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WL-OO-Apostilas-12-Direito Processual Civil II

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Direito Processual Civil 2
9PROCESSO DE EXECUÇÃO	�
9Generalidades	�
10Formas de execução	�
11Classificação da Execução	�
12Liquidação da sentença	�
12Formas de liquidação	�
13Instauração do processo de execução	�
13Execução de obrigação alternativa	�
14Execução para que se entregue coisa certa	�
14Linhas gerais do procedimento	�
15Casos especiais	�
17Entrega de coisa incerta	�
17Procedimento	�
18Execução da obrigação de fazer ou não fazer	�
18Generalidades	�
18Princípios comuns	�
20Execução das obrigações com prestações fungíveis	�
20Realizada o prestação obra ou serviço	�
21Execução das obrigações com prestações infungíveis	�
21Execução das obrigações de omitir declaração de vontade	�
22Execução das obrigações de não fazer	�
22Procedimento	�
22Meios de coerção	�
24Execução por quantia certa contra devedor solvente	�
24Procedimento	�
26Execução por quantia certa contra devedor insolvente	�
26Declaração de insolvência	�
27Da insolvência requerida pelo credor	�
28Insolvência requerida pelo devedor e seu espólio	�
28A sentença e seus efeitos	�
29Execução universal	�
30Verificação e classificação dos créditos	�
31Pagamento dos credores	�
31Situação dos credores retardatários	�
32Extinção das obrigações	�
32Procedimento	�
33Sentença e seus efeitos	�
34Execução contra a fazenda pública	�
34Procedimento	�
35Execução fiscal	�
37Execução de prestação alimentícia	�
38Penhora	�
40Efeitos da penhora	�
40Modificação da penhora	�
41Destino dos bens penhorados	�
41Expropriação	�
42Avaliação	�
42Arrematação	�
46Pagamento ao credor	�
46Entrega do dinheiro	�
48Adjudicação	�
49Usufruto de imóvel ou empresa	�
49Pressupostos da constituição do usufruto	�
50A constituição de usufruto produz os seguintes efeitos	�
51Remição de bens	�
51Pressupostos	�
51Legitimação para remir	�
52Procedimento e efeitos	�
52Efeitos	�
54EMBARGOS DO DEVEDOR	�
54Conceito e natureza	�
55Juízo competente	�
55Espécies de embargos	�
55Fundamentos dos embargos	�
56Enumeração das hipóteses de cabimento de embargos à execução	�
57Fase postulatória	�
58Caso de improcedência dos embargos	�
58Caso de procedência dos embargos	�
59PROCESSO CAUTELAR.	�
59Introdução	�
59Processo principal e processo cautelar	�
59A ação cautelar	�
60Medidas cautelares	�
60Peculiaridades da atividade cautelar. instrumentalidade	�
61Provisoriedade	�
61Revogabilidade	�
62Autonomia	�
62Classificação das medidas cautelares	�
63Medidas cautelares contenciosas e não-contenciosas	�
64Requisitos específicos da tutela jurisdicional cautelar	�
64fumus boni iuris	�
64Periculum in mora	�
65Oportunidade da providência cautelar - CPC. Art. 796	�
65Tutela cautelar "ex officio"	�
66Poder geral de cautela	�
66Medidas típicas e medidas atípicas	�
66Poder discricionário na tutela cautelar genérica	�
67A discricionariedade do poder geral de cautela e a escolha da medida atípica	�
68Elementos subjetivos do processo cautelar	�
68Legitimidade	�
68Competência. - CPC. Art. 800.	�
68Competência e prevenção do juízo	�
69Competência cautelar em grau recursal	�
69Intervenção de terceiros	�
70Elementos objetivos do processo cautelar	�
70Objetos da tutela cautelar	�
70Instrução do processo cautelar	�
71O procedimento da ação cautelar	�
72Petição inicial da ação cautelar	�
74Resposta do requerido e audiência de instrução e julgamento	�
74Efeitos processuais	�
75Audiência de instrução e julgamento	�
76Medida liminar e contracautela	�
76Contracautela	�
77Sentença cautelar	�
77Limites da sentença	�
77Fundamentação	�
78Sucumbência e honorários advocatícios	�
79Execução das medidas cautelares	�
81Eficácia da medida cautelar no tempo	�
82Extinção da medida cautelar	�
82Formas de extinção da medida cautelar	�
83Modificação e revogação da medida cautelar - CPC. Art. 807	�
84Recursos no processo cautelar - remédios recursais	�
84Apelação	�
84Agravo	�
85Reparação do dano causado pela medida cautelar - CPC. Art. 811	�
86Arresto	�
86Conceito	�
86Arresto e seqüestro	�
86Pressupostos para concessão do arresto - CPC. Art. 814.	�
86Prova de dívida líquida e certa	�
87Fundado receio de dano	�
87Comprovação dos pressupostos do arresto	�
87Bens arrestáveis - CPC. Art. 821	�
88Legitimação para a ação de arresto	�
88Competência - CPC. Art. 800	�
88Procedimento	�
88Execução do arresto	�
89Efeitos do arresto	�
89Extinção do arresto - CPC. Art. 820	�
91Seqüestro	�
91Conceito	�
91Procedimento	�
91Cabimento do seqüestro	�
91Objeto do seqüestro	�
92Requisitos de admissibilidade do seqüestro	�
93Execução e efeitos do seqüestro	�
94Caução	�
94Conceito	�
94Classificação	�
94A ação de caução	�
95Objeto da caução - CPC. Art. 826 e 827.	�
95Legitimação e competência - CPC. Art. 828	�
95Procedimento	�
96Cauções tipicamente cautelares	�
96Execução da sentença	�
97Caução às custas - CPC.Art. 835 e 836	�
97Reforço da caução ocorrer desfalque da caução	�
98Busca e apreensão	�
98Conceito	�
98Classificação	�
98Pressupostos	�
98Objeto - CPC.Art. 839	�
99Competência	�
99Procedimento	�
99Busca e apreensão em matéria de direitos autorais	�
101Exibição	�
101Ação de exibição -CPC. Art. 844	�
101Classificação	�
102Exibição incidental	�
102Ação cautelar exibitória	�
102Exibição de coisas móveis - CPC. Art. 844	�
102Exibição de documentos	�
103Exibição de escrituração e documentação comercial	�
103Procedimento da ação exibitória contra parte - CPC. Art. 845	�
103Procedimento da ação exibitória contra terceiro	�
104Eficácia da exibição	�
104Prevenção de competência	�
104Ação exibitória e medida liminar	�
105Produção antecipada de provas	�
105Antecipação de prova	�
105Ação cautelar antecipatória	�
105Cabimento	�
105Oportunidade	�
106Objeto da antecipação de prova	�
106Competência	�
106Procedimento	�
106Sentença	�
106Valoração da prova antecipada	�
106Eficácia	�
107Medida "inaudita altera parte"	�
107Despesas processuais	�
107Destino dos autos - CPC.Art. 851	�
108Alimentos provisionais	�
108Alimentos	�
108Alimentos provisionais	�
108Cabimento e oportunidade - CPC.Art. 852	�
109Legitimação	�
109Competência	�
109Procedimento	�
110Conteúdo dos alimentos provisionais - CPC. Art. 852.	�
110Duração da prestação provisional de alimentos	�
110Execução	�
111Arrolamento de bens - CPC.Art. 855	�
111Conceito	�
111Pressupostos	�
111Objetivo da medida	�
112Legitimação	�
112Procedimento - CPC. Art. 857	�
112O contraditório	�
113Sentença	�
113Eficácia	�
114JUSTIFICAÇÃO	�
114Conceito	�
114Natureza jurídica	�
114Objetivo - CPC. Art. 863	�
114Competência	�
114Procedimento	�
115Julgamento da justificação - CPC.Art. 866.	�
116Protestos, notificações e interpelações	�
116Conceito	�
116Protesto - CPC. Art. 867.	�
116Notificação	�
116Interpelação	�
116Indeferimento do pedido - CPC. Art. 868 e 869.	�
117Contraprotesto - CPC - Art. 871	�
117Procedimento - CPC. Art. 873, 868, 869,	�
117Encerramento do feito e destino dos autos - CPC. Art. 872.	�
118Homologação do penhor legal	�
118Penhor legal: efetivação e homologação	�
118Natureza jurídica da medida processual – CPC. Art. 874.	�
118Procedimento - CPC. Art. 874.	�
119Sentença	�
119Execução	�
120Posse em nome do nascituro	�
120Conceito - CPC. Art. 877	�
120Natureza da ação	�
120Legitimação	�
121Procedimento.	�
121Sentença	�
121Efeitos	�
122Atentado	�
122Conceito	�
122O atentado no código de processo civil - CPC.Art. 879	�
122Cabimento	�
122Pressupostos do atentado - CPC. Art. 879	�
123Legitimidade	�
123Competência - CPC. Art. 880	�
124Procedimento	�
124Sentença - CPC. Art. 881	�
125Execução da sentença e suspensão do processo	�
125Perdas e danos	�
126Protesto e apreensão de títulos	�
126Protesto cambiário	�
126Procedimento	�
127Registro do protesto	�
127Dúvidas do oficial - CPC. Art. 884	�
127Apreensão do título e prisão do devedor	�
128Outras medidas provisionais	�
128Procedimento	�
129AÇÕES POSSESSÓRIAS	�
129A posse e seus efeitos	�
129A razão da tutela possessória	�
130O aspecto temporal da posse (fato duradouro e não transitório).	�
130Requisitos da tutela possessória	�
132Os interditos possessórios de manutenção, reintegração e proibição.	�
132As ações possessórias	�
132Competência	�
133Legitimaçãoativa	�
133Legitimação passiva	�
133Petição inicial	�
134Procedimento: as ações de força nova e força velha	�
134Medida liminar	�
136Posse de coisas e posse de direitos	�
136O petitório e o possessório	�
136A exceção de propriedade no juízo possessório	�
137Natureza dúplice das ações possessórias - CPC.Art. 922.	�
137Natureza real das ações possessórias	�
138Natureza executiva do procedimento interdital	�
139Cumulação de pedidos	�
141Interdito proibitório CPC. Art. 932	�
141Alguns incidentes registráveis nos interditos	�
141Embargos de terceiro	�
142Medida liminar e mandado de segurança	�
142Embargos de retenção	�
142Nomeação à autoria e denunciação da lide	�
144Ação de nunciação de obra nova	�
144Generalidades	�
145Conceito de obra nova	�
146Competência	�
146Legitimação ativa - CPC. Art. 934	�
146Legitimação passiva	�
146Participação do cônjuge	�
146Embargo extrajudicial - CPC. Art. 935	�
147Cumulação de pedidos - CPC. Art. 936.	�
147Embargo liminar - CPC. Art. 937.	�
148Prosseguimento da obra - CPC. Art. 940	�
