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UNIGRANRIO
Escola de Ciências Sociais Aplicadas
Curso de Administração
TEORIAS DE ADMINISTRAÇÃO II
AULA 16: 29 de maio de 2012 (terça-feira)
AULA 17: 30 de maio de 2012 (quarta-feira)
ABORDAGENS CONTEMPORÂNEAS: TEORIAS AMBIENTAIS
Até a década de 60, o campo de estudos administrativos e organizacionais era relativamente simples, presenciando até essa época o desenvolvimento da ciência da administração e das organizações (foco de análise: as grandes organizações burocráticas inseridas na sociedade moderna).
As novas perspectivas diferentes sobre as organizações mostram a importância dos processos de organizar em vez de focar em entidades fixas denominadas organizações; do processo de construção de objetivos por parte de seus membros, dos conflitos e lutas de poder e outras questões ignoradas no estudo da administração e das organizações. Outras disciplinas, como a economia, sociologia, psicologia e filosofia, contribuíram com idéias e conceitos à construção de novas perspectivas teóricas.
1.	Teoria da Dependência de Recursos
As organizações desenvolvem dependências em 2 níveis:
em relação às organizações de outros setores (relação cliente-fornecedor);
em relação às organizações de seu próprio setor (concorrência).
As organizações podem desenvolver interdependências simbióticas complementares, não competitivas (relação fornecedor-cliente), assim como podem ser competitivas quando estão no mesmo setor e disputam produtos e serviços escassos dos quais ambas necessitam para sua sobrevivência.
Os vínculos interorganizacionais implicam em negociação e concessão, logo, perda da relativa liberdade. Por isso, as organizações procuram desenvolver estratégias nas quais consigam maior segurança e controle de recursos ao mesmo tempo em que procuram manter o máximo de autonomia possível.
Quanto mais formalizado for o vínculo que uma organização estabelecer com outra organização, a fim de controlar recursos escassos, maior será a perda de autonomia dessa organização (fusões, por exemplo). Quanto maior o risco de ficar sem os recursos de que necessita, mais formal será o acordo que a organização estabelecerá com a outra da qual depende.
Um dos fatores-chave de análise é a capacidade estratégica do grupo organizacional, ou seja, a sua capacidade política em negociar e estruturar relações de poder. A variável “poder” é fundamental: quanto maior for a dependência que a organização A tem da organização B para a obtenção de recursos raros, maior o poder de B sobre A.
2.	Teoria do Custo das Transações
Custos de transações são necessários para negociar, monitorar e controlar as trocas entre organizações, indivíduos e agentes econômicos (registrar contratos; custos com advogados, transporte, tecnologia etc.). Segundo essa Teoria, um dos objetivos das organizações é minimizar os custos envolvidos nas trocas de recursos com o meio ambiente e com outras organizações. 
A complexidade do ambiente e a velocidade das mudanças tendem a gerar maiores custos de transações; já que serão maiores as dificuldades para obter e processar informações e negociar.
A Teoria contribui com mais uma variável, o custo das transações, para a análise organizacional. O cálculo e a conseqüente eliminação de alguns custos de transações podem trazer ganhos de eficiência organizacional.
Características entre a Teoria do Custo das Transações e a Teoria da Dependência de Recursos:
Quanto maior for a dependência de recursos entre organizações, maiores serão os custos de transação (estoque zero, por exemplo).
Estratégias como terceirização, alianças estratégicas, fusões e aquisições, entre outros tipos de contrato, implicam diferentes tipos de custo de transação, fornecendo também controles maiores ou menores de uma organização sobre a outra.
3.	Teoria Institucional
Conjunto de teorias e pesquisas empíricas que busca explicar por que as organizações assumem determinadas formas que apresentam relativa semelhança.
Os campos organizacionais, principal unidade de análise dessas pesquisas, são compostos por organizações que, em sua totalidade, constituem uma área reconhecida da vida institucional (exemplo: principais fornecedores, consumidores, agências reguladoras e outras organizações que produzem bens ou prestam serviços similares fazem parte do mesmo campo organizacional).
