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Atividade MCCP e o Filme Tempo de Despertar - 04-09-2021

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Aluna: Camila Sousa Crispim de Queiroz – P4 B 
Curso: Medicina 
Disciplina: APSC IV 
QUESTÕES ORIENTADORAS SOBRE O MÉTODO CLÍNICO CENTRADO NA PESSOA 
• Responda as questões abaixo em relação aos materiais lidos. 
1) O que é o Método Clínico Centrado na Pessoa (MCCP) e quais suas diferenças em 
relação ao Método Clínico Centrado pela Doença? 
Como o próprio nome já diz, é o método centrado no que a pessoa traz para o médico, 
não levando em consideração apenas a doença, mas sim, tudo aquilo que está por trás 
e no envolvimento desta, ou seja, o paciente é o protagonista do seu próprio cuidado, 
participando ativamente. Com isso, para que o método clínico centrado na pessoa 
aconteça, é necessário que o método se desprenda do controle, que no modelo 
tradicional fica nas mãos dele, e seja capaz de dar e compartilhar poder com a pessoa, 
sendo assim, ser centrado na pessoa requer equilíbrio entre o subjetivo e o objetivo 
(SOAP), em um encontro de mente e corpo. 
Ele se difere do método clínico centrado na doença, pois este é centrado apenas nela, 
nos seus sinais e sintomas, não levando em consideração o exposto acima, como as 
dimensões sociais, psicológicas e comportamentais da experiência da doença, assim 
como, o poder de decisão está com o médico, e não compartilhado. 
 
2) Quais são as dimensões a serem abordadas no primeiro componente do MCCP? 
 
No primeiro componente do MCCP, é necessário que o profissional lance um olhar 
amplo para além da doença, incluindo a exploração da saúde e a experiência da doença 
na pessoa. Sendo assim, a prestação de um cuidado efetivo requer assistência tanto 
para as doenças que acometem a pessoa quanto para a experiência dela com essas 
doenças e o entendimento sobre o que ela compreende por “ter” saúde. Com isso, para 
explorar a experiência da doença, orienta-se abordar quatro dimensões (SIFE): 
sentimentos da pessoa, especialmente o medo de estar doente; suas ideias sobre o que 
está errado; o efeito da doença sobre o seu funcionamento de vida e suas expectativas 
em relação ao seu médico. 
 
3) Que perguntas devem ser incorporadas à nossa prática médica para garantir a 
exploração da experiência da doença das pessoas? 
 
É necessário, que o médico dê prioridade para a pessoa expor seu modo de vida como 
base para entender, diagnosticar e tratar os problemas, com isso, para evitar interações 
típicas centradas na doença, se faz as seguintes perguntas: o que mais está 
preocupando você? O quanto isso que você está sentindo afeta sua vida? O que você 
pensa sobre isso? Quanto você acredita que eu posso ajudar? 
 
4) Pensando sobre o filme e o elemento de saúde do primeiro componente, 
enquanto todos os demais médicos só viam a doença nos pacientes com 
“demência indeterminada”, Dr Sayer observou elementos saudáveis que o 
levaram a investir no cuidado desses pacientes. Que elementos de saúde foram 
esses e qual a importância de observar esta dimensão no contexto de cuidado dos 
pacientes? 
O dr. Sayer realizou um trabalho extremamente humanizado, voltado para o 
sentimento dos pacientes e familiar com qual teve contato, sobre a doença. Ele tentou 
compreender individualmente cada caso, e não generalizando a todos como um caso 
único. Então, ele levou em consideração os aspectos anteriores à doença e a vida 
daqueles pacientes, valorizando a sensações, percepções de cada um(a). 
Ou seja, mais uma vez firma a importância do MCCP, levando em consideração as 4 
dimensões do acrônimo SIFE (sentimentos, ideias, o efeito da doença sobre seu 
funcionamento de vida e as expectativas em relação ao seu médico). 
 
5) Na sua visão, qual a importância do segundo componente para melhorar a 
prática médica? Cite exemplos da sua vivência enquanto paciente ou estudante. 
 
