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Aula 5 Comportamento Desviante 12.08.2021-1

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Curso- Psicologia Clinica
Disciplina: Comportamento Desviante
5. Delinquências & seus Tipos
Docente
Ibraimo Manuel Culabo
(Psicologo Clinico & Assistente Social)
Conteúdo 
Considerações gerais
Delinquência 
Referencia bibliográfica
Tipos Delinquência
Delinquência juvenil
Delinquência neurótica
Delinquência socializada
Delinquência Caracterológica
Delinquência psicótica
Delinquência neuropsicológica
 Considerações Gerais 
“... O comportamento delinquente é difícil de definir e de medir... 
Infringir a lei pode implicar um acto isolado, um episódio único de actos delinquentes, actos delinquentes ocasionais mas repetitivos ou um continuado modo de vida delinquente.” (Irving, B. 1995, 311).
2.Delinquência Juvenil
Num sentido amplo, a delinquência juvenil refere todo o tipo de infracção criminal que ocorre durante a infância e a adolescência. 
Num sentido mais restrito, a delinquência envolve o conjunto de respostas e de intervenções institucionais e legais em relação a menores que cometem infracções criminais. (Ferreira, 1997).
Pingeon (1982), defende que a delinquência juvenil é um parâmetro do processo normal de socialização. 
Delinquência Juvenil
Características 
Não ter consideração pelos sentimentos alheios, direitos e bem estar dos outros, Falta de um sentimento apropriado de culpa e remorso que caracteriza as boas pessoas;
A baixa tolerância a frustrações;
Favorece as crises de irritabilidade, explosões temperamentais e agressividade exagerada, parecendo, muitas vezes, uma espécie de comportamento vingativo e desaforado.
Elas podem também exibir um comportamento de provocação, ameaça ou intimidação, podem iniciar lutas corporais frequentemente, inclusive com eventual uso de armas ou objectos capazes de causar sério dano físico.
Principais abordagens sobre as causas da Delinquência Juvenil
Teoria estrutural-funcional do desvio ou da anomia;
General Strain Theory;
Teoria do sontrole social; 
Teoria da associação diferencial;
Teoria da aprendizagem social;
 Teoria da rotulação ou interacionismo simbólico; 
Teoria do conflito; 
Teoria da escolha racional. 
Delinquência Juvenil
Factores de Risco 
De acordo com Lipsey e Derzon (1998) citado por Lemos (2010), as variáveis de risco que identificam adolescentes entre os 12 e os 14 anos que apresentam uma probabilidade acrescida de se tornarem futuramente delinquentes graves e violentos são:
A falta de laços sociais;
A presença de pares anti-sociais;
O envolvimento em actividades delinquentes;
A manifestação de comportamento agressivo;
Pobre desempenho escolar;
Delinquência Juvenil
 Critérios de Diagnóstico 
Roubo , mentira frequente; 
Fuga de casa durante a noite, pelo menos duas vezes enquanto vivendo na casa dos pais (ou em um lar adoptivo) ou uma vez sem retornar;
Gazetas frequentemente na escola (para pessoa mais velha, ausência ao trabalho); 
Violação de casa, edifício ou carro de uma outra pessoa;  
Destruição deliberadamente de propriedade alheia , crueldade física com as pessoas e animais.; 
Forçar alguma actividade sexual com ele ou ela;
Uso de arma em mais de uma briga, frequentemente inicia lutas físicas.
Delinquência Juvenil
 Consequências
Podem levar à suspensão ou expulsão da escola;
Problemas de ajustamento no trabalho;
Dificuldades legais;
Doenças sexualmente transmissíveis, gravidez não planeada;
Ferimentos por acidentes ou lutas corporais.  
  
Delinquência Juvenil
 Tratamento
Chartier (1991), propõe o tratamento institucional como um dos recursos terapêuticos para jovens delinquentes.
