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SÍNDROME CORONARIANA AGUDA (SCA)

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SÍNDROME CORONARIANA AGUDA (SCA) 
 
DEFINIÇÃO: Processo que ocorre devido a pouca oferta e demanda de oxigênio ao 
miocárdio e pode ocorrer ruptura de uma placa de ateroma presente nas artérias 
coronárias e trombose secundária. 
SCA = usado para pacientes em que há sus peita de isquemia miocárdica aguda, pela 
falta de fornecimento de sangue a qualquer tecido. 
 
CLASSIFICAÇÃO: 
➔ Angina instável 
➔ Infarto agudo do miocárdio sem supra desnivelamento do segmento ST 
(IAMSSST) 
➔ Infarto agudo do miocárdio com supra desnivelamento do segmento ST 
(IAMCSST) 
 
SINTOMAS EQUIVALENTE ISQUÊMICOS: Dispneia, Náuseas, Vômitos, Palpitações, 
Síncope, Parada cardio-respiratória 
 
DOR TORÁCICA 
- 15-25 % Síndrome coronariana aguda 
- 10 % TEP, dissecção de aorta 
Obs: 1/3 das SCA não apresentam dor torácica na chegada ao hospital, principalmente 
idosos, mulheres e diabéticos. 
 
EQUIVALENTES ISQUÊMICOS: Dispneia, Náuseas, Vômitos, Palpitações, Síncope, 
Parada cardio-respiratória 
 
SINAIS SUGESTIVOS DE DOR NÃO ISQUÊMICA: 
- Dor pleurítica à aguda, localizada, ventilatória 
- Localizada inicialmente em abdome inferior ou médio 
- Qualquer desconforto que piore com a palpação ou movimentação 
- Dor constante com duração de dias 
- Dor com irradiação para membros inferiores 
 
 
DOR TORÁCICA ISQUÊMICA: 
Caracterização da dor 
1) Localização: onde o paciente sente dor → localização difusa de difícil 
caracterização pelo paciente 
2) Qualidade ou caráter: sensação que a dor provoca → desconforto torácico do 
que dor propriamente dita. O paciente costuma ter dificuldade em descrevê-la e 
frequentemente utiliza termos como aperto, pressão, queimação ou peso 
3) Intensidade → variável e em geral gradual 
4) Duração → angina costuma ter duração curta (2-5 minutos) e melhora com 
repouso e nitratos. Dor da SCA pode aparecer ao repouso e a duração costuma 
ser maior que 20 minutos 
5) Evolução: como a dor evoluiu desde o início até o momento da anamnese → 
início gradual que evoluiu com piora progressiva 
6) Irradiação → epigástrio, ombros, braços e antebraços, pulso, dedos, pescoço, 
garganta, mandíbula, dentes da arcada inferior (geralmente não acomete 
maxilar) e dorso (principalmente região interescapular) 
7) Relação da dor com órgãos próximos → taquicardia, palpitação, dispneia 
8) Fatores desencadeantes ou agravantes → piora com esforço físico 
9) Fatores atenuantes → em geral não muda com a respiração ou posição do 
paciente. Pode ou não melhorar com nitratos 
10) Sintomas associados → Dispneia, fadiga, náuseas, vômitos, tontura, sudorese, 
vertigem 
 
DOENÇA ATEROSCLERÓTICA: 
FATORES DE RISCO: Idade, História familiar, Sexo, Obesidade, Hipertensão, 
Diabetes, Dislipidemias, Tabagismo, Sedentarismo 
 
SÍNDROME CORONARIANA AGUDA: 
IAM com supradesnivelamento do segmento ST = lesão transmural 
IAM sem supradesnivelamento do segmento ST = lesão subendocárdica 
 
CLASSIFICAÇÃO: 
Tipo 1: IAM espontâneo 
Tipo 2: IAM por causas secundarias 
Tipo 3: morte cardíaca súbita, com clínica compatível 
Tipo 4 a: IAM associado intervenção percutânea 
TIPO 4 b: IAM associado à trombose comprovada de stent 
TIPO 5: IAM associado à cirurgia de revascularização 
 
 
Síndrome coronariana aguda sem supradesnivelamento do ST: 
➔ 9% dos pacientes com dor torácica 
➔ A média de idade de 69 anos com 40% dos pacientes do sexo feminino 
 
