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Gabriela Bordignon – UFMS CPTL (T5) PEDIATRIA, Prof. Márcia - FPM VI • Define-se como assistência ao recém-nascido ao conjunto de cuidados contínuos, de complexidade crescente e adequada ao nível de risco do neonato. O cuidado com a saúde do recém-nascido (RN) tem importância fundamental para a redução da mortalidade infantil, ainda elevada no Brasil, assim como a promoção de melhor qualidade de vida e a diminuição das desigualdades em saúde. • No período neonatal, momento de grande vulnerabilidade na vida, concentram-se riscos biológicos, ambientais, socioeconômicos e culturais, havendo necessidade de cuidados especiais, com atuação oportuna, integral e qualificada de proteção social e de saúde, direitos reconhecidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). • É na primeira semana de vida, em especial no primeiro dia de vida (representando 25%), que se concentram as mortes infantis. • Ao nascimento, a maioria dos RN apresenta boa vitalidade e não necessita de manobras de reanimação neonatal. • O conhecimento e a habilidade profissional para o atendimento imediato ao recém-nascido são necessários a todos profissionais que atuam em salas de parto e CPN. O NASCIMENTO É DEFINIDO COMO A EXTRAÇÃO COMPLETA DO CONCEPTO DA CAVIDADE UTERINA. NECESSIDADE DE REANIMAÇÃO AO NASCIMENTO • Ventilação com pressão positiva: 1 em cada 10 RN • Intubação e ou massagem cardíaca: 1 em cada 100 RN • Intubação, massagem cardíaca e ou medicações: 1 em cada 1.000 RN, desde que a ventilação seja aplicada adequadamente EM RN PREMATUROS • Nascidos com menos de 1.500 g: 2 em cada 3 RN • Idade gestacional de 34 a 36 semanas: 2 em cada 10 RN GESTAÇÃO DE TERMO? RESPIRANDO OU CHORANDO? TÔNUS MUSCULAR EM FLEXÃO? SIM! • Posicionar RN no abdome materno sem tracionar cordão, mantendo vias aéreas pérvias e avaliando a vitalidade. • Cobrir o RN com campo estéril em centro obstétrico com temperatura ambiente de 23-36°C. • Cuidados de rotina junto à mãe: prover e evitar perda de calor; manter vias aéreas pérvias; • Avaliar FC e respiração continuamente; • Clampeamento oportuno do cordão umbilical. ÍNDICE DE APGAR OBS.: não é o índice de Apgar que ditará se a RCP será feita ou não, ele avalia muito mais a resposta da reanimação. Sendo que, casos de Apgar baixo, geralmente são aqueles em que não houve uma assistência pré-natal adequada e/ou na hora do parto. Esse índice foca em 5 itens, sendo que cada item possui um valor de 0 a 2 (como evidenciado na tabela acima). *Um bebê com boa vitalidade, normalmente, nasce com um Apgar maior que 8! Avalia-se no primeiro minuto e, novamente, no quinto. CONTATO PELE/PELE – avaliação feita enquanto o bebê está em contato com a mãe. Sala de parto Gabriela Bordignon – UFMS CPTL (T5) PEDIATRIA, Prof. Márcia - FPM VI • Clampeamento tardio/oportuno do cordão: 1-3 minutos pós-nascimento: RN ≥34 semanas 30-60 segundos pós-nascimento: RN <34 semanas *Esse período é importante para fornecer um maior fluxo sanguíneo para a criança, o que será relevante, posteriormente, para a prevenção da anemia. Porém, em casos de sangramento, DPP, nó verdadeiro de cordão, não chorou, não respirou, está hipotônico e não está bem, independentemente da IG, clampeia-se o cordão imediatamente. • Clampear o cordão imediatamente e levar a mesa de reanimação: Independentemente da idade gestacional se o RN não começou a respirar ou estiver hipotônico Presença de DPP ou placenta prévia ou nó verdadeiro de cordão, mãe HIV + e isoimunizadas Manter o RN sobre o abdome e/ou tórax materno, usando o corpo da mãe como fonte de calor, garantindo que o posicionamento da criança permita movimentos respiratórios efetivos. O contato pele a pele imediatamente após o nascimento, em temperatura ambiente de 26°C, reduz o risco de hipotermia em RNs a termo com respiração espontânea e