CA b) como no espaço não existe gravidade, ele permanece em repouso em relação a um ponto fi xo na superfície Terra. c) o satélite somente permanece em repouso em rela- ção à Terra se mantiver acionados jatos propulsores no sentido oposto ao movimento de queda. d) a força de atração gravitacional da Terra é a responsá- vel por ele estar em repouso em relação a um ponto fi xo na superfície da Terra. e) por estar fora da atmosfera terrestre, seu peso é nulo. 23. (UFPR) Em 2009, comemoraram-se os 400 anos das pri- meiras descobertas astronômicas com a utilização de um telescópio, realizadas pelo cientista italiano Galileu Galilei. Além de revelar ao mundo que a Lua tem montanhas e crateras e que o Sol possui manchas, ele também foi o primeiro a apontar um telescópio para o planeta Júpiter e observar seus quatro maiores satélites, posteriormente denominados de Io, Europa, Ganimedes e Calisto. Satélite Raio orbital (105 km) Massa (1022 kg) Io 4 9 Europa 6 5 Ganimedes 10 15 Calisto 20 11 Supondo que as órbitas desses satélites ao redor de Júpi- ter sejam circulares, e com base nas informações da ta- bela dada, assinale a alternativa correta. (Os valores da tabela foram arredondados por conveniência.) a) A força de atração entre Júpiter e Ganimedes é maior que entre Júpiter e Io. b) Quanto maior a massa de um satélite, maior será seu período orbital. c) A circunferência descrita pelo satélite Calisto é qua- tro vezes maior que a circunferência descrita pelo satélite Europa. d) A maior velocidade angular é a do satélite Calisto, por possuir maior período orbital. e) O período orbital de Europa é aproximadamente o do- bro do período orbital de Io. 24. (Famerp-SP) Um satélite de massa m foi colocado em órbita ao redor da Terra a uma altitude h em relação à superfície do planeta, com velocidade angular ω. Disponível em: <www.inpe.br>. Adaptado. Para que um satélite de massa 2m possa ser colocado em órbita ao redor da Terra, na mesma altitude h, sua veloci- dade angular deve ser: a) 3 4 ⋅ ω b) ω c) 2 ⋅ ω d) 2 ω e) 4 3 ⋅ ω Tarefa proposta 1. (Enem) A tabela a seguir resume alguns dados importantes sobre os satélites de Júpiter. Nome Diâmetro (km) Distância média ao centro de Júpiter (km) Período orbital (dias terrestres) Io 3 642 421 800 1,8 Europa 3 138 670 900 3,6 Ganimedes 5 262 1 070 000 7,2 Calisto 4 800 1 880 000 16,7 Ao observar os satélites de Júpiter pela primeira vez, Galileu Galilei fez diversas anotações e tirou impor- tantes conclusões sobre a estrutura de nosso universo. A fi gura a seguir reproduz uma anotação de Galileu referente a Júpiter e seus satélites. 1 2 3 4 De acordo com essa representação e com os dados da tabela, os pontos indicados por 1, 2, 3 e 4 correspondem, respectivamente, a: a) Io, Europa, Ganimedes e Calisto. b) Ganimedes, Io, Europa e Calisto. c) Europa, Calisto, Ganimedes e Io. d) Calisto, Ganimedes, Io e Europa. e) Calisto, Io, Europa e Ganimedes. 2. (Udesc) Analise as proposições a seguir sobre as principais características dos modelos de sistemas astronômicos. I. Sistema dos gregos: a Terra, os planetas, o Sol e as estrelas estavam incrustados em esferas que giravam em torno da Lua. II. Ptolomeu supunha que a Terra se encontrava no centro do Universo e que os planetas se moviam em círculos, cujos centros giravam em torno da Terra. III. Copérnico defendia a ideia de que o Sol estava em repouso no centro do sistema e que os planetas (inclusive a Terra) giravam em torno dele em órbi- tas circulares. IV. Kepler