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Atividade física e a lesão da medula espinhal - Fichamento "Educação Física Adaptada"

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Ana Caroline Recalde 
 
 
 
Fichamento 
Ana Caroline Recalde 
 
Educação Física 
Adaptada 
Márcia Greguol e Roberto 
Fernandes da Costa 
 
Capítulo 6 – Atividade física e a lesão da medula 
espinhal 
Prof.ª Dr.ª Márcia Greguol e Prof.ª Dr.ª Maria Tereza Silveira Böhme 
 
 
 
 
Outros materiais: https://www.passeidireto.com/perfil/ana-caroline-recalde/ 
Instagram: https://www.instagram.com/anacarolrecalde/ 
https://www.passeidireto.com/perfil/ana-caroline-recalde/
https://www.instagram.com/anacarolrecalde/
Ana Caroline Recalde 
 
 
 
• Há algumas décadas, pessoas com lesão medular tinham baixa 
expectativa de vida e morriam facilmente em decorrência de infecções e 
complicações provenientes do sedentarismo. 
• Com o advento dos antibióticos, após a Segunda Guerra Mundial, mudou-
se o quadro de morte precoce em indivíduos com lesão na medula 
espinhal. 
• Com tratamento adequado diminui-se a morte na fase aguda e as 
sequelas são reduzidas com reabilitação adequada. 
• Comportamento sedentário pode agravar algumas sequelas. 
• As atividades físicas podem ter foco na reabilitação, na melhora da 
condição física ou no desempenho competitivo. 
 
Aspectos conceituais 
Coluna vertebral: Estrutura de sustentação composta por corpos ósseos 
divididos em cinco regiões. 
7 
Cervicais 
5 
Sacrais 
12 
Torácicas 
5 
Lombares 
 
4 
Coccígeas 
Ana Caroline Recalde 
 
 
 
Medula espinhal: Parte integrante do Sistema Nervoso Central, protegida pelas 
vértebras. Provêm um centro de ações reflexas e canal de ida e vinda de 
informações para o/do cérebro. 
• 31 pares de nervos espinhais provêm da medula e saem do canal 
vertebral por meio de forames nas vértebras. 
• A medula não se regenera após uma lesão, causando alterações 
sensoriais e motoras. 
 
Lesões na medula 
• Condições adquiridas por lesão das vértebras e/ou dos nervos da coluna 
vertebral. 
• As sequelas dependem de a lesão ter atingido apenas o corpo ósseo ou 
o canal medular. 
• Lesão no canal medular é denominada neurológica, comprometendo os 
sistemas motor, sensorial e autônomo. 
Ana Caroline Recalde 
 
 
 
• O grau de paralisia será determinado em função do local da lesão na 
coluna e do número de fibras que são subsequentemente destruídas. 
 
Compreensão do impacto da lesão 
• Músculos que ainda podem ser usados. 
• Quantidade de força desses músculos. 
• O que pode ser feito por esses músculos, funcionalmente, em termos de 
movimentos e de habilidades motora. 
 
• Para a prática de atividades físicas e esportivas, deve-se conhecer o nível 
de lesão do indivíduo. 
• Apenas devem praticar esportes de rendimento aqueles que já se 
encontram no estágio final do processo de reabilitação. 
 
Classificação 
Completa 
• Plegias. 
• Secção completa da medula; nenhuma função sensitiva ou motora abaixo 
do nível da lesão. 
• Perda total da contração muscular voluntária. 
 
Incompleta 
• Paresias. 
• Secção parcial da medula e existência residual das funções de 
motricidade e de sensibilidade. 
• Perdas parciais das capacidades. 
• Possibilidade de retorno progressivo da função muscular. 
 
Ana Caroline Recalde 
 
 
 
Tetraplegia/Tetraparesia 
• Nível neurológico cervical. 
• Perda funcional dos membros superiores e inferiores 
 
Paraplegia/Paraparesia 
• Lesão a partir da 1ª (primeira) vértebra torácica. 
• Perda funcional dos membros inferiores e, possivelmente, do tronco. 
 
→ Quanto mais alto o nível da lesão na medula espinhal, maiores os 
comprometimentos das funções. 
 
