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Psicologia Judiciária Antonia De La Cruz Aula 7 PSICOLOGIA E DIREITO PENAL CÓDIGO PENAL (1940) O Código Penal Brasileiro é o conjunto de leis que tem o objetivo de ao mesmo tempo defender e punir aqueles que cometem crimes e infrações. Passou por modificações com o propósito de atualizá-lo e torná-lo mais de acordo com as características da sociedade atual. PSICOLOGIA E DIREITO PENAL Nesta área, a Psicologia aplicada ao Direito, estuda o comportamento psicológico do agente do delito, além de tratar de questões como a inimputabilidade, imputabilidade, progressão de pena, execução penal entre outras. Modalidades de crime Podemos tipificar uma conduta humana como crime a partir da ilicitude e da materialidade do fato PSICOLOGIA E DIREITO PENAL Para o Direito, a intenção apresenta um interesse particular e, a partir deste fato, dividem-se os delitos em dois grupos: delito doloso e delito culposo. Delito doloso - encontramos a vontade consciente. Entretanto, é importante a análise das motivações que levaram esta pessoa a este ato, para melhor entender de que forma esta vontade foi expressa. PSICOLOGIA E DIREITO PENAL Delito culposo - o Código Penal (1984) aplica três situações para caracterizá-lo: a imprudência, a negligência e a imperícia. De acordo com a Psicologia, todas estas situações podem ser interpretadas, não como “obras do acaso” , mas como situações que envolvem em maior ou menor grau aspectos do inconsciente das pessoas. PSICOLOGIA E DIREITO PENAL Inimputabilidade e Imputabilidade O Código Penal (1940) legisla a respeito da capacidade de responsabilização dos indivíduos portadores de transtornos mentais, frente ao cometimento de crimes. Segundo o artigo 26 deste Código (1940): É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. PSICOLOGIA E DIREITO PENAL A imputabilidade diz respeito ao entendimento da ação praticada como algo ilícito, isto é, contrária à lei e que a pessoa possa agir de acordo com esse entendimento. Aos portadores de transtorno mentais que praticaram atos ilícitos, havendo a comprovação de doença mental que o impeça de ter discernimento sobre o ato praticado ou no momento do ato praticado, em lugar da pena, haverá a aplicação da medida de segurança, que poderá ser na modalidade de internação ou tratamento ambulatorial. PSICOLOGIA E DIREITO PENAL É importante que você saiba!!!!! A medida de segurança tem natureza preventiva e é aplicada por prazo indeterminado, fundamentada nas características de periculosidade do indivíduo, conforme o artigo 97 da Lei de Execuções Penais (1984): § 1° A internação ou tratamento ambulatorial, será por tempo indeterminado, perdurando enquanto não for averiguada, mediante perícia médica, a cessação da periculosidade. O prazo mínimo deverá ser de 1 (um) a 3 (três) anos. PSICOLOGIA E DIREITO PENAL O termo periculosidade é impreciso e é fonte de discussões nos meios jurídicos, médicos e psicológicos. Deve ser interpretado de forma mais abrangente, levando em conta o contexto social, a diversidade e a desigualdade social. Noções de criminologia A Criminologia é uma ciência que tem sua origem na segunda metade do século XIX. Destaca que o crime é um problema da sociedade, nasce nela e é nela que deverão ser encontradas as soluções. PSICOLOGIA E DIREITO PENAL O entendimento para tal afirmação é que criminoso e vítima fazem parte da sociedade. Comportamento criminoso De acordo com Guido Arturo Palomba, Psiquiatra Forense, podemos ter cinco tipos de criminosos: 1- Os Impetuosos: Agem em “curto-circuito”, por amor à honra, sem premeditação, fruto de uma ausência momentânea do senso crítico. Entre os delitos que praticam relacionam-se principalmente o crime passional. PSICOLOGIA E DIREITO PENAL 2- Os Ocasionais: São os levados pelas condições pessoais e influências do meio. Os delitos que mais praticam são o furto e o estelionato. 3- Os Habituais: São aqueles incapazes de readquirir uma existência honesta. Cometem todo tipo de delitos, tem como profissão o crime. 4- Fronteiriços: Apresentam problemas com a afetividade e sensibilidade cujas alterações psíquicas os levam ao delito. Praticam os atos mais perversos e hediondos. PSICOLOGIA E DIREITO PENAL Sua característica principal é a extrema frieza e insensibilidade moral com que tratam as vítimas. 5- Loucos Criminosos: Os delitos praticados por eles podem ser divididos em dois grandes grupos: I - aqueles que agem graças a um processo lento e reflexivo e II - aqueles que agem por impulso momentâneo. No primeiro caso - a ideia surge do nada, inesperadamente, é a obsessão doentia e invencível. PSICOLOGIA E DIREITO PENAL No segundo caso - a deliberação do crime é fruto de uma impulso momentâneo, seguido da execução imediata. Introdução à Vitimologia A vitimologia é um campo de estudo orientado para a ação ou formulação de políticas públicas. Não deve ser estudada apenas relacionada ao Direito Penal, mas também aos Direitos Humanos. Assim, a vitimologia estuda as consequências dos abusos contra os direitos humanos, cometidos por cidadãos ou agentes do governo. PSICOLOGIA E DIREITO PENAL Justiça Restaurativa Conhecida como uma técnica de solução de conflitos que prioriza a criatividade e sensibilidade na escuta das vítimas e dos ofensores. Atuação do psicólogo no sistema penal acompanhamento psicológico dos presos - atendimentos individuais e em grupos, abordando questões da prisão, família e dificuldades surgidas no cárcere. PSICOLOGIA E DIREITO PENAL O psicólogo trabalhará de forma a amenizar o sofrimento pelos quais essas pessoas passam ajudando a elaborar a condição de encarcerado. Elaboração de políticas públicas para atender as necessidades deste setor. Antonia Maria Alves de La Cruz Doutora em Psicologia Social - UERJ (2014). Mestrado em Psicologia (Psicologia Social) – UGF (1993). Especialização em Psicologia Jurídica – UERJ (2006). Graduação em Psicologia – UGF (1989). Link Lattes: http://lattes.cnpq.br/1132324183060688 Título do tema da aula Obrigado!
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