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ANATOMIA DO Sistema Respiratório @vet.anaa Todo o conteúdo desse resumo foi baseado em: - aulas de anatomia veterinária II e materiais disponibilizados pelo professor da disciplina Felipe Berbari da UFES; - livro: “Anatomia dos Animais Domésticos, Texto e Atlas Colorido – 6ª Edição” de Horst Erich Konig e Hans-Georg Liebich; As imagens utilizadas foram retiradas do próprio livro ou do material do professor. As imagens de peças anatômicas foram retiradas do site <bloganatomiaveterinaria.wordpress.com> RESPIRAÇÃO Processo pelo qual o organismo efetua as trocas gasosas com o meio ambiente (entrada de O2 e saída de CO2 produzido pelos processos oxidativos celulares). APARELHO RESPIRATÓRIO Composto por um sistema de tubos que comunicam o meio externo e o parênquima pulmonar (sistema condutor) e pelos pulmões, onde ocorre as trocas gasosas. Importante para a termorregulação, para o metabolismo e excreção de substâncias endógenas ou exógenas, para o equilíbrio ácido-base e na fonação e olfação. Há a presença de pêlos que capturam partículas grandes nas narinas externas, enquanto as que entram no trato respiratório são empurradas para a nasofaringe pelos cílios do epitélio do trato respiratório superior e dos pulmões, formando o aparelho mucociliar. Dividido em três partes: o Porção condutora: das narinas externas até os bronquíolos. o Porção de transição: bronquíolos respiratórios. o Porção respiratória: onde ocorre as trocas gasosas. Inicia nos ductos alveolares, são formados por ramificações dos bronquíolos respiratórios, apresentando inúmeros sacos alveolares e alvéolos em suas paredes. PORÇÃO CONDUTORA Nariz Cavidade Nasal Nasofaringe Laringe Traqueia Brônquios Bronquíolos respiratórios Além da condução do ar, também é responsável pela limpreza, umidificação e resfriamento ou umidificação do ar. Regiões específicas são responsáveis pela olfação e fonação. TRATO RESPIRATÓRIO SUPERIOR NARIZ Nariz é diferente de narina, uma vez que a narina é o óstio de entrada. Se projeta na face. Estende-se do nível transverso dos olhos até a extremidade rostral da cabeça. Rostralmente está o ápice, onde se encontra as narinas que são aberturas nasais rostrais. O septo nasal ou parede mediana divide a cavidade nasal em direita e esquerda. Vai até a nasofaringe. Sua parte mais rostral é de cartilagem e a parte mais caudal é tecido ósseo (lâmina perpendicular do osso etmóide). Coanas são as aberturas nasais caudais, comunica as duas narinas. Ossos que compõe: o Dorsalmente: nasal, frontal e lâmina perpendicular do palatino. o Lateralmente: incisivo, maxilar, lacrinal e zigomático o A cavidade nasal é separada da craniana pelos ossos etmóide, frontal e esfenóide. ANATOMIA DO Sistema Respiratório CARTILAGENS NASAIS Sustentam a narina externa Podem ser: o Laterodorsal (28) o Lateroventral (29) o Alar (somente nos eqüinos – imagem da direita) o Acessórias: lateral e medial (33) A cartilagem alar ajuda na respiração dos equinos, permitindo que eles tenham uma maior abertura da narina. ROSTRO Com exceção dos equinos o tegumento ao redor das narinas é glabro (sem pêlo). Porção cartilaginosa Planos: o Nasal (pequenos ruminantes e carnívoros): pele que forma a parte brilhosa do nariz. Em cães a umidificação é feita pelas glândulas nasais. o Nasolabial (bovinos): pele se estende do lábio superior e unifica nariz e lábio. o Rostral (suínos): pele recobre a superfície e uma estreita faixa ao redor da borda do focinho. Há presença do osso rostral após a cartilagem septal no plano mediano. Umidificado por inúmeras glândulas. . PHILTRUM (FILTRO) Sulco mediano que divide o lábio superior. Mais aparente em ovino, caprino, cão e gato Estende-se dosalmente dentro do plano nasal. Somente em animais com plano nasal CAVIDADE NASAL Vestíbulo nasal é a entrada que antecede a cavidade nasal. O local que desemboca (óstio nasal) o ducto nasolacrimal marca a transição do vestíbulo com a cavidade nasal. Equinos possuem a presença do divertículo nasal (um saco de fundo cego). Em cavalos de corrida, por