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QUEIXAS DIGESTIVAS Semiologia do adulto e do idoso – EDUARDO FERREIRA AVALIAÇÃO GERAL DA DOR Início e duração Localização – Irradiação o Difusa VS Localizada Qualidade – características o Em queimor o Cólicas – distensão de alças ou espasmo da musculatura lisa (aumenta e diminui) o Pontadas/latejando Atitude do paciente – Inquieto X móvel o Posição anti-álgica Intensidade Fatores desencadeadores e de alívio Relação com outros sintomas o Relação com a alimentação, evacuação, posição do corpo Relação com funções orgânicas Evolução P á g i n a | 2 ALTERAÇÃO DO APETITE Fome: Sensação desagradável, secundária às contrações gástricas, associada a um estado geral de fraqueza. Apetite: Desejo de se alimentar. Apetite aumentado: o Polifagia – excesso de fome e ingestão anormalmente alta de sólidos pela boca. o Hiperorexia – fome exagerada o Bulimia – compulsão, seguida de métodos para evitar ganhos de peso. o Ex.: Diabetes e hipertireoidismo Apetite diminuído: o Anorexia ou inapetência o Ex.: malignidade, infecção, digitálicos. Apetite pervertido: desejo de comer substâncias não alimentícias. REGIÃO BUCOMAXILOFACIAL Dor o Perda do esmalte do dente – inflamação da polpa – pulpites agudas dor aguda, localizada a princípio, mas se irradia com a evolução, sem cessar com o uso de analgésicos. Diminui com substâncias frias, aumenta com quentes, doces e ácidas que persiste com a remoção das mesmas. Piora com decúbito o Dores periodontais: estímulos físicos, químicos e bacterianos nas fibras nervosas. o Abscessos agudos o Alveolite: osteomielite focal, coágulo sanguíneo se desintegrou ou foi deslocado – dor intensa, sem supuração. (comuns em extração dentária difícil e traumática). o Osteomielite: inflamação supurativa dos ossos maxilomandibular. Limitação da abertura da boca Disfunção da ATM Halitose – odor bucal desagradável. o Causas respiratórias: rinite hipertrófica, pólipos, adenoidite crônica. o Digestivas: gastrite, colite e enterite, dispepsias, obstrução intestinal, insuficiência hepática grave. o Metabólicas: diabetes, uremia. o Psicogênica: ansiedade Xerostomia Sangramento gengival ESÔFAGO DISFAGIA Dificuldade à deglutição Disfagia orofaríngea: Alimento permanece na cavidade bucal e pode ser aspirado. Disfagia esofágica: Sensação de parada de alimento no esôfago. o Para sólidos: obstrução mecânica (pois esta cai com a gravidade) o Para líquidos: Motilidade esofágica alterada Evolução da disfagia orgânica: o Intermitente: observada nos anéis e membranas. o Progressiva: observada nas neoplasias e estenose péptica. Evolução da disfagia motora: o Intermitente: no espasmo difuso o Progressiva: no megaesôfago ou acalasia. Relacione a disfagia à duração e outros sintomas associados. a) Longa duração e sem comprometimento do estado geral: pense em benigna. b) História clínica recente, acentuada perda de peso: doença maligna, sobretudo em maiores de 40 anos. Pseudodisfagia: Sensação de desconforto com a descida do alimento mal fragmentado. Globus hytericus: sensação de corpo estranho em nível da fúrcula esternal, que se movimenta de cima para baixo e de baixo para cima, desaparecendo durante deglutição. Origem psicossomática. Pode ocorrer em mucosa gástrica ectópica em esôfago proximal. ODINOFAGIA Dor com ingestão de alimentos. Atrás do esterno. Urente (queimação), em punhalada, constrictiva ou espasmódica. Dor urente representa grau mais intenso da pirose – muito associada à esofagite péptica e piora com a ingestão de alimentos ácidos ou condimentados. Causas: candidíase do esôfago, esofagite actínica (radioterapia), esofagite herpética, ulcerações agudas. Medicamentos