148Especialização do rito da nunciação de obra nova	�
148Sentença e execução	�
149Ação de usucapião de terras particulares	�
149Noção de usucapião	�
149Espécies de usucapião	�
149Requisitos gerais do usucapião	�
151Requisitos do usucapião ordinário	�
152Requisitos do usucapião extraordinário	�
152Requisitos do usucapião especial	�
153Legitimação ativa - CPC. Art. 941	�
154Legitimação passiva - CPC. Art. 942	�
155Competência	�
155Conexão e litispendência	�
156Procedimento	�
156Petição inicial	�
156Contestação	�
157Revelia	�
157Pendência de possessória - CPC. Art. 923.	�
158Ministério público - CPC. Art. 944	�
158Instrução e julgamento	�
159Sentença	�
159Coisa julgada	�
160Registro de imóveis - CPC. Art. 945.	�
160Usucapião como matéria de defesa	�
161Ação de divisão e demarcação de terras particulares	�
161Objetivo do procedimento demarcatório e divisório - CPC. Art. 946	�
161Caráter unitário do procedimento	�
161Procedimento - CPC. Art. 955 e 956.	�
162Citação única - CPC. Art. 953 e 968.	�
162Natureza da ação	�
162Competência	�
163Competência em caso de ações propostas separadamente	�
164Ação de demarcação	�
164Legitimação ativa para o procedimento demarcatório - CPC. Art. 946	�
164Legitimação passiva para a demarcação	�
164Cumulação de demarcatória e reivindicatória	�
165Demarcatória cumulada com queixa de esbulho - CPC. Art. 951	�
166Roteiro geral do procedimento demarcatório	�
169Ação de divisão	�
169Legitimação ativa para o procedimento divisório	�
169Legitimação passiva para a divisão	�
170Litisconsórcio passivo necessário	�
170Posição dos confrontantes na divisão	�
171Roteiro geral do procedimento divisório	�
174EMBARGOS DE TERCEIRO	�
174Generalidades	�
174Natureza jurídica	�
175Requisitos	�
175Ato judicial atacável	�
176Penhora de bem alienado em fraude contra credores	�
176Casos especiais - CPC. Art. 1.047	�
177Embargos do credor com garantia real	�
178Procedimento	�
178Legitimação ativa	�
180Legitimação passiva	�
180Oportunidade - CPC. Art. 1.048	�
181Competência – CPC. Art. 1.049	�
182Procedimento - CPC. Art. 1.050	�
183Sentença	�
�
PROCESSO DE EXECUÇÃO
Generalidades
Visa atuar praticamente a norma concreta – que disciplinou o processo de conhecimento. Embora distintos e autônomos – processo de execução pressupõe o de conhecimento, salvo nos casos em que a lei confere a eficácia executiva a certos títulos – pois neles se encontram norma jurídica disciplinadora das relações entre as partes.
Estrutura diferente do processo de conhecimento , objetivo da execução não é criar o contraditório, mas coagir o devedor ao cumprimento da obrigação. Visa atuar praticamente a norma concreta que disciplinou o processo de conhecimento. 
A petição inicial do processo de execução, inicia-se com um requisito a mais o demonstrativo de um título líquido (valor expresso em reais) , certo (existência jurídica), exigível (com o vencimento – inadimplência do devedor – só exigível dívida vencida)
Obrigação com prazo determinado – inadimplência e mora surgem juntas;
Obrigação por prazo certo: inadimplência surge quando o credor solicita o cumprimento da obrigação, mora precisa ser constituída – surge somente com a notificação.
Efeito da execução – não há necessidade de protesto, exceto duplicata sem aceite , falência, contra devedor insolvente. 
A EXECUÇÃO PODE SE BASEAR – artigo 584 do CPC.:
TÍTULO JUDICIAL: quando se pressupõe processo do conhecimento – sentença condenatória – inclusive a estrangeira homologada pelo STF.
sentença cível transitada em julgado – condenatória, pode ser declaratória , constitutiva. 
Sentença penal transitada em julgado – não admite execução provisória;
Sentença homologatória, transação ou laudo arbitral;
Sentença estrangeira homologada pelo STF.
Formal de partilha – somente quanto ao que desta participaram, não criam privilégios contra outros devedores;
TÍTULO EXTRAJUDICIAL: Títulos de crédito disciplinados por lei própria, convenção generalizada, tem requisitos formais. Numerus Clausus – vigora em sua relação, não se pode criar títulos de créditos. 
letra de câmbio, 
nota promissória, 
Cheque, 
duplicata, 
escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor, ou particular, firmado pelo devedor com duas testemunhas – 
certidão de dívida ativa. 
Debêntures 
Os títulos de crédito estrangeiros não precisam ser homologados desde que satisfaçam os requisitos em seu país de origem e indiquem o Brasil como lugar de cumprimento da obrigação.
JUDICIAL OU EXTRAJUDICIAL: líquido – certo – exigível – não determinado o valor, a sentença exeqüente deve ser liquidada, sendo a exeqüenda – parte líquida e parte ilíquida, quanto aquela pode o credor promover a execução enquanto líquida esta. 
Formas de execução 
DEFINITIVA: é a fundada em título executivo ou sentença transitada em julgado (da qual não caiba mais recurso) – processa-se nos autos principais, salvo quando o título executório é sentença penal
PROVISÓRIO: execução de sentença pendente de recurso sem efeito suspensivo – só recebido com efeito devolutivo – inclusive o recurso especial e o extraordinário – Provisória a sentença condenatória civil tem menor estabilidade – já que a sentença pode ser reformada – assim ocorrendo as coisas voltam ao status quo anti – caso contrário transforma-se em definitiva. Se parcial a execução provisória fica sem efeito na sua parte e se transforma em definitivo na outra. 
Por ser “modificável” o provisório – corre por conta do credor, assumindo em vencido , a reparação de danos ao devedor. Responsabilidade objetiva – já que não se concebe a ilicitude da execução provisória – não abrange o provisório atos que importem alienação de domínio – nem se permite sem caução idônea o levantamento do depósito em dinheiro.
Processa-se em autos suplementares – deve conter: Petição inicial ( procuração ( contestação ( sentença exeqüenda ( despacho do recurso ( o recurso. 
Classificação da Execução
EXECUÇÃO CONFORME A NATUREZA DA PRESTAÇÃO DEVIDA:
execução para entrega da coisa certa (incerta);
execução das obrigações de fazer ou não fazer;
por quantia certa:
devedor solvente;
devedor insolvente;
fazenda pública, 
alimentícia;
A execução deve proporcionar ao credor – resultado prático igual o que obteria se a obrigação fosse cumprida – quantitativamente e qualitativamente – ocorre que, por vezes, dada a impossibilidade material – credor só pode ser satisfeito mediante a entrega do equivalente pecuniário. 
Inadimplente o devedor:
Torna-se a execução realizável, em certos casos fica ela retardada, aí então falar-se em EXECUÇÃO DIFERIDA – o que ocorre quando a exigibilidade da prestação depende de termo ou condição – suspensiva. 
Liquidação da sentença
Se ao longo do processo de conhecimento não foi possível colher os elementos necessários a determinação do objeto mediato do pedido – faculta-se ao juiz , deixar de fixar o valor ou individuar o objeto.
Ilíquida a sentença – devendo se proceder a liquidaçãoantes da condenação;
Liquidação: não faz parte do processo de execução – é procedimento distinto, podendo ser em regra – preparatório da execução ou inserir-se no curso desta como procedimento incidente – de atividade cognitiva. Tem como objeto a apuração do quantum – não se reabre a discussão sobre a lide – trata-se apenas de revelar-se a expressão pecuniária ou a individualidade concreta do bem devido – tem natureza meramente declaratória. 
Formas de liquidação
ARBITRAMENTO: tiver determinado a sentença que julgou a lide ou as partes, convencionaram (antes ou depois do julgamento) quando o exigir a natureza do objeto da liquidação – condenação depende da aplicação de conhecimentos técnicos especializados, contém nos autos todos os elementos de sua liquidação – aplica’se no que couber as regras da perícia.
ARTIGOS: quando na liquidação houver necessidade de alegar e provar fato novo – alude-se a fato tido como objeto no processo de conhecimento, já que era imprescindível à este. 
Petição inicial na liquidação obedece as regras gerais – citando-se o réu na pessoa de seu advogado – a sentença da liquidação pode ser impugnada por apelação sem efeito suspensivo. 
Quando necessário a liquidação sua falta acarreta nulidade do processo executivo – a iliquidação apenas parcial da sentença não impede a imediata execução parte ilíquida.
Instauração do processo de execução
Incumbe ao credor ou ao Promotor – faze-lo nos casos legalmente previstos – jamais deve ser promovida ex-officio – dirigida ao juiz ou tribunal competente instruída com o respectivo título.
No caso de execução contra devedor solvente m- quantia certa – demonstrativo do débito atualizado, prova do inadimplemento da obrigação. 
A execução de título judicial não se submete a distribuição, em regra nos mesmos autos e juiz do processo de conhecimento. 
Execução de obrigação alternativa
Cabendo ao credor a escolha da prestação devida este fará, na inicial, a escolha – indicando a prestação que quer receber – ressalva-se ao devedor a possibilidade de impugna-la através de embargos.
Quando a escolha cabe ao devedor – será ele citado para em 10 dias exercer sua opção de escolha.
executado escolhe e cumpre a obrigação ou sem escolhe já cumpre diretamente - encerra-se , assim o processo. 
