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Anatomia do Olho

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MÓDULO XI – PERCEPÇÃO, CONSCIÊNCIA E EMOÇÕES
1-Com o auxílio do livro de anatomia, caracterizar a anatomia geral do bulbo do olho, observando:
A superfície externa do olho é composta de partes de duas esferas com raios diferentes. O segmento anterior, parte da esfera menor, é formado pela córnea transparente e abrange aproximadamente 7% da superfície ocular. O segmento posterior do bulbo do olho é parte da esfera maior formada pela esclera opaca. Internamente à esclera há uma camada pigmentada, vascularizada, que consiste em três partes contínuas que, coletivamente, compõem o trato uveal: uma camada denominada corioide, fina posteriormente, um corpo ciliar mais espesso e uma íris anterior que é deslocada da cobertura externa e termina na pupila. A superfície interna da corioide é coberta pela retina fotossensorial, que termina anteriormente à ora serrata, que marca também a junção entre o corpo ciliar e a corioide. A vascularização da corioide fornece os nutrientes para a retina externa avascular. A lente está situada imediatamente atrás da íris e é suspensa do corpo ciliar através de fibras zonulares . Os músculos lisos dentro do corpo ciliar regulam a tensão exercida sobre a lente elástica e, portanto, determinam a sua forma, ajustando assim o foco do olho no processo de acomodação. A íris, que não possibilita a transmissão de luz devido a uma superfície posterior fortemente pigmentada, também contém músculo liso, possibilitando-lhe regular o tamanho da pupila. A íris e a lente separam o olho em três câmaras. A maior, a câmara postrema, é preenchida com humor vítreo semelhante a um gel e situa-se posterior à lente, compreendendo cerca de dois terços do volume do olho. Os espaços entre a lente e a íris, e a íris e córnea, são as câmaras posterior e anterior, respectivamente. Ambas são preenchidas com humor aquoso, que é produzido pelo epitélio do corpo ciliar, trafega através da pupila, circula na câmara anterior e é drenado principalmente através do seio venoso da esclera no ângulo de filtração iridocorneal. O humor aquoso promove suporte metabólico para a lente e córnea avasculares. O único objetivo dos olhos e das suas estruturas associadas dentro da órbita óssea é formar uma boa imagem na retina saudável. Os fotorreceptores da retina convertem a radiação óptica em atividade neurobiológica, e outras células dentro da retina, em seguida, começam a processar a imagem. O sinal da retina é transferido através do nervo óptico, ao longo da via visual para várias regiões do cérebro, onde processos posteriores resultam na percepção visual.
- Túnica fibrosa: esclera e córnea
O revestimento fibroso externo do olho consiste na esclera posterior opaca e na córnea anterior transparente. Juntas, formam uma cápsula protetora semielástica que envolve o olho que, quando se torna túrgida devido à pressão intraocular, determina a geometria óptica do olho e garante que sua forma não se distorça quando se move. A esclera também promove a inserção dos músculos extrínsecos do bulbo do olho e sua superfície externa lisa gira facilmente sobre os tecidos adjacentes da órbita quando esses músculos contraem. A opacidade da esclera ajuda a garantir que apenas a luz que entra no olho através da pupila atinja a retina. A córnea, por outro lado, não só admite a luz como também seu filme lacrimal de revestimento é a principal superfície refrativa do olho. A esclera é responsável por aproximadamente 93% do revestimento externo do olho. 
- Túnica vascular: Coroide, corpo ciliar e íris (observar a função da pupila e seu controle pelos músculos esfíncter da pupila e dilatador da pupila)
Corioide
A corioide é uma camada fina altamente vascularizada, pigmentada, que reveste quase cinco sextos do olho posteriormente. É perfurada pelo nervo óptico, onde é firmemente aderente à esclera. 