que podem causar ulcerações no esôfago: o Cloreto de potássio o Brometo de emeprônio (Cetiprin) o AINH o Antibióticos: doxiciclina, tetraciclinas e clindamicina. PIROSE Relatado como “azia e queimor”. Sugestivo de refluxo gastroesofágico (RGE). Local: retroesternal, nível do apêndice xifóide, e pode propagar para o epigástro, manúbrio esternal ou para ambos os lados do tórax. Pós alimentação, decúbito. Quando constante insuficiência do mecanismo impediente do refluxo. o Hernia hiatal e hipotonia do esfíncter inferior do esôfago, estase gástrica e alterações motoras (hipoperistaltismo – esclerose sistêmica progressiva) Pode acompanhar pequena quantidade de líquido azedo. P á g i n a | 3 DOR ESOFÁGICA Dor espontânea, independente do ato de deglutir. Mudança de pH intraluminal (RGE) Atividade motora anormal Inflamação ou neoplasia de parede Características da dor: o Esofagite péptica: dor urente (acentuação na pirose) o Distúrbios motores: dor em cólica (esofagopatia chagásica e acalasia idiopática). o Câncer de esôfago: dor surda, contínua o Ruptura espontânea do esôfago (síndrome de Boerhaave): dor de grande intensidade + sintomas de gravidade. o Esôfago quebra-nozes – dores por contrações peristálticas de grande amplitude, não patológica, com duração superior a 55s. Dor esofágica X cardíaca: ambas causam sensação de opressão retroesternal. Vasodilatadores da angina podem causar certos alívios das dores esofágicas. Na angina instável a dor não depende do esforço. A dor anginosa é pós exercício e alivia com repouso A dor esofágica ocorre com o paciente deitado, melhora de pé e ao caminhar. O uso de antiácidos pode produzir alívio da dor esofágica. REGURGITAÇÃO Retorno de alimentos ou secreções contidas no esôfago ou estômago à cavidade bucal. Sem antecedente de náuseas. Regurgitação de pequena quantidade de líquido, pela manhã: pituíta. Diferente do vômito que precisa de esforço. Causas mecânicas mais comuns: o Estenoses o Neoplasias o Divertículo faringoesofágico (divertículo de Zenker) o Obstrução do lúmen esofágico por alimentos (carne) Causas motoras mais comuns: o Esôfago chagásico o Acalasia idiopática o Espasmo difuso do esôfago Fatos que favorecem – gastroesofágico o Hipotonia do esfíncter inferior do esôfago o Aumento da pressão intragástrica ou intra- abdominal. o Mudanças posturais (inclinação do tronco para frente, decúbito dorsal ou lateral direito) Tipos de regurgitação o Ativa, dinâmica ou ortostática: Durante ou imediatamente após refeições, incoordenação motora do esôfago. o Passiva, decúbito ou clinostática: manifestação tardia, com o paciente deitado, quase sempre à noite. Mericismo – volta à boca de alimento que é novamente deglutido. ERUCTAÇÃO Não é um sintoma próprio do esôfago. Comum de ocorrer quando existe ingestão de maior quantidade de ar (aerofagia) durante as refeições ou em situações de ansiedade. No megaesôfago, pode ser considerado sintoma esofágico: o paciente deglute ar para empurrar o alimento para baixo. Em seguida, expele o ar. SOLUÇO Ocorre devido às contrações espasmódicas do diafragma. Podendo ser secundário a: Doenças do SNC Irritação do nervo frênico ou diafragma Estimulação reflexa. Doenças que comprometem o mediastino, pleura e órgãos intra-abdominais. Na semiologia esofágica, deve ser considerado quando: Hérnia hiatal – soluço episódico ou persistente Megaesôfago chagásico e acalasia – soluço frequente nas refeições. SIALOSE, SIALORREIA OU PTIALISMO Produção excessiva de secreção salivar. Observada nas esofagopatias obstrutivas e em especial no mesoesôfago chagásico. Reflexo esôfagossalivar de Roger – as glândulas salivares são estimuladas reflexamente a partir