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abdome agudo

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1 Larissa Maria Miranda Santana MEDICINA Rodízio Cirurgia 
ABDOME AGUDO 
Refere-se habitualmente ao sinal e sintoma de 
dor e hipersensibilidade na região abdominal, 
uma manifestação clínica que em geral requer 
tratamento cirúrgico de emergência. 
Muitas doenças, algumas das quais não são 
cirúrgicas ou nem mesmo abdominais, podem 
produzir dor abdominal aguda, portanto todo 
esforço deve ser feito para se ter o diagnóstico 
correto a fim de que o tratamento escolhido, 
geralmente por laparoscopia ou laparotomia, 
seja apropriado. 
O diagnóstico de abdome agudo varia conforme 
a idade e o sexo, apendicite é mais comum em 
jovens, enquanto a doença biliar, obstrução 
intestinal, isquemia e infarto intestinal e a 
diverticulite são mais comuns em idosos. 
 
Causas não cirúrgicas de abdome agudo 
podem ser divididas em 3 categorias: endócrino-
metabólicas, hematológicas e por 
toxinas/drogas. 
 
✓ Anatomia e fisiologia 
A dor abdominal pode ser dividida em seus 
componentes visceral e parietal. A dor visceral 
costuma ser vaga e mal localizada no epigástrio, 
região periumbilical ou hipogástrio, de acordo 
com a sua origem nos segmentos anterior, médio 
e posterior do intestino primitivo. Geralmente é 
consequência de distensão de uma víscera oca. 
A dor parietal está relacionada com a irritação 
das raízes dos nervos segmentares que inervam o 
peritônio e tende a ser mais aguda e mais bem 
localizada, a dor referida é percebida em um 
local distante da fonte do estímulo. 
A presença de bactérias ou componentes que 
provoquem irritação química na cavidade 
peritoneal causam extravasamento de líquido na 
cavidade peritoneal. O peritônio responde a 
inflamação com um aumento do fluxo 
sanguíneo, maior permeabilidade e formação de 
exsudato fibrinoso. O intestino também é 
acometido por paralisia focal ou generalizada. 
Essas duas alterações em conjunto provocam 
aderências entre os intestinos e ajudam a 
bloquear o processo inflamatório. 
A peritonite é uma inflamação peritoneal com 
varias causas, sendo em geral reconhecida no 
exame físico por sensibilidade intensa a 
palpação do abdome, com ou sem 
descompressão brusca positiva e retração 
abdominal a compressão. 
✓ História 
Os exames de imagem nunca devem substituir a 
anamnese e o exame físico realizados pelo 
médico. 
- Início - Tipo -Localização -Duração 
-Irradiação -Cronologia 
A intensidade e a gravidade relacionam-se com 
a lesão do tecido subjacente. O início súbito e 
lancinante sugere perfuração intestinal e 
embolização arterial com isquemia, embora a 
cólica biliar também possa manifestar-se com 
esse quadro. A dor que se desenvolve e se 
exacerba ao longo de várias horas é típica de 
inflamação progressiva ou infecção como 
colecistite, colite ou obstrução intestinal. 
As atividades que exacerbam e/ou aliviam a dor 
também são importantes. A ingesta de alimentos 
em geral exacerba a dor da obstrução intestinal, 
da cólica biliar, da pancreatite ou da perfuração 
intestinal. Enquanto na úlcera péptica não 
perfurada e gastrite ocorre alívio da dor. 
Sintomas associados podem fornecer 
informações importantes para o diagnóstico. 
Vômitos podem ocorrer na vigência de dor 
abdominal grave de qualquer causa ou como 
resultado de obstrução intestinal mecânica ou no 
íleo. A constipação ou obstipação podem 
resultar tanto de obstrução mecânica quanto de 
redução do peristaltismo, podendo exigir o uso 
de laxativos e procinético. 
✓ Exame físico 
Sendo de forma detalhada é fundamental para 
definição de diagnóstico e tratamento acurados. 
Deve sempre começar com a inspiração geral 
do paciente, seguida pela inspeção do próprio 
abdome. Pacientes com irritação peritoneal 
apresentam piora da dor com qualquer 
atividade que movimente ou distenda o 
peritônio. 
A ausculta abdominal fornece informações uteis 
sobre o trato gastrointestinal e o sistema 
circulatório. A quantidade e a qualidade dos 
ruídos intestinais devem ser avaliados, a ausência 
sugere íleo, enquanto hiperatividade pode ser 
encontrada nas enterites ou fase inicial da 
isquemia intestinal. Os sopros auscultados no 
abdome refletem fluxo sanguíneo turbulento no 
 2 Larissa Maria Miranda Santana MEDICINA Rodízio Cirurgia 
sistema circulatório, sendo encontrados nos 
quadros de estenose arterial. 
A percussão é utilizada para avaliar a presença 
de distensão gasosa nos intestinos, ar livre intra-
abdominal, grau de ascite e presença de 
irritação peritoneal. O timpanismo é 
característica de alças do intestino subjacentes 
repletas de gás-> obstrução intestinal ou íleo. Se 
for identificada macicez considera-se que possa 
haver uma massa abdominal deslocando o 
intestino. 
A principal etapa do exame é a palpação que 
fornece mais informações do que qualquer outro 
exame. Além de revelar a gravidade, a 
localização, avalia a presença de peritonite e 
identifica visceromegalias ou massa intra-
abdominal anormal. A contração involuntária ou 
espasmo muscular da parede abdominal é sinal 
de irritação peritoneal e precisa ser diferenciada 
da contração voluntária. A dor quando focal 
sugere doença inicial ou bem localizada, 
enquanto a dor difusa a palpação sugere 
inflamação generalizada e de apresentação 
tardia. 
 SINAIS IMPORTANTES 
1. Sinal de Blumberg: Sensibilidade da parede 
abdominal de rebote transitório- peritonite 
2. Sinal de Charcot: febre, icterícia e dor no QSD- 
coledocolitiase 
3.Sinal de Courvoisier: vesicular biliar palpável na 
presença de icterícia – tumor periambular 
4. Sinal de Cullen: equimose periumbilical – 
hemoperitonio 
5. Sinal de Grey-Turner: equimose nos flancos: 
pancreatite aguda hemorrágica 
6. Sinal do iliopsoas: elevação e extensão da 
perna contra resistência provoca dor- apendicite 
7. Sinal de Murphy: dor causada pela inspiração 
aplicando pressão ao abdome superior direito- 
colecistite aguda 
8. Sinal de Rovsing: dor no ponto de McBurney 
quando comprime o abdome inferior esquerdo. 
O toque retal precisa ser realizado em todos os 
pacientes com dor abdominal aguda, em busca 
de massa, dor pélvica ou sangue na luz intestinal. 
Um exame ginecológico deve ser realizado em 
todas as mulheres quando a dor é localizada em 
região infraumbilical. 
✓ Fisiopatologia e etiologias 
As causas mais comuns de abdome agudo são 
apendicite aguda, gastroenterite aguda, 
síndrome do intestino irritável, cólicas e dor na 
ovulação. 
❖ Abdome agudo inflamatório 
É causado por um processo inflamatório e/ou 
infeccioso em cavidade abdominal, órgãos ou 
estruturas adjacentes. Costuma cursar com 
manifestações de peritonite e alterações de ritmo 
intestinal. Caracteriza-se por dor de início 
insidioso e intensidade progressiva. Pode ser 
causado por um processo agudo ou pela 
agudização de uma doença crônica. 
Suas principais etiologias são: apendicite aguda, 
colecistite aguda, pancreatite aguda e 
diverticulite. 
 
