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Livro da Disciplina - Atuária e Contabilidade de Seguros UVA

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Atuária e 
Contabilidade 
de Seguros
Rio de Janeiro
UVA
2016
Marcos Vinícius Kucera
Julio Cezar de Mello Cidade
Atuária e 
Contabilidade 
de Seguros
Rio de Janeiro
UVA
2016
Copyright © UVA 2015
Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida por qualquer 
meio sem a prévia autorização desta instituição.
Texto de acordo com as normas do Novo Acordo Ortográfico 
da Língua Portuguesa.
ISBN: 978-85-69287-14-8 
Autoria do Conteúdo
Marcos Vinícius Kucera 
Julio Cezar de Mello Cidade
Design Instrucional
Daianá Lucília S. A. de Almeida Melo
Projeto Gráfico
UVA
Diagramação
Isabelle Martins
Revisão
Janaína Senna
Lydianna Lima
Ficha Catalográfica elaborada pelo Sistema de Bibliotecas da UVA.
Biblioteca Maria Anunciação Almeida de Carvalho.
K 95 Kucera, Marcos Vinícius 
 
 Atuária e contabilidade de seguros [livro eletrônico] 
 / Marcos Vinícius Kucera, Julio Cezar de Mello Cidade. – 
 Rio de Janeiro : UVA, 2016. 
 
 476 KB.
 ISBN 978-85-69287-14-8 
 Disponível também impresso. 
 
 1. Ciência atuarial. 2. Seguros - Contabilidade. 3. 
 Seguros - Brasil - Legislação. 4. Seguros - Matemática. 5. 
 Estatística. I. Cidade, Julio Cezar de Mello. II. 
 Universidade Veiga de Almeida. III. Título. 
 
 CDD – 368.01
SUMÁRIO
Apresentação...............................................................................................................7
Sobre o autor................................................................................................................9
Capítulo 1 - Perspectivas históricas................................11
História do seguro........................................................................................12
A história do seguro no Brasil.................................................................21
A estrutura do mercado de seguros no Brasil..................................27
Referências...................................................................................................38
Capítulo 2 - Conceitos de seguros e legislação.......41
Principais conceitos de seguros.............................................................42
Seguro público x Seguro privado..........................................................51
Contratos de seguros.................................................................................56
Referências...............................................................................................62
Capítulo 3 - Tipos de seguros, provisões técnicas e 
indicadores do setor......................................................65
Tipos, modalidades ou ramos de seguros........................................66
Coberturas técnicas no setor de seguros....................................81
Indicadores do setor de seguros.......................................................96 
Referências..........................................................................................108
Capítulo 4 - Esquema contábil das sociedades 
seguradoras...................................................................109
Estudo dos procedimentos contábeis adotados nas companhias 
seguradoras..................................................................................................110
Principais demonstrações contábeis padronizadas e informações 
adicionais das companhias seguradoras...........................................142
Aspectos técnicos específicos a serem observados pela 
legislação e normas setoriais..................................................................169
Referências...................................................................................................180
Considerações finais.....................................................182
7
APRESENTAÇÃO
 
APRESENTAÇÃO
Este livro trata de Atuária e Contabilidade de Seguros. As atividades 
de seguros detêm uma importante participação na economia de qual-
quer país do mundo, principalmente hoje, em função da globalização, 
que fomenta relações e fluxos de capitais internacionais, com base na 
quebra das barreiras geográficas e temporais dos negócios, processo 
ancorado no grande desenvolvimento das tecnologias de informação 
e nas metodologias científicas. Apesar da importância histórica no de-
senvolvimento social, as atividades de seguros, como estão configura-
das hoje, guardam peculiaridades, terminologias e práticas que exigem 
um alto grau especialização, embasadas em complexos cálculos atua-
riais, que se concentram no estudo do comportamento das incertezas 
futuras: o risco. Devido a essas peculiaridades e ao seu forte relacio-
namento com as atividades sociais, detêm muita atenção dos setores 
governamentais, regulando e fiscalizando essas atividades, a fim de 
evitar os excessos das pessoas jurídicas que operam no setor, prote-
ger o público-alvo e garantir o cumprimento dos acordos estabelecidos 
entre segurador e segurado. Dentro dessas exigências e regulações, a 
contabilidade desempenha o papel de fundamentar os principais pro-
cedimentos e divulgações das companhias seguradoras, no sentido de 
garantir a manutenção de suas operações. 
Com base nesses argumentos, neste livro abordaremos a evolução 
da atividade securitária no mundo e no Brasil, a estrutura regulatória 
atual, os aspectos conceituais e técnicos que envolvem essas atividades 
nos seus diversos ramos, as operações típicas, as características e os 
requisitos dos contratos e apólices, os recursos garantidores, as limi-
tações e os indicadores do segmento, elementos que subsidiarão o re-
conhecimento, a escrituração e os procedimentos a serem observados 
nas divulgações das demonstrações contábeis e demais evidenciações 
determinadas pelos órgãos reguladores do mercado.
8
Desejamos que você aproveite ao máximo esta experiência e que a leitu-
ra desta obra promova uma oportunidade de reflexão sobre os conteú-
dos abordados, contribuindo efetivamente para o seu enriquecimento 
cultural e acadêmico.
9
SOBRE O AUTOR
Marcos Vinícius Kucera possui graduação em Ciências Contábeis pela 
Universidade do Estado do Rio de Janeiro – Uerj (1998), graduação em 
Ciências Navais pela Escola Naval (1978) e mestrado em Ciências Con-
tábeis também pela Uerj (1998). Exerce as funções de professor (gra-
duação e pós-graduação) e de coordenador desde 1998 em diversas 
instituições de ensino superior, tais como a Universo, a Universidade 
Severino Sombra, as Faculdades Integradas de Jacarepaguá, a Univer-
sidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ e a Universidade Estácio de Sá 
- Unesa. Nesta última, atualmente acumula as funções de docente, con-
teudista, tutor on-line, professor e coordenador do curso de Ciências 
Contábeis na modalidade EAD, tendo exercido, também, as funções 
de diretor do citado curso e de coordenador-geral nacional presencial, 
além de ter elaborado e coordenado cursos de pós-graduação, em espe-
cial Gestão Fiscal e Tributária da citada universidade. Tem larga experi-
ência na área de gestão em diversos segmentos de atividades públicas 
e privadas, sempre em posição de direção/gerência, com ênfase nas 
áreas de Gestão da Produção, de Operações e de Finanças, Contabilida-
de Financeira, Gerencial e Tributária.