Enquanto forma de poder confrontar-se o jovem com a realidade, ajudando-o a compreender conceitos como o de responsabilidade, que se concretizará no responder e assumir as consequências dos seus actos e na capacidade de iniciar comportamentos responsáveis. 
 Seagrave e Grisso (2002), admitem que o problema da delinquência juvenil é da área psiquiátrica, pelo que consideram ser da competência dos serviços de saúde o tratamento destes jovens
  
Delinquência Juvenil
 Prevenção 
Organizações religiosas envolvimento comunitários envolvimentos institucional, escolas;
Incentivando a formação técnico profissional;
Desenvolvimento de resiliência intrínseca para poder superar as possíveis dificuldades e influências negativas;
No contexto familiar criar a formas de supervisão e apoio psicossocial as famílias com antecedentes de delinquência e outros factores de risco de forma a serem orientadas . (Guimarães, 2012).
  
Not@ Importante !!
Factores intrínsecos tais como um temperamento difícil, baixa auto-estima, variáveis genéticas, ou ainda, factores extrínsecos, tais como viver num meio com índices elevados de delinquência precipitam este fenómeno.
Nesse sentido reforça-se a necessidade de intervenção preventiva primária, partindo da identificação de factores de risco que tornam determinados grupos vulneráveis. 
Expõem-se algumas das principais estratégias de tratamento institucional ligado ao sistema de justiça e não institucional ligado aos serviços de saúde. 
Delinquência Neurótica
De acordo com Coimbra de Matos (1986), o delinquente neurótico apresenta um comportamento inibido com repressão do desejo pessoal em obediência a um Super-Eu demasiado exigente. O comportamento delinquente surge, aí, como expressão de descargas agressivas episódicas (passagens ao acto) resultantes de privações e frustrações acumuladas.
Balint (1977) afirma que na origem da delinquência neurótica, encontramos um meio familiar passivisante fomentando a obediência e a acomodação com "obediência automática lei do outro".
Delinquência Neurótica
Características 
Falta de Identificações: 
	(O delinquente não tem um carácter formado e firme);
Impossibilidade de Relações Objectivas: 
	O delinquente não é capaz de manter relações objectivas com os objectos, porque uma relação estável com objecto significa renúncias parciais e o delinquente é incapaz de renunciar. (relacionar se com os objectos é a forma narcísica);
Persistência do Processo Primário: 
	É incapaz de prever o futuro, apesar de alta inteligência;
A Oscilação da Auto-estima.
Delinquência Neurótica
Teorias Explicativas 
Teoria Comportamental: 
	Condicionamentos (E-R)
	Modelagem
Teoria Psicanalítica
	Inicio na adolescência 
	“A base de toda a situação neurótico-delinquente é um impulso, devido à carência das funções de adaptação do ego”
Teoria Psicossocial:
	Deve-se levar em conta também os factores económicos e sociais que estão na génese da personalidade anti-social, é o que propõe a perspectiva psicossocial
Delinquência Neurótica
Critério de Diagnóstico 
Padrão global de desrespeito e violação dos direitos dos outros ocorrendo desde os 15 anos, indicado por três ou mais dos seguintes itens.
 Incapacidade para se conformarem com as normas sócias no que diz 	respeito a comportamentos legais, como é demonstrado pelos actos repetidos que são motivo da detenção;
 Falsidade, como é demonstrado por mentiras e nomes falsos ou contrariar os outros para obter lucro ou prazer;
 Impulsividade ou incapacidade para planear antecipadamente;
 Irritabilidade e agressividade, como são demonstradas pelos repetidos 	conflitos e lutas físicas;
Delinquência Neurótica
Tratamento e Prevenção 
A primeira propõe a manutenção do actual tratamento institucional, ligado ao sistema de medida penal judicial, por outro lado propõe uma reforma deste sistema, incluindo tratamentos terapêuticos para os jovens delinquentes “enquanto forma de poder confrontar-se o jovem com a realidade, ajudando-o a compreender conceitos como o de responsabilidade, que se concretizará no responder e assumir as consequências dos seus actos e na capacidade de iniciar comportamentos responsáveis. 