defendia a ideia de que os planetas giravam em torno do Sol, descrevendo trajetórias elípticas, e o Sol estava situado em um dos focos dessas elipses. R e p ro d u ç ã o / F a m e rp -S P, 2 0 1 8 . Et_EM_1_Cad4_Fis_c01_01a25.indd 17 8/31/18 6:14 PM 18 CAPÍTULO 1 Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas I e IV são verdadeiras. b) Somente a afirmativa II é verdadeira. c) Somente as afirmativas II, III e IV são verdadeiras. d) Somente as afirmativas III e IV são verdadeiras. e) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras. 3. (Uerj) A figura ilustra o movimento de um planeta em torno do Sol. A 1 A 2 A 3 F E C B A D Planeta Sol Se os tempos gastos para o planeta se deslocar de A para B, de C para D e de E para F são iguais, então as áreas A 1 , A 2 e A 3 apresentam a seguinte relação: a) A 1 = A 2 = A 3 b) A 1 . A 2 = A 3 c) A 1 , A 2 , A 3 d) A 1 . A 2 . A 3 4. (IFSP) Os planetas do Sistema Solar giram em torno do Sol. A Terra, por exemplo, está a aproximadamente 150 milhões de km (1 u.a.) do Sol e demora 1 ano para dar uma volta em torno dele. A tabela a seguir traz algumas informações interessantes sobre o Sistema Solar.Planeta Distância média ao Sol (u.a.) Diâmetro equatorial (km) Mercúrio 0,4 4 800 Vênus 0,7 12 000 Terra 1,0 13 000 Marte 1,5 6 700 Júpiter 5,2 140 000 Saturno 9,5 120 000 Urano 20,0 52 000 Netuno 30,0 49 000 De acordo com a tabela, a razão entre os diâmetros equa- toriais de Júpiter e da Terra, vale aproximadamente: a) 10,8 b) 0,2 c) 0,9 d) 1,0 e) 5,2 5. (Unicamp-SP) O uso do sistema de localização GPS (Global Positioning System) cresceu bastante nos úl- timos tempos devido principalmente à existência do sensor GPS na maioria dos celulares disponíveis no mercado. Nesses celulares, o sinal de GPS tem sido usado para localização do aparelho em mapas, para obter sugestões de rotas e até em jogos. Considere que os satélites responsáveis por enviar o sinal GPS encontram-se a aproximadamente R GPS = 27 000 km do centro da Terra, seu período de rotação em torno do centro da Terra é T GPS = 12 horas e sua órbita é circular. a) Qual é a velocidade escalar média de um satélite do sistema GPS? b) Os satélites de GPS enviam continuamente as três coordenadas que determinam sua posição atual e o horário do envio da mensagem. Com as informações de 4 satélites, o receptor pode determinar a sua posi- ção e o horário local. Para garantir a precisão dessas informações, efeitos relativísticos são considerados na determinação do horário enviado pelos satélites. Os relógios localizados nos satélites são afetados prin- cipalmente por efeitos da relatividade restrita, que atrasam os relógios, e da relatividade geral, que adian- tam os relógios, conforme mostra a figura abaixo. Qual é a distância do centro da Terra R e o período T da órbita em que os efeitos da relatividade geral e da rela- tividade restrita se cancelam, ou seja, quando a soma dos dois efeitos é zero? 6. (UFJF -MG) Muitas teorias sobre o Sistema Solar se su- cederam, até que, no século XVI, o polonês Nicolau Copérnico apresentou uma versão revolucionária. Para Copérnico, o Sol, e não a Terra, era o centro do siste- ma. Atualmente, o modelo aceito para o Sistema Solar é, basicamente, o de Copérnico, feitas as correções propostas pelo alemão Johannes Kepler e por cientistas subsequentes. Sobre Gravitação e as Leis de Kepler, considere as afirma- tivas, a seguir, verdadeiras (V) ou falsas (F). I. Adotando-se o Sol como referencial, todos os