......................................................................................................................................................................................................................10
11História do seguro
......................................................................................................................................................................................................................
CAPÍTULO 1 
PERSPECTIVAS HISTÓRICAS
Este capítulo trata da evolução histórica dos seguros até 
os nossos dias, observando os principais aspectos evoluti-
vos do conceito de mutualismo, que embasa as atividades 
securitárias, lembrando que a compreensão evolutiva de 
qualquer segmento de mercado nos ajuda a consolidar a 
compreensão das configurações atuais por meio de suas 
causas e seus efeitos sobre a sociedade. Posteriormente, se-
rão abordadas a evolução desse segmento no Brasil e a atu-
al estrutura regulatória que determina e fiscaliza a forma 
como as seguradoras devem operar no país, bem como os 
aspectos constitutivos e as obrigações dos principais atores 
da área. Dessa forma, procure aproveitar e compreender a 
evolução desse representativo segmento de negócios, en-
tendendo as relações apresentadas de forma a consolidar 
o seu conhecimento, para dar suporte e fundamentar os 
assuntos a serem apresentados nos capítulos posteriores.
Perspectivas históricas12
......................................................................................................................................................................................................................
HISTÓRIA DO SEGURO
O setor de seguros tem forte influência na economia mun-
dial, a tal ponto que, em 2008, em função de problemas 
ocorridos nas operações da gigante americana do setor de 
seguros American International Group – AIG, deflagrou-se 
uma séria crise na economia americana, cujos reflexos são 
sentidos até hoje. Além disso, a perda em aplicações am-
pliou uma séria crise mundial, afetando a credibilidade de 
suas operações e culminando com a intervenção do gover-
no para evitar a queda da empresa. Na ocasião, houve tam-
bém questionamentos relacionados à necessidade de rees-
truturar as regulações no mercado de seguros americano. 
Como se vê, a atividade de seguros influencia bastante 
todo mercado internacional e, no Brasil, sua participação 
no PIB tem crescido bastante, atingindo a marca de 3% nos 
últimos anos, com viés de aumento nos próximos. 
Com base nessas afirmativas, iniciaremos o estudo da ati-
vidade de seguros pelo seu desenvolvimento histórico, pas-
sando pelos impactos na sua formação no Brasil, e depois 
veremos a sua atual estrutura de funcionamento entre nós.
A história do seguro no mundo
A história do seguro é muito antiga e surgiu com a ne-
cessidade de enfrentamento dos perigos que resultassem 
em possíveis perdas de bens decorrentes de ocorrências 
imprevisíveis. Já na Pré-História, o homem sentiu a neces-
sidade de se proteger de outros animais, de intempéries 
ou mesmo de outros homens. A primeira medida tomada 
para redução da probabilidade de ocorrência de sinistros 
13História do seguro
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foi a procura de integração com iguais e o aprendizado 
de como viver em grupos, amplificando, dessa forma, as 
chances de sobrevivência.
Segundo Luís Coelho do Nascimento, em seu ótimo tra-
balho denominado História universal do seguro, na anti-
ga China, em seu auge, a civilização iniciou sua fixação a 
partir do vale amarelo, e as populações dependiam muito 
do comércio efetuado em pequenas barcas, extremamen-
te frágeis, para o seu sustento. Sendo assim, o comércio 
era muito intenso, e o risco de perdas, extremamente ele-
vado. Na busca de mitigação desse alto risco, foi adotada 
uma prática bastante cautelosa, que consistia na separação 
das mercadorias de cada comerciante em diversos barcos, 
assim, caso ocorresse um afundamento ou apresamento, 
apenas seria perdida uma parte dos bens de cada comer-
ciante. Essa forma de prevenção, muito antiga, ainda é uti-
lizada nos dias atuais, sendo conhecida como a técnica da 
fragmentação ou distribuição espacial do risco, como for-
ma de minimizar prejuízos na ocorrência de um sinistro.
O Código de Hamurábi
No século XXIII a.C., os povos da Mesopotâmia, incluindo 
os sumérios, acádios, assírios e babilônios, formavam so-
ciedades altamente organizadas, com base em culturas di-
versas, que eram regidas pelo Código de Hamurábi.
Nessa região, surgiram cidades com construções extrema-
mente complexas, como pirâmides e jardins suspensos. As 
revelações contidas no livro da jurisprudência hebraica na 
Mesopotâmia, o Talmud, revelam que, já naquele tempo, as 
caravanas que atravessavam o deserto uniam-se para garan-
tir a substituição dos camelos perdidos durante as travessias.
Perspectivas históricas14
......................................................................................................................................................................................................................
Hamurábi, imperador da Babilônia entre 2067 e 2025 a.C., 
promulgou um código que incluía, entre leis diversas — ci-
vis, militares e políticas —, leis comerciais, no que se pode 
chamar de um dos maiores escritos jurídicos da Antiguidade.
Esse código, segundo Ribeiro (1994), foi encontrado em 
1901, em Suza, no Elam, próximo à Caldeia, em uma estela 
ou coluna de diorito, com cerca de 250 artigos inscritos 
em 21 colunas horizontais. Esse monumento atualmente 
encontra-se no Museu do Louvre, em Paris.
Em decorrência desse código, foi criada uma associação, 
que se encarregava de dar um novo navio aos comercian-
tes que perdiam o seu, em consequência de tempestades. 
Também assegurava a reposição de animais perdidos nas 
travessias das caravanas, nos desertos, sempre tomando 
por base a ideia central do seguro: o mutualismo.
Mutualismo, na linguagem do seguro, é a reunião de um 
grupo de pessoas, com interesses seguráveis comuns, que 
concorrem para a formação de uma massa econômica, com 
a finalidade de suprir, em certas situações, necessidades 
eventuais do grupo ou de parte de grupo. Por exemplo, em 
um grupo de segurados do ramo vida em grupo de certa se-
guradora, o mutualismo estará presente, uma vez que o gru-
po tem interesses seguráveis comuns e pagam prêmios (que 
é como se chama, na linguagem do seguro, a parte que um 
segurado paga para uma companhia seguradora pela trans-
ferência do risco a que está exposto) para formar uma mas-
sa econômica, que irá suprir suas necessidades em caso de 
ocorrência de qualquer dos eventos cobertos pelo seguro.