O diagnóstico pode ser inferido através de 
anamnese e exame físico- exames radiológicos e 
laboratoriais são uteis para definir o diagnóstico 
etiológico. 
A apendicite é a causa mais comum de abdome 
agudo cirúrgico no mundo, sendo mais presente 
em adolescentes e adultos jovens. 
❖ Abdome agudo perfurativo 
Constitui-se a terceira causa mais comum de 
abdome agudo gerando alta frequência de 
emergências abdominais não traumáticas. 
Caracteriza-se por dor de inicio súbito e intenso, 
difusa em todo abdome, agravada com 
movimentação e irritação peritoneal por 
derrame de conteúdo de vísceras ocas no 
peritônio. 
Etiologias comuns: úlcera gastroduodenal, 
diverticulite, neoplasia e corpos estranhos. 
❖ Abdome agudo obstrutivo 
Caracteriza-se por sinais e sintomas de obstrução 
em TGI, como náuseas, vômitos, distensão 
abdominal, parada de eliminação de flatos e 
fezes. Tem caráter evolutivo e a dor costuma ser 
emcólica, geralmente periumbilical. 
Pode apresentar causa mecânica, por 
obliteração parcial ou total do lúmen. 
Etiologias comuns: corpo estranho, bridas, 
hérnias, neoplasias e bolo de áscaris. 
❖ Abdome agudo vascular 
Caracterizado por dor abdominal intensa de 
origem vascular, sendo uma urgência não 
traumática grave por redução súbita do fluxo 
sanguíneo intestinal. Quando quadro é mais 
arrastado, a intensidade pode se apresentar 
diminuída pela circulação colateral. 
 3 Larissa Maria Miranda Santana MEDICINA Rodízio Cirurgia 
A dor é difusa e mal definida, apresentando 
desproporção entre a dor e o exame físico. 
Etiologias comuns: embolia e trombose 
mesentérica com isquemia intestinal, redução do 
débito cardíaco e gastroenterites. 
❖ Abdome agudo hemorrágico 
Causado pela presença de sangue em cavidade 
abdominal. São mais raros e acomete mais 
idosos. 
A dor é intensa, com sinais de hipovolemia 
(hipotensão, taquicardia, palidez e sudorese) e 
rigidez. Em mulheres sempre deve investigar ciclo 
menstrual e a possibilidade de gravidez. 
Etiologias comuns: gravidez ectópica rota, ruptura 
de aneurisma de aorta, rotura de baço. 
 
