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xismo, o estudo do capitalismo enquanto sistema mundial que inclui a exploração colonialista, tema apreciado pelo próprio Marx somente em passagens dispersas. Uma vez que a acelerada internacionalização das forças produtivas e a proliferação das firmas multinacionais, no segundo pós-guerra, reforçaram as características que fazem do capi- talismo um sistema mundial, o estudo do tema incluiu-se entre as propriedades dos pesquisadores marxistas. Marx escreveu O Capital na Inglaterra e tomando este país como campo preferencial de observação empírica. Mas a estrutura lógica, que deu à obra, tornou-a instrumento teórico válido para o estudo do capitalismo em quaisquer países e circunstâncias concretas, sob a con- dição de não se perder de vista a relação entre os procedimentos lógico e histórico de abordagem científica, imposta pela metodologia dialético- materialista. Se o modo de produção capitalista possui as mesmas ca- tegorias e leis em toda parte, o curso do desenvolvimento capitalista não pode deixar de se diferenciar conforme a acumulação originária do capital se tenha efetivado a partir do feudalismo, como na Europa, ou a partir do escravismo colonial, como no Brasil. Jacob Gorender Jacob Gorender (Salvador, BA, 1923) é um estudioso do marxismo, principalmente em seus aspectos de filosofia e teoria econômica. Histo- riador da economia brasileira, é au- tor dos livros O Escravismo Colonial (1978) e A Burguesia Brasileira (1981). Entre artigos e ensaios em revistas e coletâneas, escreveu: O Conceito do Modo de Produção e Pes- quisa Histórica (1980); Gênese e De- senvolvimento do Capitalismo no Campo Brasileiro (1980); Questiona- mentos sobre a Teoria Econômica do Escravismo Colonial (1983). Dedi- cou-se também às atividades de con- ferencista universitário, jornalista e militante político. OS ECONOMISTAS 66
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