plane- tas movem-se descrevendo órbitas elípticas, tendo o Sol como um dos focos da elipse. II. O vetor posição do centro de massa de um planeta do Sistema Solar, em relação ao centro de massa do Sol, varre áreas iguais em intervalos de tempo iguais, não importando a posição do planeta em sua órbita. III. O vetor posição do centro de massa de um planeta do Sistema Solar, em relação ao centro de massa do Sol, varre áreas proporcionais em intervalos de tem- po iguais, não importando a posição do planeta em sua órbita. IV. Para qualquer planeta do Sistema Solar, o quociente do cubo do raio médio da órbita pelo quadrado do período de revolução em torno do Sol é constante. R e p ro d u ç ã o / U n ic a m p -S P, 2 0 1 7. Et_EM_1_Cad4_Fis_c01_01a25.indd 18 8/31/18 6:14 PM 19 FÍ S IC A Assinale a alternativa correta. a) Todas as afi rmativas são verdadeiras. b) Apenas as afi rmativas I, II e III são verdadeiras. c) Apenas as afi rmativas I, II e IV são verdadeiras. d) Apenas as afi rmativas II, III e IV são verdadeiras. e) Apenas as afi rmativas I e II são verdadeiras. 7. (Uece) Se R é o raio médio da órbita de um planeta X, e T é o período de revolução em torno do Sol, a 3a lei de Kepler estabelece que T2 = K ⋅ R3, onde K é uma constante de proporcionalidade, válida para todos os planetas de nosso sistema solar. Suponha que a distância média do planeta X ao Sol é 4 vezes a distância média da Terra ao Sol. Podemos concluir que o período do planeta X é, em anos: a) 2 b) 4 c) 8 d) 16 8. (UFRJ) Planeta Mercúrio Vênus Terra Marte Júpiter Saturno T2 0,058 0,378 1,00 3,5 141 868 D3 0,058 0,378 1,00 3,5 141 868 A tabela ilustra uma das leis do movimento dos planetas: a razão entre o cubo da distância D de um planeta ao Sol e o quadrado de seu período de revolução T em torno do Sol é constante. O período é medido em anos, e a distância, em uni- dades astronômicas (UA). A unidade astronômica é igual à distância média entre o Sol e a Terra. Suponha que o Sol esteja no centro comum das órbitas circulares dos planetas. Um astrônomo amador supõe ter descoberto um novo planeta no sistema solar e o batiza como planeta X. O período estimado do planeta X é de 125 anos. Calcule: a) a distância do planeta X ao Sol em UA; b) a razão entre a velocidade orbital do planeta X e a velocidade orbital da Terra. 9. (Unicamp-SP) A terceira lei de Kepler diz que “o quadrado do período de revolução de um planeta (tempo para dar uma volta em torno do Sol) dividido pelo cubo da distância do planeta ao Sol é uma constante”. A distância da Terra ao Sol é equivalente a 1 UA (unidade astronômica). 0,0 Sol Mercúrio Vênus Terra Marte 1,0 2,0 Unidades astronômicas Cinturão de asteroides 3,0 a) Entre Marte e Júpiter existe um cinturão de asteroides (veja fi gura). Os asteroides são corpos sólidos que teriam sido ori- ginados do resíduo de matéria existente por ocasião da formação do sistema solar. Se no lugar do cinturão de asteroides essa matéria tivesse se aglutinado formando um planeta, quanto duraria o ano desse planeta (tempo para dar uma volta em torno do Sol)? b) De acordo com a terceira lei de Kepler, o ano de Mercúrio é mais longo ou mais curto que o ano terrestre? 