Corpo ciliar
O corpo ciliar serve para ancorar a lente através de ligamentos suspensores, e pela contração de seu músculo liso muda a potência refrativa da lente (acomodação). Sua superfície interna anterior é também fonte de humor aquoso, enquanto, posteriormente, a sua superfície interna é contígua com o humor vítreo e secreta vários dos seus componentes. As artérias ciliares posteriores longas e anteriores encontram-se no corpo ciliar e os nervos importantes para todos os tecidos anteriores do bulbo do olho passam por ele. Internamente, ele exibe uma periferia fendada ou recortada posteriormente, a ora serrata, onde é contínua com a corioide e retina. Anteriormente, é confluente com a periferia da íris, e externamente delimita o ângulo iridocorneal da câmara anterior 
Íris
A íris é um diafragma regulável em torno de um orifício central (ligeiramente medial ao verdadeiro centro), a pupila. Ela se situa entre a córnea e a lente e está imersa em humor aquoso, parcialmente dividindo o segmento anterior em uma câmara anterior, delimitada pela córnea e íris e uma câmara posterior, que se situa entre a íris e a lente anteriormente ao humor vítreo. A abertura da pupila é regulada pela ação de dois músculos, o dilatador da pupila e o esfíncter da pupila. Vista de frente, a íris é dividida em uma grande margem ciliar adjacente ao corpo ciliar e uma margem menor, interna, pupilar. As duas regiões juntam-se no colarete. A face anterior da íris frequentemente contém grandes depressões e na margem pupilar o epitélio pigmentado posterior é visível como o colar pupilar. Em corte transversal, várias subdivisões da íris são evidentes. Da parte anterior para a posterior, são uma lâmina limitante anterior, o estroma da íris (que contém o músculo esfíncter da pupila) e duas lâminas epiteliais pigmentadas, sendo que a mais anterior contém o músculo dilatador da pupila. 
Túnica interna: 
Retina: 
Parte óptica (estrato nervoso e estrato pigmentado) e parte cega (parte ciliar e parte irídica).
Disco do nervo óptico e Ora Serrata
Mácula lútea e fóvea central 
 
Vascularização da retina: Artéria e veia central da retina
Com o auxílio do livro de anatomia identificar os músculos do bulbo do olho, observando sua posição, fixação dos músculos e principal ação:
Músculos extrínsecos:
Levantador da pálpebra
· Oblíquo superior e inferior
· Reto lateral, medial, superior e inferior
 Com o auxílio dos livros de anatomia e fisiologia caracterizar os meios de refração do bulbo do olho (dioptria).
- Córnea, Humor aquoso, lente e humor vítreo
Com o auxílio do livro de anatomia caracterizar a inervação ocular – visual, sensitiva (tátil/dolorosa) e motora:
 Nervo óptico: origem (lâmina cribriforme da esclera)
O nervo óptico é um dos doze pares cranianos presentes no cérebro humano para determinar algumas funções motoras, sensitivas e mistas, ocupando o segundo lugar dos pares. A função dele é captar informações vindas dos cones e bastonetes da retina que visualizam objetos através da luz projetada neles, ou seja, trata-se de uma função sensitiva. É desta forma que o cérebro humano capta cores, formas e tamanhos e traduzem estas informações para que o indivíduo possa enxergar. Isso faz com que o nervo óptico conduza os impulsos nervosos para o centro da visão humana que fica no cérebro, permitindo a visualização de objetos na forma correta que estão. É o nervo óptico que nasce das células da retina, uma espécie de fibras nervosas que se aglomeram e que por uma série de fatores formam um cordão voluminoso arredondado.
 Nervos da órbita: Oculomotor, troclear e abducente
Inervação dos músculos extrínsecos: RL6OS4TO3 (gatilho mnemônico – Moore).
 Gânglio ciliar:
 - Fibras sensitivas (NC V)
 - Fibras parassimpáticas (NC III)
 - Fibras parassimpáticas pós-ganglionares
4. Com o auxílio do livro de anatomia caracterizar a Vascularização arterial da órbita:
Artéria oftálmica
Artéria infraorbital
- Artéria central da retina
- Artérias ciliares posteriores curtas e longas
- Artérias ciliares anteriores
5. Com o auxílio do livro de anatomia caracterizar a vascularização venosa da órbita
- Veias oftálmicas superior einferior
A drenagem venosa ocorre principalmente através das veias oftálmicas superior e inferior, para onde drenam as veias vorticosas, ciliares anteriores e central da retina, havendo comunicação com o seio cavernoso através da fissura orbital superior. 
