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Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA
Aula 7: Do conselho tutelar
Apresentação
Estudaremos o Conselho Tutelar. Conheceremos suas atribuições e competências, aprenderemos como ocorre o
processo de escolha dos conselheiros tutelares, suas atribuições, prerrogativas e impedimentos. Abordaremos, também,
nesta aula, a suspensão ou a cassação do mandato de conselheiro pela via administrativa ou pela judicial e a Resolução
113/2006 do Conanda.
Objetivos
Identi�car as funções do Conselho Tutelar;
Analisar a formação do Conselho Tutelar;
Examinar a possibilidade de cassação ou suspensão do mandato dos conselheiros.
Aspectos gerais
O art. 86 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) refere-se à necessidade de um conjunto articulado de ações
governamentais e não governamentais, e nem poderia ser diferente, pois é de responsabilidade de todos a promoção da defesa
da criança e do adolescente. Para isso, é necessária, portanto, uma ação conjunta do poder público e da sociedade organizada
para a efetividade da proteção integral.
A�rmando que apenas por meio da educação, do tratamento e da prevenção é que se terá uma redução da delinquência juvenil,
diversos órgãos foram criados com a intenção de implementar o ECA e efetivar os direitos das crianças e dos adolescentes.
Entre esses órgãos, podemos citar
os Conselhos de Direitos,
os Conselhos Tutelares,
os Fundos da Criança.
Além deles, há também a ação civil pública para a responsabilização de autoridades que, por ação ou omissão, descumprirem
o ECA.
Conselho Tutelar
 Por Puchong Art (Fonte: Shutterstock).
Segundo Liberati (2003), o Conselho Tutelar é caracterizado
por um espaço de proteção e garantia aos direitos da
criança e do adolescente, no âmbito municipal. Trata-se de
uma ferramenta e um instrumento de trabalho nas mãos da
comunidade, que �scalizará e tomará providências para
impedir a ocorrência de situações de risco pessoal e social
das crianças e dos adolescentes.
De acordo com o art. 131 do ECA, os Conselhos Tutelares apresentam três características principais:
1. Natureza institucional;
2. Autonomia;
3. Não jurisdicional.
Leiamos, a seguir, sobre cada uma dessas características:
 As três características principais dos Conselhos Tutelares
 Clique no botão acima.
As três características principais dos Conselhos Tutelares
1. Natureza Institucional
Por possuir natureza institucional, uma vez implementado, passará a ser órgão permanente e integrante do Sistema
de Direitos e Garantias da Criança e do Adolescente, competindo à municipalidade a sua manutenção. Diante da
omissão, no sentido de instituir o Conselho Tutelar, poderá o Poder Judiciário tomar a frente, como se observa na
decisão proferida a seguir pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais:
2. Autonomia
Segundo o art. 137 do ECA, a autonomia como característica reside no fato de que possui independência funcional de
modo que suas deliberações e decisões não necessitam da aprovação de nenhum outro órgão e nem mesmo de
homologação por autoridade judiciária. Muito embora se possa a�rmar que possui liberdade de decisão, não está livre
de �scalização. A legalidade e a adequação das decisões tomadas pelo Conselho Tutelar poderão ser controladas pelo
Poder Judiciário, uma vez provocado pelo Ministério Público ou outro sujeito que possua legítimo interesse.
Ponderando que o Conselho Tutelar integra uma rede articulada de instituições e órgãos destinados à preservação e à
proteção dos direitos das crianças e dos adolescentes, é salutar que o próprio município crie formas internas e
externas de �scalização e controle dos atos praticados pelos conselheiros e sanções administrativas a serem
aplicadas àqueles que descumprirem os deveres inerentes à função exercida.
