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Queixas digestivas

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QUEIXAS DIGESTIVAS 
Semiologia do adulto e do idoso – EDUARDO FERREIRA 
AVALIAÇÃO GERAL DA DOR 
 Início e duração 
 Localização – Irradiação 
o Difusa VS Localizada 
 Qualidade – características 
o Em queimor 
o Cólicas – distensão de alças ou espasmo da musculatura lisa (aumenta e diminui) 
o Pontadas/latejando 
 Atitude do paciente – Inquieto X móvel 
o Posição anti-álgica 
 Intensidade 
 Fatores desencadeadores e de alívio 
 Relação com outros sintomas 
o Relação com a alimentação, evacuação, posição do corpo 
 Relação com funções orgânicas 
 Evolução 
 
 
 
 
 
P á g i n a | 2 
 
ALTERAÇÃO DO APETITE 
Fome: Sensação desagradável, secundária às contrações 
gástricas, associada a um estado geral de fraqueza. 
Apetite: Desejo de se alimentar. 
 Apetite aumentado: 
o Polifagia – excesso de fome e ingestão 
anormalmente alta de sólidos pela boca. 
o Hiperorexia – fome exagerada 
o Bulimia – compulsão, seguida de métodos 
para evitar ganhos de peso. 
o Ex.: Diabetes e hipertireoidismo 
 Apetite diminuído: 
o Anorexia ou inapetência 
o Ex.: malignidade, infecção, digitálicos. 
 Apetite pervertido: desejo de comer substâncias 
não alimentícias. 
REGIÃO BUCOMAXILOFACIAL 
 Dor 
o Perda do esmalte do dente – inflamação 
da polpa – pulpites agudas  dor aguda, 
localizada a princípio, mas se irradia com a 
evolução, sem cessar com o uso de 
analgésicos. Diminui com substâncias frias, 
aumenta com quentes, doces e ácidas que 
persiste com a remoção das mesmas. Piora 
com decúbito 
o Dores periodontais: estímulos físicos, 
químicos e bacterianos nas fibras 
nervosas. 
o Abscessos agudos 
o Alveolite: osteomielite focal, coágulo 
sanguíneo se desintegrou ou foi deslocado 
– dor intensa, sem supuração. (comuns em 
extração dentária difícil e traumática). 
o Osteomielite: inflamação supurativa dos 
ossos maxilomandibular. 
 Limitação da abertura da boca 
 Disfunção da ATM 
 Halitose – odor bucal desagradável. 
o Causas respiratórias: rinite hipertrófica, 
pólipos, adenoidite crônica. 
o Digestivas: gastrite, colite e enterite, 
dispepsias, obstrução intestinal, 
insuficiência hepática grave. 
o Metabólicas: diabetes, uremia. 
o Psicogênica: ansiedade 
 Xerostomia 
 Sangramento gengival 
ESÔFAGO 
DISFAGIA 
Dificuldade à deglutição 
 Disfagia orofaríngea: Alimento permanece na 
cavidade bucal e pode ser aspirado. 
 Disfagia esofágica: Sensação de parada de alimento 
no esôfago. 
o Para sólidos: obstrução mecânica (pois 
esta cai com a gravidade) 
o Para líquidos: Motilidade esofágica 
alterada 
 Evolução da disfagia orgânica: 
o Intermitente: observada nos anéis e 
membranas. 
o Progressiva: observada nas neoplasias e 
estenose péptica. 
 Evolução da disfagia motora: 
o Intermitente: no espasmo difuso 
o Progressiva: no megaesôfago ou acalasia. 
Relacione a disfagia à duração e outros sintomas associados. 
a) Longa duração e sem comprometimento do estado 
geral: pense em benigna. 
b) História clínica recente, acentuada perda de peso: 
doença maligna, sobretudo em maiores de 40 anos. 
 Pseudodisfagia: Sensação de desconforto com a 
descida do alimento mal fragmentado. 
 Globus hytericus: sensação de corpo estranho em 
nível da fúrcula esternal, que se movimenta de 
cima para baixo e de baixo para cima, 
desaparecendo durante deglutição. Origem 
psicossomática. Pode ocorrer em mucosa gástrica 
ectópica em esôfago proximal. 
ODINOFAGIA 
Dor com ingestão de alimentos. Atrás do esterno. 
 Urente (queimação), em punhalada, constrictiva ou 
espasmódica. 
 Dor urente representa grau mais intenso da pirose 
– muito associada à esofagite péptica e piora com a 
ingestão de alimentos ácidos ou condimentados. 
 Causas: candidíase do esôfago, esofagite actínica 
(radioterapia), esofagite herpética, ulcerações 
agudas. 
 Medicamentos que podem causar ulcerações no 
esôfago: 
o Cloreto de potássio 
o Brometo de emeprônio (Cetiprin) 
o AINH 
o Antibióticos: doxiciclina, tetraciclinas e 
clindamicina. 
PIROSE 
Relatado como “azia e queimor”. Sugestivo de refluxo 
gastroesofágico (RGE). Local: retroesternal, nível do 
apêndice xifóide, e pode propagar para o epigástro, 
manúbrio esternal ou para ambos os lados do tórax. 
 Pós alimentação, decúbito. Quando constante  
insuficiência do mecanismo impediente do refluxo. 
o Hernia hiatal e hipotonia do esfíncter 
inferior do esôfago, estase gástrica e 
alterações motoras (hipoperistaltismo – 
esclerose sistêmica progressiva) 
 Pode acompanhar pequena quantidade de líquido 
azedo. 
P á g i n a | 3 
 
