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R: Partindo de uma análise sobre a praia de Jacumã e destacando o senário de lazer e sociabilidade, entendemos que o excursionismo se define como passeio temporários organizados de forma coletiva, permitindo a formação de grupos e/ou quase grupos que exercem uma sociabilidade coletiva, somado a isso, traçamos a característica de dois seguimentos de excursionistas, os populares conhecidos como “farofeiros” pessoas de baixa renda que se organizam para um dia de lazer sem uso de grande recursos e que consomem restritamente do local do destino de lazer, ou seja, a maioria dos excursionistas populares levam alimentos de casa e poucos consomem no local de destino. O outro seguimento e os excursionistas turistas que usufrui de um lazer planejado pelas empresas organizadoras do turismo e que principalmente são consumistas gerando lucro para localidade. Vale destacar, que com a lei implantada em 2009 na praia de Jacumã sobre a cobrança de taxas por transporte para usufruir de um local público é totalmente inaceitável, principalmente por afetar restrições das classes populares pelo fato de não consumir, já que levam os próprios alimentos e não gera lucro para as empresas parceiras. Segundo critérios, a cobrança da taxa foram apenas para os populares, já que as excursões turísticas organizadas por agências são regulamentadas e visam a sustentabilidade ambiental do local. Segundo a administração Municipal de Jacumã (Prefeitura do Conde) foi para melhorias nos congestionamentos e preservação do espaço ambiental e principalmente na redução de lixo por acúmulos de populares, porém, há relatos de atores locais que apoiaram a restrição dos excursionismos populares “farofeiros”, pois para eles “são maldosamente farofeiros porque trazem de casa sua comida. É um tipo de turista predatório que não usufrui de nada” ou a restrição foi positiva porque “os problemas de poluição sonora e visual, acúmulo de lixo e violência foram todos reduzidos, até mesmo no período de carnaval.” Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro AVALIAÇÃO A DISTÂNCIA – AD2 Período - 2019/1º Disciplina: Turismo e Sociedade Coordenadora: Andreia Pereira de Macedo Aluno (a): Kívia Da Silva Gomes Matrícula: 19117130111 Questão 1 (valor: 5,0 pontos): O artigo considera que os espaços turísticos são organizados a partir de mecanismos de separação e diferenciação social que resultam na adoção de estratégias de controle dos fluxos e acessos aos lugares turísticos. Aponte os fatores que caracterizam a disputa pelo uso do espaço da praia de Jacumã (PB) como opção de lazer e turismo por parte de grupos/segmentos sociais distintos. Mínimo de 20 linhas. Tendo como referência o artigo intitulado “Política de ordenamento do espaço para o turismo e segregação social na praia de Jacumã (PB)” (ver Anexo AD2 de Turismo e Sociedade), responda as questões a seguir articulando a reflexão realizada pelos autores do artigo com temas abordados nas aulas 12, 14, 15 e 16, como práticas de lazer e lazer turístico, políticas públicas de R: Segundo administração municipal do Conde a tentativa era de justificar as medidas de restrição em favor da conservação e preservação do meio ambiente, e de uma associação do turismo com preocupações das questões ambientais. As ações identificadas era controlar o turismo de massa e garantir a imagem e qualidade ambiental da praia, sendo assim, a prefeitura municipal do Conde deu início a algumas ações em prol do controle das atividades excursionistas no município. O objetivo era disciplinar o trânsito e diminuir o fluxo das excursões populares, uma vez que, o desembarque dos excursionistas no referido espaço de estacionamento ficava um pouco distante da praia, dificultando o acesso dos “farofeiros” como a tal medida não foi suficiente, para controlar os problemas de congestionamento e para dificultar a entrada das excursões populares à praia. Câmara Municipal do Conde, que regulamenta a cobrança de taxa para entrada dos ônibus de excursão nas praias da Costa do Conde. A lei entrou em vigor no dia 01 de Janeiro de 2010, com a instalação de uma placa na entrada da praia de Jacumã informando os valores a serem pagos pelos veículos de excursão que transportam acima de doze pessoas. Destacando que a cobrança de taxa para acesso à praia gerou bastante polêmica porque a restrição foi apenas para os populares causando uma divisão social, já que os excursionistas turistas obteve acesso livre a área de lazer. Sobre o controle do acesso dos ônibus de excursão a praia de Jacumã, o processo de segregação dos “farofeiros” acompanhou a reorganização de quiosques e barracas da praia, a recuperação da infraestrutura básica e turística, e a mudança do padrão dos produtos e serviços oferecidos na região, pois o movimento de pessoas na praia atraia os comerciantes, atualmente, estes precisam adotar algumas estratégias para atrair clientes, vale lembrar que possui muitos comerciantes na orla da praia que lucravam com os excursionistas populares. A partir da investigação realizada em torno dos efeitos da política de turismo no município do Conde, percebemos que as medidas adotadas para controle e disciplinamento do excursionismo na região estudada se baseiam na ideia de exclusão, pois a transformação da praia em destino turístico requer a invisibilidade dos grupos sociais incompatíveis com a organização espacial que se pretende realizar para atender demandas turísticas. Por fim, o poder público não se preocupou com os possíveis efeitos que os atingiriam antes de impor as regras para o excursionismo no município, pois, como os excursionistas populares representavam um público tradicionalmente frequente na região, a ausência dos mesmos passou a significar redução de oportunidades para os pequenos comerciantes locais. Questão 2 (valor: 5,0 pontos): Considerando as políticas adotadas pela administração do município de Conde, Litoral Sul da Paraíba, para a mediação dos conflitos produzidos pela presença de visitantes pertencentes às camadas mais pobres (“excursionistas” considerados pejorativamente como “farofeiros”), notadamente na praia de Jacumã, comente as ações e intervenções que procuram legitimar a exclusão das camadas populares do cenário turístico local. Mínimo de 20 linhas. BOA AVALIAÇÃO!
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