3. Órgão não jurisdicional
A terceira característica do Conselho Tutelar ressaltada pelo ECA se refere ao fato de ele ser um órgão não
jurisdicional. Muito embora tenha competência para aplicar medidas de proteção às crianças e adolescentes, bem
como a seus pais e responsáveis, o Conselho não possui vinculação com o Poder Judiciário, até porque, como referido
anteriormente, ele se trata de um órgão independente, de natureza administrativa e não judicial.
"AÇÃO CIVIL PÚBLICA. LIMINAR. IMPLANTAÇÃO DE CONSELHO TUTELAR.
REQUISITOS DEMONSTRADOS. Nos termos do Estatuto da Criança e do
Adolescente, em cada município haverá, no mínimo, um Conselho Tutelar
composto de cinco membros, escolhidos pela comunidade local, devendo ser
compelido, através de Ação Civil Pública, aquele ente municipal que, a despeito de
publicar lei a respeito, não efetiva a implementação para efetivo funcionamento do
Conselho. (TJMG. 8ª C. Cív. A.I. n° 1.0133.05.027038-7/001. Rel. Teresa Cristina da
Cunha Peixoto. J. em 28/09/2006).<"/p>
Saiba mais
“De acordo com a Secretaria de Direitos Humanos (SDH), o Brasil tem 5.956 conselhos tutelares instalados em 5.559 municípios.
Somente seis municípios não têm conselhos instalados. Para cumprir a lei que protege os direitos de crianças e adolescentes, o
país tem o desa�o de criar mais 600 conselhos – para cada grupo de 100 mil habitantes, deve existir uma unidade com cinco
conselheiros.” (RIBEIRO, 2015, on-line)
Função do Conselho Tutelar
Considerando a doutrina da proteção integral, podemos a�rmar que a
função primordial do Conselho Tutelar é salvaguardar que os direitos
e as garantias concedidas às crianças e aos adolescentes como
sujeitos de direitos sejam efetivamente preservados.
Muito embora, à primeira vista, possa parecer que as
funções do Conselho Tutelar sejam meramente
burocráticas, cabe ao órgão não apenas aplicar as medidas
protetivas, mas encaminhar os sujeitos para programas de
atendimento, �scalizar o atendimento nos mais diversos
órgãos e promover efetivamente a solução dos problemas
vivenciados pelas crianças e pelos adolescentes, seja
individual ou coletivamente, de forma que esses sujeitos em
desenvolvimento possam participar da sociedade de forma
digna e salutar.
 Por Luciano Cosmo (Fonte: Shutterstock).
Ainda que a atuação do Conselho Tutelar não seja isolada, pois, por diversas vezes, necessita da atuação de outros órgãos,
programas e instituições, sua natureza resolutiva se evidencia, já que a ele compete a obrigação de concretizar o princípio da
proteção integral e o princípio da prioridade absoluta da criança e do adolescente previstos no texto constitucional (art. 37,
CF).
O ECA estabelece, no art. 136, diversas atribuições ao Conselho Tutelar. Porém, além das elencadas no dispositivo, podem ser
acrescidos o dever de �scalizar as entidades de atendimento, de�agrar o procedimento para apuração de irregularidade nas
entidades de atendimento e infração às normas administrativas acerca das crianças e dos adolescentes (art. 95, 191, ECA).
Leitura
 Leia as atribuições previstas no art. 136 do ECA.
 Clique no botão acima.