DOR ESOFÁGICA 
Dor espontânea, independente do ato de deglutir. 
 Mudança de pH intraluminal (RGE) 
 Atividade motora anormal 
 Inflamação ou neoplasia de parede 
 Características da dor: 
o Esofagite péptica: dor urente (acentuação 
na pirose) 
o Distúrbios motores: dor em cólica 
(esofagopatia chagásica e acalasia 
idiopática). 
o Câncer de esôfago: dor surda, contínua 
o Ruptura espontânea do esôfago (síndrome 
de Boerhaave): dor de grande intensidade 
+ sintomas de gravidade. 
o Esôfago quebra-nozes – dores por 
contrações peristálticas de grande 
amplitude, não patológica, com duração 
superior a 55s. 
Dor esofágica X cardíaca: ambas causam sensação de 
opressão retroesternal. 
 Vasodilatadores da angina podem causar certos 
alívios das dores esofágicas. Na angina instável a 
dor não depende do esforço. 
 A dor anginosa é pós exercício e alivia com repouso 
 A dor esofágica ocorre com o paciente deitado, 
melhora de pé e ao caminhar. 
 O uso de antiácidos pode produzir alívio da dor 
esofágica. 
REGURGITAÇÃO 
Retorno de alimentos ou secreções contidas no esôfago ou 
estômago à cavidade bucal. Sem antecedente de náuseas. 
Regurgitação de pequena quantidade de líquido, pela 
manhã: pituíta. Diferente do vômito que precisa de esforço. 
 Causas mecânicas mais comuns: 
o Estenoses 
o Neoplasias 
o Divertículo faringoesofágico (divertículo de 
Zenker) 
o Obstrução do lúmen esofágico por 
alimentos (carne) 
 Causas motoras mais comuns: 
o Esôfago chagásico 
o Acalasia idiopática 
o Espasmo difuso do esôfago 
 Fatos que favorecem – gastroesofágico 
o Hipotonia do esfíncter inferior do esôfago 
o Aumento da pressão intragástrica ou intra-
abdominal. 
o Mudanças posturais (inclinação do tronco 
para frente, decúbito dorsal ou lateral 
direito) 
 Tipos de regurgitação 
o Ativa, dinâmica ou ortostática: Durante ou 
imediatamente após refeições, 
incoordenação motora do esôfago. 
o Passiva, decúbito ou clinostática: 
manifestação tardia, com o paciente 
deitado, quase sempre à noite. 
Mericismo – volta à boca de alimento que é novamente 
deglutido. 
ERUCTAÇÃO 
Não é um sintoma próprio do esôfago. 
Comum de ocorrer quando existe ingestão de maior 
quantidade de ar (aerofagia) durante as refeições ou em 
situações de ansiedade. 
No megaesôfago, pode ser considerado sintoma esofágico: o 
paciente deglute ar para empurrar o alimento para baixo. 
Em seguida, expele o ar. 
SOLUÇO 
Ocorre devido às contrações espasmódicas do diafragma. 
Podendo ser secundário a: 
 Doenças do SNC 
 Irritação do nervo frênico ou diafragma 
 Estimulação reflexa. 
 Doenças que comprometem o mediastino, pleura e 
órgãos intra-abdominais. 
Na semiologia esofágica, deve ser considerado quando: 
 Hérnia hiatal – soluço episódico ou persistente 
 Megaesôfago chagásico e acalasia – soluço 
frequente nas refeições. 
SIALOSE, SIALORREIA OU PTIALISMO 
Produção excessiva de secreção salivar. Observada nas 
esofagopatias obstrutivas e em especial no mesoesôfago 
chagásico. 
Reflexo esôfagossalivar de Roger – as glândulas salivares são 
estimuladas reflexamente a partir de receptores situados na 
parede esofágica. 
HEMATÊMESE 
Hemorragia digestiva alta (desde a boca até o ângulo de 
Treitz – ângulo formado na junção entre o duodeno e o 
jejuno). 
Causas comuns de hemorragia de origem esofágica: 
 Varizes de esôfago 
 Cânceresofágico 
 Úlceras esofágicas 
Diferença com hemoptise 
 