✓ Quadro clínico 
A principal característica do abdome agudo é a 
dor abdominal, possuindo intensidade e 
localização variável de acordo com cada 
etiologia. 
 
✓ Tratamento 
É dependente da etiologia da dor abdominal, 
deve-se verificar sinais vitais e estabilidade clínica 
com monitorização para pacientes com 
instabilidade. 
É importante fazer dois acessos calibrosos, coleta 
de exames e tipagem sanguínea, além da 
reposição de fluidos. 
Os pacientes podem receber medicações 
sintomáticas como analgésicos e 
antiespasmódicos, mas em casos de dor 
insuportável pode ser usado a morfina 0,05mg/kg 
a cada 20 minutos. Em pacientes com quadros 
de litíase urinária pode-se usar anti-inflamatórios. 
Pode-se considerar laparoscopia diagnóstica 
para os pacientes clinicamente estáveis e que 
não foram submetidos a cirurgia por falta de uma 
causa óbvia. 
 
ABDOME AGUDO INFLAMATÓRIO 
Quadro de dor abdominal súbita e inesperada, 
originado de um processo infeccioso e/ou 
inflamatório na cavidade abdominal, sendo que 
em alguns casos apresenta-se com peritonite, 
situação mandatória de manejo cirúrgico. 
 
A fisiopatologia baseia-se na extensão do 
processo inflamatório/infeccioso ao peritônio e as 
modificações do funcionamento do trânsito 
intestinal. 
Nas fases iniciais há ainda pouca atividade 
inflamatória com aumento da efusão peritoneal 
e quimiotaxia de células inflamatórias. Na fase 
tardia existe uma exuberante resposta 
inflamatória com formação de fibrina, aderência 
e fibrose. 
 4 Larissa Maria Miranda Santana MEDICINA Rodízio Cirurgia 
A dor abdominal costuma ser progressiva e 
quando evolui com piora progressiva uma 
conduta cirúrgica é necessária na maioria das 
vezes. Náuseas e vômitos podem ocorrer na 
evolução do quadro, podendo ser resultado da 
algia intensa ou de estase intestinal secundária a 
irritação do peritônio visceral. A febre é um 
sintoma comumente observado, podendo surgir 
já nas fases iniciais do processo, piorando com a 
evolução do quadro. 
 APENDICITE AGUDA 
Se dá por obstrução do lume apendicular por 
corpo estranho ou processo inflamatório. 
Habitualmente encontra-se o indivíduo em 
posição antálgica e com bom estado geral. 
Pode haver sinais de irritação peritoneal, com 
contratura da musculatura abdominal e/ou 
defesa voluntária a palpação. Sinal de Blumberg 
e sinal de Rovsing. 
 
Conduta: apendicectomia é o padrão ouro para 
apendicite complicada e não complicada. 
Estudos sobre antibioticoterapia isolada não são 
seguros, visto que em casos de evolução do 
quadro a abordagem cirúrgica é necessária. 
COLECISTITE AGUDA 
Inflamação química e/ou bacteriana da vesícula 
biliar. Causas comuns são litíase vesicular ou 
colelitíase. Normalmente se dá por impactação 
de um cálculo, gerando estase do conteúdo 
biliar e consequentemente um fluxo retrógrado. 
Sinal de Murphy 
 
 
 
 
 
 
O estado geral costuma estar preservado, 
podendo apresentar comprometimento na 
dependência da intensidade do processo 
inflamatório. Pode haver irritação peritoneal e 
icterícia por impactação do cálculo no 
infundíbulo .A impactação pode causar a 
síndrome de Mirizzi que é o resultado desse 
impactamento do cálculo no ducto cístico ou no 
colo vesicular, causando compressão extrínseca 
do ducto hepático comum e a inflamação.
 
