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Arte e etnia 2

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LINGUAGENS DA ARTE E REGIONALIDADES
ARTE E ETNIA II
Profa. Angela Rego
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ARTE E ETNIA II – O AFRICANO
A língua portuguesa, importada pelo regime colonial, manteve um léxico indígena, mas que se estratificou em nomes próprios que não se organizam sintaticamente. As línguas africanas, ao contrário, não só contaminaram o léxico português como adaptaram-se à sua estrutura morfossintática. Historicamente, explica-se: os índios não conviveram diretamente com os colonos portugueses e seus descendentes, como ocorreu com os escravos africanos.
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As manifestações culturais brasileiras, oriundas das culturas africanas que aqui se mesclaram, se fazem representar em quase todas as nossas atividades cotidianas. A dança para fins de festividades, como o Lundu e o Jongo; com propostas religiosas, como o Maracatu e o Congado; para fins de defesa contra o massacre sofrido durante a escravidão, como a Capoeira e o Maculelê. A música, dentre as mais importantes, o Samba, também marca a presença do africano no Brasil. A culinária, a qual estava sempre associada a um ritual. A religiosidade animista (crença na existência do espírito), que deu origem às religiões afro-descendentes constituídas em nosso país.
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Mais recentemente, a cultura Hip Hop, iniciada nos Estados Unidos, integrou-se às nossas expressões culturais e foi imediatamente assimilada no Brasil por nossa identificação com as culturas africanas.
Acima de tudo, forma nossa identidade o nosso rosto, a cor de nossa pele, a nossa relação com o cosmos. Trazidos da África para substituir a escravização indígena, difícil porque os nativos tinham muito conhecimento do território brasileiro e fugiam com facilidade, os africanos passaram a pertencer à colônia e, no Brasil imperial e o Brasil republicano, permaneceram entre nós, gerando o povo brasileiro.
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Algumas contribuições das culturas africanas para a identidade brasileira
O SAMBA
	As primeiras manifestações do samba acontecem na Pedra do Sal, no bairro da Saúde, no Estado do Rio de Janeiro. O lugar era ponto de comercialização dos escravos trazidos diretamente da África ou da Bahia. Surge, assim, uma comunidade conhecida como “Pequena África”. Nomes como Donga (cantor e compositor que gravou pela primeira vez um samba, “Pelo Telefone”, em 1917), Pixinguinha e João da Baiana reuniam-se na Pedra do Sal. Assim, com os experimentos musicais, surge o samba carioca.
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Tom Jobim, Pixinguinha, Donga	 Tia Ciata (1854-1924), mais
 e Chico Buarque conhecida “tia baiana”.
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A CAPOEIRA
	 A capoeira é uma dança em forma de luta
de origem banto trazida para o Brasil pelos
escravos angolanos. As primeiras exibições
da Capoeira podem ter ocorrido no Quilombo
dos Palmares. Os passos de dança e a
música disfarçavam o objetivo primeiro, que
é a defesa pessoal. A capoeira foi proibida e
adquiriu caráter marginal, mas por
representar a identidade e a resistência
negras, sobreviveu aos tempos e, na década
de 30, foi reconhecida como esporte.
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A CULINÁRIA 
A culinária africana é uma manifestação do
sagrado. A natureza combina seus
elementos — frutos, vegetais, caça e pesca
— para alimentar os homens. Além disso, a
culinária representa o próprio caráter da
África: diversidade. Nela se misturam a
gastronomia nativa e as de influência
europeia e muçulmana. 
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	Porém, podemos destacar alguns elementos que foram facilmente aceitos no Brasil: o leite de coco, a pimenta malagueta, o milho, o feijão preto, as carnes salgadas e curadas, o quiabo, as ervas aromáticas e o azeite de dendê. 
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BAIANAS
	As africanas alforriadas, para sobreviver, vendiam comida nas ruas de Salvador. Em seus tabuleiros havia beijus, cuzcuz, bolinhos e outras iguarias da culinária afro-baiana. Vestiam-se com asseio e beleza: batas e saias brancas, torso e pano da costa, enfeites como colares, brincos e pulseiras (os balandangãs). O dia 25 de novembro foi dedicado a essa tradicional figura baiana e é marcado por diversas manifestações comemorativas.
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CULTURA HI-HOP
A cultura Hip Hop foi criada em meados de
1968 como expressão dos movimentos negros
dos guetos africanos e na sua forma popular
de dançar movimentando os quadris (hip) e
saltando (hop). Os quatro elementos do Hip
Hop são: O BREAK, que representa o corpo
através da dança; O MC, que é a consciência,
o cérebro; o DJ, representante da alma,
essência e raiz; o GRAFFITI, expressão da
arte, um meio de comunicação.
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Kool Herc é conhecido como o "pai" da cultura Hip Hop. Ele representa a força da cultura como alternativa à marginalização social.
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Afrika Bambaataa criou uma ideologia para o movimento Hip Hop, transformando o que era arte espontânea das ruas em ideário que iria conduzir jovens em todo o ocidente. Assim, a cultura Hip Hop passou a ser respeitada para além das ruas de Nova Iorque.
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Vozes e gestos: manifestações da cultura negra no Brasil
 Literatura
Cruz e Sousa
Castro Alves
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Música
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Política e História
Francisco José do Nascimento,
o “Dragão do Mar”, líder do 
movimento dos jangadeiros do 
Ceará que conseguiu abolir a
Escravidão no estado em 1884.
José do Patrocínio, o “Gigante 
Negro da Abolição”.
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João Candido, 
o “Almirante Negro”
mentor da Revolta da
Chibata (1910)
Abdias do Nascimento Ativista do movimento 
negro, professor, artista 
plástico, escritor, poeta,
dramaturgo, foi senador
e fundou o Teatro 
Experimental do Negro.
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Artes Plásticas e Fotografia
Di Cavalcanti
Mestre Didi,
obra: “Pássaro
Ancestral” 
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MÃE PRETA
Mãe preta, me conta uma história.
Então fecha os olhos, filhinho:
“Longe, longe,
era uma vez o congo.
Despois...”
Os olhos da preta velha pararam.
Ouviu barulho de mato no fundo do sangue.
Um dia
os coqueiros debruçados naquela praia vazia.
Depois o mar que não acaba mais.
Despois...
Ué, mãezinha, por que você não acaba o resto da história?
		(Raul Bopp)

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