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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS ANANINDEUA FACULDADE DE HISTÓRIA ELIANDRA GLEYCE RODRIGUES /CURSO INTERVALAR HISTÓRIA DISCIPLINA: ARQUEOLOGIA NO ENSINO DE HISTÓRIA PROF. DR. WESLEY KETLE. COSTA, M. DIOGO. O urbano e a arqueologia: uma fronteira transdisciplinar. Revista latino-americana de arqueologia histórica, v.8, n.2, 2014, p. 45-71. Costa (2014) apresenta importante aspectos da chamada arqueologia urbana, primeiro porque ele começa a revisionar como a década de 60 sendo norteadora nos chamados “aportes teóricos e metodológicos” para efetuação do estudo, e já na década de 70 ele faz apontamentos sobre os empreendimentos imobiliários e em 80 apresenta o corpo tomando forma de uma arqueologia urbana, esta com a finalidade de contar a história das cidades. Além disso menciona algumas pesquisas realizadas sobre grupos domésticos no ambiente urbano que abre dialogo para uma reconstrução de um passado histórico, cita os trabalhos de Thiesen na qual estuda as transformações da paisagem urbana em Porto Alegre dos recortes do século XIX até XX do qual vai identificar por meio das fachadas de obras prediais os grupos que faziam parte daquela sociedade, outro trabalho que Costa( 2014) traz ao texto pra gente pensar , é o de Tocchetto que explana as práticas do cotidiano de Porto Alegre e traz ao debate as práticas do discurso higienista do século XIX, "e nos trabalhos de pesquisa sobre Pirenópolis por Curado, que procura expor o público e o privado em comparação com a arquitetura, ou de Vila Boa por Tedesco, que apresenta os espaços dos negros e brancos na cidade. Costa , 2014, p. 59”. Assim, o texto desmitifica o pensamento do senso comum, fazendo apontamentos claros como a cidade, o meio urbano também é produto e objeto da arqueologia mostrando-se assim rica para os estudos arqueológicos. E é nesses estudos que Costa (2014) menciona que para se fazer um estudo arqueológico e histórico da cidade será preciso estabelecer princípios a serem investigados como o traçado, a forma da cidade o planejamento e a execução urbana, bem como as dinâmicas sociais da vida urbana. No texto o autor aponta a questão do planejamento urbano onde na época colonial aparece as cidades mais populosas do Brasil e a própria Belém ocupa a quinta 2 posição das cidades populosas de origens diversificadas impulsionadas nessa época colonial por militares e religiosos essa aglomeração populacional parte de projetos, assim como acontece em outras regiões. Segundo que estudar a cidade como um objeto arqueológico envolve verificar os seus vestígios, e a própria relação homem natureza, como o autor exemplifica no texto: (...) onde lixeiras coletivas, presentes nos aterros de praças ou vias públicas, contem artefatos que informam, através do seu anonimato, as tendências gerais sobre cada época. E as lixeiras particulares, dos quintais ou abaixo de construções mais modernas, que representam a individualidade através de artefatos, em sua maioria ligada a um determinado grupo doméstico ou familiar. COSTA, 2014, p.63. Desta forma o meio urbano indica processos históricos que também pode ser dialogado com o ambiente escolar para o ensino de história e assim aproximar mais o alunado da realidade e experiência ele, levando-se em consideração que a disciplina história não apenas trabalha um passado longe da realidade deles. A zona de Ananindeua, Marituba e Benevides por exemplo podem ser exploradas em sala de aula por meio dos próprios conteúdo da disciplina, se por um lado em sala em nossos conteúdos falamos da importância dos rios da região da mesopotâmia para realização de comercio e ocupação, Benevides, Ananindeua e Marituba também possuem sua história em meios de “rios “ \por assim dizer, no texto o autor menciona como a materialidade das coisas também remetem ao um passado histórico, Belém por exemplo através e suas ruas e calçadas também evocam essa memória. Um ensino em sala de aula por mencionar os cemitérios da cidade, as praças também é dialogar com a arqueologia urbana, não pode descartar que lixões por exemplo, quando atingem o limite são espaços para obras de aterramento como praças e parques, porem o desafio de pensar essas possibilidades em sala de aula são maiores do que as propostas, o conteúdo de introdução ao sexto ano como “ Patrimônio “ será uma excelente oportunidade para explorar a temática da arqueologia urbana, no caso de Belém/PA pode até mesmo se começar pelas ruas e passagens na qual a escola está inserida, visto que grande parte das ruas de Belém contém nomes importantes, o meio em que a escola está na comunidade também possui um objetivo especifico, já por outro lado um estudo , ou passeio com os alunos e a verificação de documentação de projetos de abastecimentos da cidade pode ser início para um debate de como algumas áreas no centro foram pensadas e a partir dessa organizações as periferias se estabeleceram. Penso que a arqueologia urbana é 3 rica não somente para o aluno e para a cidade, mas também que cria identidades especificas e dialoga com diversas experiências sociais.
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