 
Conduta: antibioticoterapia empírica: cefazolina, 
cefuroxima ou ceftriaxone nos casos leves a 
moderado. Nos casos mais graves podem ser 
utilizados carbapenêmicos, batalactâmicos com 
inibidores da betalactamase. 
Colecistectomia de emergência em pacientes 
instáveis ou com dor intratável ou com 
complicações. 
Para os pacientes estáveis, a colecistectomia 
deve ser realizada no mesmo internamento 
dentro de 3 dias após o inicio dos sintomas: ASA 
1/2 
Pacientes ASA 3/4/5 sem indicação de 
colecistectomia de emergência pode ser feito 
inicialmente abordagem não cirúrgica e caso 
sem resposta há instituição da laparotomia. 
 PANCREATITE AGUDA 
Processo inflamatório do pâncreas por ativação 
enzimática inadequada. Apresenta um quadro 
menos caracterizado, a grande maioria 
relaciona-se a doença biliar litiásica ou ingestão 
de álcool, mas outras causas podem ser 
apresentadas como trauma e infecções. Sinal de 
Cullen e Grey Turner. 
 
90% dos casos trata-se de casos leves com a 
presença de um estado geral regular e posição 
antálgica, sinais de desidratação e hipovolemia. 
10% apresenta-se como pancreatite grave com 
comprometimento do estado geral, taquicardia, 
taquidispneia, hipotensão e abdome distendido 
com sinais de peritonite. 
Se associado a litíase biliar pode apresentar 
icterícia. 
Colelitíase é a presença de cálculos na vesícula 
biliar. Coledocolitíase é a presença de cálculos nos 
ductos biliares, mais especificamente, no ducto 
colédoco e colecistite é a presença de inflamação 
na vesícula biliar, que pode ocorrer por cálculos ou 
não 
 5 Larissa Maria Miranda Santana MEDICINA Rodízio Cirurgia 
Pode haver aumento de até 3x o valor de lipase 
e amilase. A elevação da amilase sérica ocorre 
de forma mais precoce, normalizando após 48 
hrs, enquanto a lipase eleva-se mais tardiamente 
porém permanece alto por mais tempo. 
 
Conduta: ressuscitação volêmica agressiva nas 
primeiras 24 hrs. Nutrição enteral após o 5º dia 
caso não tolere dieta oral. Antibioticoterapia em 
caso de infecção documentada a partir da 
segunda semana de suporte clínico. CPRE nos 
casos de pancreatite secundária a colelitíase 
com evidencia de colangite sobreposta. 
 DIVERTICULITE AGUDA 
Processo inflamatório de um ou mais divertículos 
do cólon. 
Divertículos são protrusões saculares da mucosa 
através da parede muscular colônica. 
Diverticulose é a presença de divertículos em 
todo cólon. 
Diverticulite é o processo inflamatório de um ou 
mais divertículos do cólon. 
 
O paciente pode cursar com taquicardia 
discreta, distensão abdominal e sinais de 
peritonite- dor a descompressão brusca e a 
percussão. O toque retal costuma ser doloroso. 
A TC é o exame mais indicado para confirmação 
diagnóstica e detecção de complicações. 
Conduta: nos casos de diverticulite hospitalar não 
complicada, deve seguir: 
- Antibioticoterapia venosa contra gram-
negativos e anaeróbios 
-Analgesia, reposição volêmica e dieta zero com 
retorno em 2-3 dias. 
Nos casos leves continuar ou iniciar o tratamento 
em caráter ambulatorial com antibioticoterapia 
oral por 7-10 dias, evolução gradual da dieta e 
reavaliar a cada 2-3 dias. 
Pacientes estáveis hemodinamicamente devem 
ser submetidos à ressecção definitiva do 
segmento colônico acometido → Em pacientes 
classificados como Hinchey I ou II pode-seproceder à anastomose primária com ou sem 
ostomia protetora. 
Pacientes instáveis necessitam de abordagem 
menos invasiva, como ressecção limitada ou 
drenagem percutânea de coleções → 
procedimento à Hartmann é preferido à 
anastomose primária em pacientes com 
apresentações mais graves (Hinchey III ou IV. 
 