Atribuições previstas no art. 136 do ECA:
a) Atender as crianças e adolescentes nas hipóteses previstas nos arts. 98 e 105, aplicando as medidas previstas no
art. 101, I a VII;
b) Atender e aconselhar os pais ou responsável, aplicando as medidas previstas no art. 129, I a VII;
c) Promover a execução de suas decisões, podendo tanto requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, educação,
serviço social, previdência, trabalho e segurança; e representar junto à autoridade judiciária nos casos de
descumprimento injusti�cado de suas deliberações;
d) Encaminhar ao Ministério Público notícia de fato que constitua infração administrativa ou penal contra os direitos da
criança ou adolescente;
e) Encaminhar à autoridade judiciária os casos de sua competência;
f) Providenciar a medida estabelecida pela autoridade judiciária, dentre as previstas no art. 101, de I a VI, para o
adolescente autor de ato infracional;
g) Expedir noti�cações;
h) Requisitar certidões de nascimento e de óbito de criança ou adolescente quando necessário;
i) Assessorar o Poder Executivo local na elaboração da proposta orçamentária para planos e programas deatendimento dos direitos da criança e do adolescente;
j) Representar, em nome da pessoa e da família, contra a violação dos direitos previstos no art. 220, § 3º, inciso II da
Constituição Federal;
k) Representar ao Ministério Público para efeito das ações de perda ou suspensão do poder familiar, após esgotadas
as possibilidades de manutenção da criança ou do adolescente com a família natural;
l) Promover e incentivar, na comunidade e nos grupos pro�ssionais, ações de divulgação e treinamento para o
reconhecimento de sintomas de maus-tratos em crianças e adolescentes.
O Conselho Tutelar, quando toma conhecimento de que crianças ou adolescentes estão em situação de risco ou esteja
ocorrendo violação dos direitos deles, poderá decidir acerca das medidas de proteção que devem ser aplicadas.
Exemplo
O Conselho Tutelar poderá encaminhar crianças e adolescentes aos pais ou responsável, mediante termo de responsabilidade;
poderá realizar a inclusão em programa de acompanhamento familiar, a inclusão em programa o�cial ou comunitário de auxílio,
orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos, entre outras medidas previstas no artigo 101 do ECA.
Como se pode observar, todas as atribuições elencadas
estão em consonância com a doutrina da proteção integral
da criança e do adolescente, bem como estão voltadas à
efetividade do princípio da dignidade humana, considerando
a criança e o adolescente como sujeitos de direitos e com
prioridade absoluta.
 Por gst (Fonte: Shutterstock).
Saiba mais
As decisões do Conselho Tutelar possuem caráter coercitivo e não necessitam de homologação judicial ou por qualquer outro
órgão. A partir do momento em que o destinatário toma conhecimento da decisão do Conselho, a decisão deverá ser
obrigatoriamente cumprida e, na hipótese de não concordar com ela, a única alternativa será pleitear a revisão por intermédio do
Poder Judiciário. Porém, enquanto não for tomada a decisão judicial acerca da suspensão ou revogação, a medida deverá ser
cumprida.
Estruturação do Conselho
Tutelar
Considerando a importância do papel dos Conselhos
Tutelares na promoção dos direitos das crianças e dos
adolescentes, o ECA estabelece que em cada município e
em cada Região Administrativa do Distrito Federal deverá
existir, no mínimo, um Conselho Tutelar como órgão
integrante da administração pública.
Vejamos algumas características fundamentais para criação de Conselhos:
Clique nos botões para ver as informações.
É importante ressaltar que o município poderá criar vários conselhos, de acordo com a necessidade da localidade, uma
vez que a lei menciona a necessidade de “no mínimo” 01 (um). Segundo a Resolução nº 139/2011, do Conanda (art. 3º,
§1º), o ideal é que seja criado um Conselho Tutelar para cada grupo de 100.000 (cem mil) habitantes no município.
Quantidade por município 
Considerando o princípio da prioridade absoluta da criança e do adolescente, previsto no texto constitucional e no ECA
(art. 37, CF; art. 4º, ECA), a criação do Conselho Tutelar não deve tomar por base apenas o número de habitantes no
município, mas também a demanda de cada localidade, pois em razão das peculiaridades dos sujeitos envolvidos se faz
necessária uma atuação célere e efetiva.
Demanda da localidade 
Cada Conselho Tutelar deverá ser composto de 05 (cinco) membros escolhidos pela população local com mandato de 04
(quatro) anos. É permitida apenas 01 (uma) recondução por meio de um novo processo de escolha (art. 132, ECA).