15História do seguro
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Muito antes da promulgação desse código já existia a per-
cepção do risco, e a forma de minimizá-lo era a divisão de 
cargas em várias embarcações, ou camelos, de diversas ca-
ravanas, na Mesopotâmia. Assim, antes do mutualismo já 
havia o conceito de diversificação como forma de diluição 
do risco.
O seguro na Grécia Antiga
Os fenícios, desde 1600 a.C., efetuavam intenso comércio 
marítimo e, em função disso, já estabeleciam práticas que 
asseguravam a reposição de embarcações aos armadores 
que tivessem perdido as suas. O fundo que garantiria essa 
reposição era uma reserva constituída com parte do lucro 
de cada expedição e tinha o propósito de fazer face a per-
das ocorridas em futuras viagens.
Essa intensa movimentação comercial no Mar Mediterrâ-
neo possibilitou a fundação de cidades como Lisboa, Cádiz 
e Cartago.
A Grécia, séculos depois, também iniciou e consolidou sua 
expansão marítima.
No século IX a.C., dois séculos antes da fundação de Roma, 
foram promulgadas as Leisde Rodes (Lex Rhodia de Jactu), 
que estabeleceram a proteção contra os perigos do mar, 
código esse que fixou a base para o direito mercantil. Seus 
preceitos foram pilares importantes para o futuro do co-
mércio marítimo.
As Leis de Rodes se estenderam no tempo e no espaço a 
todas as potências marítimas, pois o Código Navale Rho-
dorium definiu um conjunto de princípios e regulamentos 
Perspectivas históricas16
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que deveriam ser cumpridos por todos e que regem, ainda 
nos dias atuais, a avaria grossa. Naquela situação, os do-
nos das embarcações e das cargas repartiam os prejuízos 
se uma ocorrência, durante alguma viagem, obrigasse o 
capitão da embarcação, por exemplo, a fazer o seu enca-
lhe (varação) ou se desfazer da carga. Toda a mercadoria 
transportada que chegasse a salvo ao seu destino era one-
rada com o valor da que fora perdida, como uma forma 
rudimentar de contribuição para a avaria grossa.
Em 600 a.C., na Grécia, as leis de Atenas materializaram 
a ideia do mutualismo por meio da criação de caixas de 
auxílio mútuo, corporativas ou religiosas, cujo principal 
objetivo era o da prevenção quanto a gastos excepcionais 
do grupo.
Nesse mesmo período relatado, que muitos chamam de 
pré-história do seguro e alguns autores denominam pré-
-seguro, pudemos verificar que fenícios e gregos, povos ca-
racterizados pelo forte senso empreendedor, por estarem 
sempre expostos aos riscos da atividade comercial maríti-
ma, tiveram a ideia de agrupamento de diversos empreen-
dedores para formarem, juntos, uma reserva de recursos, 
com a finalidade de reposição de perdas causadas pela 
ocorrência de sinistros.
O seguro no Império Romano
Sabendo que os gregos eram grandes navegadores e ativos 
comerciantes e que suas ideias sobre direito foram pilares 
importantes para o comércio marítimo — especialmente 
no que dizia respeito a essa atividade —, os romanos, em 
função da ausência de regulação do comércio, enviaram à 
Grécia, em 454 a.C., uma delegação composta de três mem-
17História do seguro
......................................................................................................................................................................................................................
bros com o intuito de estudar as leis gregas que versavam 
sobre o tema. Após regressarem, em 452 a.C., elaboraram 
um código de dez tábuas, que foi complementado em 459 
a.C. com mais duas tábuas, elaboradas pelo decenvirato 
encarregado dessa tarefa, ficando, assim, concluída a fa-
mosa Lei das 12 Tábuas, talvez o código antigo com maior 
propagação no tempo e espaço, pois perdurou por quase 
1.000 anos, até o surgimento do Código de Justiniano, no 
ano cristão de 527.
Decenvirato era o conjunto composto por dez magistrados 
romanos (decênviros) encarregados de codificar as leis.
Não se pode falar em direito marítimo e dos contratos re-
lacionados ao transporte marítimo sem se mencionar, em 
especial, o Foenus Nauticum.
Em relação aos seguros em geral, o Império Romano teve 
contribuição pioneira com a organização das sociedades 
funerárias (collegia tenuiorum). Eles organizaram os ser-
viços funerários e de beneficência (práticas semelhantes 
aos montepios atuais). Nessa estrutura, os membros dessa 
collegia faziam contribuições para a criação de um fundo 
que cobria as despesas de funerais. 
Como a atividade militar era muito presente, e com ela 
havia risco elevado, foi também criada a collegia militum, 
destinada à concessão de pensões em caso de incapacida-
de decorrente de ferimentos, que causassem inatividade, 
sofridos nos campos de batalha, ou garantia as pensões 
de reforma para quem atingisse o limite cronológico para 
atividades militares.
Perspectivas históricas18
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A primeira seguradora da Inglaterra
A partir do surgimento das collegias, nos séculos X e XI 
surgiram várias sociedades de caráter assistencial de di-
versos tipos: para incêndios, naufrágios etc. Essas socieda-
des acabaram se transformando em associações de segu-
ros mútuos.
As expedições marítimas envolviam grandes investimen-
tos e riscos, e, dessa forma, alguns afortunados (no caso, 
os mutuantes) emprestavam dinheiro aos navegadores (es-
tes na condição de mutuários) para financiar as viagens. A 
garantia dada aos mutuantes eram os próprios navios e a 
totalidade de sua carga. 
Caso ocorresse algum sinistro, aquele empréstimo seria 
perdoado, mas, em caso de chegada ao porto de destino a 
salvo, esses empréstimos eram pagos acrescidos dos juros 
náuticos.
Em 1234, o Papa Gregório IX proibiu, com base no direito 
canônico, essa prática, por entender esse tipo de emprésti-
mo como o pecado da usura.
A forma encontrada para manter a atividade, contornando 
a proibição, consistia em o mutuante assumir a compra da 
embarcação (em vez de configurar um empréstimo com 
garantia), adiantando o dinheiro correspondente. Se o na-
vio chegasse a salvo ao destino, o mutuário se desfazia do 
acordo e pagava o valor emprestado acrescido dos juros, a 
título de indenização. Para muitos, esse foi o prenúncio do 
prêmio e a origem do seguro.
19História do seguro
......................................................................................................................................................................................................................
O primeiro contrato de seguro data de 1347, em Gênova. A 
primeira apólice de seguro data de 1385 e foi feita em Piza.