• Tratamento 
O tratamento do abdome agudo inflamatório 
baseia-se em uma conduta específica e suporte: 
- Analgesia 
-Reposição volêmica 
-Correção de distúrbios hidroeletrolíticos 
-Tratamento do íleo adinâmico: jejum, sonda 
nasogástrica nos casos de distensão gástrica e 
intestino delgado considerável ou vômitos 
incoercíveis. 
-Antibioticoterapia ou Antibioticoprofilaxia 
-Tratamento de falência orgânica se for 
necessário. 
ABDOME AGUDO OBSTRUTIVO 
As causas de abdome agudo obstrutivo podem 
ser divididas em mecânicas e funcionais 
originadas no intestino delgado ou grosso: 
 
Apresenta alta morbimortalidade quando há 
retardo no diagnóstico e/ou manejo 
inapropriado, sendo o sofrimento de alças 
intestinais um importante contribuinte para esse 
desfecho. 
 6 Larissa Maria Miranda Santana MEDICINA Rodízio Cirurgia 
 
- Distúrbios hidroeletrolíticos: o intestino delgado 
tem função secretória e absortiva, assim as 
obstruções nesse segmento interferem na 
funcionalidade, podendo resultar em depleção 
hidroeletrolítica. 
Vômitos frequentes exacerbam o distúrbio 
hidroeletrolítico, resultando em hipercalemia e 
hipovolemia graves, levando a óbito ou 
complicações cirúrgicas. 
-Distensão abdominal: o segmento anterior a 
obstrução terá absorção e eliminação de gases 
e fluidos pela mucosa intestinal, enquanto o 
ponto posterior terá distensão devido ao 
acúmulo desses componentes, gerando um 
colapso no sistema. A distensão progressiva do 
segmento acometido ocasiona aumento da 
pressão luminal comprometendo a drenagem 
venosa com aumento do influxo de água e 
eletrólitos para o lúmen, além de perda através 
da camada serosa para a superfície peritoneal. 
-Oligúria: a perda de sódio e água para o lúmen 
intestinal aumenta progressivamente enquanto a 
função absortiva permanece comprometida, 
ocasionando a depleção do volume 
intravascular efetivo com redução da excreção 
urinária de sal e água. 
-Ausência de ruídos hidroaéreos: inicialmente 
pode haver aumento significativo da peristalse a 
fim de vencer o fator obstrutivo, evoluindo 
posteriormente para fadiga da musculatura lisa 
para com os movimentos intestinais. 
-> Obstrução do intestino grosso 
O comportamento da obstrução no intestino 
grosso é determinado pela competência da 
válvula ileocecal. 
 
- Válvula ileocecal: uma obstrução em alça 
fechada- entre o VIC e o ponto de obstrução- 
ocorre caso a válvula permaneça competente, 
levando a dilatação progressiva do cólon com 
posterior comprometimento vascular. 
- Volvo intestinal: é uma importante causa de 
obstrução em alça fechada, uma vez que o 
segmento rotaciona sobre o mesentério, 
podendo levar a sofrimento vascular. Pode ser 
primário por má formação congênita ou 
secundário por rotação através de um orifício ou 
de uma aderência. 
-Sofrimento vascular: caso haja estrangulamento 
de alça intestinal por aderência ou por 
angulação pode haver comprometimento 
vascular grave secundário ao aumento da 
pressão na parede intestinal. 
-Translocação bacteriana: se houver através da 
parede intestinal danificada irá gerar peritonite 
localizada ou difusa. 
-> Obstrução funcional 
-Distúrbios metabólicos: hipocalemia, uremia ou 
diabetes descompensada. 
-Síndrome de Ogilvie: há pseudo-obstrução 
intestinal com distensão colônica por 
disautonomia nervosa, sem fator mecânico. 
 
• Clínica 
O quadro clínico é variável e depende de alguns 
fatores, como local e tempo de obstrução, 
presença de complicações, como sofrimento 
vascular e perfurações, grau de contaminação e 
status clínico do paciente. 
Geralmente o paciente apresenta dor abdominal 
de início súbito, evolui com náuseas, vômitos e 
parada da eliminação de gases e fezes. 
A distensão abdominal encontra-se comumente 
disposta em região central na obstrução de 
intestino delgado e em flancos ou abdome 
superior nas obstruções baixas. 
Os sinais e sintomas podem ser divididos de 
acordo com o sítio da obstrução: 
- Obstrução intestinal alta (delgado): a parada 
da eliminação de fezes e gases é um sinal que 
ocorre tardiamente durante a evolução da 
obstrução, uma vez que o conteúdo colônico é 
esvaziado normalmente nas fases iniciais. Os 
ruídos podem estar aumentados inicialmente na 
tentativa de vencer o fator obstrutivo, peristalse 
de luta, apresentando aumento de timbre, 
conhecido como som metálico e desaparece 
gradualmente devido a fadiga da musculatura. 
 7 Larissa Maria Miranda Santana MEDICINA Rodízio Cirurgia 
- Obstrução intestinal baixa (transição ileocecal e 
intestino grosso): na obstrução do cólon 
geralmente há parada da eliminação de fezes e 
flatos precocemente associada a distensão 
abdominal importante. A dilatação severa dos 
segmentos intestinais pode levar a 
comprometimento vascular com isquemia, 
necrose e perfuração. 
* Complicações: o paciente pode apresentar 
sinais de desidratação ou choque hipovolêmico. 
A presença de sensibilidade a palpação 
abdominal pode sugerir peritonite secundária ao 
estrangulamento de alças. 
 