P á g i n a | 4 
 
ESTÔMAGO 
DOR 
Dor epigástrica: dor na linha mediana, abaixo do apêndice 
xifóide: úlcera péptica, gastrite aguda e câncer gástrico. 
Dor aguda e crônica: identificar localização e irradiação e 
manifestações clínicas associadas. 
 Dor contínua e intensa na parte alta do abdome 
(+região epigástrica): neoplasias ou doenças 
inflamatórias da serosa do estômago. 
 Dor que surge ou se intensifica nos períodos pós-
prandiais tardios com alívio da dor imediatamente 
após ingestão de alimentos: úlcera péptica. 
DISPEPSIA 
Conjunto de sintomas relacionados com a parte alta do 
abdome – geralmente relacionada a manifestações de 
patologias não gástricas (hepatopatias, pancreatopatias, 
doenças das vias biliares). 
Do ou desconforto epigástrico acompanhado de 
empachamento, sensação de distensão do abdômen por 
gases, pirose, saciedade precoce, náuseas com vômitos 
ocasionais, intolerância a alimentos gordurosos e 
eructações. 
Tipo: 
 Dispepsia tipo refluxo: desconforto ou pirose 
retoesternal 
 Dispepsia tipo úlcera: dor epigástrica 
 Dispepsia tipo dismotilidade: sensação de plenitude 
gástrica. 
Sinais de alerta: 
 Início acima dos 50 anos 
 Vômitos persistentes 
 Icterícia 
 Perda de peso 
NÁUSEAS E VÔMITOS 
Manifestações comuns em doenças do estômago e 
duodeno. Geralmente associada à dor. 
Causas comuns de hematêmese: úlcera péptica, varizes 
esofágicas, lacerações da transição esofagogástrica pelo 
esforço do vômito. 
 Vômito com sangue denota lesão no ângulo de 
Treitz. 
 Estase gástrica: os vômitos possuem alimentos 
ingeridos várias horas antes. 
 Úlcera gástrica ou duodenal e gastrites: vômito 
consiste, sendo um suco gástrico puro ou contendo 
pequena quantidade de bile, alimentos quando 
presentes são os recentemente ingeridos. 
 Obstrução intestinal alta: quantidade alta de bile no 
vômito. 
PIROSE 
Sensação de queimação retroesternal. É expressão da 
inflamação ou irritação da mucosa esofágica, causada pelo 
refluxo gastroesofágico, independentemente de qualquer 
doença gástrica. Comum estar associada à doença péptica e 
toda condição que cause estase gástrica. 
INTESTINO DELGADO 
ANAMNESE 
IDADE 
A doença celíaca e a linfangiectasia intestinal primária 
podem aparecer aos 2 ou 3 anos e serem diagnosticadas na 
vida adulta. 
Manifestações isquêmicas consequentes à aterosclerose da 
artéria mesentérica incidem quase sempre após sexta 
década. 
SEXO - Doença de Whipple – mais nos homens. 
RAÇA - Deficiência seletiva da lactose intestinal – orientais, 
negros e árabes. 
PROCEDÊNCIA – Doenças infectoparasitárias. 
 