Not@ Importante !!
Os delinquentes neuróticos são geralmente jovens aparentemente bem integrados na família, escola e sociedade. Praticam os actos anti-sociais como forma de chamar atenção do adulto e em resposta a uma situação de crise familiar e indiferença momentâneados pais.
Delinquência Socializada
Delinquência socializada é algo difícil de definir mas está geralmente associada a conduta anti-social, comportamento desviante, e hostilidade (Martins, s/d).
A Delinquência socializada consiste em actos delinquentes, do tipo grupal, enquanto elementos bem integrados de uma subcultura delinquente. Neste caso, trata-se de condutas adaptativas e não tanto desadaptativas. Relaciona-se mais com actos sociais do que com os individuais, exceptuando situações em que se quer impressionar o grupo ou a pedido do próprio grupo, é que poderão surgir situações de crimes individuais (Weiner, 1995 citado por Silva 2010). 
Delinquência Socializada
Característica 
A principal característica da delinquência socializada é a presença de um comportamento anti-social ou agressivo manifestando-se em indivíduos habitualmente bem integrados com seus companheiros (OMS, 1993 citado por Roncolato, 2011);
 Os delinquentes socializados não diferem comportamentos dos não delinquentes em qualquer das suas facetas excepto pela violação da lei. No entanto, está associada a um desenvolvimento sem vigilância, um lar desorganizado, localizado num bairro deteriorado e com muita violência (Curto, 2000).
Delinquência Socializada
Factores de Risco
Parental idade;
Divórcio;
Psicopatologia parental;
Estrutura familiar;
Dimensão da família;
f) Associação com pares desviantes; 
g)  Rejeição dos pares;
h)  Factores escolares; 
i) Factores comunitários.
Delinquência Socializada
Teorias e Modelos Explicativo
Teoria do controlo social: 
Baseia se no pressuposto de que todo individuo tem uma predisposição natural para a transgressão (Curto, 2000).
 Teoria de associação diferencial:
Baseia-se na perspectiva de que a delinquência deriva da socialização numa subcultura delinquente (Curto, 2000).
 Teoria de aprendizagem social.
A aprendizagem que se produz pela observação de condutas de outras pessoas e das consequências que essas condutas observadas têm para o modelo que as executa (Curto, 2000).
Delinquência Socializada
Critérios de Diagnóstico
 Padrão global de desrespeito e violação dos direitos dos outros ocorrendo desde os 15 anos, indicado por 3 (ou mais) dos seguintes itens:
Incapacidade para se conformarem com as normas sociais no que diz respeito a comportamentos legais, como é demonstrado pelos actos repetidos que são motivo de detenção;
Falsidade, como é demonstrado por mentiras e nomes falsos, ou contrariar os outros para obter lucro ou prazer;
Impulsividade para planear antecipadamente;
Irritabilidade e agressividade, como são demonstradas pelos repetidos conflitos e lutas físicas;
Delinquência Socializada
Intervenção 
Para Sprinthall e Collins (1994) e Weiner (1995) citados por Martins (s/d), a delinquência socializada parece ser a que menos responde à psicoterapia individual e a que melhor pode ser tratada através de programas educativas e comunitários que envolvam os jovens e os seus familiares.
Alguns novos modelos de tratamento, como programas de diversão, que incluem, por exemplo, o envolvimento de indivíduos especializados na resolução dos conflitos e a prestação de cuidados dentro de residência, têm-se mostrado promissores.
Delinquência Socializada
Prevenção 
Programas comportamentais dirigidos a crianças;
Programas de treino comportamental dirigido a adolescentes;
Programas dirigidos para a prevenção da violência escolar ou bullying nas escolas; e 
Programas com abordagens integradas abrangendo vários problemas
Not@ Importante !!