O seguro, como é conhecido hoje, estabeleceu-se na Ingla-
terra, durante a Revolução Industrial.
Edward Lloyd criou uma bolsa de seguros denominada 
Lloyd’s, que ensejou, mais tarde, a criação de instituições 
de seguros até hoje atuantes nos mercados do mundo; des-
tacamos, dentre elas, a Lloyd’s Register of Shipping.
Destaca-se que a Revolução Industrial incrementou o de-
senvolvimento de outros ramos de seguros, como os de 
incêndio e os de vida dos empregados das indústrias in-
glesas. Como foi visto até aqui, o foco dos seguros estava 
muito voltado para o segmento do comércio marítimo.
Os primeiros seguros de vida no século XVIII
A Revolução Industrial ocorreu na Inglaterra no século 
XVIII e trouxe grandes transformações para a sociedade 
inglesa, estendendo essas mudanças para toda a Europa.
O surgimento de empresas com vultuosos montantes de 
recursos investidos, com razoável exposição ao risco, trou-
xe grande impulso às atividades de seguros. Além disso, os 
então recentes estudos sobre probabilidade deram origem 
ao que hoje conhecemos como ciência atuarial e trouxeram 
maior confiança para segurados e seguradoras.
Na esteira desse novo ambiente, surgiram as primeiras se-
guradoras do ramo vida, pois Edmond Halley (ele mesmo, 
o descobridor do cometa Halley) publicou estudos científi-
cos com tábuas de mortalidade, que consistiam na obser-
vação e no cálculo de sobrevida, de um ano para outro, de 
um determinado grupo de indivíduos.
......................................................................................................................................................................................................................
Perspectivas históricas20
......................................................................................................................................................................................................................
Para que se tenha ideia do impacto desses estudos, em 
1782 foi registrada a emissão de mais de 3.000apólices de 
seguros do ramo vida inteira pela sociedade mútua Equita-
ble Assurance Society.
21A história do seguro no Brasil
............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................
A HISTÓRIA DO SEGURO NO BRASIL
A versão oficial é de que, em 1808, com a abertura dos 
portos brasileiros ao comércio internacional, foi iniciada a 
atividade seguradora no Brasil; porém, desde o descobri-
mento a atividade existia, regulada pelas leis portuguesas.
Desse modo, podemos dividir em três etapas a história do 
seguro no Brasil: colônia, império e república.
No período que o Brasil era colônia portuguesa, compreen-
dido entre 1500 e 1822, o seguro era utilizado no comércio 
de escravos, e havia, na Província da Bahia, a previdência 
dos traficantes de escravos, pois os traficantes se junta-
ram para enfrentar os riscos da atividade em viagens sem-
pre perigosas. O seguro, no entanto, restringia-se às ativi-
dades marítimas, e seus contratos eram regulamentados 
pela corte, por meio da expedição de alvarás.
Alguns historiadores mostram que, por intermédio dos je-
suítas, houve registros de atividades de previdência e se-
guros. Sua mais remota regulamentação data de agosto de 
1791, quando foram promulgadas as regulações da Casa 
de Seguros de Lisboa, que foram mantidas até a indepen-
dência do Brasil (1822).
A partir da independência do Brasil, iniciou-se a segunda 
etapa mostrada por Pinto, a etapa do Brasil Império. As 
atividades de seguros foram regulamentadas a partir do 
Código Comercial Brasileiro, em 1850, criado em função 
da grande expansão do comércio com países estrangeiros, 
tomando por base os estudos do Visconde de Cairu e da 
comissão nomeada pelo regente, em 1834. Eles tiveram 
22
......................................................................................................................................................................................................................
Perspectivas históricas
como referência principal, tal qual a maioria dos códigos 
adotados por outros países, o code de commerce francês, 
elaborado em 1808.
O Código Comercial Brasileiro, promulgado pela Lei nº 
556/1850, disciplinou especificamente os seguros maríti-
mos em seus artigos 666 a 730.
A terceira etapa inicia-se com a Proclamação da República, 
em 1889, e nela procurou-se o aperfeiçoamento das regula-
mentações específicas para a fiscalização e o controle das 
companhias seguradoras instaladas no território nacional, 
com forte viés nacionalista.
Em 1891, foi promulgado o Decreto nº 434, que obrigava 
as sociedades mútuas de seguros e as seguradoras estran-
geiras a terem autorização prévia para seu funcionamento 
em território nacional. Aumentando o rigor do controle e 
fiscalização dessas companhias, foi regulamentada a Lei 
nº 294, de 5 de setembro de 1895, por meio do Decreto nº 
2153, de 1º de novembro de 1895, que obrigava as com-
panhias estrangeiras de seguro de vida a apresentar, em 
detalhes, lista de todos os seguros em vigor e a publica-
ção, a cada semestre, do relatório das operações de cada 
seguradora, com declaração de prêmios arrecadados e das 
provisões constituídas.
O maior objetivo dessas últimas medidas era obrigar as 
seguradoras estrangeiras a manterem divisas no Brasil e 
incentivar o surgimento de novas companhias genuina-
mente brasileiras.
Em decorrência dessas medidas, diversas seguradoras 
estrangeiras optaram pelo encerramento de suas ativi-
dades no Brasil.
23A história do seguro no Brasil
......................................................................................................................................................................................................................
A primeira regulamentação geral das operações de seguros 
no Brasil foi materializada no Decreto nº 4.270, de 10 de 
dezembro de 1901, e ficou conhecida como “Regulamento 
Murtinho”, que era o Ministro da Fazenda, naquele ano, do 
governo de Campos Salles. Esse decreto, em função das 
contrárias manifestações a ele apresentadas pelas segura-
doras estrangeiras, foi substituído pelo Decreto nº 5.072, 
de 12 de dezembro de 1903.
A promulgação do Código Civil brasileiro, pela Lei nº 
3.071/1916, trouxe grande avanço em relação aos contra-
tos de seguros no Brasil com o tratamento a eles dispensa-
do em alguns de seus artigos.
A primeira companhia seguradora no Brasil
A partir da chegada da família real ao Brasil, em 1808, co-
meça a haver um novo olhar para o futuro do Brasil, esse 
novo olhar, em termos de desenvolvimento econômico, 
para a colônia. 
Atos como a criação do Banco do Brasil, a abertura dos 
portos brasileiros às nações amigas, entre outros, come-
çam a mudar as condições econômicas do país.
