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Ordontogênese Parte 1

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Ordontogênese Parte 1 e 2
O dente é um órgão importante para a qualidade de vida do ser humano. Cada dente tem uma forma e uma função que, em conjunto, formam os arcos dentais, possuindo como principal função a trituração dos alimentos e como funções complementares, a fonética e a estética. 
A porção dentária que podemos observar ao abrir a boca é denominada de coroa, a parte coberta pela gengiva é a raiz.
O esmalte é a primeira camada que cobre o dente e tem a função de proteger as partes mais sensíveis internas dos dentes. A dentina / cemento (camada logo após o esmalte), responsável por recobrir a raiz. A polpa é a última camada, ela contém nervos e vasos sanguíneos. 
Durante a vida, o ser humano possui duas dentições. A primeira é dentição Dencídua, dentes-de-leite, que normalmente começa a nascer aos 6 meses e que aos poucos é substituída pela dentição Permanente, esse processo corre geralmente aos 6 anos.
Os dentes decíduos são de extrema importância pois eles preparam o caminho, guiam a erupção dos dentes permanentes e ajudam a manter em equilíbrio o desenvolvimento das estruturas da face. Estruturas estas como os dentes, ossos, músculos e articulações.
· Odontogênese
Odontogênese trata-se de um evento embrionário para formação de tecidos dentários de suporte. 
É importante destacar que existe uma complexa e intrincada cascata de expressões de genes, isso ocorre para direcionar as células para o local correto e também para guiar o trajeto apropriado da diferenciação celular.
Todos os dentes seguem um processo similar de desenvolvimento, mesmo que cada dente se desenvolva como uma estrutura independente e que tipos dentários com formas diferentes sejam estabelecidos ao final. Ou seja, a pesar de possuirmos dentes morfologicamente diferentes, o processo de desenvolvimento é bastante similar. 
Este é um processo indutivo que as células realizam uma com as outras. É uma intricada cascata de sinalizações intercelulares, que se estabelece principalmente entre o epitélio que reveste a cavidade oral e o ectomesênquima (tecido que se estabelece abaixo do epitélio). 
O epitélio de revestimento oral e o ectomesênquima interagem levando a modificação das estruturas, gerando formas que se evoluem até surgirem células diferenciadas capazes de produzirem tecidos que compõe os tecidos dentários (esmalte, dentina e polpa).
· Fases:
- Broto ou Botão
- Capuz ou Boné
- Campânula ou Sino
- Coroa
- Raiz
 
· Período da Formação Embrionária e Eventos Iniciais:
Os eventos estudados ocorrem no embrião humano no estomódeo (cavidade oral primitiva) ela é uma estrutura que se parece com um saco em fundo cego, que se localiza entre a eminencia cardíaca e a proeminência encefálica. O estomódeo, neste momento, não tem comunicação com o trato digestório anterior, em decorrência da estrutura de membrana bucofaríngea.
A membrana bucofaríngea, por volta do 27º dia do desenvolvimento embrionário sofre desintegração. E quando a desintegração ocorre, vai ser estabelecida a comunicação entre o estomódeo, a faringe e o restante do tubo digestivo. 
Nesta fase, possuímos uma cavidade oral revestida externamente por um epitélio simples de 2-3 camadas de células e que irá recobrir um tecido que está sendo invadido por uma população de células de origem ectodérmica que são geradas nas cristas neurais. Estas células migram lateralmente, quando as pregas neurais dobram, chegando até a região do futuro crânio e da face. 
Ao atingir os locais, os tecidos de origem neural (ectodérmico), passa a se comportar como mesênquima, originando estruturas de natureza conjuntiva. Por isso recebe a denominação de ectomesênquima, por possuir células a partir do ectoderma do eptélio que forma o tubo neural e na região de cabeça e pescoço elas vão se comportar como tecidos de origem mesenquimal, formando por tanto a estrutura de natureza conjuntiva. 
· Constituição do Ectomesênquima 
O mesenquima recebe a invasão das células da crista neural, que em conjunto irão formar a população de células denominadas de população do Ectomesenquima. 
As células ectomesenquimais passaram a sinalizar com o epitélio para poder originar as estruturas dentárias. 