A delinquência socializada pode ser um fenómeno de enorme complexidade e de a sua manifestação entre os jovens ser cada vez maior, a relação entre delinquência juvenil e comportamento criminal futuro não é linear.
Os adolescentes correm riscos porque acreditam que os outros adolescentes pensam que é cobardia ou patético ser-se cauteloso (Sunstein, 2008 citado por Oliveira, 2010).
O adolescente terá que reformular o seu passado com vista a construir um futuro (Fonseca, Miranda & Monteiro, 2003 citado por Dias, 2012).
Delinquência Caracterológica
A delinquência caracterológica é frequentemente classificada como delinquência “com imaturidade social” ou do “tipo solitário” (APA, 1987; Quay, 1987 citado por Santos, 2010). 
Estes indivíduos violam a lei sozinhos ou numa aliança temporária com um ou mais delinquentes que raramente consideram como amigos. 
Delinquência Caracterológica
Teorias Explicativas
Teoria do Controlo Social 
[…] “a delinquência está ligada por um lado a uma diminuição do controlo social e por outro a um aumento da anomia”.
 Cusson (1998) cidado por Gomes (2013), refere que o controlo social é “o conjunto dos meios pelos quais os membros de uma sociedade impõem a si próprios a conformidade necessária à vida em comum”. 
 Assim, Cusson citado por Gomes (2013), enumerou 3 factores que influenciam o controlo: 
 A Família; 
 A escola;
 A cidade.
Delinquência Caracterológica
Teorias Explicativas
Teoria do Laço Social 
[…], quanto mais fortes forem os laços e vínculos que ligam o sujeito à sociedade, menor vai ser a possibilidade deste vir a desenvolver condutas desviantes e delinquentes. 
Para Hirshi, (1969) citado por Gomes (2013), os laços sociais têm 4 componentes: 
Vinculação;
Empenhamento; 
Investimento;
Crença;
A delinquência surge quando estes 4 factores falham, visto que o indivíduo não terá qualquer tipo de receio ou remorso em quebrar as normas sociais porque não vai desiludir ninguém próximo de si (Born, 2003 citado por Gomes, 2013). 
Delinquência Caracterológica
Teorias Explicativas
Teoria da Escolha Racional 
O indivíduo mede as consequências positivas e negativas dos seus actos e a passagem ao ato surge quando o benefício é superior ao custo. 
O indivíduo tenta e procura lucrar por intermédio de actos delituosos e para isso tem de tomar decisões e fazer uma escolha […]
Delinquência Caracterológica
Origem 
Influências Parentais 
Experiências precoces de rejeição e negligência, na infância;
Experiências de abandono e abuso físico e psicológico;
Privação emocional, disciplina severa e/ou inadequada;
 Fracasso na delimitação dos limites e expectativas claras para os filhos;
 Falhas nas recompensas e punições.
Influencias Constitucionais 
Estudos de Rutter, Macdonald, Le Couteur, Harrington (1990) citados por Santos (2010), chegaram a conclusão que, ter um dos pais criminoso representa risco adicional, visto que estes podem influenciar os seus filhos dentro do seio familiar.
Delinquência Caracterológica
Características 
A delinquência caracteriológica é uma perturbação crónica que começa muito cedo, que se cristaliza nos finais da adolescência e que persiste, habitualmente, ao longo dos anos da idade adulta...” (Barth, 1987 citado por Maranhão, 1975).
Mentiras na escola,
 Pequenos roubos, 
Crueldade para com os outros, 
Maltratar animais, Faltar às aulas,
 Brigas e insubordinação, 
Insubordinação e brigas constantes,
Comportamentos bizarros ligados a destruição e agressão,
Delinquência Caracterológica
Tratamento 
A primeira propõe a manutenção do actual tratamento institucional, ligado ao sistema de medida penal judicial;
A segunda propõe uma reforma deste sistema, incluindo tratamentos terapêuticos para os jovens delinquentes “enquanto forma de poder confrontar-se o jovem com a realidade, ajudando-o a compreender conceitos como o de responsabilidade, que se concretizará no responder e assumir as consequências dos seus actos e na capacidade de iniciar comportamentos responsáveis.
