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Unidade 3 | Métodos e estratégias na pesquisa social

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Pesquisa Social
Unidade 3 | Métodos e estratégias 
na pesquisa social
Nelma dos Santos Assunção Galli
Unidade 3 | Métodos 
e estratégias na 
pesquisa social
Unidade de Ensino: U3
Competência da Unidade: Fundamentos,
desenvolvimento e análise do método e estratégias na
pesquisa.
Resumo: Os métodos e as estratégias na pesquisa social,
introdução do tema a partir dos fundamentos,
desenvolvimento, análise e avaliação do método na
pesquisa social.
Palavras-chave: pesquisa qualitativa; pesquisa;
quantitativa; bibliografia; dados; tratamento; avaliação.
Título da Teleaula: Métodos e estratégias na pesquisa
social.
Teleaula nº: 3
Contextualização
Intuito: Estudar sobre os métodos e as estratégias na
pesquisa social, introduzindo o tema a partir dos
fundamentos, do desenvolvimento, da análise e da
avalição do método na pesquisa social.
Objetivos: conhecer e aplicar o processo de elaboração
da pesquisa social na prática profissional.
Portanto, discutiremos: os conceitos de dados e de
tratamento dos dados, como formular os dados na
pesquisa social e, ainda, como tratá-los na pesquisa
social.
 Percurso conceitual:
• Algumas formas de abordagens metodológicas na 
pesquisa social: Pesquisa qualitativa;
• Pesquisa quantitativa;
• Desenvolvimento do método e das estratégias na 
pesquisa social;
• Método e pesquisa social;
• Estratégias na pesquisa social;
• Dados, tratamento e análise na pesquisa social.
Algumas formas de 
abordagens 
metodológicas na 
pesquisa social: 
Pesquisa qualitativa
Pesquisa qualitativa
• Muitas vezes, o comportamento humano tem mais
significados do que os fatos sociais que ele manifesta.
Você já parou pra pensar nisso?
• Como podemos medir aquilo que não é mensurável?
• Como podemos discutir sobre uma realidade que não
expressa retorno em números?
Pesquisa qualitativa
Tem sua raiz em práticas desenvolvidas por antropólogos,
primeiro, depois, por sociólogos em estudos sobre a vida
em comunidades. Na antropologia, os pesquisadores
perceberam que muitas informações a respeito da vida
dos povos não podiam ser quantificadas e precisavam ser
interpretadas de forma mais ampla, descritiva, dando
origem à pesquisa etnográfica. (TRIVIÑOS, 1967, p. 20).
• Atualmente, a qualificação dos fenômenos sociais
apoia-se especialmente na fenomenologia e no
marxismo (TRIVIÑOS, 1967, p. 17).
• A pesquisa inquere ou examina a realidade social.
• Podemos nos amparar em pesquisas qualitativas e
pesquisas quantitativas, adequadas ao objeto da
pesquisa.
Pesquisa qualitativa
“Os marxistas afirmam que existe uma relação necessária
entre a mudança quantitativa e a mudança qualitativa. E
esta, como sabemos, resulta das mudanças quantitativas
que sofrem os fenômenos. Mas a qualidade do objeto não
é passiva. As coisas podem realizar a passagem do
quantitativo ao qualitativo, e vice-versa” (TRIVIÑOS,
1967, p. 18).
A pesquisa qualitativa trabalha com um “universo de
significados, motivos, aspirações, crenças, valores e
atitudes o que corresponde a um espaço mais profundo
das relações, dos processos e dos fenômenos que não
podem ser reduzidos à operacionalização de variáveis”
(MINAYO, 1994, p. 11).
• Objetiva interpretar o fenômeno;
• Engloba um conjunto de características de
investigação da realidade social;
• Os valores são não-métricos;
• O pesquisador é sujeito e objeto de sua pesquisa;
• Volta-se para os aspectos da realidade não
quantificáveis;
• Hierarquiza ações de descrever, compreender e
explicar os fenômenos e seus processos;
• Precisão das relações entre o macro e o micro;
• Difere o mundo social do mundo natural;
• Respeita o caráter interativo dos objetivos, das
orientações teóricas e dos dados empíricos almejados
pelos pesquisadores;
• Busca a fidedignidade dos resultados. Porém,
nenhuma verdade é absoluta;
• Opõe-se a um modelo único de pesquisa.