A primeira sinalização ocorre na 5º semana de vida últerina, essa sinalização gera a proliferação do epitélio provocando aumento do nº de células que começam a invaginar para o ectomesenquima.
Essa invaginação produz uma estrutura chamada de banda epitelial primária. A banda epitelial primária possui forma de ferradura que se estabelece tanto no arco superior, quanto no inferior. 
· Formação da Banda Epitelial Primária
A estrutura do epitélio entra no estágio de proliferação e a baixo desta camada está localizado o equitomêsenquima. A medida que o nº de células epiteliais aumenta as células, as células epiteliais invaginam-se para o equitomêsenquima e está invaginação tem uma forma total de arco. 
· Condensação das Células na Base da Banda Epitélial
A banda epitelial primária, ou cordão epitelial, logo depois de sua formação, sobre uma bifurcação na sua região de base resultando em duas populações epiteliais proliferativas que continua mantendo a mesma forma de arco, ocorrendo por tanto, uma paralela a outra. 
Essa bifurcação, dá origem a estás duas bifurcações, que ao estarem paralelamente, passam a receber denominações diferentes. A porção das células que ficaram mais ao exterior da cavidade oral é chamada de Lamina Vestibular, já a porção das células que se encontram mais ao interior da cavidade oral é denominada de Lamina Dentária.
Um dos motivos pelos quais ocorre essa bifurcação na base da banda epitelial primária é a condensação de células equimesenquimais na base da banda epitelial que provoca uma força mecânica que gera a bifurcação, essa bifurcação provoca dois seguimentos epiteliais que estão paralelos entre si com formatação de arco. 
2-
· Formação da Lâmina Vestibular e da Lâmina Dentária
A Lâmina Vestibular, mais externamente, está mais próxima da mucosa que reveste os lábios e bochechas. A Lâmina Dentária, mais intermanente, dá origem aos órgãos dentários. 
A Lâmina Vestibular irá evoluir para dá origens a estrutura Fundo de Saco do Sulco Vestibular. E a Lâmina Dentária irá evoluir para originar os órgãos dentários.
A L. Vestibular irá continuar com a proliferação de células, através da mitose, aumentando com isso a sua espessura, quando sua espessura estiver aumentada iremos notar que as células centrais irão sofrer degeneração (apopitose). Durante o processo de formação embrionária a apopitose é uma das vias que dará origem a determinadas estruturas, neste caso em especifico, fará a separação dos lábios da estrutura da mucosa que reveste a mucosa alveolar.
Essa degeneração das células centrais dá lugar a uma fenda chamada de Fundo de Saco do Sulco Vestibular, essa estrutura se localiza entre as bochechas e os lábios e os futuros arcos dentários.
A L. Dentária, podemos observar que após uma proliferação inicial uniforme ao longo dos futuros arcos dentários a L. Dentária irá passar a apresentar em alguns locais, atividades mitóticas diferenciadas. 
Como resultado dessa atividade diferenciada, por volta da 8º semana, em cada arco irão se originar 10 pequenas esférulas. Estas pequenas esférulas irão invadir o equitomêsenquima, ou seja, irão se aprofudndar ainda mais, estas esférulas representam o início da formação dos germes dos dentes Dencíduos.
É importante destacar que embora cada lâmina dentária irá dar origem a 10 esférulas correspondentes a um germe de um dente decíduo, eles não se formam todos ao mesmo tempo. Cada dente decíduo terá um sucessor permanente, e alguns dentes permanentes se formaram diretamente da L. Dentária, assim como os decíduos se formaram, a partir de esférulas originadas da l. dentária.
3-
· Fase de Broto/Botão:
A partir do epitélio da base da L. Dentária o aumento da atividade mitótica vão originar a estrutura do Broto/Botão. 
Na fase do broto, em sua base, terá início da condensação ectomesenquimal. Encontraremos diversos processo de mitose e no ectomesenquima iremosencontrar uma discreta condensação no início. 
Na parte mais profunda dessa esfera epitelial, irá ser aumentada cada vez mais a condensação e em decorrência disso irá interferir no percurso sequencial do Broto, que por sua vez, não irá conseguir manter a forma regular de esférula e por tanto vai impactar na forma subsequente que este epitélio irá adquirir o que irá culminar em uma forma diferente que está associada a fase subsequente.