Composição 
O art. 133 do ECA descreve os requisitos mínimos necessários para que o interessado possa participar do processo de
escolha, podendo o município, por lei, determinar outros além desses já previstos, desde que os requisitos exigidos não
limitem demasiadamente a participação da população, pois se trata de um processo democrático.
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. Artigo 7º, inciso XIV, da Lei Municipal n.º 1.329/2005 - redação dada pela
Lei n.º 1.698/2008, do Município de Cruz Alta/RS. Mesmo sendo da competência do Município estabelecer os requisitos
para o preenchimento das vagas de Conselheiro Tutelar, além daqueles já previstos no art. 133 do ECA, não pode haver
distinção entre os concorrentes às vagas. Exigência de carteira de habilitação. Descabimento. Afronta aos princípios da
isonomia e igualdade. Exigência que se mostra desgarrada das atribuições do cargo, além de discriminatória, porque o
acesso a veículo automotor, até por motivos socioeconômicos, não é universal, especialmente nas áreas rurais. AÇÃO
DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE JULGADA PROCEDENTE. UNÂNIME.(TJRS. Órgão Especial. ADIN nº 70025306630.
Rel. Des. José Aquino Flôres de Camargo. J. em 22/06/2009)
Segundo a legislação, são considerados requisitos mínimos necessários à participação no processo de escolha:
a reconhecida idoneidade moral;
ter idade superior a 21 (vinte e um) anos;
ter plena capacidade civil;
residir no município, de modo que o candidato conheça efetivamente a comunidade em que irá atuar (art.133, ECA).
Requisitos mínimos para interessados 
Aos membros do Conselho Tutelar são assegurados diversos direitos sociais, como: remuneração, direitos
previdenciários, férias anuais remuneradas acrescidas de 1/3, licença maternidade, licença paternidade e grati�cação
natalina (art. 134, ECA). Compete ao município a previsão no orçamento municipal de todos os recursos necessários para
o funcionamento permanente dos Conselhos Tutelares. Não se trata aqui de algo facultativo, mas obrigatório ao
município, de tal forma que, se não cumprido, poderá o Poder Judiciário intervir mediante provocação.
AÇÃO CIVIL PÚBLICA. MINISTÉRIO PÚBLICO. LEGITIMIDADE ATIVA. CONSELHO TUTELAR. ESTATUTO DA CRIANÇA E DO
ADOLESCENTE. ORÇAMENTO MUNICIPAL Conselho Tutelar. Instalação. Lei Municipal. Previsão Orçamentária. Ação Civil
Pública. I. O Ministério Público tem legitimação para ajuizar ação civil pública para compelir a Prefeitura Municipal a
cumprir a legislação federal e local referente à proteção à infância e juventude (art. 129, III, CR e 201, V, ECA). II. Havendo
lei municipal e previsão orçamentária é imperativo que o Executivo providencie instalações, pessoal de apoio e meios
adequados para o funcionamento do Conselho Tutelar. Isso não implica em despesas ruinosas, mas apenas no mínimo
necessário para a atuação de qualquer repartição pública. III. Apelação da municipalidade não provida. (MGS). (TJRJ. 17ª
C. Cív. Ac. n° 999/99 (Reg. 050599). Rel. Desig. Des. Bernardo Garcez. J. em 17/03/1999)
Ainda no mesmo dispositivo, refere a legislação que o “exercício efetivo da função de conselheiro constituirá serviço
público relevante e estabelecerá presunção de idoneidade moral” (art. 135, ECA), porém, não se mostra su�ciente, para o
privilégio ser concedido, que o conselheiro tenha sido apenas escolhido pela comunidade local, mas que tenha de fato
exercido a função de conselheiro, ainda que tal exercício tenha durado pouco tempo.