Algumas formas de 
abordagens 
metodológicas na 
pesquisa social: 
Pesquisa quantitativa
Pesquisa quantitativa
Tem a sua raiz na teoria positivista, através do
pensamento lógico, com ênfase no raciocínio dedutivo,
nas regras da lógica e na mensuração das experiências
da vida humana (CÓRDOBA; SILVEIRA, 2009).
Com relação aos fenômenos sociais, a pesquisa
quantitativa dá conta de apreender apenas a região
“visível, ecológica, morfológica e concreta”, enquanto a
qualitativa aprofunda no mundo dos significados e das
relações humanas, um lado que não é visível
imediatamente, e que não é captável em equações e
médias estatísticas (MINAYO, 1994, p. 11).
• Se centra na objetividade: “[...] considera que a
realidade só pode ser compreendida com base na
análise de dados brutos [...]” (FONSECA, 2002);
• Recorre à linguagem matemática para descrever as
causas de um determinado fenômeno;
• O objeto de estudo é mensurado;
• Capta dados através de instrumentais estruturados
fechados (questionários, entrevistas fechadas).
• Usa amostragem como generalização da totalidade;
• Requer um maior número de dados ou sujeitos de
entrevistas;
• Os resultados são mais palpáveis, mais concretos;
• Há a necessidade de que os fatos possam ser
mensurados;
• Permite que as hipóteses sejam testadas.
Falar sobre a questão do racismo, por exemplo, demanda
certamente uma pesquisa qualitativa, porém, dados
estatísticos não poderiam contribuir para uma descrição
mais detalhada da situação em um determinado país, por
exemplo? Vamos pensar sobre isso?
***
Fazendo uso da abordagem do método dialético...
• Não deve existir oposição entre quantitativo e
qualitativo.
• Toda pesquisa pode ser, ao mesmo tempo, qualitativa
e quantitativa.
Desenvolvimento 
do método e das 
estratégias na 
pesquisa social
Desenvolvimento do método e das estratégias na 
pesquisa social
Método: “[...] conjunto de atividades sistemáticas e
racionais que, com maior segurança e economia, permite
alcançar o objetivo – conhecimentos válidos e
verdadeiros – traçando o caminho a ser seguido,
detectando erros e auxiliando as decisões do cientista”
(LAKATOS; MARKONI, 2010).
Método: Um saber comporta uma perspectiva própria
atrelada a um conjunto de procedimentos para a leitura
da realidade social. Existem diversas formas de
abordagem (método) quanto ao raciocínio lógico.
(LAKATOS; MARKONI, 2010 apud GENEROSO, 2017).
 Existem vários tipos de métodos.
O mais utilizado na pesquisa social é o método
dialético:
• Os fatos são considerados dentro de um contexto
social, considerando-se o mundo dos fenômenos, da
contradição inerente a ele e da mudança dialética
permanente ocorrida na natureza e na sociedade.
• Posiciona o pesquisador para que relacione a visão de
mundo, na perspectiva dialética, aos resultados
alcançados.
• Propõe uma leitura crítica da realidade social, para
além do senso comum, da ingenuidade e do
imediatismo.
• A leitura da realidade social deve estar conectada à
apreensão do desenvolvimento histórico da sociedade
e seu contexto social.
• Compreende a identidade e subjetividade.
• Compreende a totalidade em que se encontra o
fenômeno e pretende desvelar sua essência através da
síntese de suas múltiplas determinações.
• Compreende a verdade como histórica e dialética,
dentro de um determinado tempo, estando em
constante movimento.
Revisando a formulação 
do problema e objetivos 
na pesquisa científica, 
em consonância com a 
Teoria Social Crítica
“Vimos que Pedro atua como estagiário de Serviço Social
no CREAS há seis meses, compondo a equipe de
atendimento aos adolescentes com medidas aplicadas de
liberdade assistida e prestação de serviço à comunidade.
Suas funções são auxiliar as atividades em grupo e
alimentar a planilha de diagnóstico permanente das
medidas socioeducativas.