CLASSIFICAÇÃO: Angina instável; Infarto agudo do miocárdio 
Angina instável (sem necrose celular) 
➔ Ocorre em repouso ou mínimos esforços, com duração em geral de 20 minutos 
➔ Dor intensa e de início recente 
➔ Alteração no padrão anterior da angina estável (piora da intensidade, duração e 
frequência dos episódios) 
 
Mecanismos de instabilização de placa aterosclerótica: 
1) Ruptura de placa 
2) Erosão de placa 
3) Exposição de nódulo calcificado 
 
A abertura da placa aterosclerótica expõe uma superfície trombogênica e libera o núcleo 
necrótico que contém micropartículas protrombóticas. Ocorre uma desvitalização 
tecidual não transmural, pois a coronária está subocluída ou mesmo ocluída e existe a 
presença de colaterais. 
Na angina instável, existe desequilíbrio entre oferta e demanda, ocasionando sintomas, 
mas não o suficiente para causar necrose. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXAMES COMPLEMENTARES: 
ECG → infra-desnivelamento do segmento ST e alterações da onda T 
Marcadores de necrose miocárdica → elevados no IAMSSST 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO: 
➔ KILLIP 
➔ TIMI RISK 
➔ GRACE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRATAMENTO: 
Todos os pacientes com suspeita de SCA devem ser atendidos em sala de emergência 
ou unidade coronariana. 
Monitorização não invasiva contínua: 
- Oxigênio suplementar se SpO2 <90 
- Acesso venoso periférico 
- ECG 12 derivações e interpretação em até 10 minutos da admissão 
 
Ácido acetilsalicílico (300mg) 
- Na admissão e seguido por 100mg VO 1x/dia, exceto na suspeita de síndrome aórtica 
significativa 
- Inibe a atividade da ciclo-oxigenase (COX-1), reprime a produção de tromboxano e 
interage negativamente na agregação plaquetária 
 
Inibidor do receptor de ADP P2Y12 → Indicados para SCA de alto risco, para redução 
da agregação plaquetária, em associação ao AAS 
- Ticagrelor (180mg VO na admissão, seguido por 90mg VO 2x/dia) 
- Prasugrel (60mg VO na admissão, seguido por 10mg VO 1x/dia) 
- Clopidogrel (300mg VO na admissão, seguido por 75mg VO 1x/dia) 
 
Anticoagulação → Indicados para SCA de risco intermediário ou alto para inibir a 
geração e a atividade da trombina, reduzindo os eventos relacionados ao trombo 
- Heparina não fracionada: 60-70U/Kg (máx. 5.000U) IV, seguido por infusão de 12-
15U/Kg/h mantendo TTPA entre 1,5-2,5x o controle 
- Enoxaparina: 1mg/Kg SC 2x/dia (ajuste pela função renal) 
- Fondaparinux: 2,5mg/dia SC por 8 dias ou até a alta hospitalar 
 
TERAPIA ANTI-ISQUÊMICA: Diminuir a demanda miocárdica de oxigênio (reduzindo a 
FC, PA, pré-carga e contratilidade) ou aumentar o suprimento de oxigênio no miocárdio 
(administrando oxigênio ou por meio de vasodilatação coronarina) 
- Nitratos → Alívio dos sintomas e regressão da depressão ST; Manter monitorização 
cuidadosa da pressão arterial 
 
Betabloqueadores → Inibem os efeitos das catecolaminas circulantes, reduzindo FC, 
PA e contratilidade miocárdica; Contra indicações: PR>240ms, bloqueios 
atrioventriculares complexos e broncoespasmo) ou no risco de choque cardiogênico 
- Metoprolol: 25-100mg/dia 
- Propranolol 10-80mg 2-3x/dia 
 
Bloqueadores de canais de cálcio → Diminui o influxo de cálcio através da membrana 
celular, reduzindo a contratilidade miocárdica e o tônus vascular; São tão eficientes 
quanto os betabloqueadores para controle dos sintomas, mas não reduzem incidência 
de angina refratária, infarto ou óbito 
- Verapamil: 80-120 mg 8/8h 
- Diltiazem 60mg 6/6h ou 8/8h 
 