Sob as oportunidades criadas pelo novo ambiente econô-
mico, foi criada, no mesmo ano, a primeira companhia se-
guradora brasileira, a Companhia de Seguros Boa-Fé, que 
era regulada pela Casa de Seguros de Lisboa.
Em pouco tempo, outras seguradoras receberam autoriza-
ção para funcionamento em território brasileiro, entre elas 
a Conceito Público, a Idemnidade e a Permanente.
Ressalte-se que essas seguradoras somente atuavam no 
ramo de seguro marítimo.
24
......................................................................................................................................................................................................................
Perspectivas históricas
O surgimento do seguro de vida no Brasil
O Código Comercial, ao tratar do ramo de seguros, tinha foco 
exclusivo no seguro marítimo, mesmo assim ocorreu o surgi-
mento de seguradoras que operavam com o seguro terrestre.
Por razões religiosas e morais, era expressamente proibi-
do, nesse código, o seguro de vida, porém, sob a alegação 
de que era somente proibido o seguro de vida quando feito 
em conjunto com o seguro marítimo, a partir de 1855 foi 
autorizada no Brasil a atividade.
A Companhia Seguradora Tranquilidade foi a primeira segu-
radora fundada no Brasil para operar com seguros de vida.
Para nossa vergonha atualmente, um senhor podia, naque-
la época, fazer o seguro de vida de seus escravos, pois es-
tes não eram considerados pessoas, e, sim, coisas.
A abertura do mercado às seguradoras 
estrangeiras
A partir de 1862, em face do aquecimento da atividade 
econômica do Brasil, por decorrência da cultura cafeeira e 
seus impactos econômicos internos, o interesse de várias 
seguradoras estrangeiras em aqui atuarem foi consolida-
do com a autorização de operação em território brasileiro 
concedida à Companhia de Seguros Garantia, de origem 
portuguesa. A partir dessa autorização, outras foram con-
cedidas a diversas seguradoras de vários países, como Por-
tugal, Inglaterra, Alemanha, Estados Unidos e Suíça.
A criação do Instituto de Resseguros do Brasil
Teve grande importância a regulamentação feita no De-
creto nº 24.782, de 14 de julho de 1934, que criou nova 
estrutura para o órgão fiscalizador dos seguros, além de 
25A história do seguro no Brasil
......................................................................................................................................................................................................................
extinguir a Inspetoria de Seguros, criando o Departamento 
Nacional de Seguros Privados e Capitalização – DNSPC.
A Constituição de 1937 estabeleceu o “Princípio da Nacio-
nalização do Seguro” já contido na Constituição de 1934. 
Uma das primeiras consequências dessa determinação 
foi a promulgação do Decretonº 5.901, de 20 de junho 
de 1940, que institui os seguros obrigatórios para comer-
ciantes, industriais e concessionários de serviços públicos, 
sendo pessoas físicas ou jurídicas, contra os riscos de in-
cêndio e transportes em qualquer modalidade.
Em 1939 ocorre um fato marcante para o segmento de segu-
ros no Brasil. Foi criado o Instituto de Resseguros do Brasil 
– IRB, com o objetivo de, em atendimento ao previsto nas 
Constituições de 1934 e 1937, nacionalizar o seguro e a re-
gulação das atividades de seguros, evitando, assim, a remes-
sa de divisas, feitas pelas seguradoras, para outros países.
O resseguro é o seguro feito pelas seguradoras para sua 
própria proteção no caso de ocorrência dos riscos por ela 
contratados, ou seja, é o seguro do seguro.
A instituição do SNSP e a criação da Susep
Em 1966, mais um passo importante se dá com a criação 
da Superintendência de Seguros Privados – Susep, feita por 
meio da promulgação do Decreto-Lei nº 73, de 21 de no-
vembro de 1966, em substituição ao DNSPC. Esse decreto 
também regula todas as operações de seguros e resseguros, 
além de instituir o Sistema Nacional de Seguros Privados 
– SNSP, constituído pelo Conselho Nacional de Seguros Pri-
vados – CNSP, pela Susep, pelo Instituto de Resseguros do 
Brasil, pelas sociedades autorizadas a operar em seguros 
privados e pelos corretores habilitados.
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26
......................................................................................................................................................................................................................
Perspectivas históricas
Em 1967, o Decreto-Lei nº 261 revoga o Decreto nº 
22.456/33, que normatizava as atividades de capitaliza-
ção, submetendo essa atividade aos ditames do Decreto 
nº 73/66 e criando o Sistema Nacional de Capitalização, 
constituído pelo CNSP, pela Susep e pelas sociedades auto-
rizadas a operar em capitalização.
Em 1996, duas medidas marcaram a história do seguro no 
Brasil: a quebra do monopólio do IRB e a reabertura do 
mercado para empresas estrangeiras do ramo de seguros.
Desde então ocorreu um fantástico crescimento do volume 
de seguros no Brasil.
Em 2000, a Lei nº 9.961 cria a Agência Nacional de Saúde 
Suplementar – ANS, vinculada ao Ministério da Saúde, com 
a finalidade institucional de promover a defesa do interes-
se público na assistência suplementar à saúde, regular as 
operadoras do setor e contribuir para o desenvolvimento 
de ações de saúde no Brasil.
Importa notar que, ao longo do histórico visto, falamos em 
seguros de coisas, de pessoas, de saúde, de previdência e de 
capitalização, todos englobados no segmento de seguros.
27A estrutura do mercado de seguros no Brasil
............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................
A ESTRUTURA DO MERCADO DE SEGUROS 
NO BRASIL
Componentes do SNSP
A intervenção do Estado nas atividades de seguro não é 
recente e ocorre há vários anos. Em 1934, por meio do De-
creto nº 24.782, foi criado o DNSPC, em substituição à Ins-
petoria de Seguros, que o decreto extinguiu. O Decreto-Lei 
nº 73, de 21 de novembro de 1966, extinguiu esse departa-
mento e foi criada, em sua substituição, a Susep, instituído 
o SNSP e criado o CNSP.
Como vimos no tópico anterior, o SNSP tem como objetivo 
o fortalecimento do mercado segurador brasileiro, buscan-
do proporcionar as condições necessárias, tanto de solvên-
cia quanto de liquidez, às seguradoras. 
O SNSP foi instituído pela Lei nº 73/66, de 21 de novembro 
de 1966, e é composto pelos seguintes elementos:
1. CNSP.
2. IRB.
3. Susep.
4. Entidades Abertas de Previdência Complementar 
– EAPC.