No exercício da prática como estagiário, Pedro identificou o
aumento em 80% no número de adolescentes que
cometem ato infracional e são encaminhados para cumprir
a medida socioeducativa. Ao levantar essa problemática, foi
sugerido a ele a seguinte ação: construir um projeto de
pesquisa social para identificar as causas do aumento no
número deadolescentes com medidas.
Pedro, enquanto estagiário de Serviço Social, levou a
solicitação do campo de estágio para a professora
responsável na faculdade pelo acompanhamento dos
alunos que estão na experiência e vivência da prática
profissional. [...] Como Pedro já dialogou com a sua
assistente social supervisora e com a assistente social do
CRAS, ele aprendeu a formular e contextualizar o
problema da pesquisa, bem como estabelecer os
objetivos geral e específicos. O seu desafio, aluno, é o de
se colocar na atitude construtiva, como a de Pedro, e
construir este projeto [...]” (GENEROSO, 2017).
Problema de pesquisa:
Quais são os possíveis fatores determinantes no aumento
do número de ato infracional praticado por adolescentes
no município de Joaninha entre 2017 e 2018, no território
de competência de atendimento do CRAS central do
município e quais são as possibilidades de intervenção do
Serviço Social neste fenômeno?
Objetivo geral:
Compreender os possíveis fatores determinantes no
aumento do número de ato infracional praticado por
adolescentes no município de Joaninha entre 2017 e
2018, no território de competência de atendimento do
CRAS central do município e as possibilidades de atuação
do Serviço Social neste fenômeno.
Objetivos específicos:
 Levantar os dados estatísticos relacionados ao
aumento do número de atos infracionais entre os
anos de 2017 e 2018 praticados por adolescentes da
região do CRAS central do município;
 Identificar os serviços preventivos e de convivência
disponibilizados aos adolescentes neste território e as
demandas atendidas e suprimidas;
 Analisar as possibilidades e barreiras de atuação do
Serviço Social e equipe interdisciplinar frente ao
aumento do número de atos infracionais.
Metodologia de pesquisa
Para desenvolvimento da pesquisa, pretende-se fazer uso
da abordagem qualitativa, alicerçada pelo método
dialético como fonte subsidiadora da mesma, com o
objetivo de analisar o fenômeno para além de sua
aparência, no que tange sua estrutura, contexto,
dinâmica, o considerando como um processo inacabado e
em constante movimento.
Seria possível que dados 
estatísticos pudessem 
contribuir para mascarar 
um problema ou uma 
situação? Reflita e dê 
exemplos.
Método e pesquisa 
social
Método e pesquisa social
Método dialético na pesquisa social
“[...] o pesquisador deve trabalhar sempre considerando
a contradição e o conflito; o ‘devir’; o movimento
histórico; a totalidade e a unidade dos contrários; além
de apreender, em todo o percurso de pesquisa, as
dimensões filosófica, material/concreta e política que
envolvem seu objeto de estudo” (LIMA; MIOTO, 2007, p.
39 apud GENEROSO, 2017).
• O conceito de dialética não nasceu com Marx. A
concepção moderna de dialética se fundamenta em
Hegel e é alterada por Marx e Engels no que tange a
questão do materialismo.
• O materialismo dialético é um método que interpreta a
realidade com base em sua interpretação dinâmica e
totalizante. Os fatos sociais não podem ser entendidos
quando considerados de forma isolada, abstraídos de
suas influências políticas, ideológicas, econômicas,
sociais, culturais e etc.
Outros exemplos de método e suas características
generalizadas:
Método dedutivo: a razão é a única forma de se chegar
ao conhecimento verdadeiro; na maioria das vezes parte
de teorias e leis, prevendo a ocorrência de fenômenos
particulares; trabalha com hipóteses lógicas.
• “Parte de princípios reconhecidos como verdadeiros e
indiscutíveis e possibilita chegar a conclusões de
maneira puramente formal” (GIL, 2008, p. 9).
• É proposto pelos racionalistas (Descartes, Spinoza,
Leibniz) (GIL, 2008, p. 9).
• É muito aplicado na Física e na Matemática (GIL,
2008, p. 9).
• Método indutivo: a experiência é a base do
conhecimento; se aproxima das particularidades dos
fenômenos até a abrangência das leis e teorias;
generaliza a realidade a partir de condições
particulares.