Lesão na cervical 
• C1 e C2 (atlas e áxis): Tem, em geral, como consequência a morte do 
indivíduo por paralisia do nervo frênico, já que ocorre parada respiratória. 
• C3: Graves restrições respiratórias. A atividade física torna-se limitada, e 
restringe-se a atividades passivas para a manutenção da amplitude 
articular e da boa circulação sanguínea. 
• C4: Controle dos músculos do pescoço e do diafragma, não necessitando 
de aparelhos respiratórios. Permite que o indivíduo pratique algum tipo de 
atividade física de forma ativa. No caso de lesões completas, são 
indicadas cadeiras motorizadas. 
• C5: Função nos músculos do pescoço e parte da musculatura do ombro 
e do bíceps. O indivíduo pode impulsionar uma cadeira de rodas 
convencional e realizar atividades que exijam maior vigor respiratório, 
como a natação. 
• C6: Função da musculatura do ombro e dos flexores do punho. 
Possibilidade de segurar objetos, de forma fraca. 
• C7: Função no tríceps e nos extensores e flexores dos dedos. O indivíduo 
pode segurar objetos com mais força. 
• C8: Flexão das falanges distais. 
Ana Caroline Recalde 
 
 
 
Lesão na torácica 
• Primeiro grau de paralisia/paraparesia. 
T1: Função em todos os músculos dos membros superiores e alguns da parte 
superior do tronco. Força manual normal, mas ainda ocorre falta de estabilidade 
no tronco e de resistência respiratória. 
T6: Função em toda mobilidade e sensibilidade da parte superior do tronco. Mais 
estabilidade e resistência respiratória. Consegue-se erguer objetos mais 
pesados e de forma mais independente; é possível impulsionar a cadeira de 
rodas por grandes distâncias. 
T12: Função parcial dos músculos abdominais e dos músculos da parte inferior 
das costas. Grande estabilidade do tronco e boa resistência respiratória; 
locomoção principalmente em cadeira de rodas. 
 
Lesão na lombar 
T4: Função no quadríceps, no iliopsoas e na musculatura lombar. Possibilidade 
de caminhar com auxílio de bengalas ou muletas. 
 
Lesão no sacro 
Função nos músculos isquiotibiais. Possibilidade de caminhar sem auxílio de 
muletas, porém, é necessário muitas vezes que utilizem órteses nos tornozelos 
ou nos pés. 
 
Causas 
Principais causas de lesões na medula espinhal: 
1. Acidentes com armas de fogo e armas brancas. 
2. Acidentes automobilísticos. 
3. Mergulhos em locais rasos. 
4. Quedas. 
Ana Caroline Recalde 
 
 
 
5. Lesões no esporte. 
6. Doenças. 
 
o Em caso de fratura em alguma vértebra causada por trauma, o transporte 
inadequado durante o socorro pode agravar as sequelas. 
o Em caso de risco de morte em resgates difíceis, movimentos de cabeça 
podem ocasionar uma lesão medular em caso de fratura da vértebra. 
 
Características principais 
• Nas lesões da medula espinhal são comuns distúrbios de diversas 
funções do organismo. 
• Sem o conhecimento das sequelas funcionais das lesões e suas 
implicações, os praticantes de atividade física ficariam expostos a fraturas 
ou a sérias sobrecargas cardiovasculares. 
 
As sequelas mais comuns são: 
Espasticidade 
• Lesões acima da T6. 
• Tônus muscular elevado no tronco e nas pernas. 
• Também podem ocorrer espasmos ou respostas da massa muscular 
flexora ou extensora, geradas por mudanças de posição, movimentos 
repentinos ou estímulos externos. 
• Pode ser tratada com medicamentos ou procedimentos cirúrgicos. 
• Na atividade física é possível encontrar técnicas para minimizar os efeitos. 
 
Redução da ventilação pulmonar e infecções respiratórias 
• Lesões até a T2. 
• Suscetíveis a infecções respiratórias, como a pneumonia, geralmente por 
causa do déficit da função da musculatura respiratória e abdominal. 
Ana Caroline Recalde 
 
 
 
• Redução na ventilação pulmonar. 
• Indivíduos tetraplégicos, em especial, terão dificuldades com a resistência 
respiratória no início da prática de atividades físicas, o que pode ser 
aprimorado com o treinamento constante. 
 