Delinquência Caracterológica
Prevenção 
Reforço da tentativa de cura espontânea (pela orientação para actividades criativas);
Canalização da tendência para agir para actividades socialmente integradas, aproveitamento da (em regra) boa capacidade psicomotora;
Ressocialização através da interiorização de sistemas relacionais mais equilibrados, constituição de uma melhor imagem de si próprio através do trabalho terapêutico.
Not@ Importante !!
O desenvolvimentonormal implica em dificuldades que, para serem ultrapassadas, exigem um determinado posicionamento materno.
O que significa que a dotação inata adequada, o suporte materno suficientemente bom e as experiências vitais sem traumas fisiológicos, são essenciais para que a criança alcance um desenvolvimento psíquico saudável.
Deste modo, fica bastante claro o quanto o desempenho materno insuficiente pode prejudicar a passagem por essas etapas, já que o bebé precisa do suporte materno suficientemente bom no início de sua vida para alcançar sua sobrevivência física e psíquica.
Delinquência Psicótica
Segundo o DSM IV o termo psicótico define-se como ideias delirantes ou alucinações proeminentes, incluindo sintomas positivos da esquizofrenia (discursos desorganizados comportamento marcadamente desorganizado). 
Weiner 1995, citado por Martns, (S/D), considera delinquência psicótica aos delinquentes cujo comportamento anti-social provem de distúrbio psicótico, devido a substanciais deficiência de raciocínio, de controlo de impulsos e de outras funções integradoras da personalidade.
Delinquência Psicótica
Características 
Segundo CID10 este tipo de transtorno de conduta é caracterizado pela combinação de comportamentos anti-sociais ou agressivos persistente com uma anormalidade invasiva e significativa nos relacionamentos do indivíduo com outras crianças.
 Podendo satisfazer os critérios globais de transtornos de conduta restritos ao contesto familiar, tais como quebrar brinquedos ou enfeites, rasgar roupa, estragar mobília, estragar objectos de estimação, violência contra membros da família, auto mutilação, e comportamentos incendiários deliberado restrito ao lar. 
Delinquência Psicótica
Factores de Risco 
Singer, 1975 citado por Matos, (2002), os factores mais preponderantes na etiopatogenia da delinquência é uma excessiva frustração materna que conduz a um grau insuficiente de vinculação e a um consequente desequilíbrio entre o narcisismo, a libido objectal e agressividade.
Segundo a Revista Portuguesa de Educação, (2005), os delinquentes persistentes ao longo da vida, apresentam um historial, cheio de factores de risco, entre os quais se incluem estilos parentais inadequados, riscos neuro-cognitivos, temperamento difícil, bem como problemas de atenção e hiperactividade. 
Delinquência Psicótica
Teorias Explicativas 
Ainsworth, (1968), citado por Faustino (2009), o fenómeno delinquente encontra-se fortemente associado a uma perturbação acentuada do vínculo precoce, não existindo um objecto interno, suficientemente estável, contentor, capaz de elaborar frustrações impostas pela realidade.
Melanie Klein (1970), citado por Faustino (2009) - há elaboração do impulso destrutivo no mundo interior da criança que se converte, finalmente, no desejo de reparar, de construir, de assumir a responsabilidade. 
Segundo Matos (1996), entre um passado sempre problemático, em maior ou menor grau, e um futuro sempre incerto, a gravidade das manifestações de natureza delinquente depende da patologia das relações objectais da primeira infância. 