Escolhe a obrigação mas não a cumpre, passa-se a execução da prestação escolhida;
Não escolhe – nem presta – transcorre in albis – devolve-se o “ius eligendi” ao credor que deverá indicar a prestação de sua preferência – para que a execução prossiga quanto a esta -= mediante intimação do devedor, não precisa ser novamente citado. 
Execução para que se entregue coisa certa
A execução para entrega de coisa corresponde às obrigações de dar em geral, sendo indiferente a natureza do direito a efetivar, que tanto pode ser real como pessoal. 
Compreende essa modalidade de execução forçada prestações que costumam ser classificadas em dar, prestar e restituir.
DAR: quando incumbe ao devedor entregar o que não é seu, embora estivesse agindo co mo dono;
PRESTAR: quando a entrega é de coisa feita pelo devedor, após respectiva conclusão;
RESTITUIR: quando o devedor tem a obrigação de devolver ao credor algo que recebeu deste para a posse ou detenção temporária;
Visa – a entrega de coisa certa – por direito real ou por direito pessoal. 
A entrega da coisa pode ser :
móvel: busca e apreensão 
imóvel : imissão na posse do credor. 
Aplica-se a mesma fórmula a coisa incerta, sendo que nesta pode sobrevir o incidente de impugnação por qualquer das partes da escolha feita pela outra. 
Linhas gerais do procedimento
Ajuizada a petição inicial, procede-se a citação do devedor (exclui-se a via postal) para entrega de coisa certa no prazo de 10 dias ou seguro o juízo, apresentar embargos. 
Cumprida a citação, pode ocorrer: 
se o executado entrega a coisa – lavra-se termo – encerra-se execução por sentença – exceto o caso de ter decisão exeqüenda imposto ao vencido , além da condenação à entrega da coisa , outra de natureza pecuniária (pagamento de frutos, perdas e danos) insatisfeito o credor, prossegue-se com execução por quantia certa nos mesmos autos. 
Inércia do devedor: executado de permanecer totalmente omisso o devedor – citado – (não entrega a coisa – nem a deposita para oferecer embargos) expedir-se-á em favor do credor - mandado de imissão na posse (imóvel) – busca e apreensão (móvel) – cumprida a diligência e juntado o mandado aos autos terá o devedor 10 dia para apresentar os embargos A imissão ou apreensão durante esse prazo são provisórias, se o devedor não a embarga , finda-se a execução e a posse do credor torna-se definitiva. (Nesta hipótese pode acontecer, como já visto – que continue a execução quanto aos frutos devidos, ressarcimento de perdas e danos – fazendo-se na conformidade do procedimento de quantia certa.). Se os embargos são julgados improcedentes a posse do credor passará a definitiva, caso contrário devolve-se a coisa ao executado. 
Depósito da coisa: Possível que o devedor queira embargar a execução (impugnar) deve depositar a coisa nos 10 dias , procedendo-se a lavratura do termo, desta começa a correr prazo de 10 dias para oferecer embargos.
Embargos podem ser rejeitados liminarmente – pelo o órgão jurisdicional ou serem recebidos com efeito de suspender a execução. 
Rejeitados in limine – é lícito ao credor levantar a coisa depositada. 
Recebido os embargos o exeqüente só pode levantar a coisa após julgamento dos embargos, desde que não acolhidos. Neste caso, não precisa aguardar o trânsito em julgado , para levantar-se a coisa. 
Casos especiais
Pode não ser encontrado a coisa nas mãos do devedor por haver este alienado – se após a propositura da ação condenatória – FRAUDE A EXECUÇÃO – nesse caso vale entre o devedor e o terceiro adquirente , mas o ato de alienação é ineficaz em face do credor. Permite a lei que o credor reclame a coisa de terceiro – faculdade – já que pode o credor desejar o recebimento do valor da coisa, mais perdas e danos, trata-se de opção livre do credor. Se o terceiro quiser defender sua posse ou domínio só poderá faze-lo depois do depósito da coisa litigiosa. 
Fim da execução por coisa certa é a entrega da coisa in natura, assim, assiste ao credor o direito de busca-la e apreendê-la onde quer que esteja. Caso a coisa pereça – quer na mão do devedor , quer na mão de terceiro, torna impossível a execução específica restando a possibilidade de converte-la em execução genérica –pecuniária perdas e danos – liquidação valor da coisa o fixado na sentença exeqüenda, ou, se apurado mediante liquidação-processo prossegue nos mesmos autos – conforme procedimento por quantia certa. 
O direito de retenção gera a seu titular uma exceção dilatória, não impede a condenação à entrega da coisa, mas subordina a eficácia da sentença à prévia satisfação do crédito daquele que detém o jus retentiones. Benfeitoria na coisa – indenizáveis – feita pelo devedor ou terceiro – a liquidação prévia é obrigatória – não pode o credor pretender que a coisa lhe seja entregue sem que a satisfação o contra-crédito da realização das benfeitoria – assim a liquidação (arbitramento ou artigos) apurará o valor das benfeitorias. A execução só terá início depois do depósito do valor das benfeitorias. 
Entrega de coisa incerta
Entrega de coisa – determinada pelo gênero e quantidade. 
Para que se possa realizar a atividade propriamente executiva necessária se faz prévia individualização, pode ser feita pelo credor ou pelo devedor. 
Não há correlação entre coisa incerta e coisa infungível – nesta não há escolha qualidade de todas é a mesma. 
Procedimento
Se a escolha cabe ao credor deve ele faze-la na inicial;
Se cabe ao devedor deve ser ele citado para em 10 dias entregar a coisa individualizada (não para escolher) – cabendo a escolha ou não.
Tanto ao devedor como ao credor, cabe a impugnação da coisa escolhida no prazo de 48 horas –in albis – acarreta a preclusão;O critério de escolha é o do CC. , onde o devedor não poderá dar a coisa pior, nem prestar a melhor. 
A apreciação da impugnação deve ser sumária decidindo o juiz de plano, poderá, entretanto, utilizar-se de perito. 
A omissão do devedor em efetuar a escolha, quando lhe caiba esse direito, importa transferência da faculdade para o credor. 
Superada a fase da individualização , o procedimento da execução é o mesmo do que se trata de entrega de coisa certa.
Execução da obrigação de fazer ou não fazer
Generalidades
Obrigação de fazer tem por objeto a realização de um ato do devedor. Assim, o objeto da relação jurídica , nestes casos de obrigação,é um procedimento do devedor. 
Nas obrigações de dar, cumpre-se a obrigação com a entrega da coisa ao devedor, mesmo quando este torna-se inadimplente, já que o Estado pode atingir o bem devido , para entregá-lo ao credor. 
Quanto as obrigações de fazer, acontece ao contrário, já que não se conseguirá a atuação compulsória do devedor faltoso para realizar a obrigação que pessoalmente se obrigou
Devemos fazer distinção entre as obrigações só exeqüíveis pelo devedor e aqueles cujo resultado também pode ser produzido por terceiros – criou-se o conceito de obrigações fungíveis ou infungíveis. 
PRESTAÇÕES FUNGÍVEIS: as que por sua natureza , ou disposição convencional podem ser satisfeitas por terceiro, quando o obrigado não as satisfaça;
PRESTAÇÕES INFUNGÍVEIS: são as prestações que somente podem ser satisfeitos pelo obrigado, em razão de suas aptidões ou qualidades pessoais. A infungibilidade pode decorrer do contrato, pelo acordo entre as partes, ou da própria natureza da prestação. 
Cumpre ainda distinguir as obrigações POSITIVAS (de fazer) e as NEGATIVAS (de não fazer).
E as DE FAZER distingui-se em: 
com prestação fungível;
com a prestação materialmente infungível;
com a prestação apenas juridicamente infungível (obrigações de declaração de vontade)
Princípios comuns
Pode fundar-se na sentença ou título extrajudicial ;
Requer o credor na inicial que o devedor seja citado para praticar/desfazer o ato devido, deve constar de mandado citatório o prazo para que se pratique o ato;
Para o credor há sempre a possibilidade de optar pela reparação das perdas e danos em lugar da obra devida, ainda que se trate de obrigação fungível, caso, em que a execução transforma-se em quantia certa. 
A multa como meio de coação ou meio executivo direto pode ser aplicada na execução das obrigações de fazer ou não fazer, pode ser aplicada na sentença condenatória ( processo de conhecimento) ou pelo juízo da execução. 
É lícito ao devedor – invés de cumprir a obrigação – embargos a execução no decênio da juntada do mandado aos autos – recebido os embargos suspende-se a execução.
Execução das obrigações com prestações fungíveis
Em certos casos a obrigação de fazer pode ser praticado por pessoa cabalmente diversa do devedor- normalmente interessa ao credor o resultado da atividade, não a identidade de seu realizador. 
Recalcitrante o devedor em cumprir a obrigação, faculta a lei ao credor requerer – que o ato seja praticado por terceiros – a custa daquele (da decisão que defira ou indefira o requerimento é AGRAVÁVEL).
Deferido o pedido a realização do ato por terceiro reclama, salvo convenção entre as partes, escolha do executor através de licitação sob a forma de concorrência pública – avaliado por meio de perito o custo da prestação do fato - manda o juiz expedir edital com prazo máximo de 30 dias – constando características da obra ou serviço a executar – o valor estimado na perícia – dia lugar e hora das propostas – quantum estabelecido para caução.
Dentro do prazo – apresentam-se as propostas, com a prova da caução – em sobre cartas que serão abertas em dia e hora designadas pelo juiz - escolhendo a mais vantajosa. 
No qüinqüídio subseqüente é lícito ao credor requerer em igualdade de condições - para executar ou mandar executar sob sua direção ou vigilância obras e trabalhos necessários à prestação do fato.
Concorrente vitorioso – 5 dias - deve obrigar-se a prestar o fato – dentro dos autos –assinando, deposita nova caução sobre 25% do contrato – as cauções ficam a disposição do juiz para garantir o cumprimento da obrigação. 
Incumbe ao credor adiantar ao contratante as quantias estabelecidas na proposta – podendo reembolsar-se cobrando do devedor o respectivo montante - EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA -. 
Dando o executor por concluído a prestação do fato – órgão jurisdicional deve ouvir as partes em 10 dias – não impugnada – declara cumprida a obrigação. 