Com o auxílio dos livros de histologia caracterizar a estrutura histológica da retina observando:
-Camada de cones e bastonetes
- Camada nuclear externa
- Camada plexiforme externa
- Camada nuclear interna
- Camada plexiforme interna 
- Camada ganglionar
 Com o auxílio do livro de fisiologia caracterize o reflexo pupilar
 Com o auxílio do livro de anatomia e neuroanatomia descrever o trajeto do nervo óptico
Com o auxílio do livro de neurociências e fisiologia descrever a fototransdução
Na maior parte dos sistemas sensoriais, a ativação de um receptor pelo estímulo adequado causa a despolarização da membrana celular, estimulando, ao fim, um potencial de ação e a consequente liberação de transmissor sobre os neurônios com os quais estabelece contato. Na retina, entretanto, os fotorreceptores não apresentam potenciais de ação; em vez disso, a estimulação pela luz causa alteração graduada no potencial de membrana e alteração correspondente na taxa de libe ração de transmissor sobre os neurônios pós-sinápticos. Na realidade, muito do processamento dentro da retina é mediado por potenciais graduados, principalmente porque potenciais de ação não são necessários para transmitir informação ao longo das distâncias relativamente curtas envolvidas. Talvez ainda mais surpreendente seja que o brilho da luz sobre um fotorreceptor, seja um bastonete, seja um cone, leva à hiperpolarização da membrana, e não à sua despolarização. No escuro, o receptor está no seu estado despolarizado, com um potencial de membrana de mais ou menos –40mV (incluindo as porções da célula que liberam transmissores). Aumentos progressivos na intensidade da iluminação fazem com que o potencial através da membrana do receptor torne-se mais negativo, uma resposta que se satura quando o potencial de membrana atinge aproximadamente –65mV. Embora o sinal dessa alteração de potencial possa ser estranho, a única exigência lógica para o processamento visual subsequente é uma relação compatível entre alterações de luminância e taxa de liberação de transmissor pelos terminais dos fotorreceptores. Assim como em outras células nervosas, a liberação de transmissor a partir dos terminais sinápticos do fotorreceptor é dependente de canais de cálcio sensíveis à voltagem na membrana do terminal. Desse modo, no escuro, quando os fotorreceptores estão relativamente despolarizados, o número de canais de Ca2+ abertos no terminal sináptico é alto, e a taxa de liberação de transmissor é proporcionalmente elevada; na presença de luz, quando os receptores são hiperpolarizados, o número de canais de Ca2+ abertos é reduzido, e a taxa de liberação de transmissores também diminui. Não se sabe a razão para esse arranjo incomum, diferente daquele de outras células receptoras sensoriais. No escuro, cátions (tanto de Na+ quanto de Ca2+) fluem para dentro do segmento externo, através de canais na membrana dependentes do nucleotídeo guanosina monofosfato cíclico (GMPc), de forma semelhante a outros sistemas de segundos mensageiros. Essa corrente de íons que entra opõe-se a outra corrente que sai, mediada por canais seletivos de potássio, no segmento interno. Assim, o estado despolarizado do fotorreceptor no escuro reflete a contribuição líquida do influxo de Na+ e Ca2+, que atua despolarizando a célula, e do efluxo de potássio, que atua no sentido de hiperpolarizar a célula. A absorção de luz pelo fotorreceptor reduz a concentração de GMPc no segmento externo, levando ao fechamento dos canais dependentes de GMPc na membrana do segmento externo e, consequentemente, a uma redução no influxo de Na+ e Ca2+. Como resultado, cargas positivas (na forma de K+) fluem para fora da célula mais rapidamente do que entram (como Na+ e Ca2+), e a célula torna-se hiperpolarizada .A série de mudanças bioquímicas que por fim leva à redução nos níveis de GMPc começa quando um fóton é absorvido pelo fotopigmento nos discos do receptor. O fotopigmento contém um cromóforo que absorve luz (retinal, um al- deído vitamina A) acoplado a uma de diversas proteínas possíveis, denominadas opsinas. As diferentes opsinas ajustam a absorção de luz pela molécula para uma determinada região do espectro. De fato, é o diferente componente proteico do fotopigmento nos bastonetes e cones que contribui para a especialização funcional desses dois tipos de receptores. A maior parte do que se sabe sobre os eventos moleculares de fototransdução foi obtida a partir de experimentos utilizando bastonetes, nos quais o fotopigmento é a rodopsina. Os sete domínios transmembrana da molécula de opsina atravessam a membrana dos discos, no segmento externo, formando uma fenda onde se situa a molécula de