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Marianna L. Deprá
Tecnologia em 
saúde 
• São conhecimentos e habilidades aplicados com o 
propósito de resolver um problema de saúde e 
melhorar a qualidade de vida das pessoas; 
• O sistema de suporte organizacional é composto 
pela tecnologia médica. Ela é dividida em 
procedimentos e tecnologia biomédica, e essa é 
dividida em medicamentos e equipamentos; 
TECNOLOGIAS E TANGIBILIDADE: 
- medicamentos; 
- Equipamentos e suprimentos: ventiladores, 
marcapassos cardíacos, luvas cirúrgicas, kit de 
diagnóstico; 
- Procedimentos médicos e cirúrgicos, práticas 
integrativas; 
- Sistemas de suporte: bancos de sangue, sistemas 
de prontuário eletrônico; 
- Sistemas gerenciais e organizacionais: sistemas de 
informação, sistemas de regulação, sistemas de 
certificação e garantia de qualidade. 
• Quando os componentes organizacionais de apoio 
são externos ao setor de saúde, a exemplo de 
saneamento básico, direitos trabalhistas e educação, 
a combinação de todos esses componentes 
constituem as tecnologias em saúde; 
TECNOLOGIAS E OS RESPECTIVOS PROPÓSITOS: 
• Prevenção: visa proteger os indivíduos contra o 
adoecimentos, incapacidade ou sequelas (exemplo: 
imunização, controle de riscos psicossociais no 
trabalho, controle de infecção hospitalar); 
• Triagem: detecção de doenças em pessoas 
assintomáticas (TR-COVID, mamografias, exame 
papanicolau); 
• Diagnóstico: RT-PCR, eletrocardiograma, raios X para 
detectar fraturas ósseas etc; 
• Tratamento: visa melhorar ou manter o estado de 
saúde, evitar o agravamento de um quadro clínico 
ou atuar como paliativo; 
• Reabilitação: visa recuperar, estabilizar ou melhorar 
a função de uma pessoa com uma incapacidade 
física ou mental; 
INOVAÇÃO: 
• Introdução de novidade ou aperfeiçoamento no 
ambiente produtivo ou social que resulte em novos 
produtos, processos ou serviços. 
• A taxa de inovação tecnológica desde a segunda 
guerra mundial não foi acompanhada por uma taxa 
similar de abandono de tecnologias mais antigas; 
• Obsolescência artificial: estratégia usada por muitas 
indústrias para incrementar sua venda. Ela consiste 
em criar um novo produto com pequenas mudanças 
para tornar o antigo “ultrapassado” e fazer com que 
o novo venda mais (p.ex. iphone). 
Avaliação de tecnologias em 
saúde (ATS) 
• Verificação sistemática das prioridades, efeitos e/ou 
impactos da tecnologia em saúde; 
• Objetivo principal: gerar informação para a tomada 
de decisão, para incentivar a adoção de tecnologias 
custo-efetivas e desaconselhar a adoção de 
tecnologias de valor questionável ao sistema de 
saúde; 
Conceitos
Avaliação de tecnologias em 
saúde (ATS)
Marianna L. Deprá
• Áreas de atuação multidisciplinar, na qual podem 
participar médicos, engenheiros, economistas, 
estatísticos, matemáticos utilizando modelos 
analíticos desenhados com base em uma variedade 
de métodos com vistas a comparar as tecnologias 
em saúde; 
• A constituição de 1988 determina que a saúde é um 
direito de todos e dever do estado. Porém, o 
atendimento integral não quer necessariamente 
dizer “todas as tecnologias oferecidas no mercado 
para todas as pessoas”, isso tornaria inviável a 
sustentabilidade do sistema de saúde; 
• Avaliação de tecnologias em saúde: um caminho 
para o atendimento equitativo e universal do SUS; 
• Marcos na implantação da ATS no brasil pelo SUS: 
• Colocar imagem da cronologia 
• Tipos de estudos usados em ATS: 
- Revisões sistemáticas e metanálise; 
- Estudos observacionais; 
- Ensaios clínicos; 
- Estudos econômicos. 
• O que se deve avaliar? 
- Eficácia: probabilidade de que indivíduos de uma 
população definida obtenham um beneficio de 
uma tecnologia em condições ideais de uso; 
- Efetividade: probabilidade de que indivíduos de 
uma população definida obtenham um beneficio 
de uma tecnologia em condições normais de uso; 
- Risco: medida da probabilidade de um efetivo 
adverso ou indesejado e a gravidade desse efeito à 
saúde; 
- Segurança: risco aceitável em uma situação 
especifica; 
- Custos: valor da melhor alternativa não 
concretizada em consequência de se utilizarem 
recursos escassos na produção de um dado bem e 
ou serviço; 
- Impacto social, ético e legal: são todos os impactos 
não relacionados à efetividade, à segurança, e aos 
custos, incluindo as consequências econômicas 
secundárias para indivíduos e comunidades; 
- Estudo de eficácia: ex. Ensaios clínicos sobre a 
eficácia de um fármaco ou de uma vacina, ou de 
uma técnica ou um processo; 
- Estudos de efetividade: buscam verificar o 
resultado da interação do tratamento com o 
ambiente em que ele está sendo aplicado; 
- Estudos sobre custos: custos dos acidentes de 
trabalho para o Brasil, para as empresas, para 
sistemas; 
- Estudos sobre custo-efetividade: buscam analisar 
além de resultados positivos diretos, analisam 
impacto financeiro com a implementação de uma 
nova tecnologia; 
• Etapas da avaliação de uma nova tecnologia: 
- A avaliação de uma tecnologia em saúde deveria 
considerar, fundamentalmente, os impactos éticos, 
legais e sociais associados à tecnologia, entretanto, 
outros atributos (eficácia, efetividade, custo-
efetividade, segurança) podem prevalecer em 
relação aos primeiros; 
- 1. Identificar as tecnologias prioritárias a partir da 
relevância para a saúde coletiva e especificar o 
Problema e ser avaliado, assim como o cenário da 
avaliação; 
- 2. Buscar as evidencias disponíveis em diversas 
fontes de informação, interpretá-las e sintetizá-las; 
- 3. Formular os achados e as recomendações; 
- 4. Disseminar a conclusão obtida; 
- 5. Monitorar o impacto das recomendações. 