de receptores situados na parede esofágica. HEMATÊMESE Hemorragia digestiva alta (desde a boca até o ângulo de Treitz – ângulo formado na junção entre o duodeno e o jejuno). Causas comuns de hemorragia de origem esofágica: Varizes de esôfago Cânceresofágico Úlceras esofágicas Diferença com hemoptise P á g i n a | 4 ESTÔMAGO DOR Dor epigástrica: dor na linha mediana, abaixo do apêndice xifóide: úlcera péptica, gastrite aguda e câncer gástrico. Dor aguda e crônica: identificar localização e irradiação e manifestações clínicas associadas. Dor contínua e intensa na parte alta do abdome (+região epigástrica): neoplasias ou doenças inflamatórias da serosa do estômago. Dor que surge ou se intensifica nos períodos pós- prandiais tardios com alívio da dor imediatamente após ingestão de alimentos: úlcera péptica. DISPEPSIA Conjunto de sintomas relacionados com a parte alta do abdome – geralmente relacionada a manifestações de patologias não gástricas (hepatopatias, pancreatopatias, doenças das vias biliares). Do ou desconforto epigástrico acompanhado de empachamento, sensação de distensão do abdômen por gases, pirose, saciedade precoce, náuseas com vômitos ocasionais, intolerância a alimentos gordurosos e eructações. Tipo: Dispepsia tipo refluxo: desconforto ou pirose retoesternal Dispepsia tipo úlcera: dor epigástrica Dispepsia tipo dismotilidade: sensação de plenitude gástrica. Sinais de alerta: Início acima dos 50 anos Vômitos persistentes Icterícia Perda de peso NÁUSEAS E VÔMITOS Manifestações comuns em doenças do estômago e duodeno. Geralmente associada à dor. Causas comuns de hematêmese: úlcera péptica, varizes esofágicas, lacerações da transição esofagogástrica pelo esforço do vômito. Vômito com sangue denota lesão no ângulo de Treitz. Estase gástrica: os vômitos possuem alimentos ingeridos várias horas antes. Úlcera gástrica ou duodenal e gastrites: vômito consiste, sendo um suco gástrico puro ou contendo pequena quantidade de bile, alimentos quando presentes são os recentemente ingeridos. Obstrução intestinal alta: quantidade alta de bile no vômito. PIROSE Sensação de queimação retroesternal. É expressão da inflamação ou irritação da mucosa esofágica, causada pelo refluxo gastroesofágico, independentemente de qualquer doença gástrica. Comum estar associada à doença péptica e toda condição que cause estase gástrica. INTESTINO DELGADO ANAMNESE IDADE A doença celíaca e a linfangiectasia intestinal primária podem aparecer aos 2 ou 3 anos e serem diagnosticadas na vida adulta. Manifestações isquêmicas consequentes à aterosclerose da artéria mesentérica incidem quase sempre após sexta década. SEXO - Doença de Whipple – mais nos homens. RAÇA - Deficiência seletiva da lactose intestinal – orientais, negros e árabes. PROCEDÊNCIA – Doenças infectoparasitárias. DIARREIA Diminuição da Consistência das fezes e no aumento da quantidade de evacuações (>3 por dia). Mecanismos Osmótica: acúmulo de substâncias não absorvíveis no lúmen que retardam a absorção da água e eletrólitos ou promovam a passagem do líquido para o lúmen intestinal. o Ingestão de laxativos salinos, defeito de digestão ou absorção de alimentos. Secretória: aumento da secreção de água e eletrólitos pela mucosa intestinal. o Enterotoxinas bacterianas e por medicamentos (teofilina, prostaglandinas). Exsudativa: aumento da permeabilidade da mucosa intestinal. Passagem anormal de líquidos para o lúmen secundariamente às inflamações, neoplasias ou isquemia. o Doença de Crohn, enterites bacterianas ou parasitárias e dos linfomas difusos do Delgado. Motora: secundária a alterações da motilidade. Em situações como hipertireoidismo, diarréia funcional psicogênica. Na