10. (Udesc) Um satélite artifi cial, em uma órbita geoestacionária em torno da Terra, tem um período de órbita de 24 h. Para outro satélite artifi cial, cujo período de órbita em torno da Terra é de 48 h, o raio de sua órbita, sendo R Geo o raio da órbita geoestacionária, é igual a: a) 3 ⋅ R Geo b) 3 1 4 ⋅ R Geo c) 2 ⋅ R Geo d) 4 1 3 ⋅ R Geo e) 4 ⋅ R Geo Et_EM_1_Cad4_Fis_c01_01a25.indd 19 8/31/18 6:14 PM 20 CAPÍTULO 1 11. (UFSM-RS) Os avanços nas técnicas observacionais têm permitido aos astrônomos rastrear um número crescente de objetos celestes que orbitam o Sol. A figura mostra, em escala arbitrária, as órbitas da Terra e de um cometa (os tamanhos dos corpos não estão em escala). Com base na figura, analise as afirmações: I. Dada a grande diferença entre as massas do Sol e do cometa, a atração gravitacional exercida pelo cometa sobre o Sol é muito menor que a atração exercida pelo Sol sobre os cometas. II. O módulo da velocidade do cometa é constante em todos os pontos da órbita. III. O período de translação do cometa é maior que um ano terrestre. Está(ão) correta(s): a) apenas I. b) apenas III. c) apenas I e II. d) apenas II e III. e) I, II e III. 12. (Vunesp) Saturno é o sexto planeta a partir do Sol e o segundo maior, em tamanho, do sistema solar. Hoje, são conhecidos mais de sessenta satélites naturais de Satur- no, sendo que o maior deles, Titã, está a uma distância média de 1 200 000 km de Saturno e tem um período de translação de, aproximadamente, 16 dias terrestres ao redor do planeta. Fora de escala Disponível em: <http://caronteiff.blogspot.com.br>. Adaptado. Tétis é outro dos maiores satélites de Saturno e está a uma distância média de Saturno de 300 000 km. Considere: 1ª lei de Kepler – lei das Órbitas 2ª lei de Kepler – lei das Áreas 3ª lei de Kepler – lei dos Períodos r = a p 2 + e r T 3 2 = Kp O período aproximado de translação de Tétis ao redor de Saturno, em dias terrestres, é: a) 4 b) 2 c) 6 d) 8 e) 10 13. (ITA-SP) Na ficção científica A estrela, de H. G. Wells, um grande asteroide passa próximo a Terra, que, em conse- quência, fica com sua nova órbita mais próxima do Sol e tem seu ciclo lunar alterado para 80 dias. Pode-se concluir que, após o fenômeno, o ano terrestree a distância Terra- -Lua vão tornar-se, respectivamente: a) mais curto – aproximadamente a metade do que era antes. b) mais curto – aproximadamente duas vezes o que era antes. c) mais longo – aproximadamente a metade do que era antes. d) mais longo – aproximadamente um quarto do que era antes. e) mais curto – aproximadamente quatro vezes o que era antes. 14. (IME-RJ) Três satélites orbitam ao redor da Terra: o satélite S 1 em uma órbita elíptica com o semieixo maior a 1 e o semieixo menor b 1 ; o satélite S 2 em outra órbita elíptica com semieixo maior a 2 e semieixo menor b 2 ; e o satélite S 3 em uma órbita circular com raio r. Considerando que r = a 1 = b 2 , a 1 ≠ b 1 e a 2 ≠ b 2 , é correto afirmar que: a) os períodos de revolução dos três satélites são iguais. b) os períodos de revolução dos três satélites são diferentes. c) S 1 e S 3 têm períodos de revolução idênticos, maiores do que o de S 2 . R e p ro d u ç ã o / V u n e s p , 2 0 1 4 . R e p ro d u ç ã o / V u n e s p , 2 0 1 4 . R e p ro d u ç ã o / U fs m , 2 0 1 4 . Et_EM_1_Cad4_Fis_c01_01a25.indd 20 8/31/18 6:14 PM 21 FÍ S IC A d) S 1 e S 3 têm períodos de revolução idênticos, menores do que o de S 2 . e) S 2 e S 3 têm períodos de revolução idênticos, maiores do que o de S 1 . 