5. Seguradoras.
6. Resseguradoras.
7. Segurados.
8. Corretores habilitados.
28
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Perspectivas históricas
1. CNSP
O sítio do Ministério da Fazenda apresenta a seguinte de-
finição: 
o Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) é o 
órgão normativo das atividades securitícias do país, 
foi criado pelo Decreto-Lei nº 73, de 21 de novem-
bro de 1966, diploma que institucionalizou, tam-
bém, o Sistema Nacional de Seguros Privados, do 
qual o citado Colegiado é o órgão de cúpula.
A principal atribuição do CNSP, na época da sua 
criação, era a de fixar as diretrizes e normas da po-
lítica governamental para os segmentos de Seguros 
Privados e Capitalização, tendo posteriormente, 
com o advento da Lei nº 6.435, de 15 de julho de 
1977, suas atribuições se estendido à Previdência 
Privada, no âmbito das entidades abertas.
Conforme disposto no Art. 1º da Lei nº 8.392, de 
30 de dezembro de 1991, o CNSP teve o prazo da 
vigência, para funcionar como órgão Colegiado, 
prorrogado até a data de promulgação da Lei Com-
plementar de que trata o Art. 192 da Constituição 
Federal.
O CNSP tem se submetido a várias mudanças em 
sua composição, sendo a última a da edição da Lei 
nº10.190, de 14 de fevereiro de 2001, que lhe deter-
minou a atual estrutura.
Composição
Ministro de Estado da Fazenda ou seu representan-
te, na qualidade de Presidente.
Superintendente da Superintendência de Seguros 
Privados - Susep, na qualidade de vice-residente.
Representante do Ministério da Justiça.
Representante do Banco Central do Brasil – Bacen.
Representante do Ministério da Previdência e Assis-
tência Social.
Representante da Comissão de Valores Mobiliários 
- CVM.
29A estrutura do mercado de seguros no Brasil
......................................................................................................................................................................................................................
Atribuições
Fixar as diretrizes e normas da política de seguros 
privados.
Regular a constituição, a organização, o funciona-
mento e a fiscalização dos que exercem atividades 
subordinadas ao Sistema Nacional de Seguros Priva-
dos, bem como a aplicação das penalidades previstas.
Fixar as características gerais dos contratos de se-
guros, previdência privada aberta e capitalização.
Estabelecer as diretrizes gerais das operações de 
resseguro.
Prescrever os critérios de constituição das Socieda-
des Seguradoras, de Previdência Privada Aberta e 
de Capitalização, com fixação dos limites legais e 
técnicos das respectivas operações.
Disciplinar a corretagem do mercado e a profissão 
de corretor. (BRASIL, 2013)
2. IRB
De acordo com o sítio do IRB (Instituto de Resseguros do 
Brasil), para que se entenda a trajetória do IRB é neces-
sário, antes, compreender as mudanças dos caminhos es-
colhidos pelo Brasil a partir da década de 1930. Naquela 
ocasião, o Brasil vivia uma grande onda nacionalista, que 
refletiu também no mercado de seguros. Isso resultou na 
aprovação do “Princípio de Nacionalização do Seguro”, 
previsto na Constituição de 1934 e incluído na Carta Mag-
na sancionada em 1937.
Em 3 de abril de 1939, foi promulgado o Decreto-Lei nº 
1.186, que criou o IRB. Esse decreto foi um marco impor-
tante e decisivo na história do mercado de seguros bra-
sileiro, que era, até então, embrionário. Foi também um 
divisor de águas. Naquela época, a atividade de seguros era 
controlada por empresas estrangeiras, as quais, na maioria 
dos casos, atuavam como agênciasde captação de seguros 
para as suas matrizes.
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Perspectivas históricas
Na prática, o IRB começou a operar apenas no primeiro 
semestre de 1940. Inicialmente, o foco foi direcionado 
para o seguro de incêndio, maior carteira do país, então, 
responsável por algo em torno de 75% da receita total do 
mercado.
O sucesso foi imediato. Em apenas nove meses, o IRB con-
seguiu atingir a marca de 90% de retenção no país dos 
prêmios de resseguros no ramo incêndio. Assim, o resse-
gurador iniciava a sua missão de colaborar para o desen-
volvimento do mercado de seguros e, indiretamente, para 
o incremento da economia nacional. Vale lembrar que o 
Governo, motivado por um forte sentimento nacionalista, 
usou o decreto de criação do IRB para evitar a evasão de 
divisas, obrigando as seguradoras a ressegurarem no país 
todas as responsabilidades que excedessem sua capacida-
de de retenção própria. Assim, foi possível impedir que um 
volume imenso de divisas fosse remetido para o exterior, 
como até então ocorria. Surgia, dessa forma, a retrocessão, 
por meio da qual o IRB passou a compartilhar o risco com 
as seguradoras em operação no Brasil.
Pressionadas pelo sucesso obtido pela forma inovadora de 
atuação do IRB, as empresas estrangeiras se organizaram, 
então, como seguradoras brasileiras, com reservas cons-
tituídas no país. Nascia, assim, um mercado doméstico 
promissor, impulsionado pelo IRB, principal responsável 
pelo surgimento de seguradoras de capital brasileiro, com 
o estabelecimento de baixos limites de retenção.
Outro instrumento criado na época e que contribuiu para 
o fortalecimento do mercado interno foi o “excedente úni-
co”, pelo qual as seguradoras nacionais menores, pouco 
31A estrutura do mercado de seguros no Brasil
......................................................................................................................................................................................................................
capitalizadas e sem muitos recursos técnicos, puderam ter 
condições de concorrer com as seguradoras estrangeiras, 
respaldadas pela cobertura automática do resseguro.
Foi assim até a década de 1990, quando começaram a ficar 
mais fortes as pressões em defesa da abertura e do fim do 
monopólio do resseguro, o que acabou ocorrendo em 1996.
3. Susep
Segundo o sítio da Susep, em 1966, no Decreto-Lei nº 73, 
de 21 de novembro de 1966, 
foram reguladas todas as operações de seguros e 
resseguros e instituído o Sistema Nacional de Se-
guros Privados, constituído pelo Conselho Nacional 
de Seguros Privados (CNSP); a Superintendência de 
Seguros Privados (Susep); o Instituto de Resseguros 
do Brasil (IRB); as sociedades autorizadas a operar 
em seguros privados; e os corretores habilitados.