Realizada o prestação obra ou serviço 
modo incompleto ou defeituoso;
não ter sido prestado tempestivamente;
não ter sido prestada.
Autor pode requerer ao órgão jurisdicional no prazo de 10 dias que autorize a ele próprio a conclusão ou realização do serviço, agora por conta do contratante inadimplente - juiz ouve este em 5 DIAS. 
Execução das obrigações com prestações infungíveis
Cumprimento por determinadas pessoas quando convenciona-se que o devedor deva presta-la pessoalmente – intuitu personae – em vista das qualidades pessoais do devedor. 
Devedor citado: se recusa a faze-la ou se omite – torna-se inviável a execução específica – impossível constranger o devedor a faze-lo – sendo também impossível que seja feita por terceiro – dado o caráter da obrigação – como única solução converte-se a obrigação pessoa do devedor em perdas e danos – a obrigação de específica passa a genérica – pecuniária.
Mediante liquidação promovida pelo credor - apura-se as perdas e danos que o inadimplente lhe causou – podendo este cobrar o montante fixado através da execução por quantia certa – desnecessária liquidação, quando se haja estipulada multa compensatória.
Ressalte-se que citado o devedor – tem prazo de 10 dias para oferecer embargos – sendo estes propostos , a execução pecuniária, ou seja a transformação da execução específica em pecuniária só ocorre se os embargos forem improcedentes.
Execução das obrigações de omitir declaração de vontade 
 Obrigação infungível – só o devedor pode declarar a sua vontade, mas a obrigação – o interesse do credor não se dirige ao devedor, mas sim, no resultado , da declaração de sua vontade – daí decorre ser possível proporcionar ao credor o benefício especificamente visado – e não uma vantagem substitutiva (diferentemente das demais obrigações infungíveis). 
Atribui-se a sentença pela qual tenha sido condenado o devedor os mesmos efeitos que poderia surtir a declaração de vontade deste.
Não há necessariamente uma execução – não é necessário que o credor faça citar o devedor nem que seja assinalado a este prazo para cumprimento
Execução das obrigações de não fazer
Espécie da obrigação de fazer é a obrigação de tolerar – ou seja – de não oferecer resistência , a fato natural ou atividade de outrem ou resultado destas pode ser a obrigação negativa – instantânea ou permanente. 
Importante esta distinção, já que a obrigação instantânea uma vez descumprida gera para o credor uma reparação pecuniária, haja visto não poder se desfazer o que está feito, quando permanente: torna-se viável em regra a exigência para que cesse ou desfaça o que se fez descumprindo a obrigação nesse último caso, surge em vez da obrigação de não fazer ou de fazer – que no fundo trata-se de uma obrigação de fazer. 
Procedimento
Deferida a inicial – cita-se devedor - para praticar o ato, para desfaze-lo. Lícito ao executado oferecer os embargos 10 dias – recebidas suspende-se a execução. Se improcedente , não é necessário aguardar o trânsito em julgado pois a apelação terá efeito meramente devolutivo. 
Caso devedor cumpra a obrigação – encerra-se a execução salvo contra alguma prestação ainda devida.
Não cumpre e nem interpõe embargos: prossegue a execução – Se a obrigação era negativa continua – permanente: sendo suscetível seu desfazimento mandará que assim se proceda à custa do devedor sem prejuízo das perdase danos – cobráveis via execução por quantia certa – mediante prévia (se necessária) liquidação – segue a regra do desfazimento da obrigação de fazer por conta de terceiro.
Ato insuscetível de desfazimento – ocorre sempre nas obrigações negativas instantâneas – ou que não haja obra ou trabalho à ser desfeito – mas o devedor se recusa a deixar de cessar a atividade – resolve-se a obrigação descumprida em perdas e danos – precisa instaurar execução por quantia certa – após fixado o quantum por liquidação. 
Meios de coerção
Execução – visa – proporcionar ao credor resultado pr’tico igual se o devedor cumprisse a obrigação - nem sempre possível – viu-se que por vezes é necessário substituir a prestação devida pelo equivalente pecuniário – mediante execução por quantia certa – no entanto, mune-se o credor de meios para que o devedor adimpla a obrigação de modo avençado – pode-se recorrer a ameaça de dano pecuniário grave – para que o devedor seja levado a adimplir a obrigação na forçada avençada.
Esses meios de coerção – execução forçada - atua praticamente como norma jurídica concreta em vistas de satisfazer o credor independentemente da vontade do devedor e até contra sua vontade. 
CAMPO DE APLICAÇÃO: Via de regra nas obrigações infungíveis – segundo CPC – são eles utilizáveis em qualquer obrigação.
Multa – devida por dia de atraso – título judicial e extrajudicial – pode ser fixado na sentença – caso judicial – ou na própria execução - em ambos os títulos. 
A partir do dia em que comece a incidir a multa faculta-se ao credor exigi-la através de execução por quantia certa – Devedor é citado para pagar em 24 horas – mas se permanecer inadimplemente a multa continua incidindo. 
Execução por quantia certa contra devedor solvente
Execução visa – resultado prático - igual cumprimento pelo devedor – nem sempre possível – compensa-se o credor pecuniariamente. 
Serve a execução por quantia certa: 
atuação prática da norma jurídica concreta quanto a dívida pecuniária – obrigação original; 
caráter subsidiário.
Insolvente é o devedor que tem mais dívida do que patrimônio. 
Execução por quantia certa - tem como fim a entrega ao credor de uma soma em dinheiro.
Devedor não paga deve tomar providências para que o credor seja satisfeito – mesmo sem a colaboração do devedor. Se desde logo há numerário suficiente fica simplificado, bastando que se transfira para as mãos do exeqüente o dinheiro apreendido. Mas, de qualquer forma procede-se à expropriação dos bens do devedor - essa expropriação não constitui objeto da execução , mais meio de realizar a satisfação do credor.
Pode-se distinguir 3 fases essenciais no curso por ele seguido com mais freqüência :
fase: apreensão dos bens : compreendendo a apreensão propriamente dita e o depósito:
fase: expropriação dos bens apreendidos – cujo momento culminante se dá na arrematação; 
fase: pagamento ao credor – com o produto da alienação dos bens apreendidos e expropriados. 
Desde logo se apreende dinheiro – que se permite passar para última etapa – 
Credor recebe o próprio bem - sobre o qual recaiu a apreensão (adjudicação) – caso em que a segunda e a terceira fase se superpõe – importando a expropriação por si mesma, o pagamento do exeqüente.
Procedimento
Deferida a petição inicial como em qualquer execução – cita-se o devedor para que pague em 24 horas – ou nomeie bens a penhora – oficial de justiça inadmissível via postal – devedor não encontrado – oficial de justiça – arresta bens – arresto de índole cautelar - ainda não executiva – após o arresto nos 10 dias subseqüentes deve o oficial de justiça procurar o devedor por 3 vezes em dias distintos. 
Exeqüente intimado do arresto – 10 dais – requer a citação por edital – transcorrido in albis – perde a eficácia do arresto.
Citado pelo oficial de justiça ou edital – 24 horas paga ou oferece bens à penhora – paga-se levanta o arresto – se nomear bens, substitui-se o arresto pela penhora. 
Não paga – nem nomeia bens –arresto converte-se em penhora – independentemente de formalidades. 
Execução por quantia certa contra devedor insolvente
Pressupostos: 
Diz-se solvável o devedor, quando tem bens de valor suficiente para o pagamento de todas as suas dívidas – INSOLVÁVEL – insolvente – é aquele em que, contrariamente, suas dívidas excedem o seu patrimônio.
Fica , esse devedor, sujeito à um tipo de execução caracterizada pela UNIVERSALIDADE, quer do ponto de vista objetivo (atinge todos os seus bens disponíveis), quer subjetivamente (por não ser promovida em benefício de um único credor).
O conceito de insolvência não é jurídico – e sim econômico – traduzindo-se pela situação de desequilíbrio patrimonial, entretanto, para caracterização da insolvência, mister se faz, a sua declaração judicial. 
Declaração de insolvência
Pode ser declarada a de qualquer devedor civil (não comerciante) INCLUSiVE das Sociedades Civis, em se tratando de pessoa falecida, fica sujeito à declaração de insolvência o espólio. 
São legitimados a requerer a declaração da insolvência:
qualquer credor quirografário, munido de título judicial ou extrajudicial, líquido certo e exigível;
próprio devedor;
o espólio do devedor – através do inventariante;
Impossível ser declarada ex-officio pelo juiz;
A insolvência é declarável com base na situação REAL de desequilíbrio financeiro do devedor, cuja ocorrência ou não será apurada no curso do processo, entretanto, leva a lei em conta, que por vezes é difícil para o credor concluir com segurança que o devedor é insolvável, daí. Contempla o código as hipóteses de insolvência presumida, presunção relativa (iuris tantum), ressalvando-se ao devedor a possibilidade de alegar e provar, que a despeito dos fatos, o seu ativo é superior ao seu passivo. São as seguintes hipóteses: 
quando o devedor, contra quem instaurou-se execução singular – não possuir outros bens livres e desembaraçados para nomear à penhora – não significa que sobre o mesmo bem não possa incidir mais de uma 
penhora, já que o segundo credor pode conformar-se com a situação deixando de requerer a declaração de insolvência, ou se, o valor dos bens for suficiente para responder por ambos os créditos. 
Quando o devedor tiver arrestado algum bem , nos casos:
que não tiver domicílio certo, ausenta-se ou aliena bens que possui, ou não paga as obrigações no prazo estipulado;
quando o devedor tiver domicílio, mas se ausenta ou tenta ausentar-se furtivamente, aliena ou tenta alienar os bens que possui, contrai dívidas extraordinárias, põe ou tenta por seus bens em nome de terceiros, ou comete outros artifícios fraudulentos. 
Quando tenta aliena bem de raiz, ou ainda, hipoteca-los ou dá-los em anticrese, sem ficar com algum ou alguns bens livres e desembaraçados no valor de suas dívidas. 
Da insolvência requerida pelo credor
O credor requererá a declaração de insolvência do devedor, instruindo o pedido co o título competente. 