• É proposto por empiristas como Bacon, Hobbes, Locke
e Hume (GIL, 2008, p. 10), muito utilizado nas
ciências naturais.
• O conhecimento é fundamentado exclusivamente na
experiência, sem levar em consideração os princípios
pré estabelecidos (GIL, 2008, p. 10).
• Parte-se da observação dos fatos ou fenômenos que
se deseja conhecer e então procura compará-los para
estabelecer relações (GIL, 2008, p. 11).
Método hipotético-dedutivo: somente o
conhecimento não explica um fenômeno; a hipótese é
testada através de lacunas em determinados campos do
conhecimento, por meio do processo de inferência
dedutiva; evidências são investigadas para derrubar
hipóteses prévias.
• É bem aceito no campo das ciências naturais.
• Não é muito utilizado nas ciências sociais em razão de
nem sempre poder se deduzir consequências das
hipóteses formadas (GIL, 2008, p. 13).
Estratégias na 
pesquisa social
Estratégias na pesquisa social
• Os dados (quantitativos ou qualitativos) obtidos na
pesquisa precisam ser norteados.
• Eles são uma representação simbólica. Por si só,
não fazem sentido. Não significam nada sem um
norte, sem uma leitura metodológica.
• O tratamento dos dados na pesquisa social, deve
estar em consonância com o método, com o
conjunto de técnicas e procedimentos escolhido, com
a linha teórica de fundamentação e do problema
pesquisado.
Observe os dados soltos abaixo e verifique o que eles
podem indicar:
 Negros são maioria em universidades públicas.
 O número de idosos com HIV cresceu nos últimos 50
anos.
 O número de desempregados diminui em São Paulo
na última década.
Estratégias na pesquisa social
• Toda pesquisa científica utiliza diversos tipos de
técnicas para obter as informações almejadas.
• Toda pesquisa social concebe algum tipo de
levantamento de dados.
• Os instrumentais geram informações, dados, e
precisam ser tabulados ou analisados posteriormente.
Ex:
Entrevista Questionário Pesquisabibliográfica Observação
• Toda pesquisa é iniciada com uma pesquisa
bibliográfica;
• Os tipos de técnicas utilizadas depende do seu
problema de pesquisa, seus objetivos, seu
cronograma, seu orçamento e seu método;
• Essa estratégias fazem parte da sua metodologia de
pesquisa;
• Criatividade é importante, mas não é suficiente;
• É preciso pesquisar, pesquisar e pesquisar.
• Além do método, sua metodologia deve descrever
todas as técnicas que serão utilizadas na pesquisa.
Dados, tratamento e 
análise na pesquisa 
social
Dados, tratamento e análise na pesquisa social
Após a coleta das informações, os dados precisam ser
elaborados ou classificados de forma sistemática.
Fases de tratamento de dados na abordagem
qualitativa:
 fase de seleção (detectar falhas, erros e etc.);
 fase de codificação (categorização);
 fase de tabulação (análise dos dados).
• Fase de seleção: quais dados deverão ser utilizados?
Quais dados não trazem certeza? Quais devem ser
guardados para um outro momento? É preciso ser
objetivo! Quantidade de páginas não significa
qualidade!
• Fase de codificação: quais informações se
assemelham – construa categorias para agrupá-las
posteriormente. Dados que possuem um padrão de
resposta.
• Fase de tabulação: agrupamento dos dados de
forma a interpretá-los.
Dados, tratamento e análise na pesquisa social
Exemplo de tabulação:
Representações da mulher Passagens
Representação da mulher enquanto ser 
angelical e puro
Nome livro/artigo/página/autor
Representação da mulher enquanto 
objeto sexual
Nome livro/artigo/página/autor
Representação da mulher enquanto 
sinônimo de família
Nome livro/artigo/página/autor
Dados, tratamento e análise na pesquisa social
Devemos nos perguntar: 
• O que coletar (o que quero conhecer)? 
• Com quem ou onde coletar? 
• Como coletar (qual método)? 
• Dados quantitativos ou qualitativos?
 As etapas da pesquisa social asseguram uma
sequência lógica e coerente.
 A pesquisa social não pode ser como uma “colcha de
retalhos” de métodos, instrumentais e teorias.
