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1 Bruna Viana – 103 Avaliação Tomográfica do Tórax – Radiologia ANATOMIA FUNCIONAL Área centrolobular: parte central o lóbulo secundário. Geralmente é o local das doenças que entram no pulmão através das vias aéreas. (bolinha azul) Área perilinfática: parte periférica do lóbulo secundário. Geralmente é o local das doenças com disseminação linfática. (linhas amarelas) INTERPRETAÇÃO BÁSICA Qual é o padrão dominante: Alta atenuação: situações que deixam o pulmão mais branco (vidro fosco, consolidação). Biaxa atenuação: situações que deixam o pulmão mais preto (enfisema, cisto, bronquiectasia, faveolamento). Reticular: como se fosse uma rede. Nodular: nódulo no parênquima pulmonar. Alta atenuação: O aumento da densidade pulmonar é resultado da substituição do ar nos alvéolos por pus, edema, hemorragia, inflamação ou células tumorais. Situação que deixa o pulmão mais claro, mais branco. Subdividido em: Opacidade em vidro fosco: aumento da densidade do parênquima pulmonar em que permanecem visíveis os contornos dos vasos e brônquios. Vidro fosco não deixa o pulmão tão branco quanto a consolidação. Consolidação: aumento da densidade do parênquima pulmonar que obscurece os contornos dos vasos sanguíneos. Se temos uma área de consolidação, não conseguimos ver os vasos, mas conseguimos ver o brônquio (que continua tendo ar). 2 Bruna Viana – 103 Pavimentação em mosaico: É uma combinação de opacidade em vidro fosco com espessamento septal sobreposto. Foi pensado inicialmente para ser específico para proteinose alveolar, mas depois também foi visto em outras doenças: Sarcoidose Pneumonia em organização Infecção (viral, bacteriana, mycoplasma) Hemorragia pulmonar Edema (insuficiência cardíaca, SDRA) Baixa atenuação: Anormalidades que resultam em diminuição da atenuação do pulmão ou lesões cheias de ar. Inclui: 1. Enfisema 2. Cistos pulmonares 3. Bronquiectasia 4. Faveolamento Deixa o pulmão mais escuro 1. ENFISEMA 1.1. Apresenta-se tipicamente como áreas de baixa atenuação sem paredes visíveis, como resultado do aprisionamento aéreo. É como se tivéssemos várias bolinhas escuras sem paredes. 1.2. São agressões aos alvéolos 1.3. Subdividido em: Enfisema centrolobular; Enfisema panlobular; Enfisema paraseptal. 2. DOENÇAS CÍSTICAS PUPLMONARES 2.1. São áreas radiolúcidas com uma parede de espessura inferior a 3mm. 2.2. As cavidades são definidas como áreas radiolúcidas com uma espessura de parede superior a 3mm. 2.3. Histiocitose de células de Langerhans: também tem a ver com tabagismo. Múltiplos cistos redondos e bizarros, predominando no lobo superior. 2.4. Linfangioleiomiomatose: múltiplos cistos distribuídos uniformemente por todo o pulmão, associado a pneumotórax. Não houve história de tabagismo; mulher de 40 anos. 3 Bruna Viana – 103 ** Cavitação: Parede maior que 3mm. Turberculose Doença de Wegner. Carcinoma de células escamosas. 3. BRONQUIECTASIAS 3.1. Dilatação brônquica irreversível, podendo ser focal ou difusa. Normalmente ocorre em pacientes com infecção de repetição ou já nascem com isso. 3.2. Geralmente decorre de infecção crônica, obstrução das vias aéreas ou anormalidades brônquicas congênitas. Deixa o pulmão mais preto. 3.3. Manifesta-se com diâmetro interno do brônquio maior do que o da artéria pulmonar adjacente (sinal do anel de sinete). 3.4. Existem três tipos de bronquiectasia, dependendo da aparência do brônquio acometido. 4 Bruna Viana – 103 4. FAVEOLAMENTO 4.1. É a presença de pequenos espaços císticos com paredes espessadas e irregulares, em várias camadas, subpleurais. Padrão reticular: É o espessamento dos septos interlobulares por fluidos, tecido fibroso ou infiltração por células. É como se fossem linhas marcadas no parênquima pulmonar. Quando liso, é sugestivo de edema pulmonar intersticial (linhas B de Kerley), linfangite carcinomatosa ou proteinose alveolar. Se o espessamento septal for nodular ou irregular, indica linfangite carcinomatosa (disseminação de metástase linfática), sarcoidose e solicose. Padrão nodular: Caracterizado por múltiplos pequenos nódulos (5-10mm) esparsos pelo pulmão. A distribuição dos nódulos é o fator mais importante na avaliação do diagnóstico diferencial. Na maioria dos casos, podem ser colocados em uma das três categorias: Centrolobular: nódulos são vistos em doenças infecciosas das vias aéreas, pneumonite de hipersensibilidade, bronquiolite respiratória, carcinoma bronquíolo-alveolar, edema pulmonar e vasculite. Perilinfático: os nódulos são mais comumente observados na sarcoidose. Eles também ocorrem na silicose, pneumoconoise do trabalhador de carvão e disseminação linfática de carcinoma. Randômico: resultado da disseminação hematogênica. São vistos em metástases hematogênicas, tuberculose miliar, infecções fúngicas miliares e sarcoidose (pode minimizar esse padrão, quando muito extensa). Tanto nódulos periféricos, quanto centrais. Não tem predominância exata, sem padrão. 5 Bruna Viana – 103 Padrão árvore em brotamento: Nos nódulos centrolobulares, o reconhecimento do padrão em árvore em brotamento é importante para estreitar o diagnóstico diferencial. Possui a aparência de uma estrutura ramificada irregular, com nódulos periféricos. Ao redor do nódulo parece que tem uns raminhos. Representa bronquíolos dilatados impactados (cheios de muco ou pus). Quase sempre indica a presença de infecção com disseminação endobrônquica (tuberculose, broncopneumonia bacteriana).
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