15. (AFA-SP) A tabela a seguir resume alguns dados sobre dois satélites de Júpiter. Nome Diâmetro aproximado (km) Raio médio da órbita em relação ao centro de Júpiter (km) Io 3,64 ⋅ 103 4,20 ⋅ 105 Europa 3,14 ⋅ 103 6,72 ⋅ 105 Sabendo-se que o período orbital de Io é de aproximadamente 1,8 dia terrestre, pode-se afi rmar que o período orbital de Europa expresso em dia(s) terrestre(s), é um valor mais próximo de: a) 0,90 b) 1,50 c) 3,60 d) 7,20 Texto para a próxima questão. Em seu livro O pequeno pr’ncipe, Antoine de Saint-Exupéry imaginou haver vida em certo planeta ideal. Tal planeta teria dimensões curiosas e grandezas gravitacionais inimagináveis na prática. Pesquisas científi cas, entretanto, continuam sendo realizadas e não se descarta a possibilidade de haver mais planetas no sistema solar, além dos já conhecidos. Imagine um hipotético planeta, distante do Sol 10 vezes mais longe do que a Terra se encontra desse astro, com massa 4 vezes maior que a terrestre e raio superfi cial igual à metade do raio da Terra. Considere a aceleração da gravidade na su- perfície da Terra expressa por g. 16. (FGV-SP) Esse planeta completaria uma volta em torno do Sol em um tempo, expresso em anos terrestres, mais próximo de: a) 10 b) 14 c) 17 d) 28 e) 32 17. (UFPR) Considerando-se as leis e conceitos da gravitação, é correto afi rmar: (01) No SI, a unidade da constante de gravitação universal G pode ser N ⋅ m3/kg. (02) De acordo com as leis de Kepler, os planetas descrevem órbitas elípticas em torno do Sol, sendo que o Sol ocupa um dos focos da elipse. (04) As forças gravitacionais da Terra sobre a Lua e da Lua sobre a Terra têm módulos diferentes. (08) Dois satélites artifi ciais de massas diferentes, descrevendo órbitas circulares de mesmo raio em torno da Terra, têm velocidades escalares diferentes. (16) Sabendo-se que a lei das áreas de Kepler estabelece que a reta que liga um planeta ao Sol varre áreas iguais em tem- pos iguais, conclui-se que, quando o planeta está próximo do Sol, ele se move mais rapidamente do que quando está mais afastado. (32) A aceleração da gravidade na superfície de um planeta de massa M e raio R é dada por G M R2 ⋅ . Dê a soma dos números dos itens corretos. 18. (UFSC) A tabela abaixo apresenta dados astronômicos referentes a algumas propriedades dos planetas que compõem o nosso sistema solar. Adote a massa da Terra 6,0 ⋅ 1024 kg. Mercúrio Vênus Terra Marte Júpiter Saturno Urano Netuno Distância média ao Sol (106 km) 57,9 108 150 228 778 1 430 2 870 4 500 Período de revolução (anos) 0,241 0,615 1,00 1,88 11,9 29,5 84,0 165 Velocidade orbital (km/s) 47,9 35,0 29,8 24,1 13,1 9,64 6,81 5,43 Massa (Terra = 1) 0,0558 0,815 1,000 0,107 318 95,1 14,5 17,2 Valor de g na superfície (m/s2) 3,78 8,60 9,78 3,72 22,9 ***** 7,77 11,0 Velocidade de escape (km/s) 4,3 10,3 11,2 ****** 59,5 35,6 21,2 23,6 Raio equatorial (Terra =1) 0,382 0,949 1,000 0,530 11,59 9,44 4,10 3,80 Com base na tabela acima e nos fenômenos e leis associados à gravitação, é correto afi rmar que: (01) admitindo que exista um planeta X a uma distância média do Sol três vezes maior que a distância média da Terra ao Sol, o seu período de revolução será de aproximadamente 3 ⋅ 3 anos. (02) a velocidade orbital dos planetas pode ser considerada um valor médio; ela será máxima no ponto mais próximo do Sol, denominado de periélio, e será mínima no ponto mais afastado do Sol, denominado de afélio. (04) a velocidade de escape é a velocidade mínima para que um objeto possa escapar de um campo gravitacional, que depende da massa e do raio do planeta. No caso de Marte, a sua velocidade de escape deve ser menor que a da Terra e maior que a de Mercúrio. Et_EM_1_Cad4_Fis_c01_01a25.indd 21 8/31/18 6:14 PM 22 CAPÍTULO 1 (08) a primeira lei de Kepler define que cada planeta re- volve em torno do Sol em uma órbita elíptica, com o Sol no ponto médio entre os focos da elipse. (16) imponderabilidade é um fenômeno que pode ser descrito como a ausência aparente de massa; apa- rente, pois parece não haver nenhum tipo de força gravitacional sobre o objeto em questão. (32) com os dados da tabela, é possível estimar a acele- ração da gravidade de Saturno, que vale aproxima- damente 20,0 m/s2. Dê a soma dos números dos itens corretos. 