É de suma importância, pois ser médico vai muito além do conhecimento técnico e 
científico. Vai do olhar atento e humano para o outro, que está ali naquele dia e 
momento, porque precisa de ajuda, e muitas vezes os sinais e sintomas não são vistos 
ou falado, mas sentido ao ver o sofrimento do outro. Então, não é só medicar, mas ouvir, 
sentir, para assim, agir e cuidar. Ou seja, para que aconteça, é necessário o olhar e 
entendimento integral da pessoa, envolvendo familiares, comunidade, crenças, 
trabalho e os ciclos de vida. 
 
6) Pensando ainda sobre o segundo componente do MCCP, que elementos você 
percebe na conduta investigativa de Dr Sayer que permitiram que o mesmo 
tivesse uma ampliação da visão sobre os seus pacientes? 
 
A busca de informações sobre o passado, história de vida dos pacientes, através do 
contato por exemplo, com a mãe de Leonard. 
 
7) Que elementos você percebe que o terceiro componente do MCCP propõe que 
são diferentes da prática médica comum? 
 
Como o próprio componente já fala, o que difere é a elaboração de um plano conjunto 
de manejo dos problemas, que em outras práticas médicas não ocorre, pois o poder 
está na mão do profissional, tendo o paciente um comportamento passivo, diferente do 
que propõe o MCCP. 
 
8) Como pôde ser visto no filme, o terceiro componente traz uma nova perspectiva 
de construção conjunta do plano terapêutico. Antes de iniciar a droga a ser 
testada em Leonard, Dr Sayer tem um diálogo bastante elucidativa sobre este 
componente, onde a mãe questiona claramente o médico sobre a definição do 
problema, metas e papéis. Comente sobre estes aspectos do diálogo e sobre o 
principal argumento que Dr Sayer usou para convencer a mãe a testar o 
medicamento. 
 
Primeiramente, o Dr Sayer procurou conhecer, estudou e levou a proposta de possível 
tratamento, ou seja, definiu o problema a ser manejado, estabeleceu o tratamento, 
levou a proposta para a mãe, envolvendo a mesma nesse manejo para definir se seria 
feito ou não. E o que levou Dr Sayer a convencer a mãe de Leonard, foi o fato de poder 
trazer o filho de volta para a mesma (mesmo que fosse por pouco tempo). 
 
9) Após algum tempo de remissão dos sintomas, os pacientes começaram a 
regredir ao estado anterior, porém, apesar de não haver um tratamento 
farmacológico para os pacientes, muitos deles obtiveram algumas respostas 
parciais pela relação com familiares, amigos e profissionais de saúde. Comente 
sobre a importância do quarto componente no estabelecimento do cuidado das 
pessoas e cite cenas do filme onde este componente aparece. 
 
É de suma importância, o estabelecimento de uma boa relação médico-paciente, e não 
necessariamente esta será estabelecida e mantida num primeiro momento, como 
observamos no filme, na cena da remissão dos sintomas em Leonard e o encontro com 
Dr Sayer, como também, logo após o retorno dos sintomas o desentendimento de 
ambos. Com isso, é necessário que o médico reconheça que cada paciente requer uma 
abordagem diferente, pois cada um tem suas particularidades, mas ambos devem 
caminhar juntos, construindo a cada encontro uma boa relação com propósitos 
curativos. 
É importante também, frisar a importância da boa relação do médico com familiares do 
paciente (os vários contatos estabelecidos entre Dr Sayer e a mãe de Leonard), que são 
também em muitos casos, corresponsáveis no cuidado do paciente, como também, a 
relação deste com seus familiares e amigos, como podemos observar na relação 
estabelecida entre Leonard com Paula. 
 
10) Qual sua opinião sobre a importância dada no MCCP ao relacionamento 
médico-pessoa (quarto componente) e como você acha que esse componente 
pode melhorar a sua prática médica? 
 
Para que se obtenha o resultado esperado, acredito que é de fundamental importância o 
estabelecimento de uma boa relação entre o médico e o paciente e para isso, é preciso adesão, 
segurança, interesse, empatia, respeitar as individualidades, compartilhamento de ideias, poder 
e decisões. 
O MCCP é a prática da medicina de forma humanizada, e é isso que quero para a minha prática 
médica, ver e entender o paciente além da doença,acolhe-lo de forma integral, compreendendo 
suas percepções, sentimentos e emoções, respeitando as suas individualidades e o colocando 
como ativo, protagonista do seu cuidado/saúde.

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