retinal . Quando a porção retinal da rodopsina absorve um fóton de luz, uma das ligações duplas entre os átomos de carbono da molécula de retinal é quebrada e sua configuração muda do isômero 11-cis para tudo-trans–retinal . Essa mudança, então, dispara uma série de alterações no componente proteico da molécula. Essas alterações levam, por sua vez, à ativação de um mensageiro intracelular denominado transducina, que ativa uma fosfodiesterase que hidrolisa GMPc. Todos esses eventos ocorrem dentro da membrana do disco. A hidrólise de GMPc pela fosfodiesterase da membrana do disco diminui a concentração de GMPc em toda a extensão do segmento externo e, assim, diminui o número de moléculas de GMPc disponíveis para se ligarem aos canais na superfície da membrana do segmento externo, fechando-os. Uma das características importantes dessa complexa cascata bioquímica ini- ciada pela captura de um fóton é permitir uma considerável amplificação do sinal. Estima-se que uma única molécula de rodopsina ativada pela luz possa ativar 800 moléculas de transducina, aproximadamente 8% das moléculas de transducina na superfície do disco. Embora cada molécula de transducina ative apenas uma molécula de fosfodiesterase, cada uma delas, por sua vez, é capaz de catalisar a hidrólise de até seis moléculas de GMPc. Como resultado, a absorção de um único fóton por uma molécula de rodopsina resulta no fechamento de aproximadamente 200 canais iônicos, ou cerca de 2% do número de canais que estão abertos no escuro em cada bastonete. O fechamento desse número de canais causa uma alteração líquida no potencial de membrana de cerca de 1mV. Uma vez iniciada, mecanismos adicionais limitam a duração dessa cascata de amplificação e restauram as várias moléculas a seus estados inativados. A rodopsina ativada é rapidamente fosforilada pela rodopsina-cinase, permitindo que a arrestina ligue-se à rodopsina. Uma vez ligada à arrestina, a rodopsina ativada é incapaz de ativar a transducina, bloqueando efetivamente a cascata de fototransdução. A restauração do retinal para uma forma capaz de sinalizar a captura de um fóton é um processo complexo, conhecido como ciclo retinoide . O tudo-trans-retinal dissocia-se da opsina, difunde para o citosol do segmento externo, onde é convertido em tudo-trans-retinol e transportado para o epitélio pigmentado por uma proteína chaperona, proteína ligadora de retinoide interfo- torreceptor , onde as enzimas apropriadas o convertem em 11-cis-retinal. Após ser transportado de volta ao segmento externo via PLRI, o 11-cis-retinal recombina-se com a opsina nos discos do receptor. O ciclo retinoide apresenta importância decisiva para a manutenção da sensibilidade à luz observa- da nos fotorreceptores. Mesmo sob níveis intensos de iluminação, a taxa de rege-neração do retinal é suficiente para manter um número significativo de moléculas ativas de fotopigmento. A magnitude da amplificação da fototransdução varia com o nível prevalecente de iluminação, um fenômeno conhecido como adaptação à luz. Em níveis baixos de iluminação, os fotorreceptores são mais sensíveis à luz. Àmedida que o nível de iluminação aumenta, a sensibilidade diminui, impedindo que os receptores fiquem saturados e, dessa forma, ampliando bastante a amplitude das intensidades de luz nas quais eles operam. A concentração de Ca2+ no segmento externo parece ter um papel decisivo na modulação da sensibilidade do fotorre- ceptor induzida pela luz. Os canais ativados por GMPc no segmento externo são permeáveis tanto ao Na+ quanto ao Ca2+; assim, o fechamento des- ses canais induzido pela luz leva a um decréscimo líquido na concentração interna 
de Ca2+ Esse decréscimo dispara diversas alterações na cascata de fototransdução, todas elas no sentido de reduzir a sensibilidade do receptor à luz. Por exemplo, o decréscimo no Ca2+ aumenta a atividade da guanilato-ciclase, a enzima que sinte- tiza GMPc, levando a um aumento nos níveis de GMPc. Além disso, o decréscimo no Ca2+ aumenta a atividade da rodopsina-cinase, permitindo que mais arrestina se ligue à rodopsina. Por fim, a redução no Ca2+ aumenta a afinidade dos canais ativados por GMPc pelo próprio GMPc, reduzindo, assim, o impacto da redução induzida pela luz sobre os níveis de GMPc. Os efeitos regulatórios do Ca2+ sobre a cascata de fototransdução são apenas uma parte do mecanismo que adapta a sensibilidade da retina aos níveis de iluminação do ambiente. Outra contribuição importante vem das interações neurais entre células horizontais e terminais de fotorreceptores 
PERGUNTAS NORTEADORAS
1 – Que tipo de lesão visual é característica ou pode estar associada a tumores de hipófise?