19. (Ufscar-SP) — E o sistema solar? — protestei. — Acha que tem alguma importância para mim? — in- terrompeu-me com impaciência. — Você a�rma que giramos em torno do Sol. Se girás- semos em volta da Lua, isso não faria a menor diferença para o meu trabalho. Sherlock Holmes in Conan Doyle. Um estudo em vermelho. Se, para Sherlock, os movimentos planetários não têm tanta importância, para Kepler e Newton eles tiveram. Kepler formulou as três leis. Newton formulou a lei da gravitação universal que, junto às suas três leis da dinâ- mica, permitiram compreender as interações à distância entre corpos. A respeito das conclusões de Kepler e Newton, analise: I. A força com que o Sol atrai os planetas e a força com que a Terra atrai a Lua são de mesma natureza. II. A força centrípeta que conserva um planeta em sua órbita ocorre unicamente em função da atração mú- tua entre o Sol e o planeta. III. O período de um planeta qualquer é o intervalo de tempo necessário para ocorrer uma volta completa do planeta em torno do Sol. Está correto o contido em: a) I, apenas. b) II, apenas. c) I e III, apenas. d) II e III, apenas. e) I, II e III. 20. (UFPR) Em 18 de junho de 2016, foi lançado o foguete Ariane 5 ECA, que transportava o satélite de comunicação EchoStar XVIII, com o objetivo de transferi-lo para uma órbita geoestacionária. As órbitas geoestacionárias são aquelas em que o período de revolução do satélite é de 24 h, o que corresponde a seu posicionamento sempre sobre um mesmo ponto da superfície terrestre no plano do Equador. Considere o raio R 1 da órbita desse satélite como sendo de 42 000 km. Em 15 de setembro de 2016, foi lançado o foguete Vega, transportando os satélites SkySats, denominados de 4 a 7 (satélites de uma empresa do Google), para mapeamento com alta precisão da Terra inteira. A altitude da órbita des- ses satélites, em relação à superfície terrestre, é de 500 km. Considerando o raio da terra como sendo de aproxima- damente 6 500 km, e que a velocidade de um satélite, tangencial à órbita, pode ser calculada pela raiz quadrada do produto da constante gravitacional G pela massa M da terra dividida pelo raio da órbita do satélite, determine: (Obs.: Não é necessário o conhecimento dos valoresde G e M, e todos os cálculos devem ser claramente apre- sentados. Alguns dos valores estão com aproximações por conveniência de cálculo. Não é necessário deter- minar os valores das raízes quadradas, basta deixar os valores numéricos, após os devidos cálculos, indicados no radical.) a) O valor numérico da velocidade v 2 do satélite EchoStar XVIII, em relação à velocidade v 1 de um dos satélites SkySats. b) O valor do período T 2 dos satélites SkySats, em horas, por aplicação da terceira Lei de Kepler. 