Aplica-se a inicial os procedimentos da espécie, deferida , esta cita-se o devedor, que terá o prazo de 10 dias para defender-se mediante embargos ( inconfundível este com os embargos do devedor, já que aquele é mais amplo que este, podendo alegar o devedor que não é insolvente, tendo o seu ativo superior ao passivo). Em vez de oferecer embargos faculta-se ao devedor ilidir o pedido de declaração de insolvência, depositando no decênio a importância do crédito, para discutir legitimidade e/ou valor,ou, logicamente, pagar a dívida com o credor exeqüente. 
Encerrada a fase postulatória - verifica o órgão judiciário da necessidade ou não de audiência. Será decidida antecipadamente a lide, se o devedor não embargou , ou se assim o fez, não necessitar-se de prova, por ser somente de direito a controvérsia, nestes casos o juiz proferirá a sentença dentro de 10 dias da conclusão dos autos. 
Caso o devedor haja oferecido embargos – pode ocorrer que:
o juiz os rejeite, e declare a insolvência;
ou o acolhe , podendo; indeferirno mérito o pedido de declaração de insolvência; julgar o requerente carecedor de ação,reconhecer a incompetência do juízo, etc..
Se o devedor efetuar o deposito, jamais poderá ser declarada sua insolvência, - legítimo o crédito, a sentença determinará o levantamento do depósito pelo requerente até o limite do respectivo quantum, o saldo, eventualmente, 
reverterá ao devedor Ilegítimo o crédito terá direito o devedor ao levantamento do total depositado. 
Se o devedor ficou omisso, não oferecendo embargos, nem depositando a importância do alegado crédito. 
Insolvência requerida pelo devedor e seu espólio
O devedor – espólio – tem a faculdade – não o dever – de requerer, a qualquer tempo, a declaração de sua própria insolvência. Tanto qualquer pessoa física ou jurídica cuja insolvência pudesse ser declarada a requerimento de algum credor. Não há necessidade de que já tenha ocorrido mora: basta a situação de desequilíbrio econômico, caracterizada pela insuficiência de meios para o pagamento de todas as dívidas. 
Foro competente é o da comarca onde o devedor tem seu domicílio – deverá conter , ainda:
a relação nominal de todos os credores, com a indica’;cão do domicílio de cada um, bem como da importância e da natureza dos respectivos créditos;
a individuação de todos os bens do devedor, com a estimativa do valor de cada qual;
o relatório do estado patrimonial do devedor, com a exposição das causas que determinaram a insolvência;
Não prevê a lei a citação dos credores nem a instauração de contraditório – o juiz mediante o exame dos elementos ministrados pelo requerente, decidir se é ou não é caso de ser declarada a insolvência – faculta-lhe ordenar a produção de provas, além de outros documentos ed diligência indispensável a formação de seu convencimento – não esta o juiz vinculado a acatar o pedido de declaração de insolvência – a sentença pode ser proferida independente de audiência de instrução e julgamento. Pode o requerente desistir da ação sem anuência de qualquer pessoa extinguindo-se o processo sem julgamento do mérito.
A sentença e seus efeitos
Indeferido o requerimento pelo juiz não impede , em, princípio que qualquer outro credor, ou com outro fundamento, se ingresse com o pedido de declaração de insolvência. 
Se o devedor ilidir o pedido de insolvência , depositando a importância do crédito para lhe discutir a legitimidade ou o valor, pode ocorrer que: 
Reconhecida a inexistência de crédito contra este não poderá mais promover, o credor, execução fundado no mesmo título que lhe instruíra o requerimento. 
Reconhecido a existência do crédito: o depósito será levantado pelo credor até o limite do quantum devido, extinguindo-se a obrigação, afastando-se, também,a a possibilidade de nova execução pelo mesmo título. 
A sentença que acolhe o pedido formulado pelo credor ou pelo próprio devedor – não é meramente declaratória comporta APELAÇÃO – sendo preponderantemente CONSTITUTIVA;
Produz, a sentença, os seguintes efeitos:
faz vencer antecipadamente todas as dívidas da pessoa declarada insolvente;
retira do devedor - até a liquidação total da massa – o direito de administrar seus bens e o poder de disposição sobre eles, deixando-o, contudo, livre para praticar os outros atos da vida civil;
sujeita à arrecadação , para posterior alienação , todos os bens do devedor suscetíveis de penhora, quer os já existentes em seu patrimônio no momento da declaração de insolvência, quer os adquiridos no curso do processo.
Instaura-se a execução por concurso universal – universalidade do juízo da insolvência ao qual concorrerão todos os credores do devedor comum , e todas as execuções singulares que porventura já estejam correndo – salvo se alguma dessas execuções, houver designado dia para a praça ou o leilão – proceder-se-á neste caso à hasta pública – sendo o produto integrado a massa e NÃO entregue ao exeqüente. 
Na sentença que declarar a insolvência – deve o juiz: 
nomear dentre os maiores credores um que se incumba de administrar a massa;
mandar expedir edital convocando para que os credores se apresentem no prazo de 20 dias, acompanhados dos respectivos títulos.
Execução universal
A execução universal do devedor declarado insolvente, desdobra-se em 3 operações essenciais: a apreensão de todos os seus bens mediante expropriação forçada, o pagamento dos credores concorrentes através do rateio do produto, na proporção das respectivas quotas, observadas as preferências legais. Todos esses atos têm natureza propriamente executiva. 
Ao lado destes, necessário se faz que o órgão jurisdicional verifique e classifique os créditos – preparando a partilha e assegurando sua correta utilização. Tal atividade é de natureza cognitiva, que desenvolve-se paralelamente à executiva. 
Deve haver alguém que administre e guarde os bens arrecadados, assim o juiz, dentre os maiores credores, escolherá um para administração da massa, o escolhido deverá dentro 24 horas assinar termo de compromisso de desempenhar fielmente o cargo, entregando sua declaração de crédito, juntamente com o título executivo. 
O devedor que caiu em insolvência sem culpa sua, pode requerer ao juiz, se a massa comportar, que lhe arbitre uma pensão, até a alienação dos bens. Antes de decidir o órgão judicial abrirá oportunidade aos credores habilitados para se pronunciarem no prazo estipulado – seja qual for a decisão , a mesma é agravável – devendo o administrador da massa cumpri-la. A modificação de qualquer pressuposto fático autoriza a qualquer tempo a revisão do pronunciamento, quer por iniciativa do devedor, quer por algum credor, seja para conceder pensão antes negada, decretar a cessação do benefício, ou simplesmente alterar o quantum. 
Verificação e classificação dos créditos
Findo o prazo – 20 dias - que dispõe os credores para se habilitarem – o escrivão no qüinqüídio subseqüente ordenará as declarações apresentadas, autuando cada uma com o respectivo título – em seguida intimará os credores para em novo prazo de 20 dias – alegarem suas preferências, bem como a nulidade , simulação, fraude ou falsidade das dívidas e dos contratos – nesse prazo é lícito ao devedor impugnar quaisquer crédito excluídas, as alegações anteriormente feitas em embargos – matéria preclusa. 
O procedimento subseqüente varia conforme tenha ocorrido ou não impugnação tempestiva do devedor ou de qualquer credor concorrente. 
NÃO havendo impugnação o escrivão organiza o quadro geral dos credores , classificando os créditos e títulos segundo a lei civil. Todos os interessados devem se manifestar sobre o quadro nos dez dias subseqüentes. Uma vez ouvidos os interessados, o juiz proferirá sentença. Sentença é apelável. 
QUANDO HÁ IMPUGNAÇÃO DE CRÉDITO: instaura-se um contraditório incidente – sobre os créditos impugnados – não havendo mister de outras provas o juiz proferirá a sentença no decêndio, havendo necessidades de provas o juiz a deferirá ou as determinará de ofício – se houver necessidade de prova oral designará audiência – sentenciando em seguida.
Transitada em julgado a sentença –segue o procedimento final , cabível quando não há impugnação. 
Permite a lei que o devedor após a aprovação do quadro geral dos credores, entre em acordo com estes, propondo-lhes determinada forma de pagamento dos débitos. Não se faz necessário que o credor manifestem sua concordância expressa – a omissão em impugnar tempestivamente a proposta vale por assentimento tácito – basta, porém, que um deles se oponha , para que já não se possa aprovar proposta. Inexistindo impugnação o juiz aprovará a proposta por sentença homologatória.
Pagamento dos credores
Ao ser homologada a partilha, podem já se ter alienado os bens da massa, como restar algum ou vários . Na primeira hipótese o contador deve ter indicado no quadro os valores das quotas atribuídas no rateio aos diversos credores concorrentes. Se os bens da massa, no todo ou em parte, não houverem sido alienados , determinará o juiz que se realizea praça, quanto aos imóveis e o leilão, no que tange aos móveis. O produto – que eventualmente se somará ao porventura antes do apurado – vai destinar-se , é claro, ao pagamento dos credores – encerra-se o processo de insolvência. . Em regra semelhante rateio não bastará para satisfazer integralmente a totalidade dos credores, dada a condição de insolvência do devedor – este não se exonera , continua obrigado pelo saldo, só considerar-se-á extinta a obrigação quando todos os créditos forem pagos - enquanto isso não ocorrer , o processo de execução universal pode ser reaberto por qualquer credor contemplado no quadro. O procedimento é suscetível de repetir-se tantas vezes quantas couber. 
Situação dos credores retardatários
Denomina-se retardatário os credores que estando em condições, não se habilitaram no prazo de 20 dias estipulados.
O retardatário não fica excluído do rateio final – para que dele possa beneficiar-se - lhe é assegurando que, antes do rateio, por ação direta , a prelação ou a quota proporcional ao seu crédito. Entretanto, não basta a mera propositura da ação direta, para garantir a participação no rateio; este pode sobrevir antes que seja aquela julgada por decisão irrecorrível, já que a lei não atribui ao ajuizamento da ação pelo retardatário o efeito de suspender o curso da execução universal.. Deverá o credor retardatário, então, requerer ao juiz a reserva do montante que lhe haja de tocar.
A par do silêncio do texto, a ação direta proposta pelo retardatário deverá ser proposta perante o juízo onde tramita a execução universal. 