4-
· Fase de Capuz ou Boné
Tantos as células que estão compreendendo a parte do epitélio proliferativa, que neste momento constitui o broto, quanto as células ectomesenquimais continuam os processos de mitoses que vai aumentando o nº de células existentes.
Este aumento do nº de células com a continuidade da inter-relação entre estes dois tecidos vai produzindo modificações morfológicas e que vai estabelecer a fase de Capuz/Boné.
Com a continuação da proliferação epitelial o botão não continuará a crescer de maneira uniforme, logo, ele começará a apresentar um crescimento desigual que vai adotar uma forma que se assemelha a um boné. 
No centro, na porção mais profunda, o capuz irá apresentar uma concavidade sobre a qual será observada uma maior concentração das células ectomesenquimais do que quando visualizado no estágio anterior. Logo, será observado crescimento da concentração destas células ectomesenquimais pressionando a base do capuz e levando a constituição da concavidade nesta região da base.
Embora haja algumas células em divisão no ectomesenquima, provavelmente a razão para o aumento da condensação seja a interação célula e matriz extracelular.
Mesmo que seja embrionário, estes tecidos já podem estar associados com os tecidos maduros que vão se originar dele, isso faz com que nesta fase nós já tenhamos estabelecido o germe dentário.
· Fase de Germe Dentário e Folículo Dentário:
O Germe dentário é formado pelas estruturas embrionárias que darão origem aos tecidos maduros que constituirão os dentes. Então, quando se estabelece a fase de capuz, iremos observar os vários componentes do germe dentário.
A porção epitelial que a partir de agora apresenta várias regiões distintas denomina-se Órgão do esmalte (E.O.E = epitélio do órgão do esmalte). Então, a estrutura que foi se modificando a partir da l. dentária que agora possui está forma de capuz, de constituinte epitelial, é agora chamado de órgão do esmalte.
O E.O.E futuramente dará origem à estrutura do esmalte dentário. 
Ao analisar está porção epitelial iremos distinguir uma camada única e continua de células que constitui a periferia do órgão do esmalte, as células que estão localizadas na concavidade, adjacentes as células ectomesenquimais, e também a região mais interna. A porção mais externa, a porção mais côncava e as células que estão entra as duas parte, possuem características diferentes.
As células que estão localizadas na porção da concavidade, as células ectomesenquimais, passam a ser chamadas de papila dentária. As células da papila dentária, a partir do seu desenvolvimento será responsável pela formação dos tecidos dentina e polpa.
O epitélio do órgão de esmalte dará origem ao esmalte, a papila dentária dará origem a dentina e a polpa. Então o epitélio do órgçao do esmalte juntamente com a papila dentária formará o Germe / Folículo Dentário.
É chamado de Germe Dentário pois possui todas as estruturas embrionárias que possuem a responsabilidade de se transformarem nos tecidos maduros que darão origem aos tecidos dentários, esmalte, dentina e polpa. 
Será nesta faze que também observaremos uma condensação de células, perifericamente, ao redor do germe dentário. Esta condensação de células é chamada de Folículo Dentário ou Saco Dentário, será responsável pela formação do periodonto do dente, ou seja, pelos tecidos adjacentes ao dente que tem a finalidade de manter o dente inserido no osso, estes tecidos são, o cemento, ligamento periodontal e o osso alveolar. 
Ainda nesta fase, os capilares sanguíneos irão penetrar o folículo dentário, especialmente na região adjacente ao epitélio mais esterno ao E.O.E, e são responsáveis pela nutrição desta porção epitelial do germe dentário, que futuramente irá provim do folículo dentário.
Quando a estrutura que está se modificando atinge a fase de Capuz, as células epiteliais que compõe o epitélio do órgão do esmalte irão apresentar diferenças morfológicas a depender de sua posição. 
As células que estão localizadas na concavidade adjacente a condensação que forma o ectomesênquima da papila dentária, este epitélio passa a ser chamado de Epitélio Interno do Órgão do Esmalte, estás células neste momento se encontra em forma cúbica.
As células que estão localizadas na concavidade externa do Capuz epitelial passam a constituir o Epitélio Externo do Órgão do Esmalte e elas possuem uma formatação mais achatada.
