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RESENHA CRÍTICA DO LIVRO TEXTOS BÁSICOS DE ANTROPOLOGIA, DE CELSO CASTRO

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UNIVESIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS – UNEAL 
CAMPUS III
CURSO DE HISTÓRIA
ALBERTO PEREIRA DE OLIVEIRA
RESENHA CRÍTICA DO LIVRO TEXTOS BÁSICOS DE 
ANTROPOLOGIA, DE CELSO CASTRO
PALMEIRA DOS ÍNDIOS 
2021
Em a evolução da sociedade humana no capítulo inicial, segundo Morgan o 
pensamento evolucionista foi muito inspirado na evolução envolta da biologia 
de Darwin e na filosofia de Herbert, mas não somente isso o pensamento 
evolucionista também se faz presente no campo da antropologia, o que 
depreende-se, pois a antropologia estuda o ser humano e as suas ações, para 
que o estudo seja aprofundado e conquiste um valoroso respeito no campo 
intelectual é de extrema necessidade compreender a enorme diversidade 
cultural humana e como evoluiu para que alcançasse esse “patamar” tão rico 
de culturalidade. Haviam dois postulados básicos para diferenciar culturalmente 
povos sob um mesmo caminho evolutivo, eram: o da unidade psíquica de toda 
a espécie humana, que responsabiliza-se pela concordância de seu 
pensamento e a ideia de que em todas as partes do mundo a sociedade 
humana teria se desenvolvido em estágios assíduos e obrigatórios seguindo 
uma trajetória que basicamente seria unilinear e ascendente e sob uma direção 
que iria em teoria do mais simples ao mais complexo, do mais indiferenciado 
ao mais diferenciado. Denota-se para o leitor o livro que demonstrou maior 
impacto no âmbito da antropologia “A sociedade antiga” publicado no ano de 
1877, é exposto que Morgan estudou cada progresso da sociedade humana e 
seguindo a análise de cinco culturas exemplares: os aborígenes australianos 
que são os habitantes originais do continente australiano e também de ilhas 
próximas, os índios iroqueses que foram uma civilização poderosa que existiu 
no nordeste da América do Norte e que por consequência das múltiplas 
guerras absorveram muitas outras culturas em suas tribos, os astecas, os 
gregos e os romanos e sendo que esses três últimos possui um conhecimento 
mais vasto e documentado seriamente por antropólogos. 
Seguindo a lógica da teoria evolucionista do segundo capítulo, no final do 
século XIX e nos primeiros anos do século XX surge com forma de reagir ao 
evolucionismo a difusão cultural, utilizada para preencher lacunas abertas nas 
ocorrências de fenômenos parecidos em diferentes partes do mundo. 
Presumiram que a explicação para tais fenômenos seriam responsabilizados 
pela ocorrência cultural através da guerra, do comércio, das viagens marítimas 
ao invés de prognosticar que a mente humana funcionava de forma similar e 
que as especificidades culturais ocorridas acontecem de forma individual. A 
difusão cultural teve influências de disciplinas como a geografia e a 
arqueologia, essa tradição transpôs para os mais diversos autores alemães ou 
austríacos e todos tinham essa mesma concepção, à ideia de difusão. 
Posteriormente isso alastrou para autores britânicos que difundiram uma ideia 
de difusão ainda maior e por vezes nomeada de hiperdifusionismo ou 
heliocentrismo que é popularmente conhecido na disciplina de geografia, onde 
propõe um modelo cosmológico que coloca o sol no centro do universo, usando 
uma analogia de heliocentrismo, autores defendiam a crítica de que todas as 
civilizações teriam suas origens no Egito Antigo (Sol) e difundindo-se para os 
quatro cantos do globo (Universo), a partir dessa analogia, o Egito Antigo seria 
o centro que difundiu civilizações para o resto do mundo. Essas ideias que 
envolvem difusão, são duramente criticadas pois suas raízes surgem de meras 
especulações, sem fundamentos e acabam por serem apenas uma crítica 
direta ao evolucionismo. 
Outrossim, o terceiro capítulo articula uma nova ressignificação para a 
antropologia antiga, transportando um novo conceito de antropologia moderna. 
Franz Boas é o grande pioneiro responsável por esse novo significado, para ele 
antes da antropologia antiga ou da difusão suporem tais fenômenos que 
inicialmente parecem semelhantes numa perspectiva externa e que teriam 
seguido um mesmo caminho evolutivo, o melhor seria utilizar de seu “método 
histórico” que em oposição ao comparativo, exige que o antropólogo se limite a 
estudar áreas e culturas “menores” tornando menor a generalização e as 
comparações, eventualmente isto mudou os objetivos da antropologia que 
deixava de ser uma reconstituição dos caminhos evolutivos culturais humanos, 
e se tornava a compreensão do que cada tribo e cada povo oferece em 
questões de culturalidade, particularidades e especificidades. O importante 
para Boas passava a ser, segundo ele, “o estudo detalhado de costumes em 
sua relação com a cultura total da tribo que os pratica”.

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