São citados os devedores e os credores concorrentes sendo lícito a estes e aqueles impugnarem o crédito. 
Desvantagem prática sofrida pelo retardatário é que não pode ele impugnar qualquer crédito, ou objetar o quadro organizado pelo contador.
Omisso o código, quanto ao procedimento da “ação direta” aplica-se analogicamente os dispositivos pertinentes à verificação dos créditos disputados pela forma comum.
Reconhecido o crédito, pode ocorrer que: 
JÁ SE RATEOU O PRODUTO DA EXECUÇÃO: será ele autorizado a levantar a quota que deve ter ficado em deposíto , aguardando a decisão. 
NÃO SE RATEOU O PRODUTO DA EXECUÇÃO: o credor retardatário receberá o que lhe caiba , na mesma oportunidade em que o fizeram os outros;
Se o crédito não for reconhecido , dividir-se-á proporcionalmente entre os demais credores o quinhão que tocaria ao retardatário,, através de sobre partilha.
Extinção das obrigações
Pode acontecer, como geralmente o é que a o produto da alienação dos bens arrecadados não baste a satisfação integral dos credores concorrentes. Subsistindo saldos , responderá os bens que venham a ingressar no patrimônio do devedor. Mas para evitar resultado excessivamente gravoso para o devedor, a lei fixa um limite máximo de tempo – o prazo extintivo é de 5 anos da data do encerramento do processo de insolvência, ou melhor do trânsito em julgado da sentença que o encerrou, se porventura ele foi reaberto uma ou mais vezes, a sentença que se tem em vista é a do último encerramento.
Procedimento
Incumbe ao devedor requerer ao juízo da insolvência a declaração da extinção das obrigações – o órgão judicial não pode declara-la de ofício – nesse requerimento observar-se-á os mesmos requisitos da petição inicial.
Sendo deferida o juiz ordenará a publicação de edital com prazo de 30 dias no órgão oficial e outros jornais de grande circulação – desnecessária a citação dos credores por outra forma – o prazo corre da primeira publicação. 
Nos 30 dias de prazo, pode qualquer credor ( que tenha se habilitado ou não) impugnar o pedido.
As alegações suscitáveis na impugnação podem referir-se:
a falta de pressuposto temporal, não decorreram 5 anos desde o trânsito em julgado da sentença que encerrou o processo da insolvência. 
Existência de bens penhoráveis adquiridos pelo devedor neste interem, que enseja nova abertura ou reabertura da execução universal. 
Três hipóteses são concebíveis:
nenhum legitimado impugnado tempestivamente o pedido do devedor; profere-se , a sentença nos 10 dias subseqüente a conclusão dos autos, após o escoamento dos 30 dias;
há impugnação regular o devedor tem prazo de 10 dias para manifestar-se - não é necessária produção de provas em Audiência, devendo a sentença ser proferida findo os 10 dias;
Convencido o órgão judicial da necessidade de colher prova em audiência, cabe ao juízo designar dia e hora para respectiva realização.
Sentença e seus efeitos
Se entender fundada alguma impugnação ou verificar – de ofício – que ainda não se completou o qüinqüênio incumbe o juiz rejeitar o pedido do devedor. 
Acolhida as alegações, não decretará o órgão jurisdicional, desde logo, que se reabra o processo de insolvência. Limitar-se-á a recusar a declaração de estarem extintas as obrigações. A execução universal não é suscetível de reabertura ex officio, cumpre que algum credor requeira.
Inexistindo impugnação fundada e escoado o prazo, o juiz acolherá o pedido do devedor e declarará extintas as obrigações, que hajam ou pudessem haver sido cobradas na execução universal. 
Execução contra a fazenda pública
Na execução por quantia certa contra União, Estados, Territórios, Distrito Federal, e Municípios e outras entidades da administração, cujo patrimônio esteja submetido ao regime de bens públicos, são regidos por regras especiais, no tocante a apreensão e expropriação forçada – execução – A CF. disciplina o pagamento ao credor. 
Ficam as entidades de direito público, por isso obrigadas a reservar, nos respectivos orçamentos, dotações suficientes para atender, em cada exercício financeiro, aos pagamentos dos débitos que lhe sejam comunicados até o dia 1°. de julho do exercício anterior,essa data explica-se pelo propósito de possibilitar a adoção de providências relacionadas com a elaboração orçamentária, a que se precede no segundo semestre. 
Procedimento
A estrutura do processo executivo aqui modifica-se , consideravelmente. Inicia-se com à citação do devedor, inexiste a cominação de penhora para a hipótese de não pagamento em 24 horas, pois à pessoa jurídica de direito público, ainda que quisesse, não seria lícito pagar de imediato e os seus bens são impenhoráveis. 
A citação não pode ser feita via postal,correndo a partir da juntada do mandado - em 10 dias – podem se oferecer embargos . Não sendo oferecidos estes, ou rejeitados, o órgão judiciário.
Execução fiscal
A execução – para cobrança da dívida ativa da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e respectivas autarquias. 
A petição inicial só precisa mencionar o juiz a quem se dirige, o pedido e o requerimento da citação , figurando o mais na certidão da dívida ativa, que deve instruí-la, podem ainda, ambas constituir um único documento. Sendo deferida a petição, seu despacho importará em ordem não apenas para a citação , mas também para penhora.
Salvo quando a Fazenda Pública a requerer por outra forma, far-se-á pelo correio, com aviso de recepção, a citação do devedor, para em 5 dias pagar ou garantir a execução. Ter-se-á como citado o devedor na data da entrega da carta no respectivo endereço; ou, se omisso quanto à data o aviso de recepção, 10 dias após a entregada carta à agência postal. Contudo , se o aviso não retornar dentro de 15 dias , a citação será feita por edital. 
O devedor poderá garantir a execução mediante nomeação de bens a penhora, seus ou oferecidos por terceiro e aceitos pela Fazenda Pública; depósito em dinheiro ou fiança bancária. 
O depósito ou fiança produz os mesmos efeitos da penhora, que não ocorrendo pagamento, nem garantia de execução, se efetivará em qualquer bem do executado, salvo os declarados absolutamente impenhoráveis por lei. 
Far-se-á a intimação da penhora ao devedor por meio de publicação, no órgão oficial, do ato da juntada do termo ou do auto de penhora, salvo se, realizada a citação pelo correio e não contiver a assinatura do próprio devedor ou seuresponsável. Nas comarcas interioranas a intimação poderá ser feita mediante a remessa ao devedor de cópia do termo ou auto de penhora. Se recair sobre imóvel, intimar-se-á o cônjuge do devedor.
Registra-se a penhora ou o arresto no ofício próprio se tratar-se de imóvel ou bem equiparado a imóvel.
Os bens penhorados serão removidos para depósito judicial, particular ou da Fazenda Pública, sempre que esta o requerer Não se procederá a uma avaliação formal , a não ser que alguma das partes impugne a avaliação que deve constar do termo ou auto de penhora Avaliado os bens , o órgão jurisdicional decidirá de plano sobre a avaliação. 
Devedor pode oferecer embargos a execução no prazo de 30 DIAS a contar do depósito do dinheiro, ou da juntada de prova da fiança, ou da intimação da penhora.
Nos embargos formulará o devedor as alegações que tiver, requererá provas e juntará aos autos os documentos e o rol de testemunhas até três – recebidos os EMBARGOS – SUSPENDE-SE a execução, intima-se a Fazenda Pública para que em 30 dias impugne-os. 
Os embargos serão decididos mediante audiência de instrução e julgamento, salvo se versarem apenas sobre matéria de direito, ou se a prova for exclusivamente documental, caso em que o juiz sentenciará dentro de 30 dias. 
Não embargada a execução , ou rejeitados os embargos, passa-se a expropriação dos bens, em 15 dias, acautelando-se, no caso de prestada a garantia por terceiro, de intimá-lo para em 15 dias remir o bem (hipótese de garantia real), ou pagar o valor da dívida com acessórios ( na hipótese de garantia fidejussória), sob pena de contra ele prosseguir a execução nos mesmos autos. 
É obrigatória a intimação pessoa do representante da Fazenda Pública. 
Poderá a Fazenda Pública adjudicar os bens penhorados: antes do leilão, pelo preço da avaliação – se não houver embargos ou forem estes rejeitados e depois do leilão , pelo preço de avaliação, caso não haja licitante, ou em igualdade de condições com a melhor oferta no prazo de 30 dias. Sendo o crédito inferior a avaliação o juiz somente deferirá a adjudicação caso a diferença seja depositada pela credora, à ordem do juízo, dentro de 30 dia. 
Das sentenças proferidas em execução com valores inferiores à 50 otns caberá unicamente embargos infringentes (não caberá apelação) e, obviamente, embargos de declaracão.
Execução de prestação alimentícia
Obedecerá em princípio à sistemática comum da execução por quantia certa contra devedor solvente. Recaindo a penhora em dinheiro, o oferecimento de embargos não impedirá que o credor levante mensalmente a importância correspondente a prestação. 
Podem, entretanto, ocorrer variantes: Uma delas consiste na possibilidade de receber o exeqüente as quantias que lhe sejam devidas mediante desconto em folha de pagamento. 
Não sendo possível o desconto em folha , poderão ser as prestações cobradas de alugueres de prédios ou de quaisquer outros bens do devedor, que serão recebidos diretamente pelo alimentado ou por depositário nomeado pelo juiz. 
Contempla o CPC não uma particular modalidade de procedimento executório, mas um meio de coerção tendente a conseguir o adimplemento por obra do próprio devedor: a prisão civil, autorizada a título excepcional pela CF. A imposição da medida coercitiva pressupõe devedor , citado, deixe escoar o prazo de 3 dias sem pagar nem provar que já o fez ou que está impossibilitado de fazê-lo – assim – o órgão jurisdicional . sem requerimento do credor , decretará a prisão do devedor , por tempo não inferior a 1 e nem superior a 3 meses. Não se trata de punição, mas de providência destinada a atuar no ânimo do executado, a fim de que realize a prestação, se ele pagar o que deve, determina o juiz a suspensão da prisão, quer tenha começado a cumprir a prisão ou não. Outrossim , o cumprimento da prisão não exonera o devedor de pagar as prestações vencidas e vincendas. 