21. (UFRGS-RS) A figura abaixo representa dois planetas, de massas m 1 e m 2 , cujos centros estão separados por uma distância D, muito maior que os raios dos planetas. Sabendo que é nula a força gravitacional sobre uma ter- ceira massa colocada no ponto P, a uma distância D 3 , de m 1 , a razão m m 1 2 entre as massas dos planetas é: a) 1 4 b) 1 3 c) 1 2 d) 2 3 e) 3 2 22. (Unicamp-SP) Recentemente, a agência espacial america- na anunciou a descoberta de um planeta a trinta e nove anos-luz da Terra, orbitando uma estrela anã vermelha que faz parte da constelação de Cetus. O novo planeta possui dimensões e massa pouco maiores do que as da Terra e se tornou um dos principais candidatos a abrigar vida fora do sistema solar. Considere este novo planeta esférico com um raio igual a R P = 2R T e massa M P = 8M T , em que R T e M T são o raio e a massa da Terra, respectivamente. Para planetas esféricos de massa M e raio R, a aceleração da gravidade na super- fície do planeta é dada por g = G M R2 ⋅ , em que G é uma constante universal. Assim, considerando a Terra esférica e usando a aceleração da gravidade na sua superfície, o valor da aceleração da gravidade na superfície do novo planeta será de: a) 5 m/s2 b) 20 m/s2 c) 40 m/s2 d) 80 m/s2 R e p ro d u ç ã o / U F R G S -R S , 2 0 1 7. Et_EM_1_Cad4_Fis_c01_01a25.indd 22 8/31/18 6:14 PM 23 FÍ S IC A 23. (Fuvest-SP) A Estação Espacial Internacional, construída em um esforço conjunto de diversos países, deverá orbitar a uma distância do centro da Terra igual a 1,05 do raio médio da Terra. Determine a razão R = F F e entre a força F e com que a Terra atrai um corpo nessa estação e a força F com que a Terra atrai o mesmo corpo na superfície da Terra. 24. (UFMG) É fato conhecido que a aceleração da gravidade na superfície de um planeta é diretamente proporcional à massa do planeta e inversamente proporcional ao quadrado do seu raio. Seja g a aceleração da gravidade na superfície da Terra. Em um planeta fi ctício cuja massa é o triplo da massa da Terra e cujo raio também seja igual a três vezes o raio terrestre, o valor da aceleração da gravidade na superfície será: a) g b) g 2 c) g 3 d) 2g 25. +Enem [H18] A velocidade orbital de um satélite em torno do centro da Terra é dada por: v = G ⋅ M r , em que: G é a constante de gravitação universal, M é a massa da Terra e r, o raio da órbita circular do satélite. Dois satélites I e II movem-se em órbitas circulares ao re- dor da Terra. O satélite I tem massa m e está em uma órbita de raio r, o satélite II tem massa 2m e o raio da sua órbita é 4 r . Considerando-se essas informações: a) a velocidade orbital do satélite II é o dobro da veloci- dade orbital do satélite I, pois sua massa é o dobro da massa do satélite I. b) a velocidade orbital do satélite I é o dobro da veloci- dade orbital do satélite II, pois o raio de sua órbita é quatro vezes maior que o raio da órbita do satélite II. c) a velocidade orbital do satélite I é a mesma velocidade orbital do satélite II, independentemente de suas mas- sas e dos raios de suas órbitas. d) a velocidade orbital do satélite I é o dobro da veloci- dade orbital do satélite II, pois o raio de sua órbita é quatro vezes maior que o raio da órbita do satélite II. e) a velocidade orbital do satélite II é o dobro da veloci- dade orbital do satélite I, pois o raio de sua órbita é quatro vezes menor que o raio da órbita do satélite I. 26. (Escola Naval-RJ) Analise a fi gura a seguir. A fi gura a seguir apresenta um sistema binário de estre- las, isolado, que é composto por duas estrelas de mesmo tamanho e de mesma massa M. O sistema, estável, gira em torno de seu centro de massa com um período de rotação constante T. Sendo D a distância entre as estrelas e G a constante gra- vitacional universal, assinale a