Termorregulação 
• Uma das funções do sistema neurovegetativo (sistema nervoso 
autônomo). 
• Dificuldades em responder a situações de temperaturas elevadas por não 
conseguir sudorese ou vasodilatação suficiente, podendo levar a 
hipertermia. 
• Dificuldades em responder com tremores ou com vasoconstrição à 
situação de temperaturas baixas, podendo entrar em estado de 
hipotermia. 
• Evitar ambientes muito quentes ou frios para arealização das atividades 
físicas, verificar a hidratação dos atletas e o uso de vestimentas 
adequadas. 
 
Úlceras (escaras) de decúbito 
• Regiões necrosadas de pele e tecido subcutâneo, provocadas por 
pressão prolongada. 
• Se não tratadas, podem infeccionar, atingindo inclusive os ossos. 
• O indivíduo com lesão da medula espinhal precisa desenvolver força nos 
membros superiores tal que lhe permita mudar constantemente de 
posição na cadeira de rodas, pelo menos, a cada trinta minutos. 
Almofadas à base de gel também podem colaborar para a prevenção das 
úlceras. 
 
Incontinência urinária e distúrbios esfincterianos 
Ana Caroline Recalde 
 
 
 
• O indivíduo pode ter perda do controle voluntário sobre a bexiga, de modo 
que esta passa a se esvaziar automaticamente toda vez que seu 
enchimento atingir certo volume. 
• A bexiga neurogênica pode levar o indivíduo a ter problemas em esvaziá-
la, tornando-o mais vulnerável a infecções urinárias. 
• Também pode ocorrer retenção das fezes ou sua eliminação involuntária. 
• Orientar o aluno para esvaziar a bexiga antes da atividade física. É 
importante que o indivíduo se acostume a evacuar em um horário regular. 
 
Disreflexia autonômica 
• Geralmente em lesões na T6 ou acima. 
• Processo reflexo de hiperativação do sistema nervoso simpático. 
• Geralmente associada ao esvaziamento inadequado da bexiga ou dos 
intestinos e pode provocar cefaleia e aumento abrupto da pressão arterial. 
 
Distúrbios no retorno venoso e osteoporose 
• A ausência de contração muscular voluntária abaixo do nível da lesão da 
medula espinhal pode provocar perda de massa óssea progressiva, por 
dificuldade na absorção de cálcio. 
• A falta de contração muscular nos membros inferiores dificulta em parte o 
retorno do sangue para o coração, prejudicando a circulação sanguínea, 
podendo afetar a pressão arterial. 
• É comum a ocorrência de fraturas nos membros inferiores de indivíduos 
com lesão, em decorrência de quedas da cadeira de rodas. 
• Orientar movimentos passivos com os pés e as pernas. Para o processo 
de retorno venoso pode-se realizar atividades na água e colocar os 
membros inferiores em uma posição mais elevada quando possível. 
 
Prejuízos à sensibilidade 
Ana Caroline Recalde 
 
 
 
• A lesão da medula espinhal acarreta déficits na sensibilidade por 
possíveis danos à via aferente. 
• Essa perda da sensibilidade requer que o profissional esteja atento a 
condições que exponham os alunos ou atletas a riscos de lesões nos 
membros afetados, uma vez que os indivíduos em muitas situações não 
terão a percepção imediata. 
 
Problemas de ajustes psicossociais 
• As mudanças no âmbito psicológico e social costumam restringir de forma 
mais contundente a readaptação. 
• As dificuldades mais comuns são problemas com a autoestima, 
mudanças negativas na autoimagem e sentimento de menos valia. 
• Aceitar a nova condição do corpo é um processo longo e difícil, mas que 
é facilitado pelo acesso às informações apropriadas e à noção de que é 
possível restabelecer uma vida plena, saudável e com oportunidades. 
• À sociedade são necessárias maiores informações sobre as reais 
limitações e as grandes possibilidades dos indivíduos nessa condição. 
 