treinarem em terrenos com areia, pode ser que o ducto nasolacrimal fique obstruído. Então é necessário fazer uma lavagem com a sonda. A cavidade nasal é dividida pelo septo nasal em direita e esquerda. As conchas nasais são dobras da mucosa da parede lateral com base óssea que preenchem a cavidade nasal. (ossos turbinados + mucosa). Tem a função de aumentar a superfície de contato com o ar inspirado, umidificar e controlar a temperatura do ar. o Dorsal o Ventral o Etmoidais o Média (ruminantes e carnívoros) – projeção da etmoidal. Meatos Nasais: são espaços entre as conchas nasais. o Dorsal: leva o ar inspirado para a mucosa olfatória. o Médio: dá acesso ao sistema de seios. o Ventral: Por onde a sonsa nasogástrica passa. É a principal via aérea que chega à faringe. o Comum: começa o aquecimento e purificação do ar. Ducto incisivo: comuninca cavidade nasal com a oral e o órgão vomeronassal (recepção dos feromônios). Sua abertura se localiza no assoalho da cavidade nasal, abrem-se a cada lado da papila incisiva. SEIOS PARANASAIS Cavidades presentes em ossos da cabeça. A comunicação pode ser entre os seios ou seios com cavidades nasais. Drenagem pelo meato nasal médio. Pode ser: o Maxilar o Lacrimal o Frontal o Palatino o Esfenoidal Função: proteção térmica, diminuição do peso (osso pneumático), afeta a ressonância da fonação. No eqüino o seio maxilar é dividido por um septo ósseo em seio maxilar rostral e caudal, sendo ainda atravessado pelo canal infra- orbitário e assim dividido em recesso lateral e medial. O seio frontal comunica-se com o seio conchodorsal tendo ampla comunicação com o seio maxilar caudal. Os equinos não possuem o seio lacrimal. Nos cães e gatos não existem seio maxilar nem seiolacrimal apresenta um recesso maxilar. Neste recesso se localiza a glândula nasal lateral que umidifica o nariz. Os suínos apresentam o seio frontal bastante extenso e apresenta o seio maxilar e lacrimal. Nos ruminantes o seio frontal é bastante extenso chegando até o processo cornual do osso frontal. O seio maxilar tem comunicação com o meato nasal médio por uma abertura com o seio palatinho. Em pequenos ruminantes (ovelhas, cabras) o seio esfenoidal é ausente. Cerca de 50% dos ruminantes podem apresentar seio lacrimal. Na descorna de bovinos é necessário um extremo cuidado para não entrar sujidades no seio frontal e, eventualmente, causar uma sinusite. FARINGE Nasofaringe Orofaringe Laringofaringe Óstio Faríngeo da Tuba Auditiva o Nos equinos é bem maior. TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR LARINGE É uma estrutura cartilaginosa que se comunica com a faringe e com a traquéia. Regula o volume de ar durante a respiração. Nela se encontra as cordas vocais. Atua como uma válvula para as vias respiratórias, separando o aparelho respiratório em superior e inferior. É suspensa pelo aparelho hióide. Adito da laringe: abertura rostral com a faringe. Formada por placas cartilaginosas que irão formar as cartilagens. Cartilagens da laringe: o Ímpares: cricóide, tireóide e epiglótica o Par: aritnóide o Formas variam entre as espécies Cartilagem Epiglótica: - assemelha-se a uma folha - dorso-rostral à cartilagem tireóide (que dá suporte as demais). - a base está apoiada sobre a cartilagem tireóide e o ápice é livre - os equinos apresentam os processos cuneiformes - dorso-rostral à cartilagem tireóide (que dá suporte asdemais). Cartilagem Tireoide - entre a cricoide, a epiglote e as aritnoides - em forma de V -um corpo ventral e duas lâminas dorsais - é a base da laringe Cartilagem Cricoide - entre a traqueia e as cartilagens tireoide e a aritnoide - é a mais caudal - em forma de anel - constituída por uma lâmina dorsal e um arco ventralmente. Cartilagem Aritnóide - dorsalmente a cartilagem tireóide e rostralmente a cartilagem cricóide - forma piramidal - processo corniculado, que é ausente em felinos Cavidades da laringe: o Vestíbulo da laringe: comunica o adito com a glote. Contém a prega vocal – corda vocal verdadeira o Fenda glótica: encontro das pregas vocais – causando um estreitamento o