A decisão que mandar prender o devedor comporta AGRAVO, que não suspende a execução
Penhora
Ato pelo qual se apreende bens para emprega-los de maneira direta ou indireta na satisfação do crédito exeqüendo.
Bens impenhoráveis – inutilidade da apreensão. 
BENS ABSOLUTAMENTE IMPENHORÁVEIS: não sujeitos à execução 
os inalienáveis e os declarados por ato voluntário (ex.: testamento);
provisões de alimentos, combustível, necessários a manutenção da família durante 1 mês;
anel nupcial e retratos de família;
imóvel rural até 1 módulo;
livros, máquinas, utensílios necessários ao exercício da profissão;
equipamentos militares;
materiais necessários para obras;
pensões, tenças e montepios; 
Salvo as exceções taxativas legais, acima descritas, quaisquer outros bens são suscetíveis de penhora, inclusive os dos sucessores, na medida de seus quinhões, “causa mortis ou intervivos”. 
BENS DE TERCEIRO: pode a penhora incidir sobre eles quando a lei atribua responsabilidade executiva ao respectivo dono, nos casos: 
fiador judicial;
responsável tributário;
sócio;
cônjuge.
NOMEAÇÃO DE BENS A PENHORA: há de obedecer-se uma ordem:
dinheiro;
pedras e metais preciosas;
títulos da dívida pública;
títulos de crédito com cotação em bolsa;
móveis,
veículos;
semoventes;
imóveis;
navios, aeronaves;
direitos e ações;
A inobservância da ordem, torna ineficaz a penhora, salvo se o credor concordar – sobre a nomeação ouve-se o exeqüente no prazo de 5 dias, juiz pode “ex officio”- rejeitar ba nomeação se esta recair sobre bem impenhorável aceito pelo credor (expressa ou tacitamente) ou transcorrido in albis o prazo. Fixa o juízo prazo para que o executado exiba prova de propriedade dos bens nomeados – assim feito – tudo é reduzido a termo – da decisão cabe AGRAVO. 
PERDE O DEVEDOR O DIREITO DE NOMEAR BENS À PENHORA: 
se deixar passar prazo de 24 horas sem fazer a nomeação;
sobrevier impugnação acolhida pelo juiz;
órgão jurisdicional de ofício rejeitar a nomeação, por tratar-se de bens impenhoráveis;
não exibir em tempo hábil a prova de propriedade;
O direito de nomear os bens passa ao exeqüente - nos casos acima – o exeqüente não está adstrito a regra de nomeação, essa incumbe ao devedor, segui-la. 
OBSERVAÇÕES SOBRE A PENHORA: 
Feita a nomeação pelo devedor – reduz a termo – imóveis necessita de registro, fora esses casos, apreende-se os bens.
Se ficar comprovado que o produto dos bens será totalmente absorvido pelo pagamento das custas da execução, e não forem encontrados outros bens, o oficial de justiça se absterá de fazer a penhora, descrevendo os bens que guarnecem aças ou estabelecimento do devedor .
Suspende-se a execução – inexistindo bens suscetíveis de penhora.
Efetuar-se-á a penhora das 06:00 às 20:00 horas, podendo ser concluída depois para evitar-se dano.
Os bens podem ficar sob depósito do próprio executado, se o exeqüente concordar – assumindo a posição de DEPOSITÁRIO, caso o credor discorde, os bens serão depositados.
Feita a penhora intima-se o executado para oferecer embargos em 10 dias – iniciando-se o prazo, da juntada nos autos da prova de intimação; 
Intimado será o cônjuge se a penhora recair em imóvel , seja qual for o regime de bens; Falta de intimação do cônjuge acarreta nulidade do processo, daí em diante;
Se os bens situarem-se em outro foro, a penhora será feita através de precatória;
Penhora de crédito de terceiros – considera-se a penhora feita pela intimação de que o terceiro não pague ao executado e para que este não pratique atos de disposição de créditos. Se um título de crédito representa a dívida, será, este, apreendido. Se o terceiro nega a dívida em conluio com o devedor FRAUDE A EXECUÇÃO. 
Incidindo a penhora em direito de ação do devedor pode o credor sub-rogar-se nos direitos , até a ocorrência de seu crédito ou promover a alienação do direito penhorado – Tem o exeqüente o prazo de 10 dias para optar pela segunda solução, silente entende-se que optou pela primeira. 
Pagamentos sucessivos: o terceiro intimado a não pagar ao executado, devendo preStara prestação diretamente ao exeqüente, que irá levantando as prestações para abater-se da dívida. 
Efeitos da penhora
São de duas ordens: 
MATERIAL: 
priva o devedor mediante posse direta dos bens penhorados , há alteração de posse quando é nomeado depositário;
torna ineficazes em relação ao credor penhorante os atos de disposição dos bens penhorados que porventura venham o devedor praticar , permitindo a a atividade executiva sobre eles; 
PROCESSUAL: 
individualiza bem ou bens do devedor que não suportar in concreto a responsabilidade executiva;
garantir o juízo de execução – eficácia da ação executiva
gera para o credor - enquanto não insolvente o devedor, preferência no produto da alienação dois bens em relação a outros credores – não se sobrepõe aos direitos reais em garantia ou privilégios oriundos de título real;
Modificação da penhora
Penhora subsiste sobre o mesmo objeto até sua expropriação, mas em certos casos a lei permite que se modifique o objeto da penhora – Modificações – qualitativas (substituição do primitivo objeto por outro) ou quantitativas (redução ou ampliação).
REDUÇÃO: quando após avaliação verifica-se que o valor dos bens é superior ao crédito exeqüente, restringe-se a incidência da penhora à bem ou bens , até que bastem para a satisfação do crédito; 
AMPLIAÇÃO: se avaliados, o valor apurado é inferior ao crédito, havendo outros bens, penhorar-se-á tantos quantos bastarem para a satisfação do crédito; 
A substituição pode ocorre por iniciativa:
DEVEDOR:
substituição dos bens penhorados por outros que bastem à execução, quando os primeiros superam consideravelmente o crédito , reduz-se a penhora;
substituição do bem ou bens penhorados a qualquer tempo antes da arrematação ou adjudicação;
CREDOR: solicita a substituição, quando: 
descobre que os bens penhorados, são litigiosos, gravado por penhora anterior ou outro ônus, desde que exista outro bem sem gravame;
revela a avaliação a insuficiência dos bens penhorados - como alternativa a ampliação dos bens faculta-se o exeqüente requerer, sendo possível, a transferência da penhora para outro bem (bens) mais valiosos. 
Quando o bem perecer e não puder suportar a atividade executiva; 
Destino dos bens penhorados
Em princípio destinam-se à expropriação para satisfação do credor, permanece sobre guarda e conservação do depositário.
Todavia assegura a lei ao devedor a qualquer tempo antes de alienado os bens a possibilidade de REMIR a EXECUÇÃO – pagando ou consignado a importância da dívida + juros + custas e honorários – desnecessária a concordância do exeqüente. 
Difere da remição dos bens penhorados (ver a frente) apesar de silente a lei – pode-se remir a execução não só o devedor , mas qualquer pessoa legitimada a pagar. 
Expropriação
Os bens apreendidos ficam afetos a uma destinação específica – a satisfação do credor – com a qual se atuará praticamente com a norma fundamental aplicável a espécie:
se apreendeu-se dinheiro, simplifica-se – passa-se direto ao pagamento;
se foi de bens diversos : 
credor pode dispor-se a receber os próprios bens apreendidos – a que a lei lhe faculta sob condições - adjudicação;
pode usufruir do bem , embolsando durante certo tempo a que ele render – usufruto de imóvel ou empresa. 
No comum dos casos entrega-se ao credor uma soma em dinheiro e o modo de converter nela os bens apreendidos, consiste em aliena-los a terceiros;
Avaliação
Ato prévio a alienação – prevê a lei que se fixe o valor dos bens penhorados – por vezes torna-se desnecessária quando o credor aceita a estimativa obrigatoriamente feita pela devedor na nomeação dos bens – ou se tratar-se de títulos ou mercadorias com cotação em bolsa – ou bens de pequeno valor – ficando sempre a controle do juiz, ainda que o credor concorde. 
Passado in albis o prazo para os embargos, ou estes foram julgados improcedentes – tem início o procedimento de avaliação. 
Inicia-se com a designação da pessoa que há de realizá-la – avaliador oficial – na sua falta – perito nomeado pelo juiz;
Deve em 10 DIAS, apresentar o laudo, com descrição dos bens e respectivos valores – apresentado este abre-se prazo – as partes se manifestam – e até impugnam – seguidamente o juiz profere decisão (agravável). 
Em regra uma vez feita a avaliação esta não se repete.
Todavia a parte interessada, impugna alegando erro ou dolo, estimou-se bens, excessivamente alto ou excessivamente baixo. 
Admitindo a impugnação – ordena o juiz que o bem seja novamente avaliado.
Outra hipótese de repetição da avaliação é quando após a avaliação do bem, este sofre um ponderável aumento ou diminuição do bem. 
Arrematação
Uma vez avaliados os bens (ou sendo esta avalia’/cão desnecessária), passa-se a expropriação propriamente dita.
Abstraindo-se a adjudicação e o usufruto forçado, cumpre-se converter em dinheiro os bens penhorados mediante sua alienação à terceiros, para com o produto pagar-se o credor. 
Essa atividade – licitação pública – prescinde de colaboração do devedor.
Desdobra-se a arrematação em etapas: 
atos preparatórios;
licitação : pode assumir mais de uma forma;
assinatura do auto – perfaz-se a arrematação;
1 – ATOS PREPARATÓRIOS: publicação do edital – assegura prévia notícia de que os bens serão alienados, devem constar do edital: 
descrição dos bens, característicos, registros, etc..
valor dos bens;
lugar onde se encontram;
lugar e hora em que se fará a licitação;
a comunicação de que se ninguém oferecer lanço superior ao quantum da avaliação será alienado a quem der mais – em segunda licitação; 
Edital - fixado no local de costume e publicado com no mínimo de 5 DIAS em jornal de grande circulação;
Além do edital – determina a lei que certas pessoas sejam especificadamente cientificadas – através de intimação:
devedor ou responsável;
senhorio direto, credor pignoratício; hipotecário ou anticrético, usufrutuário – se pesar qualquer ônus;
União, Estados, Municípios, em que estiver o bem, caso tenha sido objeto de tombamento por valor histórico – artístico ou cultural. 
