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Atividade 1 N1 Penal Amadeu Cardozo da Silva Neto

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Atividade 1 N1
Aluno: Amadeu Cardozo da Silva Neto
Descreva sobre cada um dos princípios da Pena.
1. Princípio da Reserva Legal
Somente a LEI pode cominar a pena. Previsto como clausula pétrea no art. 5 XXXIX CF/88 e art. 1º CP 
O Princípio da Reserva Legal ou princípio da Legalidade Penal determina que só será considerada como Infração penal a conduta prevista como tal na Lei. Se determinada conduta praticada pelo agente não estiver prevista como ilegal pela Lei, ela necessariamente será lícita, livre e impunível por parte do Estado
Uma das exigências trazidas pelo Princípio da Reserva Legal, é de que o agente somente poderá ser processado, se sua conduta for previamente tipificada (com clareza e precisão) como crime.
O “Princípio da Reserva Legal”, também denominado “Estrita Legalidade”, é, antes de mais nada uma cláusula pétrea, uma vez que se encontra disposto no artigo 5º, XXXIX de nossa Carta Magna, ou seja, trata-se de um Direito, e principalmente uma Garantia Fundamental, sendo, portanto, inadmissível sua violação, supressão, ou desrespeito à sua prevalência em relação às normas infraconstitucionais.
Art. 5º XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;
2. Princípio da Anterioridade
A lei que comina a pena deve anterior ao fato que se pretende punir. A lei deve ser prévia ao fato praticado (art.5º XXXIX CF/88 e art.1º CP). 
Decorrente da reserva legal, o princípio da anterioridade veda a responsabilização criminal dos indivíduos por fatos praticados antes da entrada em vigor da lei penal que os define como crime e preveja a respectiva sanção.
O princípio da anterioridade se estende ao princípio da legalidade, ou "princípio da reserva legal" que diz que um ato não pode ser tido como criminoso se este não estiver previsto na lei.
Este princípio nos remete a um famoso dito popular, que diz: "Contra fatos não há argumentos". Para que uma ação ou omissão seja tida como crime, é preciso que a norma seja anterior ao fato. Por ele, não há crime nem pena sem lei prévia.
De modo absoluto, então, agora se pode afirmar que somente por meio de lei, constituída a partir de regular processo legislativo na Câmara dos Deputados, Senado Federal e Presidência da República (art. 61 de seguintes da CF), admite-se a descrição de uma conduta como criminosa, fixação da respectiva pena ou mesmo inovação na disciplina dos institutos da Parte Geral do Código Penal.
Por força da anterioridade de exercício, de que trata a alínea b, é vedada a cobrança de tributos "no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou".
3. Princípio da Personalidade (pessoalidade/intrasmissibilidade)
nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido".
Desta feita, podemos perceber que a responsabilidade deve ser individual, posto que ninguém pode responder criminalmente além dos limites da própria culpabilidade.
A pena não pode, em nenhuma hipótese, ultrapassar a pessoa do condenado (art5ºXLV CF/88). É vedado, portanto, alcançar, familiares do acusado, ou pessoas alheias a infração penal. Em síntese, esse postulado impede que as sanções e restrições de ordem Jurídica superem a dimensão pessoal do infrator. 
EXCEÇÃO 
É possível, porém que a obrigação de reparar o dano, e a decretação do perdimento dos bens, compreendidos como efeito da condenação, sejam nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas até o limite do valor do patrimônio transferido (art. 5º XLV CF/88). 
OBS: A PENA de multa não poderá ser cobrada dos sucessores dos condenados.
4. Princípio da individualização da pena
A individualização da pena tem o significado de eleger a justa e adequada sanção penal, quanto ao montante, ao perfil e aos efeitos pendentes sobre o sentenciado, tornando-o único e distinto dos demais infratores, ainda que coautores ou mesmo corréus.
Este princípio está fundamento no art.5º XLVI /88, repousa no ideal de justiça segundo o qual se deve distribuir a cada indivíduo, o que lhe cabe de acordo com as circunstancias específicas do seu comportamento. 
Significa a aplicação da pena levando em conta não a norma penal em abstrato, mas especialmente, os aspectos subjetivos e objetivos do crime.
5. Princípio da proporcionalidade
A resposta penal deve ser justa e suficiente para cumprir o papel de reprovação do ilícito, bem como para prevenir novas infrações penais. Deve haver correspondência entre o Ilícito cometido e o grau de sanção penal imposta.
Ou seja, o princípio da proporcionalidade se constitui numa autêntica salvaguarda dos direitos individuais contra ações indevidas do poder público que violem a sua liberdade
6. Princípio da inderrogabilidade (inevitabilidade)
Este princípio designa que, estando presentes os pressupostos da pena, essa deve ser aplicada e cumprida inevitavelmente.
O Estado-juiz não pode deixar de aplicar e executar a pena ao culpado pela infração penal, com apenas uma exceção: o perdão judicial (art. 121, parágrafo 5º do CP).
Ao reconhecer que uma pessoa praticou um fato típico, antijurídico e culpável, o juízo está obrigado a aplicar uma pena.
Exceção a este princípio: o perdão judicial.
Previsto em casos expressos no ordenamento jurídico, a sentença que extingue a punibilidade por perdão judicial é DECLARATÓRIA, nos termos da Súmula 18 do STJ.
7. Princípio da bagatela imprópria
Para que uma conduta seja reprimida na seara penal não basta que ela seja considerada infração; é necessário que ela lese o bem jurídico protegido pela norma. Por isso, condutas irrelevantes, como o furto de quantias irrisórias, não podem ser punidas penalmente, visto que elas não ofendem o bem jurídico protegido.
É importante destacar que a possibilidade de aplicação do princípio da insignificância é analisada caso a caso. Para isso, segundo entendimento dos Tribunais Superiores, devem ser levados em consideração a ofensividade da conduta, a reprovabilidade do comportamento, as condições pessoais do agente e a expressividade da lesão jurídica.
8. Princípio da humanidade (ou humanização das penas)
Consiste no benefício Constitucional concedido para que a pena não ultrapasse a pessoa do réu (com ressalvas aos efeitos extrapenais da pena), nem que esta atente desnecessariamente contra sua integridade física e mental.
Decorrente do movimento iluminista, notadamente a partir da obra de Beccaria, o princípio da humanidade consiste em tratar o condenado como pessoa humana e foi consagrado expressamente na Constituição da República, em vários preceitos, com destaque especial no art. 5.º, XLIX, que dispõe que é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral.
Com a concreção desse princípio, esculpido na Constituição da República, o condenado, que se encontra privado de sua liberdade, tem um status jurídico particular; é um sujeito titular de direitos fundamentais, ainda que com certas limitações derivadas de sua situação de reclusão.
9. Princípio da proibição da pena indigna
Á ninguém pode ser imposta uma pena ofensiva à dignidade humana. No âmbito punitivo, chama atenção um particular aspecto do princípio da dignidade da pessoa humana, que é o da proibição da pena indigna, que também possui uma dupla dimensão: a) político – criminal e b) interpretativa e dogmática. Ou seja: o legislador, no momento da criminalização de uma conduta, não pode contemplar no texto legal pena indignas (penas ofensivas à dignidade da pessoa humana). O aplicador da lei tampouco pode delas fazer uso. A pena não pode ser degradante, humilhante ou vexatória (CF, Art. 5º, III).

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