O Departamento Nacional de Seguros Privados e 
Capitalização – DNSPC – foi substituído pela Su-
perintendência de Seguros Privados – Susep – enti-
dade autárquica, dotada de personalidade jurídica 
de Direito Público, com autonomia administrativa 
e financeira, jurisdicionada ao Ministério da Indús-
tria e do Comércio até 1979, quando passou a estar 
vinculada ao Ministério da Fazenda.
Em 28 de fevereiro de 1967, o Decreto nº 22.456/33, 
que regulamentava as operações das sociedades de 
capitalização, foi revogado pelo Decreto-lei nº 261, 
passando a atividade de capitalização a subordi-
32
......................................................................................................................................................................................................................
Perspectivas históricas
nar-se, também, a numerosos dispositivos do De-
creto-lei nº 73/66. Adicionalmente, foi instituído o 
Sistema Nacional de Capitalização, constituído pelo 
CNSP, a Susep e pelas sociedades autorizadas a ope-
rar em capitalização.
A Susep é a entidade responsável pelo controle e a fisca-
lização do mercado de seguro, previdência privada aberta 
e capitalização. Dentre suas atribuições estão: fiscalizar a 
constituição, organização, funcionamento e operação das 
sociedades seguradoras, de capitalização, entidades de pre-
vidência privada aberta e resseguradores, na qualidade de 
executora da política traçada pelo CNSP; atuar no sentido de 
proteger a captação de poupança popular que se efetua por 
meio das operações de seguro, previdência privada aberta, 
de capitalização e resseguro; zelar pela defesa dos interes-
ses dos consumidores dos mercados supervisionados; pro-
mover o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumen-
tos operacionais a eles vinculados; promover a estabilidade 
dos mercados sob sua jurisdição; zelar pela liquidez e sol-
vência das sociedades que integram o mercado; disciplinar 
e acompanhar os investimentos daquelas entidades, em es-
pecial os efetuados em bens garantidores de provisões téc-
nicas; cumprir e fazer cumprir as deliberações do CNSP e 
exercer as atividades que por este forem delegadas; prover 
os serviços de secretaria executiva do CNSP.
4. EAPC
Entidades abertas de previdência complementar são enti-
dades constituídas unicamente sob a forma de sociedades 
anônimas e têm por objetivo instituir e operar planos de 
benefícios de caráter previdenciário concedidos em for-
ma de renda continuada ou pagamento único, acessíveis a 
33A estrutura do mercado de seguros no Brasil
......................................................................................................................................................................................................................
quaisquer pessoas físicas. São regidas pelo Decreto-Lei nº 
73, de 21 de novembro de 1966, e pela Lei Complementar 
nº 109, de 29 de maio de 2001. As funções do órgão regu-
lador e do órgão fiscalizador são exercidas pelo Ministério 
da Fazenda, por intermédio do CNSP e da Susep.
As EAPC oferecem diversos tipos de planos:
Tipos de planos/benefícios
Os planos previdenciários podem ser contratados de for-
ma individual ou coletiva (averbados ou instituídos); e po-
dem oferecer, juntos ou separadamente, os seguintes tipos 
básicos de benefício:
• RENDA POR SOBREVIVÊNCIA: renda a ser paga 
ao participante do plano que sobreviver ao prazo 
de diferimento contratado, geralmente denominada 
aposentadoria.
• RENDA POR INVALIDEZ: renda a ser paga ao 
participante em decorrência de sua invalidez total 
e permanente ocorrida durante o período de cober-
tura e depois de cumprido o período de carência 
estabelecido no plano.
• PENSÃO POR MORTE: renda a ser paga ao(s) be-
neficiário(s) indicado(s) na proposta de inscrição 
em decorrência da morte do participante ocorrida 
durante o período de cobertura e depois de cum-
prido o período de carência estabelecido no plano.
• PECÚLIO POR MORTE: importância em dinheiro, 
pagável de uma só vez ao(s) beneficiário(s) indica-
do(s) na proposta de inscrição, em decorrência da 
morte do participante ocorrida durante o período 
34
......................................................................................................................................................................................................................
Perspectivas históricas
de cobertura e depois de cumprido o período de ca-
rência estabelecido no plano.
• PECÚLIO POR INVALIDEZ: importância em dinhei-
ro, pagável de uma só vez ao próprio participante, em 
decorrência de sua invalidez total e permanente ocor-
rida durante o período de cobertura e depois de cum-
prido o período de carência estabelecido no plano.
A Susep e as entidades criaram os seguintes planos pa-
drões, que atualmente são comercializados pelo mercado 
de previdência complementar aberta: Plano Gerador de Be-
nefícioLivre – PGBL; Plano com Remuneração Garantida e 
Performance – PRGP; Plano com Atualização Garantida e 
Performance – PAGP; Plano com Remuneração Garantida 
e Performance sem Atualização – PRSA; e Plano de Renda 
Imediata – PRI.
5. Sociedades seguradoras
São entidades, constituídas sob a forma de sociedades 
anônimas, especializadas em pactuar contrato, por meio 
do qual assumem a obrigação de pagar ao contratante (se-
gurado), ou a quem ele designar, uma indenização, no caso 
em que advenha o risco indicado e temido, recebendo, para 
isso, o prêmio estabelecido.
6. Resseguradoras
São entidades, constituídas sob a forma de sociedades 
anônimas, que têm por objeto exclusivo a realização de 
operações de resseguro e retrocessão.
Resseguro é o seguro realizado por empresa seguradora, 
no qual o segurador se responsabiliza, total ou parcial-
35A estrutura do mercado de seguros no Brasil
......................................................................................................................................................................................................................
mente, pelo risco de uma operação já coberta por outro 
segurador. É o seguro do seguro.
Retrocessão é o repasse de parte das responsabilidades, 
que um ressegurador assumiu, para outro ou para compa-
nhias seguradoras locais, com o objetivo de proteger seu 
patrimônio. Nessa operação, são cedidos riscos, informa-
ções e parte do prêmio de seguro. É o seguro do resseguro.
7. Segurados
São as pessoas físicas ou jurídicas que, tendo interesse se-
gurável, contratam um seguro em seu benefício pessoal ou 
de terceiros. São as pessoas em relação às quais a segura-
dora assume a responsabilidade de determinados riscos.
8. Corretores habilitados
Segundo o sítio Tudo Sobre Seguros, os corretores são pes-
soas físicas ou jurídicas legalmente autorizadas a interme-
diar contratos de seguros entre as sociedades seguradoras 
e as pessoas físicas ou jurídicas de direito privado, sendo 
remunerados por meio de um percentual de comissão so-
bre o valor do prêmio pago pelo segurado. 