Direitos assegurados aos membros 
Saiba mais
A Lei n° 11.622, de 19 de dezembro de 2007, instituiu o dia 18 de novembro como o “Dia Nacional do Conselheiro Tutelar”.
Processo de escolha dos conselheiros
De acordo com o ECA, a escolha dos conselheiros será regulamentada por meio de lei municipal, mas sob a responsabilidade
do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, contando com a �scalização pelo Ministério Público
(art.138, ECA).
O processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar terá por base um processo de natureza democrática, ou seja, os
membros não são escolhidos pelo poder municipal ou pelo Conselho de Direitos da Criança e do Adolescente, mas sim pela
própria população eleitoral do município que o fará por meio de voto direto, secreto e facultativo.
Selecione uma alternativa.
"Atribuições da Comissão Especial encarregada de realizar o Processo de Escolha
dos Membros do Conselho Tutelar A Comissão Especial tem composição paritária e
sua atribuição é a realização do processo de escolha em data uni�cada dos
membros do ConselhoTutelar que compreende: realizar reuniões, analisar os
pedidos de registro de candidatura e dar publicidade à relação de inscritos, elaborar
calendário prevendo etapas, cronograma, regulamentos, infraestrutura e todas as
providências necessárias para sua execução. A Comissão terá seu trabalho
encerrado após a divulgação no Diário O�cial ou em meio equivalente, do nome dos
conselheiros tutelares titulares escolhidos e dos suplentes que serão listados em
ordem decrescente de votação.”"
(BRASIL, 2019, on-line)
Assim, frente a eventual irregularidade no processo de escolha, conta-se com a intervenção do Poder Judiciário, uma vez
provocado, conforme se demonstra por meio da decisão a seguir:
MANDADO DE SEGURANÇA. ORDEM CONCEDIDA. (...). ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. CONSELHO TUTELAR.
ESCOLHA PELA COMUNIDADE LOCAL, E NÃO PELO CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE,
CUJA ATRIBUIÇÃO LIMITA-SE À ORGANIZAÇÃO DO RESPECTIVO PROCESSO. Consoante dispõe expressamente o Estatuto da
Criança e do Adolescente, compete à comunidade local escolher os membros do conselho tutelar, (artigo 132), e não ao
Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, cuja atribuição, nesse aspecto, limita-se à organização do
processo de escolha (artigo 139). Superior Tribunal de Justiça agravo de instrumento nº 96.992/pr. (TJPR. 1ª Câmara Cível.
Reexame Necessário. nº 25750100. Relator Tadeu Costa.)
 Processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar
 Clique no botão acima.
O processo de escolha será realizado de forma uni�cada numa única data em todo o território nacional a cada 04 anos
sempre no primeiro domingo do mês de outubro do ano subsequente à eleição presidencial, sendo a posse dos
conselheiros escolhidos realizada no dia 10 de janeiro do ano subsequente.
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), ainda acerca do processo de escolha dos membros do Conselho
Tutelar, estabelece sujeitos que são impedidos de participar do processo de escolha: pessoas que integrem certas
funções públicas ou tenham vínculo familiar (art. 140, ECA). Sendo assim, não poderão participar do processo de
escolha autoridade judiciária e membros do Ministério Público com atuação na Justiça da Infância e Juventude, em
exercício na comarca, foro regional ou distrital. Também não poderão participar no mesmo Conselho marido e mulher,
ascendentes e descendentes, sogro e genro ou nora, irmãos, cunhados durante o cunhadio, tio e sobrinho, enteado e
padrasto ou madrasta.
"É responsabilidade do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do
Adolescente publicar a Resolução Regulamentadora que institui a criação e
composição da Comissão Especial encarregada de realizar o Processo de Escolha
em data Uni�cada dos membros do Conselho Tutelar. Essa Comissão Especial é
responsável por regulamentar e coordenar o processo de escolha dos membros do
Conselho Tutelar, observadas as disposições estabelecidas na Lei Federal nº 8.069,
de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente) e na Resolução nº 170/2014 do
Conanda."