opção correta. a) GMT2 = 2πD2; a velocidade linear de cada uma das es- trelas em relação ao centro de massa do sistema é cons- tante; a energia mecânica do sistema é conservada. b) GMT2 = 2π2D3; a velocidade angular de cada uma das estrelas em relação ao centro de massa do sistema é constante; a energia cinética do sistema é conservada. c) GMT2 = π2D3; a velocidade angular de cada uma das estrelas em relação ao centro de massa do sistema é constante; a energia mecânica de cada uma das estre- las é conservada. d) 2GMT2 = π2D3; o vetor velocidade linear de cada uma das estrelas em relação ao centro de massa do sistema é constante; a energia mecânica do sistema é conservada. e) 2GMT2 = π2D3; a velocidade angular de cada uma das estrelas em relação ao centro de massa do sistema é constante; a energia mecânica de cada uma das estre- las é conservada. 27. (Enem) Conhecer o movimento das marés é de suma importância para a navegação, pois permite defi nir com segurança quando e onde um navio pode navegar em áreas, portos ou canais. Em média, as marés oscilam en- tre alta e baixa num período de 12 horas e 24 minutos. No conjunto de marés altas, existem algumas que são maiores do que as demais. A ocorrência dessas maiores marés tem como causa: a) a rotação da Terra, que muda entre dia e noite a cada 12 horas. b) os ventos marítimos, pois todos os corpos celestes se movimentam juntamente. c) o alinhamento entre a Terra, a Lua e o Sol, pois as forças gravitacionais agem na mesma direção. d) o deslocamento da Terra pelo espaço, pois a atração gravitacional da Lua e do Sol são semelhantes. e) a maior infl uência da atração gravitacional do Sol so- bre a Terra, pois este tem a massa muito maior que a da Lua. 28. (Fuvest-SP) Foram identifi cados, até agora, aproximadamen- te 4 000 planetas fora do Sistema Solar, dos quais cerca de 10 são provavelmente rochosos e estão na chamada região habitável, isto é, orbitam sua estrela a uma distância compatível com a existência de água líquida, tendo talvez condições adequadas à vida da espécie humana. Um deles, descoberto em 2016, orbita Proxima Centauri, a estrela mais próxima da Terra. A massa, M P , e o raio, R P , desse planeta são diferentes da massa, M T , e do raio, R T , do planeta Terra, por fatores α e β: M P = α ⋅ M T e R P = β ⋅ R T . a) Qual seria a relação entre α e β se ambos os planetas tivessem a mesma densidade? Imagine que você participe da equipe encarregada de pro- jetar o robô C-1PO, que será enviado em uma missão não tripulada a esse planeta. Características do desempenho do robô, quando estiver no planeta, podem ser avaliadas a partir de dados relativos entre o planeta e a Terra. R e p ro d u ç ã o / E s c o la N a v a l- R J . Et_EM_1_Cad4_Fis_c01_01a25.indd 23 8/31/18 6:14 PM 24 CAPÍTULO 1 Nas condições do item a), obtenha, em função de β, b) a razão r g = g g P T entre o valor da aceleração da gravi- dade, g P , que será sentida por C-1PO na superfície do planeta e o valor da aceleração da gravidade, g T , na superfície da Terra. c) a razão r t = t t P T entre o intervalo de tempo, t P , neces- sário para que C-1PO dê um passo no planeta e o in- tervalo de tempo, t T , do passo que ele dá aqui na Terra (considere que cada perna do robô, de comprimento L, faça um movimento como o de um pêndulo simples de mesmo comprimento). d) a razão r v = v v P T entre os módulos das velocidades do robô no planeta, v P , e na Terra, v T . Note
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