que não necessitam de ventilação, desde que cobertos com campos pré- aquecidos. Identificar o RN com pulseira e clamp umbilical contendo o nome da mãe, número de prontuário, data de nascimento, sexo e hora. Realizar o aleitamento precoce para promoção do contato mãe-bebê imediato após o parto, evitando intervenções desnecessárias que interferem nessa interação nas primeiras horas de vida. Deve ser estimulado o contato pele a pele e o aleitamento materno na primeira hora de vida, exceto em casos de mães HIV ou HTLV +. Laqueadura do cordão umbilical: Fixar o clamp a distância de 2 a 3 cm do anel umbilical. Verificar a presença de duas artérias e de uma veia umbilical, pois a existência de artéria umbilical única pode associar-se a anomalias congênitas. Antropometria: realizar exame físico simplificado, incluindo peso, comprimento os perímetros cefálico, torácico e abdominal. Verificar peso ao nascimento (imediato para relação com IG). Quando associamos o peso à idade gestacional, o RN é classificado segundo o seu crescimento intrauterino em: • RN grande para a idade gestacional (GIG): peso acima do percentil 90. • RN adequado para a idade gestacional (AIG): peso entre o percentil 10 e 90. • RN Pequeno para a Idade Gestacional (PIG): peso abaixo do percentil 10. • Pré-termos: idade gestacional inferior a 37semanas. • Prematuridade extrema: menor que 28 semanas de gestação. Os bebês encontram-se no limite de viabilidade e necessitam de cuidados sofisticados e intensivos. • Prematuridade grave: 28 a 30 semanas de gestação. Apresentam algumas vantagens fisiológicas, entretanto exigem a mesma qualidade na assistência. • Prematuridade moderada: 31 a 33 semanas de gestação. • Prematuridade quase-termo: 34 a 36 semanas. • A termo: idade gestacional entre 37 e 41 semanas e 6 dias. Gabriela Bordignon – UFMS CPTL (T5) PEDIATRIA, Prof. Márcia - FPM VI • Pós-termo: idade gestacional igual ou maior que 42 semanas. • Recém-Nascido de Baixo Peso: Considerado recém- nascido de baixo peso, todo aquele que nasce com peso inferior a 2.500g. Neste critério estão incluídos tanto os prematuros quanto os RN a termo com crescimento intrauterino restrito. Realizar o “Credé” para prevenção da oftalmia gonocócica. A profilaxia deve ser realizada na primeira hora após o nascimento, tanto no parto vaginal quanto cesáreo. • Detecção de incompatibilidade sanguínea materno- fetal. Coletar sangue da mãe e do cordão umbilical para determinar os antígenos dos sistemas ABO e Rh. Não é necessário realizar o teste de Coombs direto de rotina. No caso de mãe Rh negativo, deve-se realizar pesquisa de anticorpos mantida por meio do Coombs indireto na mãe e Coombs direto no sangue do cordão umbilical. • Realização da sorologia para sífilis e HIV. Coletar sangue materno para determinar a sorologia para sífilis. • Caso a gestante não tenha realizado sorologia para HIV no último trimestre da gravidez ou o resultado não estiver disponível no dia do parto, deve-se fazer o teste rápido para anti-HIV o mais breve possível e deve-se administrar a zidovudina profilática antes do parto, caso o teste seja positivo. Administrar vitamina K para prevenção do sangramento, 1mg de vitamina K por via intramuscular ao nascimento. Administração da vacina contra Hepatite B. A administração desta faz parte do calendário vacinal mínimo obrigatório e inicia o esquema de imunização do indivíduo contra a Hepatite B. Tem como objetivo proteger o recém-nascido contra o vírus da Hepatite B. O preparo da assistência para o atendimento do recém- nascido deve incluir: • Anamnese materna • Infraestrutura: local, recursos materiais e equipamentos • Equipe treinada para a reanimação neonatal FATORES ANTENATAIS • Idade <16 anos ou >35 anos • Idade gestacional <39 ou >41 semanas • Diabetes • Gestação múltipla • Síndromes hipertensivas • Rotura prematuradas membranas • Doenças maternas • Polidrâmnio ou oligodrâmnio • Infecção materna • Diminuição da atividade fetal • Aloimunização ou anemia fetal • Sangramento no 2o ou 3o trimestre • Uso de medicações • Discrepância de idade gestacional e peso • Uso de drogas ilícitas • Hidropsia fetal • Óbito fetal ou neonatal anterior • Malformação fetal • Ausência de cuidado pré-natal FATORES RELACIONADOS AO PARTO • Parto cesáreo • Anestesia geral • Uso de fórcipe ou extração a vácuo • Hipertonia uterina • Apresentação não cefálica • Líquido amniótico meconial • Trabalho de parto prematuro • Prolapso ou rotura de cordão • Parto taquitócico • Nó verdadeiro de cordão • Corioamnionite • Uso de opioides 4 horas anteriores ao parto • Rotura de membranas >18 horas • Descolamento prematuro da placenta • Trabalho de parto >24 horas • Placenta prévia • Segundo estágio do parto >2 horas • Sangramento intraparto significante • Padrão anormal de frequência cardíaca fetal Gabriela Bordignon – UFMS CPTL (T5) PEDIATRIA, Prof. Márcia - FPM VI • Sala de parto com temperatura ambiente • Centro cirúrgico ou centro obstétrico • Material para aspiração • Material para ventilação • Material para intubação traqueal • Medicações • Material para cateterismo umbilical SALA DE PARTO E/OU REANIMAÇÃO COM TEMPERATURA AMBIENTAL DE 23º - 26º • Mesa de reanimação com acesso por 3 lados • Fontes de oxigênio umidificado e de ar comprimido, com fluxômetro • Blender para mistura oxigênio/ar • Aspirador a vácuo com manômetro • Relógio de parede com ponteiro de segundos MATERIAL PARA MANTER A TEMPERATURA • Fonte de calor radiante • Termômetro ambiental digital • Campos cirúrgicos e compressas de algodão • Saco de polietileno de 30x50 cm para prematuro • Touca de lã ou algodão • Colchão térmico químico 25x40 cm para prematuro abaixo de 1000 gramas • Termômetro clínico digital MATERIAL PARA MANTER AVALIAÇÃO • Estetoscópio • Eletrodos para a monitorização cardíaca • Oxímetro de pulso MATERIAL PARA A ASPIRAÇÃO • Sondas traqueais n° 06, 08 e 10 e gástricas n° 6 e 8. • Dispositivo para aspiração de mecônio • Seringas de 10 ml MATERIAL PARA A VENTILAÇÃO • Reanimador manual neonatal (balão auto inflável com volume máximo de 750 mL, reservatório de O2 e com válvula de escape com limite de 30 – 40 cm H2O e/ou manômetro) • Ventilador mecânico manual neonatal em T • Máscaras redondas com coxim para prematuros tamanho 00 e 0 e de termo 1 • Máscara laríngea pra RN n°1 MATERIAL PARA A INTUBAÇÃO TRAQUEAL • Laringoscópio infantil com lâmina reta nos 00, 0 e 1 • Cânulas traqueais sem balonete, de diâmetro uniforme 2,5/ 3,0/ 3,5 e 4,0 mm • Material para fixação da cânula: tesoura, fita adesiva e algodão com SF 0,9% • Pilhas e lâmpadas sobressalentes • Detector colorimétrico de CO2 expirado MEDICAÇÕES • Adrenalina diluída em SF 0,9% a 1/10.000 em uma seringa de 5,0 mL para administração única endotraqueal • Adrenalina diluída em SF 0,9% a 1/10.000 em uma seringa de 1,0 mL para administração endovenosa • Expansor de volume (SF 0,9% ou ringer-lactato) em duas seringas de 20 IM • Álcool etílico 70% ou clorexidina alcoólica 0,5% • Nitrato de prata 1% e ampola de água destilada • Vitamina K1 Gabriela Bordignon – UFMS CPTL (T5) PEDIATRIA, Prof. Márcia - FPM VI MATERIAL PARA CATETERISMO UMBILICAL • Campo fenestrado esterilizado, cadarço de algodão e gaze • Pinça tipo kelly reta de 14 cm e cabo de bisturi com lâmina n° 21 • Porta agulha de 11cm e fio agulhado mononylon 4.0 • Sonda traqueal sem válvula n° 6 ou 8 ou cateter umbilical 5F ou 8F POSICIONAMENTO DO CATETER UMBILICAL VENOSO OUTROS • Luvas e óculos de proteção individual • Compressas e gazes esterilizadas • Estetoscópio neonatal • Saco de polietileno de 30x50 cm e touca para proteção térmica do RN prematuro • Tesoura de ponta romba e clampeador de cordão umbilical • Seringas de 20 mL, 10 mL, 5 mL e 1 mL e agulhas • Balança