Poliomielite 
• Também conhecida como paralisia infantil. 
• Provocada por infecção viral, que afeta as células do corno anterior da 
medula espinhal, responsáveis pela motricidade. 
• A sensibilidade nesse caso não é prejudicada. 
• Manifesta-se nos primeiros anos de vida, e as sequelas variam em cada 
caso. 
• Caso as células motoras da medula sejam destruídas, a sequela será 
irreversível e acarretará uma paralisia flácida em um ou mais membros. 
• É erradicada na maioria dos países, pois existe vacina disponível. 
• A minoria dos casos obriga locomoção em cadeira de rodas. Quando a 
sequela existe, é possível quase sempre caminhar de forma 
independente. Se apenas uma perna é acometida, o uso de órteses 
Ana Caroline Recalde 
 
 
 
compensatórias se faz necessário, caso contrário o indivíduo pode 
adquirir uma escoliose grave. Também é possível que o membro afetado 
apresente perda de massa óssea e certo grau de fraqueza muscular. 
 
Espinha bífida 
• Condição congênita, provocada pelo não fechamento de dois ou mais 
arcos vertebrais durante a formação da coluna vertebral na gestação. 
Quando a malformação ocorre, o material interno pode extravasar e 
causar danos neurológicos. 
Existem três classificações: 
Mielomeningocele: Ocorre extravasamento do canal medular e perda parcial 
ou total das funções motoras e sensitivas abaixo do nível da lesão. É o caso mais 
comum e mais grave. 
 
Meningocele: Ocorre o extravasamento apenas da membrana que cobre o 
canal medular. É um pouco menos grave do que a mielomeningocele. 
 
Oculta: Apesar do defeito na formação dos corpos vertebrais, não ocorre 
extravasamento de material do canal medular. É a mais rara e menos grave. 
 
• Nos dois últimos casos é possível, por meio de procedimento cirúrgico, 
impedir que o indivíduo desenvolva sequelas. 
• 80% dos casos de espinha bífida são de mielomeningocele, alguns deles 
podem ser agravados pela presença de hidrocefalia, ocorrendo um 
aumento na pressão intracraniana, sendo necessário um constante 
processo de drenagem do excesso de líquido cefalorraquidiano. 
 
Ana Caroline Recalde 
 
 
 
Aspectos morfológicos e neuromusculares dos indivíduos com lesão da 
medula espinhal 
A imobilização gerada pela lesão nos membros afetados pode acarretar 
mudanças na composição corporal, como redução do conteúdo mineral ósseo, 
da massa muscular e da água corporal, além do aumento da concentração de 
gordura. Normalmente são associadas com anormalidades no metabolismo 
como, por exemplo, resistência à insulina. 
1. Após adquirir a lesão, experimenta-se rápida atrofia na massa muscular 
não funcional abaixo do nível da lesão. 
2. A impossibilidade de movimentar as fibras musculares causa atrofia e 
acúmulo de gordura na região. 
3. A falta de contração muscular voluntária acarreta a diminuição da 
absorção de cálcio e possível perda de massa óssea. 
A resistência cardiorrespiratória e a força muscular podem ser trabalhadas 
com a inclusão de atividade física na rotina do indivíduo. 
 
Implicações no programa de atividades físicas 
Vértebra 
Medula 
espinhal 
Mielomeningocele Oculta Meningocele Normal 
Ana Caroline Recalde 
 
 
 
Atividade física em pessoas com lesão na medula espinhal acarreta 
ganhos no aspecto motor, social e psicológico. O professor deve avaliar 
flexibilidade, sustentação de atividade aeróbia, força e resistência e 
porcentagem de gordura. 
 
Os principais objetivos devem englobar: 
• Flexibilidade, reduzindo a espasticidade dos músculos sem inervação. 
• Incremento de força, em especial no tronco e nos membros superiores. 
• Resistência respiratória. 
 
Os objetivos gerais devem englobar: 
• Independência e iniciativa de praticar as atividades diárias. 
• Redução no tempo de fisioterapia. 
• Hábitos de vida saudáveis. 
• Controle da porcentagem de gordura. 
 
O programa de atividades físicas deve ser compatível com as 
necessidades e anseios do aluno. O professor deve ter consciência das funções 
perdidas e possíveis distúrbios relacionados à lesão (mais acima no arquivo). 
 