esclerose sistêmica, existe estase do conteúdo intraluminal. Características De origem do intestino delgado: costuma ser volumosa e amolecidas, semilíquidas ou líquidas. Frequência aumentada. Infamações das porções distais do intestino grosso: diarréia muito mais frequente que a anterior. Podem estar mais claras, brilhantes, leves e P á g i n a | 5 espumosas. Pode ter grande quantidade de gases, caráter explosivo. Muitas vezes precedidas de cólicas abdominais periumbilicais ou difusa, predomínio no hemiabdome direito. Resto de alimentos que seriam digeridos. Relação com o jejum Se há restos alimentares digeríveis e pode ser reconhecida gordura nas fezes problema na digestão e absorção. Cessa ou diminui com o jejum problema da pressão osmótica intraluminal. Não cessa com o jejum: processo secretório ou exsudativo. Havendo febre, dor abdominal e eliminação de sangue parcialmente diferido possível inflamação Causas Diarreia aguda (<4semanas) o Infecções virais, bacterianas e parasitárias o Intoxicação alimentar o Retocolite ulcerativa o Medicamentos o Laxativos o Psicogência Diarreia crônica (> 4 semanas) o Cólon irritável, câncer de cólon, parasitoses intestinais, doença de Crohn, retocolite ulcerativa, síndrome da má absorção, uso abusivo de laxativos, diabetes, hipertireoidismo, intolerância à lactose, síndrome de Zollinger-Ellison, medicamentos. ESTEATORREIA Aumento da quantidade de gordura excretada nas fezes. Características: volumosas, amareladas, fétidas e, às vezes, espumosas. Aumento da ingestão de lipídios não provoca aumento da gordura fecal. A presença sugere defeito nos processos de digestão e absorção. É comum aumento do conteúdo gasoso, digestão bacteriana: cólicas periumbilicais, distensão abdominal e flatulência. Vitaminas lipossolúveis (KEDA) dependem do processo de digestão da gordura para serem absorvidas. Em esteatorreia de longa duração, o paciente pode apresentar: Hiperqueratose cutânea e cegueira noturna (vitamina A) Doença óssea (Vitamina D) Distúrbios hemorrágicos (Vitamina K). DOR ABDOMINAL Causas: Distensão das paredes do intestino delgado Aumento da tensão muscular das paredes do intestino (obstruções mecânicas) Alterações inflamatórias ou congestivas do intestino delgado Isquemia intestinal Alterações inflamatórias do peritônio. CARACTERÍSTICAS DA DOR Localização – pedir para o paciente mostrar onde, incluindo sítios de irradiação. Origem exclusiva no intestino, sem comprometimento peritoneal Localização imprecisa, no centro do abdômen, na linha média. Origem no jejuno ou ílio proximal (A-1) região periumbilical. Origem ílio distal (A-2) região infra-umbilical, na linha média. Origem ílio terminal (A-3) quadrante inferior direito do abdome. (Comum doença de Crohn, causando peritonite focal). Peritonite restritiva (B-1) sede do processo patológico. Peritonite generalizada dor difusa. Distensão do intestino delgado (B-2): quando for muito intensa. Intensidade da dor: Subjetiva, relacionar com a qualidade de vida. Irradiação – Depende do mecanismo etiopatogênico e da sua intensidade. Peritonite restritiva irradiação para a base da coxa Evolução se a dor se inicia na região periumbilical, mas após algumas horas se desloca para a fossa ilíaca direita peritonite perivesceral da parede do intestino (Ex.: ileíte aguda) P á g i n a | 6 Caráter da dor Dor visceral por contração ou distensão da parede abdominal referida como distensão ou torção. Alterações inflamatórias, congestivas ou isquêmicas dor em contração ou peso. Participação do peritônio perivisceral no processo inflamatório dor em queimação ou em pontada. Dor tipo cólica geralmente secundária à distensão da parede do