DIARREIA 
Diminuição da Consistência das fezes e no aumento da 
quantidade de evacuações (>3 por dia). 
Mecanismos 
 Osmótica: acúmulo de substâncias não absorvíveis 
no lúmen que retardam a absorção da água e 
eletrólitos ou promovam a passagem do líquido 
para o lúmen intestinal. 
o Ingestão de laxativos salinos, defeito de 
digestão ou absorção de alimentos. 
 Secretória: aumento da secreção de água e 
eletrólitos pela mucosa intestinal. 
o Enterotoxinas bacterianas e por 
medicamentos (teofilina, prostaglandinas). 
 Exsudativa: aumento da permeabilidade da mucosa 
intestinal. Passagem anormal de líquidos para o 
lúmen secundariamente às inflamações, neoplasias 
ou isquemia. 
o Doença de Crohn, enterites bacterianas ou 
parasitárias e dos linfomas difusos do 
Delgado. 
 Motora: secundária a alterações da motilidade. Em 
situações como hipertireoidismo, diarréia funcional 
psicogênica. Na esclerose sistêmica, existe estase 
do conteúdo intraluminal. 
Características 
 De origem do intestino delgado: costuma ser 
volumosa e amolecidas, semilíquidas ou líquidas. 
Frequência aumentada. 
 Infamações das porções distais do intestino grosso: 
diarréia muito mais frequente que a anterior. 
Podem estar mais claras, brilhantes, leves e 
P á g i n a | 5 
 
