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Ana Luiza Azevedo de Paula Anatomia Descritiva Aula de definição de termos da anatomia Anatomia humana é uma ciência responsável por estudar a forma e a estrutura do organismo humano, bem como as suas partes. O nome anatomia origina-se do grego ana, que significa “parte”, e tomnei, que significa cortar, ou seja, é a parte da biologia que se preocupa com o isolamento de estruturas e seu estudo. Os princípios de pesquisa podem ser a anatomia descritiva, quando analisa-se e descreve-se os órgãos baseado nos tecidos biológicos que o compõem ou pode ainda ser adotado o critério da anatomia topográfica, quando analisa-se e descreve-se os órgãos com base em sua localização no corpo (região corporal). Muitos nomes adotados na anatomia possui origem de termos no latim ou do grego. Essa origem serve para dar sentido a caracterização/ descrição da forma da estrutura ou da região. Como exemplo temos: ü Músculo gastronômico é um músculo que fica na região posterior da perna abaixo dos joelhos com formato de ventre e recobre outro músculo chamado sóleo, que gera a panturrilha. A palavra gaster significa estômago ou ventre. ü Músculo deltoide é um músculo volumoso e em forma de triângulo, que cobre a cintura escápulo-umeral e a estrutura do ombro. Apresenta um formato triangular, semelhante ao delta do alfabeto grego, advindo daí o seu nome. Ana Luiza Azevedo de Paula ü Artérias coronárias são as artérias que constituem a circulação coronária. A sua função é transportar o sangue de e para o músculo cardíaco. Sua origem vem devido ao fato de formar coroas ao abraçar a região superior do coração. ü Os alvéolos pulmonares são responsáveis pelas trocas gasosas entre o meio ambiente e o organismo. Alvéolos, diminutivo de alveus que significa pequenas cavidades ou órgão oco, sendo a menor estrutura anatômica do sistema respiratório, sendo ocos e preenchidos por ar. Epônimos é um vocábulo proveniente de um nome próprio, objetivando homenagear aos que descobriram ou quem primeiramente apresentou a estrutura anatômica. Como exemplo temos: ü Tubérculo de Lister. Esse tubérculo recebe esse nome já que Lister foi a pessoa que o descobriu. Entretanto, usar esse nome não ajuda na localização. Em termos anatômicos, temos o Tubérculo dorsal do rádio que significa projeção pequena que fica atrás da região do rádio que é um osso localizado no antebraço. O estudo da anatomia precisa seguir um padrão. O Padrão anatômico é o mapeamento das informações convergentes encontradas nos campos de pesquisa. Como campo temos: livros, aula e guia de estudo, variação anatômica e divergência entre os autores. Ana Luiza Azevedo de Paula Há a possibilidade de encontrar nos livres as variações anatômicas. As variações anatômicas são diferenças morfológicas entre elementos que compõem um grupo humano. Pode ser externamente ou em qualquer sistema do organismo sem que traga prejuízo funcional ao indivíduo. Como exemplo das variações anatômicas, temos as coronárias. É possível também encontrar uma divergência entre os autores em informações de caracterização, explicação… É importante entrar em contato com um orientador para esclarecer o estudo. Regiões Corporais O corpo humano é dividido em regiões. As principais regiões do corpo humano são a cabeça, o pescoço, o tórax, o abdome, a pelve, juntamente com as extremidades superior e inferior. Todas as regiões anatômicas são delimitadas por marcos precisos, tornando-os termos universalmente aceitos que todo profissional de saúde reconhece e compreende instantaneamente. De um modo geral, esses marcos são estruturas evidentes que são facilmente palpáveis ou visíveis. Isto é conhecido como anatomia superficial. Cefálica Cranial e Facial A cabeça e o pescoço também consistem em regiões. Eles não são formados por planos precisos, mas são nomeados de acordo com as estruturas anatômicas contidas neles. Portanto, os termos são de fácil compreensão: regiões frontal, orbital, infraorbital, nasal, oral, mentoniana, esternocleidomastóidea, cervical lateral, cervical posterior, bucal, parotideomassetérica, infratemporal, zigomática, temporal, occipital e parietal. Além disso, existem os triângulos submandibular, submentoniano, carotídeo e muscular, e as fossas supraclavicular, jugular e retromandibular. Ana Luiza Azevedo de Paula Torácica Em anatomia, chama-se região torácica à porção da coluna vertebral que fica entre a região cervical e a região lombar. É constituída por doze vértebras que servem de inserção para as costelas. No tronco (tórax e abdome) existem várias linhas e pontos de referência de superfície, como linhas medianas anterior/posterior, linha esternal, linha paraesternal, linha hemiclavicular, linhas axilares anterior/média/posterior, linha paravertebral, linha escapular, costelas, esterno, processos espinhosos