O macroadenoma de hipófise é um tumor de evolução lenta e que apresenta importantes distúrbios visuais como baixa acuidade visual e alterações campimétricas, em 50% dos casos, as alterações campimétricas evoluem para a atrofia do nervo óptico. 
2 – A visão humana apresenta um ponto cego relacionado à anatomia ocular. Anatomicamente onde está o ponto cego da visão?
De fato, todos temos um escotoma fisiológico do qual muitas vezes não temos consciência, denominado “ponto cego”. O ponto cego é o hiato substancial, em qualquer campo visual monocular, que corresponde à localização do disco óptico, a região da retina desprovida de receptores, onde o nervo óptico deixa o olho . Como é possível que não tenhamos consciência de um defeito tão grande no campo visual? O disco óptico está localizado na retina nasal de cada olho. Com os dois olhos abertos, a informação sobre a região correspondente do espaço visual está, naturalmente, disponível a partir da retina temporal do outro olho. 
3 – Qual a relação entre o reflexo pupilar e a morte encefálica?
A análise do padrão pulipar é fundamental na avaliação do paciente comatoso. Os reflexos pupilares são testados em cada pupila individualmente ,para avaliação do reflexo fotomotor direto e do reflexo consensual. Alterações do reflexo pupilar em pacientes comatosos geralmente ocorrem por herniação e lesões primárias de tronco cerebral. Além da resposta pupilar a luz devesse observar o tamanho pupilar e a simetria. Pupilas normais em geral apresentam de 3-7 mm de diâmetro.O reflexo fotomotor é extermamente resistente aos insultos metabólicos e difusos do sitema nervoso central. 
O reflexo pupilar à luz ou reflexo fotomotor
 
É um reflexo que controla o diâmetro das pupilas em resposta à intensidade (luminância) da luz que incide sobre a retina dos olhos, auxiliando, desse modo, na adaptação a vários níveis de iluminação.
Reflexo direto e consensual
O estimulo luminoso na retina de um lado do olho determina a contração pupilar homolateral, ação chamada reflexo pupilar direto, mas também leva a contração da pupila contralateral, efeito esse denominado, reflexo pupilar consensual
A via do reflexo pupilar começa nas células ganglionares fotossensíveis da retina, que conduzem informações pelo nervo óptico (através da papila óptica). O nervo óptico, depois quiasma e tracto, conecta-se ao núcleo pré-tectal do mesencéfalo superior, contornando o núcleo geniculado lateral, na região conhecida como colículo superior. Esse caminho é denominado via aferente do reflexo pupilar e é comum tanto ao reflexo pupilar direto quanto ao consensual. 
A partir do núcleo pré-tectal, os axônios se conectam bilateralmente aos neurônios do núcleo de Edinger-Westphal, cujos axônios se direcionam para os nervos oculomotores direito e esquerdo. Os neurônios parassimpáticos dos nervos oculomotores fazem sinapse com os neurônios do gânglio ciliar, que emite pequenos nervos ciliares para inervar o músculo circular da íris, levando, finalmente, à contração da pupila pelo estímulo luminoso. Portanto a via eferente é diferente nos dois reflexos, váriando somente porém do lado onde ocorre.

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