espumosas. Pode ter grande quantidade de gases, 
caráter explosivo. Muitas vezes precedidas de 
cólicas abdominais periumbilicais ou difusa, 
predomínio no hemiabdome direito. Resto de 
alimentos que seriam digeridos. 
Relação com o jejum 
 Se há restos alimentares digeríveis e pode ser 
reconhecida gordura nas fezes  problema na 
digestão e absorção. 
 Cessa ou diminui com o jejum  problema da 
pressão osmótica intraluminal. 
 Não cessa com o jejum: processo secretório ou 
exsudativo. 
Havendo febre, dor abdominal e eliminação de sangue 
parcialmente diferido  possível inflamação 
Causas 
 Diarreia aguda (<4semanas) 
o Infecções virais, bacterianas e parasitárias 
o Intoxicação alimentar 
o Retocolite ulcerativa 
o Medicamentos 
o Laxativos 
o Psicogência 
 Diarreia crônica (> 4 semanas) 
o Cólon irritável, câncer de cólon, 
parasitoses intestinais, doença de Crohn, 
retocolite ulcerativa, síndrome da má 
absorção, uso abusivo de laxativos, 
diabetes, hipertireoidismo, intolerância à 
lactose, síndrome de Zollinger-Ellison, 
medicamentos. 
ESTEATORREIA 
Aumento da quantidade de gordura excretada nas fezes. 
Características: volumosas, amareladas, fétidas e, às vezes, 
espumosas. 
Aumento da ingestão de lipídios não provoca aumento da 
gordura fecal. A presença sugere defeito nos processos de 
digestão e absorção. 
É comum aumento do conteúdo gasoso, digestão 
bacteriana: cólicas periumbilicais, distensão abdominal e 
flatulência. 
Vitaminas lipossolúveis (KEDA) dependem do processo de 
digestão da gordura para serem absorvidas. Em esteatorreia 
de longa duração, o paciente pode apresentar: 
 Hiperqueratose cutânea e cegueira noturna 
(vitamina A) 
 Doença óssea (Vitamina D) 
 Distúrbios hemorrágicos (Vitamina K). 
DOR ABDOMINAL 
Causas: 
 Distensão das paredes do intestino delgado 
 Aumento da tensão muscular das paredes do 
intestino (obstruções mecânicas) 
 Alterações inflamatórias ou congestivas do 
intestino delgado 
 Isquemia intestinal 
 Alterações inflamatórias do peritônio. 
CARACTERÍSTICAS DA DOR 
Localização – pedir para o paciente mostrar onde, incluindo 
sítios de irradiação. 
 Origem exclusiva no intestino, sem 
comprometimento peritoneal  Localização 
imprecisa, no centro do abdômen, na linha média. 
 Origem no jejuno ou ílio proximal (A-1) região 
periumbilical. 
 Origem ílio distal (A-2)  região infra-umbilical, na 
linha média. 
 Origem ílio terminal (A-3)  quadrante inferior 
direito do abdome. (Comum doença de Crohn, 
causando peritonite focal). 
 Peritonite restritiva (B-1)  sede do processo 
patológico. 
 Peritonite generalizada  dor difusa. 
 Distensão do intestino delgado (B-2): quando for 
muito intensa. 
 
Intensidade da dor: Subjetiva, relacionar com a qualidade 
de vida. 
Irradiação – Depende do mecanismo etiopatogênico e da 
sua intensidade. 
 Peritonite restritiva  irradiação para a base da 
coxa 
 Evolução  se a dor se inicia na região 
periumbilical, mas após algumas horas se desloca 
para a fossa ilíaca direita  peritonite perivesceral 
da parede do intestino (Ex.: ileíte aguda) 
P á g i n a | 6 
 