Delinquência Psicótica
Critérios de diagnóstico 
Segundo CID10, Para diagnosticar este tipo de transtorno requer a presença de três dos comportamentos anti-sociais das 15 possibilidades de comportamento anti-social, nos últimos 12 meses, e de pelo menos um comportamento anti-social nos últimos seis meses; 
Este devem estar associado a relacionamentos perturbados com os companheiros, evidenciados principalmente por isolamento e/ou impopularidade com outras crianças e por falta de amigos íntimos ou relacionamentos duradouros, empatia, e recíprocos com os outros, no mesmo grupo etário. E os relacionamentos com adultos tendendo a ser marcados por discórdia, hostilidade e ressentimento. 
Delinquência Psicótica
Tratamento
Segundo Weiner (1995), nos casos de delinquência psicótica a psicoterapia e a psicofarmacologia adequada ao problema subsequente à sintomatologia da conduta anti-social são os mais indicados.
Delinquência Psicótica
Prevenção 
Segundo Sprithall e Collins (1994), propõe a introdução dos programas de diversão que incluem indivíduos especializados na resolução de conflitos e prestação de cuidados dentro das residências;
Fonseca, e Ferreira (S/D), os programas de prevenção baseados no sistema escolar produzem efeitos positivos no rendimento dos jovens facto que pode reflectir-se positivamente na prevenção da delinquência juvenil e no comportamento anti-social no geral;
Criar programas para fazer seguimentos de uma orientação centrada na criança. 
 
Not@ Importante !!
A delinquência psicótica diferencia-se das outras pelo facto de advir do comprometimento cerebral e comprometimento da formação das estruturas da personalidade.
 Os sujeitos cometem delitos contra sua vontade, ou seja, sem deliberação própria pois a capacidade de raciocinar é deficiente.
A delinquência psicótica afecta ambos os sexos de igual forma. O diagnóstico precoce implica o sucesso das medidas interventivas, e a prevenção é a melhor medida de intervenção.
 A família tem um papel fundamental para o tratamento do delinquente, visto que esta deve garantir suporte emocional mostrando disponibilidade para ajudar o paciente.
Delinquência Neuropsicológica
Neuropsicologia
 É a ciência que estuda as manifestações comportamentais que tem origem em disfunções cerebrais, e as alterações cognitivas e emocionais, assim como os transtornos da personalidade provocados por lesões cerebrais, que é o órgão do pensamento e, portanto o centro da consciência.
Delinquência Neuropsicológica
Os delinquentes neuropsicológicos 
São aqueles que praticam os actos anti-sociais como um sintoma de outro problema do foro psíquico ou neurológico (como em alguns tipos de epilepsia) e o tratamento e medicação adequados tendem a resolver o problema. 
Delinquência Neuropsicológica
Características 
Indivíduos com este tipo de perturbação tendem a ter relacionamentos perturbados com os companheiros que são evidenciados principalmente por isolamento e ou rejeição ou impopularidade com outros indivíduos e por uma falta de amigos íntimos ou relacionamentos duradouros, empáticos e recíprocos com outros no mesmo grupo etário.
Relacionamentos com adultos tendem a ser marcados por discórdia, hostilidade e ressentimento. 
Bons relacionamentos com adultos podem ocorrer (embora usualmente faltem a eles uma qualidade intima e confidente).
 Frequentemente, mas não sempre, há alguma perturbação emocional associada 
Delinquência Neuropsicológica
Causa 
A delinquência neuropsicológica deve-se a alterações no lobo frontal devido á:
Causas tumorais (meningite, metástase);
Causas vasculares surgem pela destruição das artérias que irrigam a região pré-frontal;
Causas traumáticas; acidentes, pancadas, tiro, acidente de crânio aberto.
Causas degenerativas; demência senil.
Delinquência Neuropsicológica
Factores de Risco 
O uso de álcool pode produzir danos detectáveis a memoria após apenas algumas doses e a medida que o consumo aumenta, também aumentam os danos ao cérebro.
Nesse caso destaca se o álcool como um factor de risco porque se este e consumido por indivíduo com problemas neurológicos no caso de um epiléptico, pode provocar alterações cognitivas que podem levar a cometer um delito. 