• EVIPNET: 
- A evidence-informed policy network representa 
uma iniciativa da organização mundial da saúde 
desde 2004; 
- Objetivo: estabelecer uma rede colaborativa para 
fomentar e apoiar o desenvolvimento de políticas 
embasadas em evidencias científicas; 
- Incentivo ao uso sistemático de evidencias de 
pesquisas c ient íficas em saúde para o 
desenvolvimento e a implantação de políticas e 
programas de saúde, por meio de parcerias entre 
tomadores de decisão, gestores, pesquisadores e 
sociedade civil organizada; 
• NICE: 
- National institute for health and clinical excellence; 
- é um órgão público não departamental executivo 
de departamentos de saúde na Inglaterra, que 
publica diretrizes em quatro áreas: o uso de 
Marianna L. Deprá
tecnologias da saúde no serviço nacional de saúde 
e no NHS Wales prática clínica. 
• CONITEC: 
- Comissão nacional de incorporação de tecnologias 
no sistema único de saude; 
- Objetivo: assessorar o ministério da saúde nas 
atribuições relativas à incorporação, exclusão ou 
alteração de tecnologias em saúde pelo sus, bem 
como na constituição ou alteração de protocolos 
clínicos e diretrizes terapêuticas - PCDT; 
- Inclui a análise baseada em evidencias, levando em 
consideração aspectos como eficácia, acurácia, 
efetividade e a segurança de tecnologia, além da 
avaliação econômica comparativa no que se refere 
e benefícios e dos custos em relação às tecnologias 
existentes; 
- Condiciona a avaliação a liberação pela agencia 
nacional de vigilância sanitária -ANVISA para que 
este possa ser avaliado para a incorporação no SUS; 
- A estrutura é composta por dois fóruns: o plenário 
e a secretaria executiva. 
• Prevenção: 
- Há boa evidencia para recomendar a ação 
preventiva; 
- Há razoável evidencia para recomendar a ação 
preventiva; 
- Há boa evidencia para não recomendar a ação 
preventiva. 
• Avaliação do impacto em saúde (AIS): 
- Os efeitos das tecnologias em saúde não se 
limitam a cura ou ao conforto dos pacientes. Eles 
vão além, atingindo aspectos da vida humana e 
suas relações com a família, o trabalho e a 
sociedade. 
• Métricas projetadas para capturar ganhos 
intermediários, dimensões como: função física, 
função social, função cognitiva, ansiedade/tristeza, 
dor física, sono/descanso, energia/fadiga e 
percepção geral de saúde. 
• Atores nos processos de avaliação: 
- Centrosde pesquisa, universidades; 
- I n d ú s t r i a ( e q u i p a m e n t o s , p r o d u t o s e 
medicamentos); 
- Órgãos governamentais (ministério da saude, 
secretarias estaduais e municípios de saúde, 
agencia nacional de vigilância sanitária - anvisa, 
vigilância sanitária estaduais e municipais - visas e 
agência nacional de saude suplementar - ANS); 
- Instituições de saúde (hospitais privados e 
públicos, postos de saúde, etc); 
- Operadoras de plano de saude, sociedades 
profissionais (incluindo as diversas sociedades por 
especialidades) e grupos de representantes de 
pacientes. 
• Múltiplos interesses - perspectivas: 
- Necessidades ou objetivos particulares do ator que 
conduz ou financia a avaliação; 
- Agencias regulatórias nacionais podem demandar 
avaliações para garantir a segurança e eficácia de 
tecnologias em saúde para a sociedade como um 
todo; 
- Hospitais e outras instituições de atenção à saúde 
avaliam tecnologias para obter informações que 
apoiem o processo de aquisição, investimento, e 
decisões relacionadas ao gerenciamento de 
tecnologias; 
- Associações profissionais precisam de avaliações 
para apoiá-las na decisão sobre os cuidados com 
pacientes. Companhias de seguros conduzem 
estudos de avaliação para apoiar a decisão sobre 
cobertura e reembolso de procedimentos etc. 
• Desafios em ATS: 
- Recursos limitados; 
- Diversidade no padrão de morbidade; 
- Diversidade cultural; 
- Sistema político; 
- Estrutura do sistema de saúde; 
- Informação e dados disponíveis; 
- Capacidade tecnológica; 
- Tecnologias sociais. 
• Considerações finais: 
- A avaliação de tecnologias constitui-se em um 
instrumento fundamental para a elaboração e o 
acompanhamento de políticas públicas em saúde; 
- Necessidade de sensibilização dos gestores dos três 
níveis hierárquicos do sus quanto a visão sobre as 
consequências de um processo de incorporação de 
tecnologia mal ou bem conduzido.

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