Caráter da dor 
 Dor visceral por contração ou distensão da parede 
abdominal  referida como distensão ou torção. 
 Alterações inflamatórias, congestivas ou 
isquêmicas  dor em contração ou peso. 
 Participação do peritônio perivisceral no processo 
inflamatório  dor em queimação ou em pontada. 
 Dor tipo cólica  geralmente secundária à 
distensão da parede do intestino ou contração da 
musculatura. 
DADOS IMPORTANTES: 
 Modo de início 
 Duração: agudo, subagudo, crônico, recidivante. 
 Relações com outros sintomas 
 Alimentação 
o Há diminuição da vontade de comer 
independente da origem da dor, mas: 
 Dor relacionada exclusivamente 
ao tubo digestivo: aumento da 
dor. 
 Quando peritoneal ou não 
digestiva: nem sempre ocorre. 
 Vômitos – pode ser reflexa em dores intensa do 
abdome. Sinal inespecífico, exceto:o Quando há vômito alguns minutos após o 
pico de intensidade máxima de uma cólica 
intestinal, com eliminação de material 
volumoso ou de cor escura e odor 
fecaloide, é quase certo para obstrução 
intestinal. Comum distensão abdominal e 
diminuição de gases e fezes. 
o Quando há aumento de fezes e gases com 
melhora do quadro doloroso após 
evacuação sugerem obstrução mecânica 
parcial transitória. 
 Modificações de acordo com o posicionamento 
o Quando a dor não advém do peritônio – o 
paciente busca uma posição melhor para 
aliviá-la. 
o Quando a dor tem origem no peritônio: 
paciente quieto e imóvel. A tosse, a 
compressão e a modificação do tronco 
pioram. 
 Quando a dor na fossa ilíaca 
direita – piora da dor com 
extensão completa do membro 
inferior deste lado. Paciente 
adota semiflexão da coxa sobre o 
abdome, até ao andar. 
 Modo de término 
DISTENSÃO ABDOMINA, FLATULÊNCIA 
E DISPEPSIA 
Frequentes na má absorção. São indicativos do aumento do 
conteúdo gasosos do tubo digestivo 
HEMORRAGIA DIGESTIVA 
Melena – sinal importante – sangramento entre o ângulo de 
Treitz e a válvula ileocecal. Aumento de líquido nas fezes é 
comum. Aspecto de viscosas e aderentes. 
Menos comumente existe enterorreia – eliminação de 
sangue vivo pelo ânus. 
FEBRE 
Comum em doenças infecciosas, inflamatórias e neoplásicas 
do intestino. Em grande parte, apresenta-se junto com 
diarréia ou dor abdominal, mas pode aparecer isolada na 
doença de Crohn, linfomas, tuberculose intestinal e na 
doença de Whipple. 
Na doença de Crohn e de Whipple, a febre pode surgir com 
artralgia ou artrite. Nos linfomas generalizados ou na 
doença de Whipple mesmo sem manifestações digestivas, a 
febre se acompanha de adenomegalias. 
Febre alta, início súbito, associada a mal-estar pode 
acompanhar diarreia aguda  curso benigno e autolimitado 
(infecções). 
 Nas salmoneloses: febre inicia-se vários dias após 
aparecimento da diarréia ou até pós seu término. 
Febre alta + dor abdominal intensa  inflamação peritoneal 
própria da diverticulite de Meckel. 
Febre baixa, episódica, coincidindo ou não com piora de 
outras manifestações, como diarréia  doença celíaca, 
whipple, Crohn e linfomas (febre somente à noite e ser 
acompanhada de sudorese profusa). 
PERDA DE PESO 
Coletar informação do paciente quanto à alimentação e o 
período de emagrecimento. Anamnese foca no apetite, 
disposição para comer e as características da alimentação. 
Na dispepsia ocorre saciedade precoce mesmo em pequena 
quantidade, com piora das eructações. Em alguns casos, 
vômitos pós-prandial. Em pacientes com redução de 
irrigação arterial do intestino, ocorre dor abdominal intensa 
(angina abdominal), no período pós-prandial. Pavor a 
comida: sitiofobia. 
ANEMIAS 
Deficiência de ferro, vitamina B12 ou folatos, desnutrição 
protéica, depressão tóxica da eritropoese e hemorragia 
digestiva. 
Se relacionado com sintomas intestinais como: diarréia, 
esteatorreia, distensão abdominal e perda de peso  má 
absorção. 
Melena  hemorragia digestiva. 
EDEMA 
Perda de sangue – ativa o sistema renina-angiotensina-
aldosterona  retenção hidrossalina. 
Não absorção de proteínas ou sua perda. 
P á g i n a | 7 
 