Delinquência Neuropsicológica
Critérios de Diagnóstico
Este tipo de transtorno de conduta é caracterizado pela combinação de comportamento anti-social ou agressivo persistente com uma anormalidade invasiva e significativa nos relacionamentos do indivíduo com os outros da mesma faixa etária.
 As transgressões são características mas não são necessariamente solitárias.
Delinquência Neuropsicológica
Critérios de Diagnóstico
Comportamentos típicos compreendem:
Intimidação, brigas excessivas e extorsão ou agressões violentas Graus excessivos de desobediência, grosseria, faltam de cooperação, e resistência a autoridade;
Graves acessos debirras e fúrias incontroladas;
Destruição de propriedade, comportamentos incendiários e crueldade com animais e com outras crianças.
O transtorno e usualmente difuso através de situações, mas pode ser mais evidente na escola;
A especificidade a situações outras que não as familiares é compatível ao diagnostico.
Delinquência Neuropsicológica
Intervenção Psicológica
A avaliação neuropsicológica é o primeiro passo para a futura reabitarão neurológica, pois, ira identificar as áreas cognitivas com maior dano, e a partir disso, será elaborado o plano de intervenção.
 Cabe ao psicólogo fazer uma avaliação neuropsicológica que consiste na utilização de exame clínico aliado a outras ferramentas diagnósticas observação de comportamento, relatos de família do paciente e a instrumentos psicológicos, como inventários e outros testes. 
Delinquência Neuropsicológica
Reabilitação 
A reabilitação e possível graças a um fenómeno chamado de plasticidade cerebral. O cérebro possui uma capacidade de auto regenerar, embora em escala modesta isto ocorre devido ao fenómeno da mitose no tecido cerebral e por causa da cituarquitetura dos axónios ligando-se de forma estável em rede com outros neurónios.
 A reabilitação pode ocorrer visando as diversas funções executivas lesadas, através do uso de exercícios como palavras cruzadas, desenhos, jogos de memória e outros.
 Pode se dizer que reabilitação e um processo multidisciplinar, envolvendo vários profissionais tais como; psicólogo, terapeutas ocupacionais, fonoaudiologos e fisioterapeutas, alem do médico.
Not@ Importante !!
A delinquência neuropsicológica deve-se á existência de alterações a nível do lobo frontal devido a causas:
 	Tumorais;
 	Vasculares;
 	Traumáticas; 
 	Degenerativas.
 Sendo que esta alteração vai ocasionar a diminuição do funcionamento cerebral, o que pode resultar em impulsividade, perda de autocontrolo, imaturidade, emocionalidade alterada e incapacidade para modificar o comportamento o que vai facilitar actos delinquentes.
5. Referências bibliográficas
Guimarães, João Vasco da Cunha(2012); Autoconceito, Autoestima e Comportamentos Desviantes em Adolescentes; ISPA-Portugal,
Ferreira, Pedro Moura (1997); Delinquência Juvenil, Família e Escola; Lisboa-Portugal.
Laranjeira, Carlos António; A análise psicossocial do jovem delinqüente: uma revisão da literatura Psicologia em Estudo, vol. 12, núm. 2, agosto, 2007, pp. 221-227; Universidade Estadual de Maringá Maringá, Brasil. 
Benavente, Renata(2002); Delinquência Juvenil: da disfunção social à psicopatologia; uma revisão literária análise psicológica; pp. 637-645. 
Lemos, Ida Timóteo(2010); Risco psicossocial e psicopatologia em adolescentes com percurso delinquente.
Faustino S. P. M. M. Contributo ao Estudo do Funcionamento Mental na Delinquência Juvenil com Base no Processo de Separação – Individuação. 
Matos, M. (1996). Adolescer e delinquir. Análise Psicológica. 
Maranhão, O. R. (1975). Personalidade psicopática e personalidade delinqüente essencial. Revista Da Faculdade de Direito, Universidade de São Paulo, 70, 115–138.
OMS (1993) CID 10. Porto Alegre: Artes Médicas.

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