- (BRASIL, 2019, on-line)
Atividade
1. No que se refere à criação dos Conselhos Tutelares, assinale a alternativa correta:
a) Os municípios poderão criar obrigatoriamente três conselhos tutelares distribuídos por regionalização de bairros.
b) A criação de Conselho Tutelar é de competência do estado, bem como a inclusão das despesas na lei orçamentária.
c) Os municípios somente poderão criar o Conselho Tutelar a partir do momento em que possuírem cem mil habitantes.
d) Os estados, juntamente com os municípios, deverão criar, no máximo, dois conselhos por localidade.
e) Os municípios deverão criar, no mínimo, um Conselho Tutelar.
2. Assinale a alternativa correta acerca dos requisitos mínimos necessários aos candidatos interessados em participar da escolha
para membro do Conselho Tutelar, conforme estabelecido pelo art. 133 do ECA:
a) Idoneidade moral, ter idade superior a 21 (vinte e um) anos, com plena capacidade civil, residir no município e ter carteira de
habilitação.
b) Idoneidade moral, residir no município e ter idade superior a 18 anos, com plena capacidade civil.
c) Possuir reconhecida idoneidade moral, ter idade superior a 21 (vinte e um) anos e residir no município.
d) Idoneidade moral, ter idade superior a 21 (vinte e um) anos, ter concluído o terceiro grau.
e) Possuir idade superior a 21 (vinte e um) anos, ter reconhecida idoneidade moral, residir no município, ser integrante de algum órgão
público da municipalidade.
3. Considerando o surgimento dos Conselhos Tutelares, assinale a resposta correta:
a) O Conselho Tutelar foi criado com o fim de afastar as crianças e os adolescentes das famílias, visando a garantir-lhes a segurança.
b) O Conselho Tutelar foi criado com o fim de encaminhar a programas de acolhimento institucional crianças e adolescentes caso não se
encontrem na companhia dos pais ou responsável.
c) O Conselho Tutelar foi criado com o fim de zelar pela garantia de todos os direitos das crianças e dos adolescentes, incluindo o direito
à convivência familiar, devendo sua intervenção ser voltada ao fortalecimento dos vínculos familiares e à proteção à família.
d) O Conselho Tutelar foi criado com o fim de promover a aplicação de medidas de natureza sancionatória aos adolescentes que tenham
praticado atos infracionais.
e) O Conselho Tutelar foi criado com o fim de encaminhar a programas de acolhimento institucional somente os adolescentes que não se
encontrem na companhia dos pais ou do responsável.
4. Podem ser considerados impedidos de participar do processo de escolha de membro para o Conselho Tutelar, segundo a Lei nº
8.690/90:
a) os juízes e promotores públicos, independentemente do foro em que se encontrem, além de pais e filhos no que tange ao mesmo
Conselho.
b) apenas os ascendentes e descendentes, sogro e genro ou nora, irmãos, cunhados durante o cunhadio, tio e sobrinho, desde que no
mesmo Conselho.
c) juízes e promotores públicos com atuação na Justiça da Infância e Juventude em exercício na comarca, foro regional ou distrital, bem
como não poderão participar marido e mulher, ascendentes e descendentes, sogro e genro ou nora, ainda que em Conselhos distintos.
d) do mesmo Conselho marido e mulher, ascendentes e descendentes, sogro e genro ou nora, irmãos, cunhados durante o cunhadio, tio e
sobrinho, enteado e padrasto ou madrasta, bem como os juízes da comarca local.
e) juízes e membros do Ministério Público com atuação na Justiça da Infância e Juventude em exercício na comarca, foro regional ou
distrital, bem como não poderão participar no mesmo Conselho marido e mulher, ascendentes e descendentes, sogro e genro ou nora.