Três finalidades ou fundamentos da análise da
pesquisa social, segundo Minayo (1992apud GOMES,
1994, p. 69 e GENEROSO, 2017):
• “estabelecer uma compreensão dos dados coletados”
• “confirmar ou não os pressupostos da pesquisa e/ou
responder as questões formuladas”
• “ampliar o conhecimento sobre o assunto pesquisado,
articulando-o ao contexto cultural do qual faz parte”.
O processo de 
pesquisa social
“Lembra-se de que Pedro, o estagiário de Serviço Social,
construindo um projeto de pesquisa? Ele chegou na
etapa de análise e avaliação dos dados coletados. [...] Ao
levantar os dados brutos da pesquisa, Pedro se viu em
um dilema: identificou as lacunas do tempo entre o
boletim de ocorrência e a aplicação da medida; a
escolaridade do grupo atendido; que 25% dos
adolescentes possuem defasagem escolar. Outro ponto
da pesquisa sinalizou que 30% dos adolescentes eram
reincidentes no ato infracional.
O que fazer com os dados levantados? Como estabelecer
uma metodologia adequada para a pesquisa? Como aplicar
os dados e avaliar a sistematização deles? Pedro identificou
que algumas informações dos adolescentes estavam
incompletas, pois alguns dados na ficha social estavam em
branco. Como Pedro poderá analisar e avaliar o método e
as estratégias na pesquisa social? Sugira a Pedro quais
são as metodologias e os fundamentos para a
sistematização dos dados na pesquisa social.
Pedro deverá (após delimitar o problema de pesquisa, os
objetivos geral e específicos):
• Escolher um método que dê conta de seu objeto de
estudo, em essência;
• Entender quais dados efetivamente precisa (de acordo
com o problema e objetivos) e se deverá fazer uso da
abordagem qualitativa ou quantitativa (ou ambas) – o
que deve coletar, com quem ou onde coletar e de que
forma coletar (técnicas que serão utilizadas);
• Selecionar os dados coletados (identificar quais
deverão ser usados)
• Codificar os dados (categorizar os padrões
identificados)
• Tabular os dados (agrupar e analisar).
Cite um exemplo de 
mecanismos para a 
busca/acesso a dados 
para pesquisa 
qualitativa e 
quantitativa
Recapitulando
 O conhecimento dos sujeitos pode (deve) ser
considerado na interpretação dos fenômenos
investigados;
 A relação da abordagem qualitativa com a abordagem
quantitativa não é oposta, mas articulada e
complementar;
 Todo trabalho científico é iniciado com uma pesquisa
bibliográfica (permite que o pesquisador conheça o
que já se estudou sobre o assunto). (FONSECA, 2002,
p. 32);
 Cuidado com a ilusão da transparência, com o
esquecimento do significado dos dados e seu uso e
com a articulação da conclusão!
 Os dados não falam por si só, precisam ser bem
pensados e organizados, além de iluminados por um
método;
 Existem vários tipos de métodos, mas o mais utilizado
atualmente pelo Serviço Social é o método dialético
(marxista);
 A pesquisa qualitativa trabalha com um universo de
significados;
 Nenhuma verdade é absoluta;
 Os dados podem ser usados de forma mal
intencionada;
 No método dialético não existe receita de bolo, a
pesquisa e a busca pela essência do fenômeno em
sua totalidade é o caminho;
 Dentre as informações mais importantes que um
projeto de pesquisa deve apresentar, estão: tema,
problema, objetivos, metodologia (método e
estratégias de pesquisa), embasados por um
referencial teórico-crítico a respeito do que se
pretende estudar;
 Não confunda projeto de pesquisa com pesquisa!
Referências Bibliográficas
GENEROSO, Claudiney. Oficina de formação: pesquisa social. 
Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2017.
GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 
São Paulo: Atlas, 2008.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São 
Paulo: Atlas, 2002.
LARA, Ricardo. A incidência da Teoria Social Crítica no Serviço 
Social. In: Serviço Social & Realidade. v. 18, n.1, p. 43-59, 
Franca, 2009.
MINAYO, Cecília de Souza (Org.). Pesquisa social: teoria, 
método e criatividade. Petrópolis: Vozes, 1994.
NETTO, José Paulo. Introdução ao estudo do método em 
Marx. São Paulo: Expressão Popular, 2011.
Obrigada!