vertebrais, clavícula e músculos peitorais. Abdominal O abdômen (abdome/abdómen) é a região do corpo localizada entre o tórax e a pelve. A sua abertura superior está voltada para o tórax e é cercada pelo diafragma. Inferiormente o abdômen abre-se para a pelve, comunicando através da abertura pélvica superior (abertura pélvica superior). Estas duas aberturas, em conjunto com as paredes abdominais, delimitam a cavidade abdominal. Para uma orientação clínica mais fácil, o abdômen está dividido em quatro quadrantes e nove regiões. Os quatro quadrantes denominam-se superior esquerdo, inferior esquerdo, superior direito e inferior direito. As nove regiões são chamadas de hipocôndrio direito e esquerdo, lombar direita e esquerda, inguinal direita e esquerda, epigástrica, umbilical e hipogástrica. Ana Luiza Azevedo de Paula A diferença entre as divisões, é que que a divisão em regiões são em 9 partes, sendo mais assim precisa. Região Pélvica A pelve encontra-se na cintura pélvica é a região de transição entre o tronco e os membros inferiores. É composta por uma série de ossos longos ou chatos, quase sempre apresentando os seguintes componentes: sacro, ílio, ísquio e púbis. É nesta estrutura que se inserem os membros inferiores e se apoiam uma série de músculos ligados ao seu movimento. O assoalho pélvico é um conjunto de músculos e ligamentos que fazem a sustentação dos órgãos pélvicos como bexiga, útero, reto, intestino e todo conteúdo que fica na pelve, parte baixa do abdômen. Membros Superiores Os membros superiores na anatomia são formados pela cintura escapular ou ombro, braço, antebraço e mão. No membro superior, são denominadas regiões escapular, axilar, deltoide, braquial (anterior, posterior), cubital (anterior, posterior), antebraquial (anterior, posterior), carpal (anterior, posterior), palmar e dorsal. Membros Inferiores Os membros inferiores são maiores e mais compactos que os superiores. São adaptados para sustentar o peso do corpo, para caminhar e correr e fundamentais para garantir locomoção, equilíbrio e sustentação do corpo. O membro inferior possui as seguintes regiões: triângulo femoral, glútea, femoral (anterior, posterior), genicular (anterior, posterior), poplítea, crural (anterior, posterior), retromaleolar lateral, dorsal, plantar e calcânea. Ana Luiza Azevedo de Paula Região Dorsal –( coluna vertebral ) ü cervical, torácica, lombar e sacral O dorso é a região entre o pescoço e a região glútea. Ele contém a coluna vertebral (medula espinhal) e dois compartimentos de músculos do dorso: compartimentos extrínseco e intrínseco. As funções do dorso são várias, como abrigar e proteger a medula espinhal, manter o corpo e a cabeça eretos e ajustar os movimentos dos membros superiores e inferiores. A vertebral (espinha dorsal) é a principal estrutura óssea do dorso. Ela é formada por uma cadeia de 33 vértebra sinterconectadas e suas articulações intercaladas. Ela forma o esqueleto axial junto com o crânio e a caixa torácica. Numerosos músculos, ligamentos e tendões fornecem suporte à coluna vertebral, dando a ela flexibilidade e uma grande variedade de movimentos. Posição Anatômica Todas as descrições anatômicas são feitas em relação a uma posição constante . A posição anatômica serve para ser ponto de referência garantindo uniformidade na descrição e é adotada mundialmente. Não importa a posição do do corpo no espaço, as descrições irão continuar as mesmas. Como descrever: ü Indivíduo em pé, ereto, de frente para o observador. ü Cabeça e olhar para o horizonte. ü Membros superiores estendidos ao lado do tronco ü Palmas das mãos voltadas para frente. ü Pés apoiados no chão apontados para frente . Ana Luiza Azevedo de Paula Linhas imaginárias que servem para guiar na posição. Como exemplo temos as linhas anteriores e linhas posteriores. Planos imaginários Os planos imaginários servem para descrever posição de cada posição. As descrições em anatomia se baseiam em quatro planos imaginários. ü Frontais ou coronais Planos verticais que formam ângulos retos como o plano mediano. Orientação paralela à sutura coronal do crânio Dividi o corpo em metade anterior e posterior. Pode migrar infinitamente para trás ou para frente . O que se localiza a frente desse plano é posterior ( dorsal) o que se localiza atrás é anterior ( central, rostral ( encéfalo / em direção ao bico ) ü Mediano/ sagitais Corta o corpo longitudinalmente Divide o corpo simetricamente em metade direita e esquerda Define a linha mediana da cabeça, pescoço e troco. • Medial que está mais próxima desse plano de corte. Já lateral significa que tá se afastando da região. • Plano sagital Planos verticais paralelos ao plano mediano Paramediano ou sagital correto saindo do plano mediano, Parassagital é redundante, ou seja, não existe. ü Transversos ( horizontais, transaxiais ou axilas ) Secciona