• Diagnóstico 
Pode ser feito a partir de anamnese e exame 
físico minucioso, além de ser necessário 
avaliação do estado geral do paciente, 
confirmar o diagnóstico e identificar a condição 
subjacente ao quadro obstrutivo. 
Radiografia em decúbito dorsal e ortostase 
podem evidenciar dilatação de alças com nível 
intraluminal proximais a obstrução, sugerindo o 
nível do processo obstrutivo. 
**Estudos contrastados: o trânsito intestinal e o 
enema opado podem auxiliar no diagnóstico e 
manejo, principalmente em obstruções parciais 
do intestino delgado. Dado o risco potencial de 
perfuração, contrastes hidrossolúveis devem ser 
preferidos ao bário. 
 
• Tratamento 
Os objetivos do tratamento do AAO são 
reposição hidroeletrolítica, descompressão 
gastrointestinal, analgesia e terapêutica 
definitiva. 
A conduta conservadora pode ser escolhida em 
alguns casos como em bolo de áscaris, 
invaginação intestinal, volvo de sigmoide, 
fecaloma e aderências. 
Obstruções de delgado raramente se resolverão 
sem cirurgia, caso não apresente resolução 
dentro de 48 hrs de tratamento conservador. 
1. Conduta cirúrgica: é indicada se existir uma 
causa subjacente que necessita de tratamento, 
a exemplo de tumor ou hérnias, mediante falha 
no tratamento conservador ou quando houver 
sinais de irritação peritoneal. 
Nas obstruções colônicas o primeiro passo é a 
descompressão, sendo necessária cirurgia na 
maioria das obstruções mecânicas. A lesão 
obstrutiva deve ser removida sempre que 
possível. 
2. Conduta conservadora: volvo de sigmoide 
pode ser manejado clinicamente através da 
descompressão por retossigmoidoscopia; 
intuscepção pode ser corrigida através do 
enema opaco. 
ABDOME AGUDO PERFURATIVO 
As perfurações pode ser classificadas como altas 
ou baixas, tendo como referência o ligamento 
de Treitz. Nas perfurações altas geralmente se 
inicia por uma peritonite química, por liberação 
de sucos digestivos que culmina com 
proliferação bacteriana e posterior processo 
infeccioso. Nas perfurações baixas é esperado 
inicio por peritonite infecciosa de região já 
colonizada com evolução para um quadro 
sistêmico, podendo manifestar sinais de 
septicemia. 
A gênese dessa síndrome se dá pela perfuração 
de uma víscera oca, podendo ser decorrente de 
diversas causas: processo inflamatório, neoplasia, 
obstrução e infecção. 
Saída de conteúdo luminal -> peritonite química-
> invasão bacteriana -> peritonite bacteriana -> 
repercussão local e sistêmica 
 
❖ Estômago e duodeno:as etiologias mais 
comuns são úlceras agudas e crônicas, sendo 
essa perfuração geralmente associada a 
ingestão de álcool, corticoides, AINES, 
neoplasias e corpos estranhos. 
❖ Intestino delgado: Geram peritonite química 
inicialmente, já que o extravasamento de 
enzimas ativas e as perfurações mais distais 
são acompanhadas de peritonite bacteriana. 
Principais causas: neoplasias, síndrome de 
ogilvie, doença inflamatória intestinal, 
diverticulite, apendicite, volvos de ceco e 
sigmoide. 
❖ Intestino grosso: a peritonite é bacteriana 
desde o início, além disso a perfuração no 
cólon direito é mais grave do que a do 
esquerdo, devido a alta virulência dos germes 
e pela consistência líquida das vezes. 
Principais causas: Divertículo de Merkel, corpo 
 8 Larissa Maria Miranda Santana MEDICINA Rodízio Cirurgia 
estranho, infecção, DII, abdome agudo 
obstrutivo com necrose intestinal. 
 