Cavidade infraglótica - após a glote comunicando-a com a traqueia. TRAQUEIA Tudo flexível cartilaginoso que liga a laringe até a raiz dos pulmões Formada por lâminas cartilaginosas, os anéis traqueais que são incompletos dorsalmente (forma de U) unindo-se entre si através de membranas e pelo músculo traqueal. O músculo traqueal na maioria dos animais tem fixação interna, nos carnívoros tem fixação externa. É responsável pela flexibilidade. Número de anéis: o Equino: 48-60 o Suíno: 25-32 o Bovino: 50 o Cão: 40-45 Relação topográfica o Pescoço - dorsalmente com o esôfago e músculos longos do pescoço - ventral e lateralmente: músculos que se originam no esterno e destinam-se a cabeça - dorsolateralmente: veia jugular, artéria carótida comum, tronco vagossimpático, tireóide, paratireóide e esôfago. - na 4ª vértebra o esôfago se desloca para a esquerda da traqueia até a entrada no tórax. o Cavidade torácica - chega ao mediastino cranial, dorsalmente a veia cava cranial, cruza o arco aótico e na altura do 4º a 6º espaço intercostal bifurca- se nos brônquios principais. BRÔNQUIOS Resultam da divisão da traqueia – hilo do pulmão Presença da Carina (12) – quando se tem um distúrbio alérgico, ou uma obstrução, por exemplo, ela ingurgita. Brônquios com reação alérgica Brônquioconstração peça carina Os brônquios principais irão se dividir para os lobos pulmonares. Ruminantes e suínos aparece um terceito brônquio principal (acessório) que se desloca ao lobo apical do pulmão direito. (origina-se um pouco antes da bifurcação) PULMÕES Órgãos pares, assimétricos, textura mole- esponjosa Função: hematose Tem ar residual, e mesmo colabado, provocam crepitação quando apertado. É divido em grandes porções denominadas de lobos, sendo cada um constituído de vários lóbulos secundários. Dependendo da espécie, como nos equinos, o pulmão pode apresentar a incisura cardíaca, que permite que o coração seja auscultado. Os equinos apresentam uma capacidade respiratória muito grande, diferente dos bovinos que possuem uma capacidade menor, e uma capacidade gástrica maior. Raiz do pulmão ou hilo: localizada dorsalmente a impressão cardíaca. É formada pela reunião dos brônquios principais, artéria, veias, vasos linfáticos e nervos pulmonares. Faces: o Costal: relação com as paredes da cavidade torácica, com costelas e músculos intercostais, forma convexa e lisa com impressões das costelas. o Mediastínica: bastante irregular. Hilo e impressão cardíaca. o Diafragmática: base caudal do órgão. Bordas: o Dorsal: grossa e alongada. Tem relação com as vértebras e músculos da região torácica. o Ventral: Próximo ao ápice do pulmão e separa a face costal da mediastínica. Encontra-se a incisura cardíaca. o Caudal: porção do pulmão que se apóia sobre o diafragma. Ápice: porção mais cranial, na entrada da cavidade torácica. Base: porção mais caudal apoiada no diafragma. Arquitetura pulmonar: Traquéia brônquios principais (primários) penetram no hilo formam os brônquios secundários surgem os brônquios secundários segmentares sucessivas divisões até chegar em bronquíolo terminal ou respiratório bronquíolos alveolares + ductos alveolares + alvéolos pulmonares A identificação das espécies é feita pelos gruas de lobação e a presença ou não de brônquio traqueal (ou acessório). Quanto menos segmentado o pulmão maior a capacidade de ar. Contudo, animais que possuem maior divisão, podem ter menos perda da respiração em casos de doenças, como a pneumonia, por exemplo. O que diferencia o suíno dos carnívoros é o brônquio acessório. Bovinos: Equino: Cão e Gato Suíno PLEURA Membrana fina, transparente, úmida e brilhante, Reveste a cavidade torácica e os órgãos nela. Dividida em: o Parietal: reveste as paredes da cavidade torácica. - costal: costelas e músculos intercostais -diafragmática: diafragma - mediastinal: mediastino o Visceral: reveste órgãos - pulmonar: pulmão - pericárdica: saco pericárdico Divide-se em dois sacos pleurais independentes. Entre eles existe o líquido pleural tem função lubrificante.
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