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Alfabetização e Letramento II

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Emília Ferreiro: um divisor de águas na alfabetização - Silvia Colello
1º) a criança é um sujeito ativo na construção do conhecimento e, como tal, não pede autorização para aprender; 2º) a língua escrita, longe de um código a ser dominado pelas técnicas de associar grafemas e fonemas (letras e sons) de acordo com as regras ortográficas ou de interpretar mecanicamente as marcas do papel, configura-se como um sistema complexo de representação da fala.
PROCESSO CONSTRUTIVO
Nesse processo construtivo, não há estaca zero de conhecimentos porque, vivendo em uma sociedade letrada e participando de experiências de leitura e escrita, a criança sempre lida com algum grau de informação, o que lhe permite lançar-se para a aventura do conhecimento.
O que até então era considerado problema do indivíduo (incapacidade ou carência) passa a ser interpretado como falta de oportunidades de vivenciar o sistema de escrita, conhecer seus suportes ou refletir sobre suas funções e modo de funcionamento (principalmente no caso de crianças de classes menos favorecidas).
REFLEXÃO LINGUÍSTICA
1º) Urgência de um ensino capaz de lidar com a diversidade;
2º) Necessidade de romper com a distância entre a escola e a vida, instituindo um ensino significativo e contextualizado;
3º) Valorização do sujeito cognoscente que, como centro da aprendizagem, é capaz de criar e recriar;
4º) Condução do ensinar na perspectiva do aprendiz;
5º) Reorientação do ensino pelas práticas interlocutoras, respeitando os alunos, colocando-os frente a propostas desafiadoras; e
6º) Enriquecimento de situações pedagógicas, visando ampliar a experiência do estudante.
DESTAQUE: ANTES E DEPOIS DE EMÍLIA FERREIRO 
	 
	Aspectos predominantes nas práticas alfabetizadoras até a década de 70
	Diretrizes para a alfabetização a partir dos anos 80
	Sujeito aprendiz
	Tratado como ser passivo que nada sabe ao entrar na escola.
	Aluno como ser ativo colocado como centro da aprendizagem.
	Aprendizagem
	Dependente da ação sistemática do professor: pretensão de homogeneidade no grupo, sem considerar as diversidades e os processos dos alunos.
	Construção cognitiva com base em concepções, hipóteses, conflitos e reconstruções.
Psicogênese como uma trajetória dinâmica de processos diversificados.
	Professor
	Como único informante autorizado, busca o método ideal e determina o que ensinar para controlar a aprendizagem.
	Problematizador, cria oportunidades e desafia o aluno a partir de situações significativas e contextualizadas.
	Língua escrita
	Código simples a ser aprendido pela associação de letras e sons ou pela silabação.
	Sistema complexo de representação da fala, assimilado pela compreensão da língua.
	Prática pedagógica
	Valorização dos exercícios de prontidão (habilidades perceptomotoras).
Cartilhas como recurso privilegiado: progressão predeterminada, linear, cumulativa e fragmentada.
Práticas mecânicas, repetitivas e descontextualizadas.
	Valorização da escrita espontânea, da interação, da variedade de experiências, gêneros e suportes.
Escritas e leituras significativas, com propósitos sociais.
Desafios e resolução de problemas.
	Dificuldades
	Problemas atribuídos aos alunos: carências, desequilíbrios ou inabilidades.
	Respeito ao ritmo da criança que teve menos oportunidade de aprender: estímulos e despertar de interesses.
O pensamento de Emilia Ferreiro sobre alfabetização - Márcia Cristina de Oliveira Mello
- Para a pesquisadora, a língua escrita deve ser entendida como um sistema de representação da linguagem, concepção que se opõe àquela em que a língua escrita é considerada como codificação e decodificação da linguagem (p.88).
Psicogênese da língua escrita: como se aprende a ler
- O sujeito que lê antecipa informações, conecta informações do texto com conhecimentos que já possui, dialoga com o texto.
- Construção da leitura, do sujeito leitor e como a criança é ativa nessa atividade, como ela propõe hipóteses.
A Construção do Conhecimento no Ensino da Língua Escrita: da Teoria à Prática - Silvia de Mattos Gasparian Colello
- “Vou defender a ideia de que a língua escrita é um objeto paradoxal porque comporta simultaneamente dois polos, um aberto e outro fechado. Como sistema fechado, a língua tem as suas normas e regras que não podem ser alteradas. Nesse sentido, escrever é respeitar padrões e convenções.” (p.25).
- “Muito mais do que aprender um sistema fechado, a aquisição da língua escrita deve estar a serviço da formação de sujeitos críticos e pensantes, capazes de se expressar e de compreender o mundo.” (p.26).
Revisão
- Piaget: sujeitos ativos na construção do conhecimento, cognitiva; assimilação e acomodação; saber antes do saber; progressão de aprendizagem, em cada momento a criança já sabe alguma coisa, compreender os erros construtivos: erro de alguém que está pensando; aprendizagem: elaboração mental (problema, hipóteses, testes, conflito cognitivo, mudança de concepção).
- Emília Ferreiro: do foco do ensino para o foco de aprendizagem; como o aluno aprende para construir uma relação, como o aluno aprende e como a gente ensina; valorização do processo de construção de aprendizagem.
- Revolução na relação ensino-aprendizagem.
- Psicogênese da língua escrita - escritas pré-silábicas: os alunos não compreendem que a escrita representa a fala; - escritas silábicas: escrita como representação da fala: hipótese de correspondência entre as letras e sílabas; - escritas silábico-alfabéticas: convivência entre critérios silábicos e alfabéticos; - escritas alfabéticas: representação dos sons, mas com possíveis erros ortográficos ou com transcrições dialetais.
- Princípios da psicogênese da língua escrita: possibilidade de escrever antes de escrever convencionalmente.
- Hipóteses de leitura: leitura como a combinação de aspectos visuais e cognitivos; possibilidade de ler antes de ler convencionalmente. Leitura dependente da imagem -> independência do texto.
- Diretrizes e dinâmicas do ensino – papel do professor: promover o acesso a experiências letradas (contextualizar, mediar e interagir); prática pedagógica: ampliação das experiências, respeitando o tempo de aprendizagem, a diversidade dos sujeitos e a heterogeneidade cultural; meta: formação do sujeito leitor e escritor para a constituição de si e para a construção da sociedade democrática.

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