As organizações são cada vez mais homogêneas (isomórficas) no interior dos campos organizacionais (universidades, lojas de departamentos, empresas aéreas etc.). Dessa forma, o isomorfismo organizacional é a razão determinante da semelhança existente entre as formas organizacionais:
Forças coercitivas do ambiente podem impor uma determinada padronização às organizações (exemplo, regulação governamental).
Forças mimétricas aumentam à medida que as organizações se deparam com as incertezas e buscam imitar outras organizações do mesmo campo na forma como lidam com as fontes dessas incertezas. Mimetismo organizacional é quando a empresa se inspira em outra e incorpora o modelo desta adaptando-o às suas necessidades. Uma organização que não incorpora, pelo menos de forma superficial, certas ferramentas de administração, certos jargões, símbolos e modos de funcionamento poderá ser considerada ultrapassada.
Forças normativas, originadas do treinamento profissional e/ou da elaboração de redes profissionais etc., provocam uma situação na qual os dirigentes de uma empresa dificilmente são diferenciados de outras (participação em associações, redes de profissionais etc.).
Teoria de Ecologia Populacional
Hannan e Freeman, em 1977, publicaram um artigo no American Journal of Sociology sobre os primeiros pressupostos da ecologia populacional, tendo como base a Teoria de Darwin sobre a seleção das espécies. Darwin mostra como são as características estruturais de um ecossistema, que seleciona as espécies mais aptas à sobrevivência nesse ambiente, dadas suas características biológicas de base. Selecionadas pelo ambiente, essas espécies se reproduzem e sua população aumenta. Quando as características estruturais do ambiente se transformam, outras espécies, com outras características biológicas, podem tornar-se mais aptas a sobreviver nesse novo ambiente e a população anterior pode diminuir até desaparecer.
As principais características são:
O foco da análise dessa pesquisa são as populações organizacionais (grupos de populações sensíveis às mesmas oportunidades e ameaças ambientais) e não mais as organizações singulares. Ou seja, a Teoria não analisa o ambiente do ponto de vista de uma organização, mas sua unidade de análise são grupos de organizações com características estruturais similares, formando populações de um certo tipo.
As organizações não se adaptam ao ambiente, ao contrário, tendem a ser inertes e conservar suas formas organizacionais originais. É o ambiente que as seleciona, que determina qual organização sobreviverá. Por exemplo: se o critério de seleção favorece a racionalidade administrativa e as estruturas controladas formalmente, as organizações burocráticas serão escolhidas.
As principais críticas são:
A Teoria é muito determinista; já que, segundo ela, as organizações que vão sobreviver são escolhidas pelo ambiente, não importando o que possam fazer os administradores.
Ignora as fontes das variações originais nas organizações e os processos que possibilitam a adaptação entre a organização e o ambiente.
5.	Teoria Crítica
A perspectiva crítica se consolida, nos anos de 1990, com o desenvolvimento do movimento critical management studies. 
Essa abordagem busca questionar a racionalidade das teorias tradicionais, não sendo, portanto, apenas um movimento de exclusiva inspiração de esquerda na busca de negligências das teorias administrativas tradicionais. Na verdade trata-se de uma abordagem multidisciplinar dos problemas da administração e das organizações.
A Teoria Crítica propõe a ruptura com os modelos pré-estabelecidos, fazendo com que os administradores pensem e sejam capazes de atuar em qualquer situação, independentedo tipo de organização.
Referências Bibliográficas
ANDRADE, Rui Otávio B.; AMBONI, Nério. Teoria Geral da Administração. Das Origens às Perspectivas Contemporâneas. São Paulo: M. Books, 2007.
MOTTA, Fernando C. P.; VASCONCELOS, Isabella G. Teoria Geral da Administração. 3.ed. rev. São Paulo: Cengage Learning, 2008.
PAULA, Ana Paula Paes de. Teoria Crítica nas Organizações. São Paulo: Thomson Learning, 2008. (Coleção Debates em Administração)
SOBRAL, Filipe; PECI, Alketa. Administração: teoria e prática no contexto brasileiro. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008.

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