E as células que ficam na região central do órgão do esmalte, justamente entre o epitélio interno e o externo, elas vão se separando, possui uma maior quantidade de substancia fundamental rica em proteoglicanos, estás células vão adquirindo uma forma estrelada. Sua formatação estrelada é graças aos vários prolongamentos que tem contato entre si por meio de junções adesivas (desmossomos), em razão desta forma está porção central do esmalte é chamada de Retículo Estrelado.
Então, na fase de Capuz o epitélio do esmalte ele apresenta porções distintas, morfologicamente identificadas por variação na forma das células epiteliais que o compõe. As células que estão formando a concavidade do capuz próxima a papila dentária possuem formato cúbico, as que estão na concavidade mais externa próxima ao folículo dentário tem forma mais achatada, e as células que estão intermediaria entre os dois tipos são chamadas de retículo estrelado. 
5-
· Fase de Campânula
Nessa fase observamos que a parte do epitelial do germe dentário, que é o órgão do esmalte, ele vai apresentando aspecto de sino com a concavidade dele cada vez mais acentuada e consequentemente com suas margens mais aprofundadas. É está aparência morfológica que faz com que está fase seja denominada de fase de campânula.
E observamos que a medida que a estrutura atinge está morfologia, é observado redução da divisão celular, tanto no órgão do esmalte quanto na estrutura que forma o ectomesênquima.
Mas a partir de agora haverá mudanças tanto na forma, como no aparecimento de células especializadas (diferenciadas), também a deposição dos tecidos maduros do dente. É justamente por causa destas razões que também iramos chamar está fase de Morfodiferenciação e fase de Histodiferenciação.
- Fase de Campânula Inicial:
Na porção epitelial, na porção central que corresponde ao reticulo estrelado, irá continuar a crescer em volume principalmente aumentando a distância entre as células e seus prolongamentos, tem-se aumento do volume de água e dos proteoglicanos que estás células produzem.
As células do epitélio externo do esmalte, que já estavam achatadas, elas vão se achatar ainda mais, se tornando pavimentosas. E as células do epitélio interno irão se alongar, tornando-se células cilíndricas baixas, com núcleo mais centralizado.
Além destas modificações nas diversas estruturas do órgão nesta fase, haverá o surgimento de uma nova camada de células que se localizará entre as células do retículo estrelado e as células do epitélio interno do órgão do esmalte que são chamadas de Células do Extrato Intermediário.
As Células do Extrato Intermediário surgem como células que formam uma nova camada, possuindo de 2-3 linhas de células e irá se constituir em Extrato Intermediário, se estabelecendo entre as células do tecido estrelado e as células do epitélio interno do órgão do esmalte. Acredita-se que estás células participam da formação do esmalte.
Na campânula, na região em que os epitélios internos e externo do esmalte se encontram, principalmente o nível da borda do sino, irá se forma um ângulo agudo chamada de Alça Cervical. 
A Alça Cervical é o local que por volta da fase de Coroa, tanto as células do epitélio interno quantoa do externo, prolifera-se e constituem uma a estrutura Bainha Radicular de Hertwig.
É justamente a partir da Alça Cervical que terá a indução para a formação da raiz do dente, vai se desenvolver na fase raiz da odontogênese.
Na papila dentária as células ectomesênquimais ainda apresenta-se indiferenciadas na sua região central e o capilares sanguíneos que inicialmente estavam no folículo dentário, começam a penetrar a região da papila dentária.
O folículo dentário se torna mais evidente, pois ele passa a envolver o germe dentário por completo, inclusive na extremidade oclusal. A porção da l. dentária entre o órgão do esmalte e o epitélio bucal se desintegra e o folículo dentário ocupa essa região e circunda totalmente o germe dentário. 
O osso da maxila e mandíbula ao se formar vão evoluir e se direcionar para a região do germe dentário em formação, para poder estabelecer uma estrutura óssea ao redor de todo o elemento dentário em formação para protege-lo, formando um espaço para onde o germe dentário irá evoluir e se desenvolver a partir da fase de campânula avançada que é denominado de cripta óssea. 
Esse dente de desenvolvimento vai se separar do epitélio oral, porém alguns grupos de células epiteliais da lâmina não vão se desintegrar completamente formando o Gubernaculum ou Canal Gubernacular. 