CARÊNCIAS NUTRICIONAIS 
ESPECÍFICAS 
 
INSUFICIÊNCIA ENDÓCRINA 
Doença celíaca 
 Mulheres: alterações menstruais e infertilidade 
 Homens: disfunção sexual, perda de libido ou da 
potência. 
 Casos graves: hipopituitarismos, podendo 
hipogonadismo – perda das características sexuais 
secundárias, amenorréia e no homem, atrofia 
muscular. 
CÓLON, RETO E ÂNUS 
DOR 
 Definir o local da dor: abdominal ou peritoneal 
o Difusa 
o Quadrantes 
 Tenesmo: sensação de dor no reto e no períneo, 
acompanhada do desejo de defecar. 
DOR DIFUSA – A dor pode ter início em um local, mas passa 
a difundir-se pelo abdome. Ex.: peritonite. Questionar o 
local de início. 
DOR no quadrante superior direito: Existem muitas vísceras 
na região. Se intestinal, a dor costuma ser cólica, por 
impectação fecal alta e obstipação intestinal grave. 
DOR no quadrante inferior direito: relação com o ceco e a 
parede abdominal indica uma área de dor. Ex.: apendicite, 
câncer de ceco, processos inflamatórios (doença de Crohn, 
tuberculose intestinal). 
DOR no quadrante superior esquerdo: O intestino está 
coberto por arcos costais. Difícil palpação. Relação 
semelhante com a do quadrante superior direito. 
DOR no quadrante inferior esquerdo: Cólon sigmóide é 
palpável. Doença diverticular do cólon. 
DIARREIA E DISENTERIA 
Desenteria: uma síndrome que além da diarréia 
acompanha´se cólicas intensas, fezes são 
mucossanguinolentas. Ocorre tenesmo ao final de cada 
evacuação. Pode ser de origem amebiana ou bacilar. 
Quando a diarréia é contínua (dia e noite) pode ser possível 
que não seja de origem colônica ou exclusivamente colônica. 
A diarréia do intestino grosso costuma ocorrer durante o dia 
(por que ele “dorme à noite”). 
 
 
MUDANÇA DO RÍTMO INTESTINAL 
A mudança do ritmo costuma indicar câncer do intestino 
grosso. Quando há alternância de constipação e diarréia. As 
neoplasias do lado direito do cólon geralmente evoluem 
com diarréia, quase sempre crônica. 
OBSTIPAÇÃO INTESTINAL 
Normal de evacuação é até três por dia ou até uma a cada 
dois dias. 
Quando as fezes ficam retidas por mais de 48h diz que há 
obstipação ou constipação intestinal. 
Causas: 
 Mecânicas – lesões que ocluem ou impedem a 
contração das paredes intestinais 
 Neurogênicas – comprometimento dos 
componentes nervosos (aganglionose ou doença de 
Hirschsprung, megacólon chagásico, paraplegia). 
 Metabólito-normais – incluindo hipotireoidismo, 
uremia, hiperparatireoidismo, porfiria. 
 Psicogênicas – alterações emocionais 
 Medicamentosas: uso de antiácidos, 
anticolinérgicos, opiáceos. 
 Alimentação inadequada – dieta pobre em fibra 
 Inibição reiterada do reflexo da evacuação 
 Hipossensibilidade sinil. 
SANGRAMENTO ANAL 
Vermelho vivo. 
 Geralmente por hemorróida 
 Câncer do colo e do reto 
 Doença diverticular difusa dos colons – paciente na 
4ª década. 
 Pólipo (crianças e jovens). Podem se malignizar 
 Processos inflamatórios (retites e colites actínicas) 
PRURIDO ANAL 
 Má higiene anal 
 Enterobíase 
 Doenças anorretais cutâneas (eczemas, dermatite 
seborreica e de contato) 
 Sistêmicas – diabetes e hepatopatias crônicas 
 Psicogênico 
DISTENSÃO ABDOMINAL 
 Aumento do volume do ventre 
 Ascite 
P á g i n a | 8 
 
 Meteorismo 
 Fecaloma – impactação fecal 
 Neoplasias 
 Vólvulo do sigmóide (torção) 
 Estenose do cólon e do reto, bridas pós-cirurgia 
abdominal e dilatação tóxica e aguda do cólon. 
NÁUSEAS E VÔMITOS 
Não são frequentes. No cólon irritável, náuseas costumam, 
em alguns casos, ocorrer durante as crises dolorosas. Na 
oclusão intestinal, vômitos surgem com a progressão do 
caso (vômito fecaloide). 
ANEMIA E EMAGRECIMENTO 
 Neoplasias do cólon direito costumam evoluir com 
anemia (diminuição da absorção de Fe). 
 Megacólon chagásico associado ao megaesôfago 
chagásico  dificuldade para deglutir  
emagrecimento 
 Doença diverticular difusa  hemorragia  
anemia aguda ou crônica.

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