5 - No que se refere aos requisitos necessários para participar do processo de escolha de membros do Conselho Tutelar, assinale
a alternativa correta:
a) O processo deverá ser estabelecido mediante Lei Estadual, competindo ao município apenas a sua implementação.
b) O Conselho dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes poderá intervir no processo de escolha, porém somente em casos de
infração.
c) O processo de escolha deverá estar regulamentado em Lei Municipal, mas sob a responsabilidade do Conselho dos Direitos da Criança
e do Adolescente.
d) O processo de escolha deverá estar regulamentado em Lei Municipal, mas sob a responsabilidade do Ministério Público, ao qual
competirá também a fiscalização do órgão.
e) O Conselho dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes e o Ministério Público poderão atuar em conjunto na implementação do
processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar visando à regularidade do processo e aplicando sanções aos infratores.
6 - Realizado o processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar, acerca do período para o cumprimento do mandato e da
possibilidade de recondução, assinale a alternativa correta:
a) Cumprirá mandato de 05 anos podendo ser reconduzido uma única vez.
b) Cumprirá mandato de 02 anos podendo ser reconduzido duas vezes.
c) Cumprirá mandato de 04 anos podendo ser reconduzidoduas vezes.
d) Cumprirá mandato de 08 anos não podendo ser reconduzido.
e) Cumprirá mandato de 04 anos podendo ser reconduzido uma única vez.
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Referências
BRASIL. Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente.
Guia de orientação do processo de escolha de conselheiros tutelares em data uni�cada. Brasília: MDH, 2019. Disponível em.
Acesso em: 29 ago. 2019.
BRASIL. Resolução nº 139 de 17 de março de 2011. Dispõe sobre os parâmetros para a criação e funcionamento dos
Conselhos Tutelares no Brasil, e dá outras providências. Disponível em: https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=113248.
Acesso em: 29 ago. 2019.
BRASIL. Lei n° 11.622, de 19 de dezembro de 2007. Institui o Dia Nacional do Conselheiro Tutelar. Disponível em:
//www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/L11622.htm. Acesso em: 29 ago. 2019.
BRASIL. Presidência da República. Secretaria Especial dos Direitos Humanos. Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do
Adolescente. Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo – SINASE. Brasília, DF: Conanda, 2006.
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BRASIL. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências.
Disponível em: //www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm. Acesso em: 19 jun. 2019.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em:
//www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 29 ago. 2019.
CARRIDE, N. de A. Estatuto da Criança e do Adolescente anotado. São Paulo: Servanda, 2006.
ELIAS, R. J. Comentários ao Estatuto da Criança e do Adolescente. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2008.
FREIRE NETO, J. F. Princípios fundamentais do Estatuto da Criança e do Adolescente. Rio de Janeiro: Renovar, 2007.
LIBERATI, W. D. Comentários ao Estatuto da Criança e do Adolescente. 7. ed. São Paulo: Malheiros Editores, 2003.
MACIEL, K. R. F. L. A. (Coord.). Curso de direito da criança e do adolescente: aspectos teóricos e práticos. 4. ed., rev. e atual.
conforme a Lei nº 12.010/2009. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010.
RIBEIRO, V. Brasileiros poderão escolher novos conselheiros tutelares no domingo. Agência Brasil. 2015. Disponível em:
//agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2015-09/brasileiros-poderao-escolher-novos-conselheiros-tutelares-no.
Acesso em: 29 ago. 2019.
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Acesso à Justiça das crianças e dos adolescentes;
Aspectos relativos às ações que tramitam na Vara da Infância e da Juventude;
Procedimentos e recursos, Ministério Público, advogados, Defensoria Pública e tutela coletiva de direitos.
Explore mais
ALVES, R. B. Direito da infância e juventude: coleção curso e concurso. 3 ed. São Paulo: Saraiva, 2008.
PIOVESAN, F. Direitos humanos e o direito constitucional internacional. 9. ed. São Paulo: Saraiva, 2008.
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