- Fase de Campânula Avançada:
A estrutura da Campânula não está mais ligada a basilar da lâmina dentária graças a fragmentação desta parte da l. dentária que unia está parte da Campânula ao epitélio da l. dentária com o epitélio oral.
Isso irá facilitar a ocupação deste espaço pelas células do folículo dentário que vão se concentrar circundando e também irá permitir que o osso, já em processo de formação, circunde toda a estrutura da campânula, envolvendo completamente o folículo dentário. 
Nesta fase também iremos identificar alguns fenômenos morfogenêticos que vão elevar a determinação da forma da coroa deste futuro dente, e isso se deve a formação de dobras justamente no epitélio interno do órgão do esmalte, nestes locais onde as primeiras células irão cessar a atividade mitóticas antes de iniciar a diferenciação nas células maduras que irão produzir o esmalte dentário, estas células são chamadas de Ameloblastos. 
Quando as células do epitélio param de se dividir, elas vão estabelecer pontos fixos, com isso teremos pontos fixos das primeiras células que param de se dividir juntamente com as células que estabeleceram as alças cervicais. Então, as alças cervicais são pontos fixos e as células que pararam de se dividir estabeleceram novos pontos fixos, as demais células que continuam de se dividir são pontos moveis. Essa diferença em pontos fixos e pontos moveis é diferente em cada grupo de dente e isso irá resulta em dobras do epitélio interno, que irá estabelecer a forma da futura coroa do dente, iremos chamar este processo de Morfodiferenciação.
Como o restante das células do epitélio continuam se dividindo o aparecimento de novas células, resultante de sucessivas mitoses, vai força no epitélio interno em direção aos pontos nos quais as células pararam de se dividir. Quando a atividade das células mitóticas vai terminando, sequencialmente a partir dos vértices das cúspides em direção a alça cervical, as vertentes vão se delineando estabelecendo a futura forma da coroa do dente. 
Nos dentes anteriores, as primeiras células que irão parar de se multiplicar para iniciar o processo de diferenciação são as células que formam os bordos incisais. E nos dentes posteriores, as primeiras células que irão para de se dividir para se diferenciar, são as células que formam as pontas de cúspides. 
As primeiras células que pararam com seu processo mitótico e acabaram provocando as dobras do epitélio interno, vão iniciar o processo de diferenciação celular que irá resultar em processos de células capaz de produzir os tecidos maduros do dente, este processo é chamado de Histodiferenciação.
A Histodiferenciação se inicia justamente com as células que pararam de se dividir e que agora vão se especializar. 
As primeiras células a se diferenciarem são as que ocupam os pontos de parada do epitélio interno do órgão do esmalte, estás células se tornaram cilíndricas (vão ganhar altura) e posteriormente iremos identificar modificação da posição das organelas internas e isso será notado pela inversão da polaridade, ou seja, pela modificação da posição do núcleo. Daí surdirá um tipo celular denominado de Pré-ameloblasto. 
O Pré-ameloblasto é uma célula em processo de diferenciação, ainda não apto a produção do esmalte, mas ela não é uma célula completamente diferenciada, no entanto, está apta a produzir sinalizadores que irão interagir com as células do ectomesênquima e induzir as células do ectomesênquima a se diferenciarem. A troca de sinalização entre as células Pré-ameloblasto é chamada de Fenômeno de Indução Reciproca.
Após a sinalização das células pré-ameloblastos para as células ectomesênquimais da papila dentária, as ectomesênquimais será induzida a se diferenciarem em Odontoblasto. 
Os Odontoblastos irão iniciar a produção da dentina, primeiro tecido a se depositar no dente. A matriz da dentina inicialmente secretada formará a Dentina do Manto, dentina que futuramente terá contato com o esmalte dentário, está matriz dentinaria tem como principal constituinte o colágeno do tipo1.
A matriz dentinaria e os contatos entre os odontoblastos e os pré-ameloblastos irão produzir uma continuidade do processo de diferenciação que irá estabelecer a sequência final para o surgimento dos ameloblastos, células mais diferenciadas capazes de secretar a matriz orgânica do esmalte, está matriz orgânica será basicamente proteica, porém não será de natureza colágena, pois como o esmalte terá origem do tecido epitelial ele não será capaz de produzir proteínas colágenas.