Atividades desenvolvidas na cadeira de rodas 
Com domínio sobre o manuseio da cadeira de rodas, o indivíduo se torna 
apto a atividades esportivas. A cadeira de rodas utilizada na atividade esportiva 
é diferente da utilizada no dia a dia. A maioria não tem freio, as rodas são 
cambadas e o material é mais leve. 
• O treinamento deve englobar a propulsão da cadeira: para frente, para 
trás, em curvas, com obstáculos, em terrenos acidentados e com 
superfícies diferentes. 
Ana Caroline Recalde 
 
 
 
• Pode-se estimular a transferência da cadeira para outros lugares 
(sanitários, colchões,assento de carro etc). 
• Pode-se acrescentar técnica de frenagem e giros, além de técnicas de 
equilíbrio, como empinar para trás. 
 
Atividades de condicionamento físico 
As atividades de condicionamento físico devem priorizar força, resistência 
cardiorrespiratória e flexibilidade. Além da manutenção dos percentuais de 
gordura. 
 
Recomendação de atividades físicas voltadas à saúde: 
• Pelo menos 30 minutos de atividade moderada em 5 dias da semana ou 
20 minutos de atividade intensa em 3 dias da semana. 
• Treinamento de força muscular pelo menos 2 vezes por semana 
(músculos estabilizadores das escápulas e cintura escapular anterior). 
• Treinamento de flexibilidade pelo menos 2 vezes por semana (músculos 
rotadores dos ombros). 
• O profissional deve adaptar-se pensando no tempo de lesão e nível de 
condicionamento físico do aluno. 
 
Prioridades no trabalho de condicionamento físico: 
• Estabilização da coluna e correção da postura. 
• Fortalecimento dos músculos do tronco e dos membros superiores. 
• Resistência aeróbia. 
 
Adaptações: 
• Pesos livres para os exercícios de fortalecimento ou posicionamento do 
aluno em um banco com encosto. 
Ana Caroline Recalde 
 
 
 
• Para exercícios aeróbios pode-se trabalhar o impulsionamento da cadeira 
por tempo e intensidade determinados, ergômetro estacionário e 
cicloergômetro. 
 
Para atentar-se: 
• Nas lesões com tetraplegia, muitas vezes o indivíduo não apresenta força 
manual para segurar aparelhos, o profissional pode utilizar luvas com 
gancho ou faixas de amarração. 
• Exercícios isométricos podem causar alteração na pressão, pela possível 
dificuldade de retorno venoso. 
 
Atividades aquáticas na lesão da medula espinhal 
• A água estimula a circulação sanguínea e serve como ferramenta de 
condicionamento cardiorrespiratório. 
• O acúmulo de gordura no tronco e nos membros inferiores, aliado a 
diminuição da massa muscular proporciona ao aluno maior capacidade 
de flutuação. 
• Alguns alunos podem apresentar espasticidade ao entrar na água, deve-
se atentar à temperatura. 
• O aluno não pode apresentar dermatites, processos de úlceras ou 
infecções urinárias. 
• A temperatura da água deve estar em torno de 30°C, especialmente para 
alunos tetraplégicos, devido a dificuldade de regulação térmica. 
• As bordas da piscina não devem ser muito altas em relação ao nível da 
água e não devem ter pontas cortantes. 
• O profissional deve iniciar ensinando flutuações em ambos os decúbitos, 
com mudança de decúbito, respiração subaquática, propulsões básicas e 
técnicas de salvamento. 
• Dar ênfase a técnicas em que os alunos possam virar em decúbito dorsal 
caso a respiração se torne complicada, devido a dificuldade de, em alguns 
casos, erguer a cabeça em decúbito ventral. 
Ana Caroline Recalde 
 
 
 
 
Considerações finais 
• Atividades físicas para pessoas com lesão na medula espinhal podem 
trazer benefícios motores, psicológicos e psicossociais. 
• É preciso haver consciência na adaptação das instalações de centros de 
atividades físicas. 
• Os profissionais de educação física precisam de preparo e conhecimento. 
 
Referência 
GREGUOL, Márcia, COSTA, Roberto Fernades da (Org.). Atividade física 
adaptada: qualidade de vida para pessoas com necessidades especiais. 3. ed. 
Barueri (SP): Manole, 2019. 
 
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