digital e antropômetro • EM PARTOS DE RISCO 2-3 profissionais treinados e capacitados a reanimar o RN de maneira rápida e efetiva. Desse grupo de profissionais, pelo menos um médico apto a intubar, sendo esse médico, preferencialmente, um pediatra. • No caso de gemelares, dispor de material e equipe próprios para cada criança. A Sociedade Brasileira recomenda que em todo nascimento tenha a presença de um pediatra. • Para a recepção do RN, utilizar as precauções-padrão que compreendem a lavagem/ higienização correta das mãos e o uso de luvas, aventais, máscaras ou proteção facial para evitar o contato do profissional com o material biológico do paciente. Gabriela Bordignon – UFMS CPTL (T5) PEDIATRIA, Prof. Márcia - FPM VI MANTER A NORMOTERAPIA • Temperatura axilar em 36,5 – 37 oC • Manter a temperatura ambiente em 23 – 26 oC • Na sala de parto e de reanimação, manter portas e janelas fechadas, sem a presença de corrente de ar • Recepcionar RN em campos estéreis e secos: RN > ou igual a 34 semanas: secar e desprezar campo úmido RN < 34 semanas: envolver o corpo em saco plástico, secar a cabeça e colocar uma touca de lã ou algodão MANTER VIAS AÉREAS PÉRVIAS • Decúbito dorsal com leve extensão do pescoço • Aspirar boca e narinas somente se houver secreção, nessa ordem (primeiro a boca e depois o nariz) AVALIAR VITALIDADE • FC: ausculta do precórdio 6 segundos x 10 = bpm/minuto FC > 100 bpm = adequada • RESPIRAÇÃO: inspeção do tórax Respiração rítmica e regular = adequada FC < 100 bpm = apneia ou respiração irregular, manter: VENTILAÇÃO COM PRESSÃO POSITIVA + Avaliação contínua da FC e da SatO2 • FC < 100 bpm ou respiração irregular ou ausente, nesse caso, enquanto um profissional inicia a VPP, o outro coloca: - 3 eletrodos do monitor cardíaco (1 em cada braço – próximo ao ombro) e 1 na parte anterior da coxa - Sensor do oxímetro no pulso radial direito: primeiro deve-se colocar o sensor e depois conectar ao cabo do oxímetro. A leitura confiável da SatO2 demora de 1 a 2 minutos • A FC é o principal sinal para decidir a indicação de manobras de reanimação • O monitor cardíaco permite a detecção acurada, rápida e contínua da FC • Ritmos anômalos no ECG não devem ser valorizados nos minutos iniciais Até 5 70-80% 5-10 80-90% >10 85-95% Gabriela Bordignon – UFMS CPTL (T5) PEDIATRIA, Prof. Márcia - FPM VI • A VPP é o procedimento mais importante e efetivo na reanimação do RN! • A VPP deve ser iniciada nos primeiros 60 segundos após o nascimento (golden minute) • A VPP com máscara, desde que feita com a técnica correta promove a melhora de 9 em cada 10 RN com indicação de ventilação • O risco de morte ou morbidade aumenta em 16% a cada 30 segundos de demora para iniciar a VPP após o nascimento, de modo independente do peso ao nascer, da idade gestacional ou de complicações na gravidez ou no parto São utilizados como reanimadores para VPP, o balão auto inflável e o ventilador mecânico em T, sendo o primeiro de uso mais comum, e o segundo de uso em prematuros. MÁSCARA FACIAL • Aplicar a máscara no sentido do queixo para o nariz • Envolver as bordas com dedos indicador e polegar, formando “C” • O ajuste adequado é conseguido com leve pressão na borda • Os dedos médio, anular e mínimo formam “E” O selo entre face e máscara é crítico para o sucesso da ventilação! TÉCNICA DA VPP COM B&M Frequência: 40 a 60 movimentos/minuto Pressão: Iniciar com 20 cmH2O e aumentar, se necessário. Após as 5 primeiras ventilações, reajustar a pressão para visualizar movimento torácico leve *Deve-se tomar cuidado com a pressão, se ela for muito excessiva pode provocar um pneumotórax VPP COM B&M RN ≥ 34 semanas: O2 na VPPBlender• Iniciar VPP com ar ambiente • VPP Blender & oxímetro de pulso disponíveis • Ajustar [O2], conforme FC e SatO2 • Se RN não melhora, continuar a VPP com O2 a 100% RN < 34 semanas: O2 na VPP • SE BLENDER & OXÍMETRO DISPONÍVEIS INICIAR VPP com O2 a 30% • BLENDER & OXÍMETRO NÃO DISPONÍVEIS VPP com O2 a 100% Ajustar [O2], conforme FC e SatO2 RN APRESENTA MELHORA Gabriela Bordignon – UFMS CPTL (T5) PEDIATRIA, Prof. Márcia - FPM VI RN NÃO APRESENTA MELHORA POSSÍVEIS CAUSAS DE INSUCESSO: - Má adaptação da máscara - Vias aéreas não pérvias: reposicionar a cabeça - Aspirar as secreções: ventilar com a boca levemente aberta - Pressão insuficiente: aumentar a pressão RN NÃO APRESENTA MELHORA • Após verificar a técnica da VPP com B&M e o RN não melhora • Ventilar com BALÃO E CÂNULA TRAQUEAL • DE cada 10 RN ventilados com máscara, 9 melhoram se a técnica estiver correta e 1 necessita intubação traqueal • Ventilação com máscara facial não efetiva, após a correção de possíveis problemas técnicos e a FC < 100 bpm • Ventilação com máscara facial prolongada e o RN não retorna à respiração espontânea • Necessidade de massagem cardíaca INTUBAÇÃO TRAQUEAL: POSIÇÃO CORRETA DA CÂNULA TRAQUEAL O número do tubo será o peso+6! • Elevação da FC • Inspeção: Elevação da caixa torácica; ausência de distensão abdominal • Ausculta: entrada de ar nos pulmões e ausência de ruídos no estômago • Detecção de CO2 expirado VPP COM CÂNULA TRAQUEAL • Meta: alcançar a FC >100 bpm • Iniciar com a pressão de 20cm H2O – raramente 30- 40cm H20 • Após as 5 primeiras ventilações, reajustar a pressão para visualizar movimento torácico leve e auscultar a entrada de ar nos pulmões • Frequência de 40 a 60mpm RN NÃO APRESENTA MELHORA • Após 30 segundos de VPP com cânula traqueal a FC <100 bpm ou respiração irregular ou saturação de O2 baixa, o que fazer?? • DOPE- Verificar posição da cânula (deslocamento). Obstrução da cânula por secreções, pneumotórax e equipamento falhando • VPP com cânula traqueal - O2 – 60 - 100% após 30seg com técnica adequada • FC<60 bpm- massagem cardíaca Gabriela Bordignon – UFMS CPTL (T5) PEDIATRIA, Prof. Márcia - FPM VI APÓS 60 SEG DE MASSAGEM CARDÍACA E VPP COM O2 100% • FC < 60 bpm • Continuar com vpp com cânula e O2 100% • Continuar massagem cardíaca e administrar adrenalina RN APRESENTA MELHORA COM VPP E MC RN NÃO APRESENTA MELHORA COM VPP E MC USO DE MEDICAÇÃO: ADRENALINA Uso EV ou intraósseo 0,1-0,3 mL/kg/dose (0,01-0,03 mg/kg) Seringa de 1,0 mL • Concentração: 1/10.000 • Preparo: 1 mL adrenalina 1/1.000 + 9 mL SF • Administrar EV ou por via intraóssea • Pode-se aplicar por via traqueal uma única vez enquanto a veia umbilical é cateterizada (eficácia questionável) • Uso EV Uso ET único 0,5-1,0 mL/kg/dose (0,05-0,10 mg/kg) Seringa de 5,0 mL • O Cateter venoso umbilical deve ser inserido de emergência, assim que há indicação da adrenalina veia umbilical RN NÃO APRESENTA MELHORA COM VPP + MC + ADRENALINA Gabriela Bordignon – UFMS CPTL (T5) PEDIATRIA, Prof. Márcia - FPM VI SE RN AINDA NÃO APRESENTOU MELHORA - REANIMAÇÃO PROLONGADA QUANDO INTERROMPER A REANIMAÇÃO? - A presença de assistolia aos 10 minutos de vida, inferida pelo Apgar=0 aos 10 minutos, é um forte preditor de mortalidade e morbidade em todas as idades gestacionais - Em RN com assistolia após 10 minutos de reanimação, é razoável interromper os procedimentos de reanimação - Entretanto, a decisão de continuar ou interromper tais procedimentos precisa ser individualizada. Se manobras de reanimação foram aplicadas de forma adequada; se cuidados intensivos neonatais disponíveis; qual a causa e a duração da agressão hipóxico-isquêmica; e qual o desejo da família, se houve tempo para conversa prévia ao nascimento Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. Atenção à saúde do recém-nascido: guia para profissionais de saúde. Cuidados gerais. Brasília: Ministério da Saúde; 2011. (Série A. Normas e Manuais Técnicas, vol1) Reanimação Neonatal em Sala de Parto Disponível em: www.sbp.com.br/reanimacao
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