intestino ou contração da musculatura. DADOS IMPORTANTES: Modo de início Duração: agudo, subagudo, crônico, recidivante. Relações com outros sintomas Alimentação o Há diminuição da vontade de comer independente da origem da dor, mas: Dor relacionada exclusivamente ao tubo digestivo: aumento da dor. Quando peritoneal ou não digestiva: nem sempre ocorre. Vômitos – pode ser reflexa em dores intensa do abdome. Sinal inespecífico, exceto:o Quando há vômito alguns minutos após o pico de intensidade máxima de uma cólica intestinal, com eliminação de material volumoso ou de cor escura e odor fecaloide, é quase certo para obstrução intestinal. Comum distensão abdominal e diminuição de gases e fezes. o Quando há aumento de fezes e gases com melhora do quadro doloroso após evacuação sugerem obstrução mecânica parcial transitória. Modificações de acordo com o posicionamento o Quando a dor não advém do peritônio – o paciente busca uma posição melhor para aliviá-la. o Quando a dor tem origem no peritônio: paciente quieto e imóvel. A tosse, a compressão e a modificação do tronco pioram. Quando a dor na fossa ilíaca direita – piora da dor com extensão completa do membro inferior deste lado. Paciente adota semiflexão da coxa sobre o abdome, até ao andar. Modo de término DISTENSÃO ABDOMINA, FLATULÊNCIA E DISPEPSIA Frequentes na má absorção. São indicativos do aumento do conteúdo gasosos do tubo digestivo HEMORRAGIA DIGESTIVA Melena – sinal importante – sangramento entre o ângulo de Treitz e a válvula ileocecal. Aumento de líquido nas fezes é comum. Aspecto de viscosas e aderentes. Menos comumente existe enterorreia – eliminação de sangue vivo pelo ânus. FEBRE Comum em doenças infecciosas, inflamatórias e neoplásicas do intestino. Em grande parte, apresenta-se junto com diarréia ou dor abdominal, mas pode aparecer isolada na doença de Crohn, linfomas, tuberculose intestinal e na doença de Whipple. Na doença de Crohn e de Whipple, a febre pode surgir com artralgia ou artrite. Nos linfomas generalizados ou na doença de Whipple mesmo sem manifestações digestivas, a febre se acompanha de adenomegalias. Febre alta, início súbito, associada a mal-estar pode acompanhar diarreia aguda curso benigno e autolimitado (infecções). Nas salmoneloses: febre inicia-se vários dias após aparecimento da diarréia ou até pós seu término. Febre alta + dor abdominal intensa inflamação peritoneal própria da diverticulite de Meckel. Febre baixa, episódica, coincidindo ou não com piora de outras manifestações, como diarréia doença celíaca, whipple, Crohn e linfomas (febre somente à noite e ser acompanhada de sudorese profusa). PERDA DE PESO Coletar informação do paciente quanto à alimentação e o período de emagrecimento. Anamnese foca no apetite, disposição para comer e as características da alimentação. Na dispepsia ocorre saciedade precoce mesmo em pequena quantidade, com piora das eructações. Em alguns casos, vômitos pós-prandial. Em pacientes com redução de irrigação arterial do intestino, ocorre dor abdominal intensa (angina abdominal), no período pós-prandial. Pavor a comida: sitiofobia. ANEMIAS Deficiência de ferro, vitamina B12 ou folatos, desnutrição protéica, depressão tóxica da eritropoese e hemorragia digestiva. Se relacionado com sintomas intestinais como: diarréia, esteatorreia, distensão abdominal e perda de peso má absorção. Melena hemorragia digestiva. EDEMA Perda de sangue – ativa o sistema renina-angiotensina- aldosterona retenção hidrossalina. Não absorção de proteínas ou sua perda. P á g i n a | 7 CARÊNCIAS NUTRICIONAIS ESPECÍFICAS INSUFICIÊNCIA ENDÓCRINA Doença celíaca Mulheres: alterações menstruais e infertilidade Homens: disfunção