• Clínica 
O sintoma invariável é a dor abdominal e a partir 
disso as demais manifestações variam de acordo 
com o local que ocorreu a perfuração, o tempo 
decorrido entre o início do quadro e intervenção 
médica, além do grau de distribuição dos líquidos 
extravasados. 
De maneira geral: dor súbita, intensa e difusa; 
abdome em tábua; sinais de peritonite; evolução 
rápida. 
O abdome em tábua é uma contratura 
involuntária generalizada da parede abdominal 
por peritonite difusa. O exame físico pode ser 
encontrado distensão abdominal e ausência de 
ruídos hidroaéreos. 
→Sinal de Jobert: perda da macicez hepática a 
percussão do hipocôndrio direito. 
• Diagnósticos etiológicos 
1. Úlcera péptica perfurada: permitem a 
comunicação entre a luz da víscera e a 
cavidade abdominal, com extravasamento de 
conteúdo. As perfurações geralmente ocorrem 
por desequilíbrio entre o ácido e a barriga 
mucosa. Dor abdominal + taquicardia + rigidez 
abdominal 
Atentar-se para as chances de evoluir para 
choque hipovolêmico. 
2. Divertículos: a perfuração espontânea de um 
divertículo em peritônio livre com consequente 
peritonite é rara. Surge por atividade cólica 
anormal, modificações da dieta ou 
predisposição constitucional. Dor em FID + febre + 
náuseas e vômitos + sinais de peritonite 
• Diagnóstico 
Se baseia na história clínica minuciosa, exame 
físico criterioso e exames de imagem. O 
laboratório é inespecífico, podendo nos ajudar a 
detectar a presença de processos inflamatórios e 
infecciosos. 
A característica principal dos exames de imagem 
é a presença de ar e/ou líquido na cavidade 
peritoneal, retroperitônio ou na parede dos 
órgãos. 
A TC é um método excelente, permitindo a 
localização precisa da perfuração, além de 
possibilitar a visualização de abscesso. 
 
 
• Tratamento 
Consiste em suporte clínico, antibioticoterapia e 
cirurgia. A abordagem inicial consiste com 
monitorização e manejo inicial dos casos de 
hipotensão e choque. A antibioticoterapia de 
amplo espectro pode ser feita antes do 
tratamento definitivo ou intra-operatório. 
O tratamento é cirúrgico, com objetivo de rafiar 
a perfuração ou ressecar a área comprometida. 
ABDOME AGUDO ISQUÊMICO 
Início súbito ou intermitente, de intensidade 
variável, representado pela isquemia 
mesentérica ou intestinal por fornecimento 
inadequado de oxigênio para o intestino, que 
necessita de intervenção médica imediata. 
A isquemia mesentérica pode ser aguda ou 
crônica, mesentérica (delgado) ou colônica 
(grosso). 
 
As regiões mais propensas a isquemia são as 
áreas pobres em circulação colateral, por 
dificuldade de compensar a perfuração em caso 
de obstrução na circulação principal, são áreas 
como a flexura esplênica e junção retossigmoide. 
A lesão intestinal pode se dar por 2 mecanismos: 
- Hipoperfusão com hipóxia 
- Reperfusão 
 9 Larissa Maria Miranda Santana MEDICINA Rodízio Cirurgia 
Na hipoperfusão o comprometimento da oferta 
de oxigênio se dá com uma redução do fluxo 
intestinal maior que 50%. O intestino consegue 
compensar até 75% da hipoperfusão por até 12 
hrs sem dano substancial, pelo aumento da 
extração de oxigênio e circulação colateral. 
Na reperfusão a lesão se dá por ação de 
espécies reativas de oxigênio. 
 
Principais fatores de risco: doenças crônicas, má 
formação arteriovenosa, medicações 
vasoconstritoras. 
1. Isquemia colônica: o cólon recebe menos 
suprimento sanguíneo em relação ao resto do TGI 
e isso faz dele o segmento mais acometido. 
- Isquemia colônica não oclusiva 
-Oclusão arterial por êmbolos ou trombos 
-Trombose de veia mesentérica 
Deve ser suspeitado em pacientes com dor em 
abdome inferior e diarreia ou Hematoquezia 
2. Isquemia mesentérica aguda: a oclusão pode 
ocorrer por embolos ou trombos, sendo a por 
êmbolos a mais comum e com melhor 
prognóstico. 
A trombose da VMS é a principal causa de 
isquemia de delgado em pacientes jovens com 
doenças cardiovasculares. Pode ser primária ou 
secundária se tiver associação com algum dos 
fatores da tríade de Virchow: 
 
3. Isquemia mesentérica crônica 
É decorrente de episódios constantes de 
hipoperfusão, típico de pacientes com oclusões e 
estenoses de vasos mesentéricos causados por 
aterosclerose. É caracterizada pela angina 
mesentérica ou intestinal nas primeiras horas após 
alimentar-se. Existem duas explicações para a 
relação entre a dor e as refeições: 
-Desequilíbrio entre demanda metabólica e fluxo 
sanguíneo esplâncnico 
-Hipoperfusão intestinal 
• Clínica 
As formas de apresentação e gravidade 
dependem dos fatores a seguir: 
Leito acometido (arterial ou venoso), grau de 
obstrução, duração, circulação colateral, 
extensão das vísceras acometidas. 
Pode variar desde um quadro súbito a quadros 
de angina abdominal crônica, além de 
apresentar sinais variáveis como náuseas, 
vômitos, diarreia e constipação. 
A tríade da isquemia mesentérica: 
 Dor abdominal pós-brandial 
 Aversão a comida 
 Perda de peso 
No exame físico inicialmente o abdome pode 
estar normal, com dor leve a moderada. A 
peristalse normal ou aumentada como reação 
inicial a hipóxia. Com a progressão da isquemia, 
temos distensão abdominal e timpanismo 
aumentado. 
 