2 – LICITAÇÃO: sua forma varia conforme a natureza do bem: 
IMÓVEL: PRAÇA – realiza-se no átrio do fórum, despesas do devedor.
MÓVEL : LEILÃO – onde estiverem os bens ou em local designando pelo juiz – apregoadas por leiloeiro público – livre escolha do credor , ao arrematante incumbe pagar a comissão estabelecida em lei ou arbitrada pelo juiz. 
Licitação – realizar-se-á em dias úteis – no horário forense – se a noite sobrevier sem que o bem ou bens hajam sido arrematados , suspendem-se os trabalhos, prosseguindo a praça ou o leilão no primeiro dia útil .
Suspende-se a hasta pública se o imóvel pertencente a incapaz não alcançar em praça ao menos 80% do quantum da avaliação, caso em que o juiz confiará a guarda e administração do bem a depositário , adiando a licitação por prazo não superior a 1 ano, podendo durante esse prazo o imóvel ser locado. 
Atingindo a licitação o numerário suficiente para pagamento do credor, encerra-se a licitação, já que a expropriação atingiu seu fim. 
Suspende-se a praça, quando eventualmente alguém interessa-se pelo imóvel penhorado, sem o pagamento imediato ( à vista ou no prazo de 3 dias) da totalidade do preço, permite a lei que o interessado, até 5 dais antes da data marcada para licitação, formule por escrito sua proposta , não inferior ao quantum da avaliação, oferecendo no mínimo 40 % do lanço à vista, e o restante do preço – indicando tempo, modalidade e condições de pagamento do saldo e hipoteca sobre o imóvel. As partes devem ser ouvidas a respeito da proposta.
São legitimados à formular lanços quaisquer pessoas que estejam na livre administração de seus bens , exceto administradores, tutores, curadores, juiz, escrivão etc..., que tenham exercido ou possam a vir exercer suas funções no processo executivo. O próprio credor pode, em certos casos, participar da licitação. 
Na primeira licitação não se aceita lanço que não exceda o quantumda avaliação, na segunda o bem será alienado pelo maior lanço, a menos que o preço oferecido seja vil.
Salvo os casos onde se ofereça o parcelamento, o arrematante deve pagar à vista o quantum do seu lanço, mas se, entretanto, prestar caução idônea (real ou fidejussória), ser-lhe-á concedido o prazo de 3 dias para efetuar o pagamento, esgotado o tríduo sem que seja efetuado o pagamento, incumbe ao exeqüente dentro de 10 dias a contar a mora, declarar se prefere que o bem volte à hasta pública ou que a arrematação subsista. , nesta hipótese assiste-lhe cobrar executivamente do arrematante ou fiador o preço da arrematação mais o valor da multa de 20% do quantum do lanço.
Se o bem for a nova licitação ficarão impedidos de oferecer lanço o fiador e o arrematante remisso., a volta do bem à hasta pública não impede a cobrança da multa, mas apenas o preço da arrematação desfeita. 
Se foi o próprio exeqüente quem arrematou o bem, não está obrigado a exibir o preço, salvo, se o valor dos bens arrematados exceder o crédito exeqüendo, nesse caso terá que depositar em 3 DIAS, a diferença para que seja levantada pelo executado, sob pena de desfazer-se a arrematação (sentença do juiz – ex officio ou a requerimento do executado) e nova licitação, por sua conta, onde será proibido de participar por ser considerado arrematante remisso. 
A arrematação não se consuma com a realização da hasta, mas sim com a lavratura do auto, nas 24 horas seguintes do encerramento da licitação, esse prazo dilatório assegura aos eventuais legitimados a oportunidade de exercer o direito a remissão dos bens arrematados. 
Uma vez assinado o auto pelo juiz , arrematante, e o leiloeiro, considera-se perfeita e acabada a arrematação, onde o arrematante não pode mais arrepender-se , a assinatura do auto,não produz o efeito imediato de transferir ao arrematante a propriedade do bem, que se efetuará com o competente registro ou tradição, conforme o bem.
Mesmo aperfeiçoada, pode a arrematação, desfazer-se por: 
vícios de nulidade – por vários motivos como, inobservância dos requisitos de publicidade, falta de intimação do executado, etc..
se ocorrendo mora no pagamento do preço , optar o credor, pela volta do bem à hasta pública; ou ainda, se o auto de arrematação houver sido indevidamente assinado sem prévia prestação de caução pelo arrematante a quem se concedeu prazo de 3 dias para pagar;
caso o arrematante prove a existência , no tríduo subseqüente à assinatura do ato, a existência de ônus real sobre o bem, omitido no edital. 
Se o bem vier a ser remido;
A invalidação da arrematação, pode ser pleiteada através de embargos do devedor, de terceiros, ação anulatória autônoma e de officio pelo juiz, quando cabível.
Esgotados os prazos das possíveis impugnações ou não tendo efeito suspensivo a que houver sido formulada – expede-se em favor do arrematante a carta de arrematação – documento comprobatório do direito do arrematante – serve de título, se imóvel, para o respectivo registro. 
Além da obrigação de pagar o preço, são efeitos da arrematação: 
constituir o título para aquisição do domínio do bem pelo arrematante, através da tradição ou do registro, conforme trate-se de móvel ou imóvel;
gerar, para o arrematante, o direito de imitir-se na posse do bem arrematado, obrigando o depositário a entregar-lho;
transferir , do bem arrematado para o preço pago, o vínculo que sobre aquele se criara em virtude da penhora, passando a responder pela satisfação do credor a importância depositada à disposição do juízo;
extinguir a hipoteca inscrita sobre o imóvel arrematado, quer a execução seja movida pelo próprio credor hipotecário, quer não desde que , neste casos, tenha ele sido regularmente intimado, sub-rogando-se, então, o ônus do preço da arrematação. 
Produzir a sub-rogação, no preço, dos créditos tributários incidentes sobre o imóvel arrematado. 
 
Se o bem licitado não pertencia na verdade ao devedor (ou responsável), a arrematação não produz o efeito indicado no item “a”, nem atinge o direito do verdadeiro proprietário, que poderá a qualquer tempo – ainda que não haja oferecido embargos de terceiros, ou que os haja oferecido sem êxito – reivindicar o bem, por meio de ação autônoma.
O arrematante terá direito regressivo contra o devedor. 
Se a coisa arrematada vir a se tornar portadora de vício oculto bastante para torna-la imprópria para o uso a que se destine, ou diminuir-lhe o valor, não surge para o arrematante o direito à redibição , nem ao abatimento do preço. 
Pagamento ao credor
O processo de execução atinge seu fim, com a satisfação do credor, que representa efetivação da norma jurídica concreta aplicável a situação.
Realiza-se o pagamento à custa do devedor (ou terceiro responsável) de cujo patrimônio retira o órgão jurisdicional a porção bastante ao reembolso do credor. 
Pode também acontecer que o exeqüente prefira, em vez, da quantia a que faz jus, receber os próprios bens penhorados, ou parte deles; ou então , que ele se vá pagando pouco a pouco, com o produto da exploração do bem sobre que haja recaído a penhora. São modalidades do pagamento ao credor: 
entrega do dinheiro;
adjudicação dos bens penhorados;
usufruto do bem imóvel ou de empresa. 
Entre as duas primeira e a terceira há uma diferença, naquelas o credor satisfaz-se instantaneamente, quando recebe a quantia, ou adquire o bem adjudicado – o mesmo não ocorre como a terceira – o gozo e fruição do bem pelo tempo necessário, irá paulatinamente extinguindo o crédito exonerando o devedor na data exata medida das parcelas que se forem apurando com a exploração do bem. A rigor a execução se prolonga até que o produto dessa exploração, atinja o quantum devido ao exeqüente.
Entrega do dinheiro
Cabe examinar se a execução foi movida por um único credor. Simples, aqui, é o procedimento, Assiste ao exeqüente o direito de receber , da importância originariamente apreendida (penhorada ou depositada) ou do produto de alienação de outros bens, o suficiente , se houver, para satisfação integral do crédito. 
Se houver excesso na penhora – oi restante será devolvido ao devedor, se faltar, buscar-se-á outros bens do devedor. 
Torna-se complexa o procedimento, se incide sobre o bem alienado alguma preferência – privilégio ou direito real - constituída ANTES da penhora, e se o mesmo bem foi penhorado por mais de um credor. Daí ser impossível autorizar-se pura e simplesmente , o levantamento , por um só credor, da importância depositada até o limite de seu crédito. Necessário se faz verificar-se prévia situação de cada qual, a fim de que sejam respeitadas as preferências, primeiro, as fundadas em título legal; depois, sucessivamente, as decorrentes das penhoras,consoante as respectiva ordem. 
Para que o órgão judicial possa apurara a ordem em que terão de ser pagos os credores, instaura-se neste ponto da execução um processo incidente de conhecimento, do qual não participa o devedor (concurso de preferências). 
Cabe ao juiz proferir a sentença, estabelecendo a ordem dos pagamentos, de acordo com a convicção que tiver formado acerca as preferências, resultantes ou de título legal ou da prioridade da penhora. Essa, aliás é a única matéria sobre que pode versar, no concurso, a discussão entre os credores. 
Acentue-se, que a preferência conseqüente a penhora apenas subsiste enquanto se tratar de execução contra devedor solvente, pressupondo-se, aqui, que o produto baste para satisfação integral de todos os credores concorrentes.
Pode ocorrer que o produto da execução seja inferior , no montante global, à soma dos créditos concorrentes. Assim se configura o pressuposto da declaração de insolvência do devedor, a qual , entretanto, não é pronunciável de ofício pelo juízo da execução, nem, por outro lado prevê o CPC, a transformação de pleno direito do mero concurso de preferências em processo de execução contra devedor insolvente. Incumbirá, aos credores interessados , ou melhor, aos que estejam na iminência de não serem

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