Esses eventos vão se iniciar nos locais que corresponde as futuras cúspides de dentes posteriores ou ao bordo incisal de dentes anteriores, será observado uma progressão que passará para o terço médio até atingir a região cervical, completando assim a coroa. 
O primeiro tecido maduro que se deposita no dente é denominado de Dentina, e está deposição de dentina contém os sinalizadores necessários para que ocorra um processo de continuidade da diferenciação dos pré-ameloblastos em ameloblastos, está troca de sinalização é chamada de Fenômeno de Indução Recíproca.
Com a dentina já depositada, os pré-ameloblastos vão continuar ganhando altura e se tornando células com mais organelas de sínteses, os ameloblastos, se tornando por tanto aptas a produzir a matriz do esmalte dentário e também a mineralizar a mesma.
Por tanto, a formação do esmalte dentário se dá de dentro para fora, aumentando o diâmetro da coroa do dente. E a formação da dentina será de fora para dentro estabelecendo o espaço interno, onde será ocupado pelo tecido pulpar diferenciado. Estes fenômenos são denominados de fenômenos de indução reciproca, responsáveis pelos fenômenos de histodiferenciação.
6-
· Fase de Coroa:
A fase de Coroa corresponde a deposição dos tecidos duros até que se complete a região cervical e por tanto a coroa se torna estabelecida.
Os pré-ameloblastos induz as células da periferia da papila dentária a se diferenciarem em odontoblastos. Os odontoblastos são as células aptas a produzirem a matriz orgânica da dentina e a sua mineralização, estás células iniciam a 1º camada de dentina (Dentina do Manto), está matriz é praticamente formada de proteínas. 
A matriz proteica induz os pré-ameloblastos a se transformarem em ameloblastos e este iniciará a síntese da matriz orgânica do esmalte e posteriormente sua mineralização, isto ocorre nos três pontos de paradas e vão sequencialmente seguidos pela diferenciação e síntese de esmalte de dentina até que se complete na região cervical.
A fase de coroa é caracterizado pela deposição de dentina de fora para dentro do germe dentário (cetripeto) e de dentro para fora no esmalte (centrifugo), este eventos correspondem a dentinogenêse e amelogenêse, respectivamente.7-
· Fase Raiz:
Durante a formação da porção coronária do dente, foi necessário a presença de células que compões o epitélio interno do órgão do esmalte para que estás induzisse as células ectomesênquimais a se diferenciarem em células maduras aptas a produzirem a matriz dentinaira, os odontoblastos.
Na fase de raiz é observado que a fase de indução dos ameloblastos será processado por meio de células epiteliais, porém estás células epiteliais não resultará em ameloblastos e como consequência não produziram esmalte dentário. 
Ao chegar ao final da fase da coroa, os epitélios internos e externos do órgão do esmalte que neste instante estão constituindo a alça cervical. A alça cervical irá sofrer uma proliferação no sentido apical justamente para induzir a formação da raiz do dente, estás células resultadas da proliferação não irão conseguir se aprofundar verticalmente pois haverá a presença do folículo dentário e o osso da base da cripta. Por conta disso, o epitélio que se prolifera a partir da camada interna e externa vão sofrer uma dobra que gera uma estrutura chamada de Diafragma Epitelial. 
Como não haverá um aprofundamento desta estrutura no sentido vertical, está região proliferativa ficará restrita a região da dobra (Diafragma Epitelial), as células epiteliais continuam a se proliferar originando a Bainha Epitelial Radicular de Hertwig.
A bainha epitelial radicular de Hertwig produzirá os fatores responsáveis por induzir as células do ectomesênquima da papila a produzirem a Dentina do Manto Radicular. 
Para a formação da dentina radicular, as células da camada interna da Bainha de Hertwig vão induzir as células ectomesênquimais da papila dentaria a se diferenciarem em odontoblastos, as células da região da bainha que exercem está indução vão posteriormente parar com está diferenciação e irão secretar sobre a dentina radicular em formação uma fina matriz de composição similar a matriz inicial do esmalte.
Os odontoblastos recém diferenciados irão trabalhar para produzir a dentina radicular que irá provocar um gradual cumprimento da raiz, uma vez que apenas as células da bainha que estão localizadas adjacentes ao diafragma epitelial vão continuam proliferando, enquanto que as mais afastadas e as que já realizaram a indução dos odontoblastos não irão mais se dividir e com isso haverá uma defasagem no crescimento da raiz.