Os exames laboratoriais são inespecíficos, pode 
haver leucocitose, acidose metabólica, 
hemoconcentração e elevação do lactato, 
fosfato e amilase sérica. 
• Exames de imagem 
Devem ser solicitados nos casos de pacientes 
estáveis, o exame de primeira escolha é a TC 
com contraste de abdome. 
Alguns achados são: espessamento da parede 
intestinal e dilatação da víscera, pneumatose 
intestinal ou portomesentérica, infarto de órgãos 
sólidos, falta de enchimento arterial. 
• Tratamento 
Em pacientes instáveis com suspeita de abdome 
agudo isquêmico, o tratamento não deve ser 
postergado visando confirmação diagnóstica 
com exames de imagem. 
O tratamento clínico inclui monitorização 
cardíaca e dos parâmetros ventilatórios, acesso 
venoso com reposição volêmica individualizada, 
correção de distúrbios hidroeletrolíticos, 
analgesia, antibiótico venoso de amplo espectro. 
O uso de antibiótico venoso protege contra a 
translocação bacteriana e reduz a inflamação 
intestinal por reduzir a flora intestinal. 
Os anticoagulantes são utilizados nos casos de 
oclusão arterial ou venosa e em alguns casos de 
isquemia mesentérica não oclusiva para evitar 
formação de trombos e sua propagação. 
O tratamento cirúrgico é definitivo, sendo 
realizado com a ressecção das alças 
isquemiadas. A exploração cirúrgica está 
indicada nos casos de : 
 10 Larissa Maria Miranda Santana MEDICINA Rodízio Cirurgia 
- Sinais de irritação peritoneal 
-Sinais de infarto intestinal em imagem 
-Dúvida diagnóstica 
Pode ser necessária uma segunda reabordagem 
em 24-48 hrs pra avaliar a persistência da 
isquemia. 
ABDOME AGUDO HEMORRÁGICO 
• Etiologias 
1. Abdome agudo hemorrágico vascular 
Ruptura de aneurisma deaorta abdominal 
O aneurisma da aorta abdominal está presente 
em 5% dos indivíduos acima dos 60 anos de 
idade, tendo como principais fatores de risco 
para essa categoria : idade >65 anos, HAS, 
tabagismo, DPOC, aterosclerose. 
Muitos pacientes são assintomáticos e o 
diagnóstico é suspeitado pela palpação de 
massa pulsátil, distensão abdominal e dor 
abdominal. Nesses casos a USG e a TC confirmam 
o diagnóstico. 
Em metade dos pacientes, a manifestação 
clínica inicial é apenas referida como 
desconforto ou dor abdominal mal 
caracterizada, podendo apresentar dor na 
região dorsal. 
O tratamento inicial é direcionado para 
estabilização hemodinâmica do paciente, sendo 
o grau da urgência necessária na avaliação 
radiológica e na indicação cirúrgica. 
Aneurisma de artéria esplênica 
A mais comum no sexo feminino. Tem como 
fatores de risco hipertensão venosa portal, 
fibrodisplasia arterial e gravidez. O tratamento 
desse paciente é a laparotomia exploradora 
imediata associada a reposição agressiva da 
volemia com soluções cristaloides e quando 
necessário, com hemoderivados. 
Aneurisma da artéria hepática 
Homens acima de 60 anos de idade, em 
decorrência da arteriosclerose. Habitualmente é 
assintomático e manifesta-se como dor no QSD 
ou no epigástrio, mimetizando a colecistite e 
pancreatite. A ressecção ou obliteração está 
indicada em todos os pacientes. 
2. Ruptura de gravidez ectópica 
As trompas são o local mais frequente de 
acometimento, porém também pode acontecer 
nos ovários e na cavidade abdominal. 
Os sintomas podem manifestar-se como dor 
abdominal súbita, intensa e inicialmente em 
baixo ventre que pode irradiar para o ombro 
( Sinal de lafond). Instabilidade hemodinâmica, 
hipotensão, taquicardia e choque hipovolêmico. 
O tratamento consiste na avaliação da volemia 
materna, reposição volêmica e tratamento do 
choque.

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