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Definição As Organizações Intergovernamentais Internacionais (OIG), formadas por Estados, e as Organizações Não Governamentais Internacionais (ONGI) são a forma mais institucionalizada de realizar a cooperação internacional por intermédio de uma governança global. As OI’s são constituídas por aparatos burocráticos, tem orçamentos e estão alojados em prédios. As OIG’s empregam servidores públicos internacionais, mas está relacionada junto a um conjunto envolvido no processo de governança global, dessa forma você não está a serviço do país e sim responde à associação. As práticas institucionais foram formadas pós 2° GM pois teve uma quebra de paradigmas com a ascensão de novas políticas advindas depois do Concerto de Viena. O Sistema Internacional tem sido caracterizado, desde a gestação da disciplina de Relações Internacionais durante as primeiras décadas do século XX, como um sistema político anárquico, tendo esse conceito adquirido diferentes significados ao longo da história e de acordo com diferentes tradições teóricas. Contudo, a ideia de que a ausência de um Estado supranacional gera uma prática social e política específica, em particular no que se refere ao uso legítimo da violência e à ausência de uma instância central geradora de normas legítimas e sancionadas, é um denominador comum mínimo. O funcionário público internacional Com o surgimento das Organizações Internacionais modernas no século XIX, tornou-se necessário empregar servidores públicos internacionais que se distinguem das delegações nacionais que representamos Estados em cada organização. → representa a organização e não o país! Apenas com o estabelecimento da Liga das Nações foi estabelecida a noção de um serviço público internacional, de caráter multinacional, com responsabilidade apenas perante a organização a qual serve. Ao longo da primeira metade do século XX, a norma da internacionalização do servidor público fortaleceu-se e pode ser considerada fundamental para o funcionamento eficaz e para a legitimidade das OI’s. História das Organizações Internacionais 5 potências durante o Concerto: Rússia, Prússia, Áustria, França e Inglaterra. Contudo, somente 3 desses países fazem parte do Conselho de Segurança da ONU, sendo França, Inglaterra e Rússia. As organizações internacionais passaram a ter maior relevância política internacional no século XIX. As grandes conferências de Estados ocorridas desde o século XVI, e que ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS: HISTÓRIA E DEFINIÇÃO A criação das OIG’s é uma decisão dos Estados, que delimitam sua área de atuação inicial. O processo decisório dentro das organizações intergovernamentais convive com a tensão entre o conceito de soberania e a produção de decisões que implicam a flexibilização desse mesmo conceito, pois geram uma interferência externa nos assuntos de política externa e doméstica dos Estados. contribuíram para fixar muitas das normas que definem as Relações Internacionais modernas, também precursoras das Organizações. Há 4 pré-requisitos para que haja desenvolvimento de OI’s 1. Existência de Estados soberanos; 2. Fluxo de contatos entre si (cooperação); 3. Reconhecimento pelos Estados dos problemas que surgem a partir de sua coexistência, ou seja, para além de efeitos domésticos de cada país (ex: ações para reverter o processo de aquecimento global); 4. Necessidade da criação de instituições e métodos sistemáticos para regular suas relações O processo de industrialização gerou avanços nos transportes e nas comunicações produziu problemas impossíveis de serem resolvidos no âmbito Estado-nação O aumento da produção do comércio, aliados à penetração do imperialismo europeu, permitiu a criação de uma rede complexa de relações econômicas em todo o mundo. Da mesma forma, a maior interação entre as elites e as lideranças de movimentos sociais na Europa e nos Estados Unidos favoreceu o estabelecimento das primeiras organizações não governamentais de caráter internacional (ex: sufrágio universal, sindicatos, etc) O Concerto de Estados Europeu, sistema de conferências iniciado após o fim das guerras napoleônicas com o Congresso de Viena de 1815, foi um importante antecessor das modernas OIG’s. As conferências não eram apenas encontros para acertar tratados de paz, como era a prática até então, mas um fórum no qual as grandes potências — Prússia, Áustria, Rússia, Grã-Bretanha e França (a partir de 1818) — lidavam com a ordem internacional de uma forma mais geral. Com isso, durante o Congresso de Viena, as regras da diplomacia foram codificadas. A distribuição de poder no sistema de Estados, as regras do jogo imperialista, a formulação de uma legislação internacional e a manutenção da paz entre os Estados europeus foram os principais temas tratados ao longo do século. O princípio da consulta mútua foi estabelecido e a prática da diplomacia multilateral atingiu um novo patamar. O concerto Europeu baseava-se na ideia de que as grandes potências tinham responsabilidade e direitos especiais. Contudo, os Estados menores não participavam das deliberações e o interesse geográfico delimitava-se à Europa. Sistema de Haia Ao final do século XIX, o Czar russo, Nicolas II, propôs a convocação de uma conferencia sobre o desarmamento. O Sistema de Haia, criado no contexto das duas Conferências de Paz, em 1899 e 1907, representou uma mudança qualitativa em termos de universalização da administração do Sistema Internacional (Brasil participou) O desenvolvimento do Direito Internacional, a formulação de procedimentos para a resolução pacífica de disputas, a codificação das leis e costumes quanto à condução da guerra visavam criar melhores condições de convivência internacional. A preocupação com a paz em abstrato, não apenas com a resolução de conflitos ou crises, faz parte de uma nova perspectiva sobre a administração coletiva, haja vista que pede a mudança na resolução pacífica de conflitos saindo do contexto das 5 potências do Concerto. Neste interim, pode-se dizer que as Conferências de Haia desenvolveram uma perspectiva racionalista e legalista para a administração do SI, buscando criar regras baseadas na razão para lidar com conflitos internacionais. Conferência Pan-Americana A Conferência pan-americana, reunida em Washington em 1889 e 1890 foi um fórum regional pioneiro, criando um escritório de divulgação de oportunidades comerciais para países- membro e instaurando um sistema de conferências regulares que deveriam realizar-se a cada cinco anos. A União Internacional dos Estados Americanos, criada então, foi a primeira organização regional a introduzir uma tradição de institucionalização das relações entre os países da região e visava a limitar a autonomia norte- americana para intervir militarmente nas Américas. Liga das Nações A criação da Liga das Nações, ao final da Primeira Guerra, foi um evento de fundamental importância, muito embora a organização tenha entrado para a história como um ícone de insucesso, tendo sua vida útil terminada com a violência que se espalhou pela Europa nos anos 30. A Liga das Nações foi a primeira organização internacional universal voltada para a ordenação das relações internacionais a partir de um conjunto de princípios, procedimentos e regras, claramente definidos. O conceito de segurança coletiva é introduzido pela primeira vez e foi encontrada uma síntese entre o princípio da responsabilidade especial das grandes potências, que norte ou o funcionamento do Concerto Europeu, e uma lógica universalizante, presente nas Conferências de Haia. O início do século XX é um momento histórico em que a crença na conciliação, mediação ou arbitragem, como formas pacíficas de resolução dos conflitosinternacionais, adquire raízes e se institucionaliza.
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