o corpo horizontalmente Forma ângulo reto com os planos medianos e frontais Divide o corpo em duas metades, no caso parte superior e inferior. Tudo que está acima desse plano de corte se chama superior que é cranial e inferior ao corte que se chama inferior ( caldal) . Servem como termos de direção como o de incisos. Ana Luiza Azevedo de Paula E Infinitas possibilidades de planos sabugareis, frontais e transversos. É importante usar um ponto de referência. ü Longitudinal: No sentido de comprimento ü Transversal: Perpendicular ao eixo longitudinal ü Oblíquo: Sem considerar os planos anatômicos , que serve para tornozelo. Eixos anatômicos Os eixos anatômicos servem para descrever movimentos que podem se afastar ou se aproximar do referencial do eixo. ü Eixo laterolateral Ø Se estende de um lado a outro. Ø Perpendicular ao plano sagital. Ø Permite movimentos no sentido anteroposterior. Para maioria dos movimentos anteriores chamamos de flexão e para os movimentos posteriores de extensão. • Flexão é uma curvatura ou diminuição do ângulo entre ossos ou partes do corpo. Geralmente ocorre em direção anterior. • Extensão é a retificação ou aumento do ângulo entre os ossos ou partes do corpo. Geralmente ocorre em direção posterior. • A hiperextensão é a extensão de um membro ou parte dele além do limite de amplitude fisiológica. Ana Luiza Azevedo de Paula ü Eixo sagital ou anteroposterior Ø Se estende no sentido anteroposterior . Ø Perpendicular ao plano frontal. Ø Permite movimentos no sentido medial e lateral. ü Abdução movimento lateral onde o membro é afastado do centro do corpo . ü Adução movimentação de aproximação no sentido do centro do corpo. Em relação ao tronco e pescoço que são centros do corpos, não chamamos assim. Chamamos de inclinação para esquerda ou direita. Como referencial podemos ter os ombros. ü Eixo longitudinal Ø Estende-se de cima para baixo Ø Está perpendicular ao plano transversal. Ø Permite movimentos rotacionais. A rotação é um giro de uma parte do corpo ao redor do seu eixo longitudinal. Pode ser dividida em: ü Rotação externa ou lateral. ü Rotação interna ou medial. Movimentos que fogem o padrão dos eixos ü Protração / profusão é o movimento anterior de uma estrutura ou região ü Retração ou retrusão é o movimento posterior de uma estrutura ou região ü Movimento para frente é a projeção da mandíbula. Movimento para trás é a retrusao. Laterilização ou desvio é quando ocorre um movimento lateral de uma estrutura ou região. Ana Luiza Azevedo de Paula Ø Movimento de Colocar a mão na frente significa supinação. Ø Desvio em direção ao polegar, em direção ao osso radial é o desvio radial, tá voltando ou deslocando para fora. Ø Desvio ulnar por que está em direção ao osso una. Termo de comparação ü Interno é o que está mais próximo do centro de um órgão ou cavidade. ü Externo fora ou distante do centro de um órgão ou cavidade ü Superficial ü Intermediário ü Profundo Como exemplo temos as camadas da pele onde a epiderme seria superficial, a derme a camada intermediária e a hipodérmica a camada profunda. ü Termo proximal ou distal , significa está distante de uma referência . Como exemplo temos: Ø A mão está distal ao ombro. Ø O cotovelo está proximal ao ombro. Obs: Referencial sendo o ombro. ü Homo/ ipsilateral e contralateral Usamos o termo homo ou ipsilateral, quando está do mesmo lado. Já o termo contralateral, usamos quando está ao lado oposto. Como exemplos temos: Ana Luiza Azevedo de Paula Ø Mão direita com membro inferior direito sendo ipisilaredal. Ø Mão direita com membro inferior esquerdo, sendo contralateral. As estruturas ainda podem ser bilaterais ou unilaterais. Como exemplo temos os pulmões que são bilaterais, que possuem o pulmão esquerdo e direito. Como exemplo unilateral temos o baço pois só possuímos de um lado. ü Terço proximal médio e distal Quando a gente tem uma grande estrutura, esses termos facilitam a localização. Sempre é importante adotar uma parte como referência. No caso dos exemplos abaixo, a linha vermelha representa o referencial. ü Dorso/ palma / plantar são regiões superficiais de estruturas que se salientam. Termos de posicionamento ü Decúbito significa estar deitado. Como referência temos o que está. tocando a estrutura onde a pessoa está deitada. Ø Decúbito dorsal (supino ). Ø Decúbito lateral ( direito ou esquerdo. Ø Decúbito ventral prono. ü Quando o paciente está em pé chamamos de posição ortodtase. ü Quando o paciente se encontra sentado chamamos sedestração.ü Já quando o paciente caminhando ou andando, se chama deambulação. Referências Resumo feito com base na aula e as seguintes referências : https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/abdomen- e-pelve https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/terminologi a-anatomica-pt
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