CATETERISMO CARDÍACO: 
ANGIOGRAFIA CORONARIANA INVASIVA → Confirmar o diagnóstico de SCA 
relacionado à DAC; Identificar a lesão; Avaliar anatomia coronariana 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Síndrome coronariana aguda com supradesnivelamento do ST 
- Manifestações compatíveis associada à evidência de infarto trasmural 
- ECG deve ser realizado em até 2 minutos da chegada do paciente ao serviço e deve 
ser analisado em até 10 minutos 
 
ECG: 
- A elevação do segmento ST tem especificidade de 91% e sensibilidade de 46% à 
reavaliação seriada 
- Supra >1mm em derivações contíguas no plano frontal, o bloqueio de ramo esquerdo 
novo ou supra >2mm em derivações precordiais sugere alta probabilidade 
- Supra em derivações de parede inferior → obtenção das derivações direitas e V7 e V8 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Marcadores: Dosar troponina na admissão, com 03 horas e 06horas de evolução, 
outros marcadores como CKMB massa ou mioglobina podem estar alterados 
 
ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO: 
➔ GRACE 
➔ TIMI RISK 
➔ KILLIP 
 
TRATAMENTO: 
Oxigênio (O2) → hipoxemia arterial clinicamente evidente ou documentada (saturação 
de O2 < 90%); Posologia: O2 a 100% por meio de máscara ou cateter nasal (2,0-4,0 
l/min) 
Analgesia → Indicação: hiperatividade do sistema nervoso simpático, descarga 
adrenérgica aumenta consumo de O2; Posologia: sulfato de morfina, via intravenosa na 
dose diluída de 2,0-4,0 mg, pode ser repetida em intervalos de 5-15 min, pode ser 
necessário doses de até 30mg 
 
Antiplaquetários: 
Ácido acetilsalicílico → primeiras 24 horas da síndrome coronariana aguda, reduz o risco 
de morte e complicações em 23% 
Inibidores P2Y 12 → Síndrome coronariana aguda, intervenção coronariana percutânea 
(ICP), Angioplastia (stent convencional mínimo 1 mês; stent farmacológico mínimo 6 
meses) 
 
Anticoagulação: 
Heparina não fracionada → Bolus de 60 U/kg, com máximo de 4.000 U, seguido de uma 
infusão de 12 U/kg por 48 horas, com dose máxima inicial de 1.000 U/h; ajustar a dose 
para manter o TTPA de 50-70 segundos. 
Enoxaparina → Para pacientes com menos de 75 anos de idade, 30 mg EV em bolus 
seguido por 1,0 mg/Kg SC a cada 12 horas; para pacientes com mais de 75 anos, não 
utilizar o bolus inicial e reduzir a dose para 0,75 mg/Kg SC a cada 12 horas. Caso o 
clearance da creatinina estimado seja menor que 30 ml/min, utilizar a dose de 1,0 mg/Kg 
a cada 24 horas. Manter o tratamento durante o período de internamento ou até 8 dias. 
 
Nitratos → síndrome coronariana aguda, alivio da dor e controle pressórico 
 
Betabloqueadores → Por via oral nas primeiras 24 horas, reservando-se a via 
endovenosa para casos selecionados (taquicardia ou hipertensão arterial na ausência 
de insuficiência cardíaca) 
 
Inibidores da enzima de conversão da angiotensina (IECA) / BRA → todos os pacientes, 
nas primeiras 24 horas e por tempo indeterminado na disfunção ventricular, diabetes ou 
doença renal crônica 
 
TERAPIA DE REPERFUSÃO: Uso de agentes fibrinolíticos ou com angioplastia primária 
com balão, com ou sem implante de stents. 
Indicações: Dor sugestiva de IAM (> 20 minutos , < 12horas) e ECG com supra ST ou 
BRE novo 
 
INTERVENÇÃO CORONÁRIA PERCUTÂNEA (ICP) 
➔ Primária à sem uso prévio de fibrinolítico 
➔ Facilitada à farmacologia prévia 
➔ Salvamento ou resgate à insucesso da fibrinólise 
 
REVASCULARIZAÇÃO CIRÚRGICA → Anatomia coronária favorável, contraindicação 
ou falhas das terapêuticas trombolítica e de revascularização percutânea, complicações 
do IAM (isquemia recorrente, choque cardiogênico e complicações mecânicas do 
infarto) e angina recorrente

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