O odontoblasto continua a formação de dentina e a parte da bainha que não irá acompanhar este crescimento será o responsável pela defasagem.
Apenas a porção mais apical da bainha de Hertwig vai continuar em contato com a raiz e o que vai estabelecer com a parte mais cervicalmente é que a células irão começar a se afastar, serão tracionadas pelas células que estão abaixo e isso provocará espaços. Logo, teremos um aumento de dentina radicular a baixo e este fenômeno irão provocar afastamento das células que compõe a bainha epitelial radicular de Hertwing que irá sofrer a fragmentação.
Com o continuo crescimento da raiz, haverá aumento progressivo dos espaços e haverá redução da bainha epitelial radicular a apenas cordões celulares. Estes cordões celulares irão ser fragmentados e rompidos, resultando na liberação de grupos isolados de células chamadas de Restos Epiteliais de Malassez.
É justamente das células do folículo dentário que será observada a formação do Periodonto de Inserção, através da diferenciação destas células em tipos celulares que produzirão: Cemento, ligamento periodontal e osso aveolar.
Sobre a dentina radicular será produzido o Cemento, a partir dos cementoblastos, e incorporado dentro do Cemento as fibras que farão parte do ligamento periodontal. 
No momento em que temos a exposição da dentina radicular temos a indução de três grupos de células, dos cementoblastos, dos fibroblastos, e uma matriz de tecido ósseo que produzirá osso aveolar.
O osso aveolar depositado irá incorporar as fibras produzidas pelos fibroblastos e quando tanto o cemento quanto o osso sofrerem eventos de mineralização eles vão se tornarem tecidos duros incorporando as fibras do ligamento periodontal, e os fibroblastos que produzem as fibras colágenas farão parte do tecido do ligamento periodontal.
O osso aveolar é a porção de osso que se estabelece durante a fase de raiz da odontogenêse.
A formação da raiz vai ocorrer neste momento no sentido cervical para apical, inicialmente haverá a formação do terço cervical, depois haverá a formação do terço médio e por fim a formação do terço apical.
Durante esta fase, o dente também iniciará eventos de eruptivos e isso determinará que ele consiga estabelecer um cumprimento de raiz sem que perfure a base da cripta óssea. Pois a raiz que está sendo produzida vai ocupando este espaço no mesmo instante em que o dente se movimenta na direção de aparecer na cavidade oral e de entrar em contato com o dente antagonista, quando o dente atinge está altura ele atingiu o plano oclusal funcional.
Durante a fase de raiz da odontogenese teremos estabelecidos o periodonto de inserção e também os fenômenos de erupção dentária. 
Enquanto isso, na coroa haverá aumento do conteúdo mineral do esmalte dentário que se estabelece antes que o esmalte apareça na cavidade oral, evento chamado de Maturação Pré-eruptiva. O órgão do esmalte vai sofrer um colapso isso irá provocar em uma estrutura chamada de Epitélio Reduzido do Esmalte, este tecido irá recobrir toda a coroa do dente, até que o dente apareça na cavidade oral.
Quando ocorre a completa erupção do dente, o Epitélio Reduzido do Esmalte irá contribuir para a formação do Epitélio Juncional da Gengiva, persistindo somente na região cervical em que não foi exposto a cavidade oral, todo o epitélio que compõe o epitélio reduzido do esmalte irá sofrer atrito e se perder na superfície do dente e o esmalte vai ficar completamente exposto na cavidade oral.
A Odontogênese é idêntica para os dentes Decíduos e os Permanentes, os dentes permanentes possuem alguns predecessores decíduos que se desenvolve a partir de uma proliferação epitelial em relação a face palatina ou lingual do germe do decíduo, chamado de Broto do Permanente. Esta formação ocorre na fase de capuz do dente decíduo.
Entretanto, existem dentes permanentes que não possuem predecessores decíduos, como é o caso dos molares. Nestes casos, estes dentes se desenvolvem da mesma maneira que os dentes decíduos, diretamente da lâmina dentaria original, a lâmina irá de estender posteriormente com o crescimento das estruturas, o que promoverá espaços para a formação e erupção dos dentes permanentes.

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