sexual, perda de libido ou da potência. Casos graves: hipopituitarismos, podendo hipogonadismo – perda das características sexuais secundárias, amenorréia e no homem, atrofia muscular. CÓLON, RETO E ÂNUS DOR Definir o local da dor: abdominal ou peritoneal o Difusa o Quadrantes Tenesmo: sensação de dor no reto e no períneo, acompanhada do desejo de defecar. DOR DIFUSA – A dor pode ter início em um local, mas passa a difundir-se pelo abdome. Ex.: peritonite. Questionar o local de início. DOR no quadrante superior direito: Existem muitas vísceras na região. Se intestinal, a dor costuma ser cólica, por impectação fecal alta e obstipação intestinal grave. DOR no quadrante inferior direito: relação com o ceco e a parede abdominal indica uma área de dor. Ex.: apendicite, câncer de ceco, processos inflamatórios (doença de Crohn, tuberculose intestinal). DOR no quadrante superior esquerdo: O intestino está coberto por arcos costais. Difícil palpação. Relação semelhante com a do quadrante superior direito. DOR no quadrante inferior esquerdo: Cólon sigmóide é palpável. Doença diverticular do cólon. DIARREIA E DISENTERIA Desenteria: uma síndrome que além da diarréia acompanha´se cólicas intensas, fezes são mucossanguinolentas. Ocorre tenesmo ao final de cada evacuação. Pode ser de origem amebiana ou bacilar. Quando a diarréia é contínua (dia e noite) pode ser possível que não seja de origem colônica ou exclusivamente colônica. A diarréia do intestino grosso costuma ocorrer durante o dia (por que ele “dorme à noite”). MUDANÇA DO RÍTMO INTESTINAL A mudança do ritmo costuma indicar câncer do intestino grosso. Quando há alternância de constipação e diarréia. As neoplasias do lado direito do cólon geralmente evoluem com diarréia, quase sempre crônica. OBSTIPAÇÃO INTESTINAL Normal de evacuação é até três por dia ou até uma a cada dois dias. Quando as fezes ficam retidas por mais de 48h diz que há obstipação ou constipação intestinal. Causas: Mecânicas – lesões que ocluem ou impedem a contração das paredes intestinais Neurogênicas – comprometimento dos componentes nervosos (aganglionose ou doença de Hirschsprung, megacólon chagásico, paraplegia). Metabólito-normais – incluindo hipotireoidismo, uremia, hiperparatireoidismo, porfiria. Psicogênicas – alterações emocionais Medicamentosas: uso de antiácidos, anticolinérgicos, opiáceos. Alimentação inadequada – dieta pobre em fibra Inibição reiterada do reflexo da evacuação Hipossensibilidade sinil. SANGRAMENTO ANAL Vermelho vivo. Geralmente por hemorróida Câncer do colo e do reto Doença diverticular difusa dos colons – paciente na 4ª década. Pólipo (crianças e jovens). Podem se malignizar Processos inflamatórios (retites e colites actínicas) PRURIDO ANAL Má higiene anal Enterobíase Doenças anorretais cutâneas (eczemas, dermatite seborreica e de contato) Sistêmicas – diabetes e hepatopatias crônicas Psicogênico DISTENSÃO ABDOMINAL Aumento do volume do ventre Ascite P á g i n a | 8 Meteorismo Fecaloma – impactação fecal Neoplasias Vólvulo do sigmóide (torção) Estenose do cólon e do reto, bridas pós-cirurgia abdominal e dilatação tóxica e aguda do cólon. NÁUSEAS E VÔMITOS Não são frequentes. No cólon irritável, náuseas costumam, em alguns casos, ocorrer durante as crises dolorosas. Na oclusão intestinal, vômitos surgem com a progressão do caso (vômito fecaloide). ANEMIA E EMAGRECIMENTO Neoplasias do cólon direito costumam evoluir com anemia (diminuição da absorção de Fe). Megacólon chagásico associado ao megaesôfago chagásico dificuldade para deglutir emagrecimento Doença diverticular difusa hemorragia anemia aguda ou crônica.
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