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Anestesia em Serpentes Serpentes são parte da ordem Squamata, com uma distribuição tão ou mais ampla que a de lacertídeos, embora obedeça aos mesmos padrões de distribuição por zonas tropicais e desérticas, ausentes nas regiões de calotas polares e apresentando hábitos terrestres, arborícolas e aquáticos. No Brasil estão presentes as famílias Boidae (sucuri, jiboia), Dipsadidae (cobras d’agua, corais falsas, muçuranas), Colubridae (caninana, cobra cipó), Viperidae (cascavel, surucucu, jararaca) e Elapidae (coral verdadeira). Um grande número destas são peçonhentas, enquanto outras usam da constrição como forma de defesa e captura de presas. Sua anatomia é a mais diferenciada dentre os répteis, por não apresentarem membros desenvolvidos e apresentarem órgãos em uma conformação fora do padrão (por exemplo, a fusão de pâncreas e fígado em algumas espécies, ou a ausência de vesícula urinária, com os ureteres excretando diretamente no urodeum) Como outros répteis, elas eliminam os compostos nitrogenados na forma de ácido úrico. Nelas também é importante o sistema porta renal, portanto é vital aplicar a medicação no terço inicial a partir da cabeça da serpente, visto que normalmente é apenas após essa porção do corpo que se localizam os órgãos que atua ativamente no processamento de fármacos. Para a realização de anestesia em serpentes, é necessário levar em conta o risco de cada espécie. É uma boa escolha o uso de isofluorano (4-5%) em máscaras ou diretamente suprido por sondagem traqueal (sendo facilitada devido à exposição da traqueia em serpentes); a escolha se deve à velocidade de indução e recuperação. O halotano (3-5%) também pode ser utilizado, embora seja mais raro por apresentar uma margem de segurança menor. Ambos requerem intubação e ventilação assistida durante procedimentos. Pode-se verificar o plano cirúrgico do animal pela ausência dos reflexos normalmente presentes responsáveis pelo endireitamento posicional do animal. Além disso, valem para serpentes os mesmos cuidados relacionados à manutenção da temperatura corpórea. Outros anestésicos injetáveis são utilizados com menos frequência, como por exemplo: Acepromazina (0,1-05mg/kg): aplicada em via intramuscular, uma hora antes da anestesia, como MPA Cetamina (60mg/kg) associada à Xilazina (0,1-1mg/kg): podendo ser ministrada por via subcutânea, intramuscular ou intravenosa, necessita de uma aplicação lenta quando intravenosa para evitar sobrecarregar os rins e fígado. Sulfato de atropina (0,01-0,04mg/kg) é usada na MPA, e útil em casos onde o animal está intoxicado por organofosforados Tiletamina associada com Zolazepam (10-20mg/kg) aplicada na via intramuscular ou intravenosa (onde deve ter sua dose reduzida pela metade, devido À potencialização da ação) Diazepam (0,3-0,5 mg/kg): aplicada nas vias intramuscular e intravenosa, necessitam de diluição em propilenoglicol. Tem uma aplicação dolorosa quando da via intramuscular, enquanto que sua aplicação intravenosa também deve ser lenta Propofol (5-10mg/kg): agente indutor fornecido pela via intravenosa, apresenta ação rápida quando administrado
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