São empresas ou profissionais liberais, sem vínculos com 
as seguradoras, de modo a estarem mais bem posiciona-
dos na defesa dos interesses dos segurados. A profissão 
foi regulamentada pela Lei nº 4.594, de 29 de dezembro de 
1964, e seu exercício depende de prévia obtenção de título 
de habilitação concedido pela Susep. Para a obtenção de tal 
título, o órgão exige a conclusão de curso técnico-profissio-
nal de seguros, oficial ou reconhecido, e a prestação de exa-
me nacional, promovido pela Escola Nacional de Seguros, 
responsável no Brasil pela formação desse profissional. 
36
......................................................................................................................................................................................................................
Perspectivas históricas
Os corretores de seguros são organizados em sindicatos 
estaduais afiliados à Federação Nacional dos Corretores 
de Seguros Privados e de Resseguros, de Capitalização, de 
Previdência Privada, das Empresas Corretoras de Seguros e 
de Resseguros – Fenacor. 
No Brasil, as seguradoras só podem receber propostas de 
seguros por parte de corretores legalmente habilitados ou 
direto dos proponentes, mas o comissionamento da inter-
mediação é obrigatório.
Neste capítulo, você estudou a ideia de seguro, sua história, 
suas diversas ramificações, como evoluíram ao longo da his-
tória e de que forma funcionam essas atividades no Brasil.
Desde os primórdios da civilização, o homem sempre este-
ve exposto a riscos. Inicialmente, à sua integridade física e, 
a partir do momento que entendeu a ideia de acumulação 
de patrimônio, aos seus bens.
A partir dessa percepção, o homem se tornou capaz de, 
atuando em grupos e de forma solidária, reduzir sua expo-
sição aos danos causados por esses riscos.
À medida que a economia foi evoluindo, esse modelo de 
proteção foi sendo aperfeiçoado.
Finalizamos o capítulo conhecendo a estrutura do merca-
do segurador brasileiro e um pouco de seu funcionamento 
em relação aos diversos tipos de seguros que são contrata-
dos diariamente em nosso país.
37A estrutura do mercado de seguros no Brasil
......................................................................................................................................................................................................................
Após a leitura, algumas reflexões se tornam oportunas para 
que possamos ter o dimensionamento correto da importân-
cia dessa atividade para a humanidade. Uma delas seria: a 
economia do mundo teria evoluído ao ponto em que esta-
mos hoje sem que tivesse sido criada a prática do seguro? 
Perspectivas históricas38
......................................................................................................................................................................................................................
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......................................................................................................................................................................................................................
40
41Principais conceitos de seguros
......................................................................................................................................................................................................................CAPÍTULO 2 
CONCEITOS DE SEGUROS E 
LEGISLAÇÃO
Neste capítulo, inicialmente, trataremos das definições dos 
principais conceitos inerentes às operações do setor de se-
guros, de seus principais aspectos, do risco, do sinistro e 
do mutualismo como objetos técnicos dessas operações, 
bem como dos limites de responsabilidade e de retenção 
e das bases iniciais do patrimônio líquido ajustado, um 
importante elemento definidor dos limites de responsa-
bilidade assumida pela seguradora. Posteriormente, serão 
caracterizados os ramos de seguros sociais ou públicos, 
em confronto com os seguros privados em seus principais 
aspectos e segmentos, bem como os conceitos iniciais das 
operações típicas do setor de seguros: cosseguro, ressegu-
ro e retrocessão. Finalizando este capítulo, serão tratados 
os principais instrumentos jurídicos que formalizam as re-
lações entre segurador e segurado, caracterizando os prin-
cipais elementos presentes nos contratos de seguros e as 
apólices deles derivantes, que formalizam os direitos e as 
obrigações relacionados à cobertura de riscos estabelecida 
na negociação firmada entre as partes. 
Portanto, procure compreender as relações apresentadas 
de forma a criar o necessário embasamento para os assun-
tos que serão estudados nos capítulos subsequentes.
42
......................................................................................................................................................................................................................
Conceitos de seguros e legislação
PRINCIPAIS CONCEITOS DE SEGUROS
Elementos básicos do seguro
Podemos chamar de seguro a transferência de um risco, 
por uma pessoa, chamada de segurado, que passa a pos-
sibilidade de perda financeira para uma companhia de se-
guros, chamada de seguradora, que assume, mediante o 
recebimento de um prêmio por antecipação, a obrigação 
de reparação de danos causados ao segurado ou até mes-
mo a terceiros, caso haja a ocorrência do risco transferido 
para a seguradora.
Vejamos a definição de seguros, segundo Freire (1959, p. 68):
É a prática da solidariedade, no sentido de previ-
dência, incentivada por um grupo de pessoas (se-
guradores) e realizada por outro grupo (segurados), 
que numa operação mutualizada visam à proteção 
econômica que atenue os danos sofridos (objeto) 
pelo indivíduo ou que atinja a terceiros (beneficiá-
rios), em virtude de acontecimentos fortuitos previ-
síveis (risco); proteção que os primeiros oferecem e 
os segundos procuram e que se efetiva pelo acordo 
escrito (apólice) entre as partes, estabelecendo a re-
tribuição oferecida (indenização) e a contribuição 
combinada (prêmio) calculada nas bases da ciência 
atuarial.
Para Brasil (1985, p. 174), 
Seguro é um contrato bilateral e oneroso, através 
do qual uma das partes (segurador), recebendo uma 
remuneração (prêmio), obriga-se com a outra (segu-
rado) a indenizá-la, ou a terceiros, por ela indicados 
(prejudicados ou beneficiários), no caso de se reali-
zar um risco determinado (sinistro).
43Principais conceitos de seguros
......................................................................................................................................................................................................................
Já Figueiredo (2012, p. 13) define que: “Seguro é um plano 
social que combina os riscos de muitos indivíduos dentro 
de um grupo.”
Podemos constatar, com base nas definições apresenta-
das, que o objetivo do seguro tem forte cunho social, pois 
seu objetivo é sempre a reparação de danos.
D’Auria (1956, p. 58) ensina que são quatro os aspectos da 
definição dos seguros:
1. Aspecto econômico: a instituição do seguro ob-
jetiva a reparação de danos materiais e benefícios 
patrimoniais a favor do segurado e a cargo do se-
gurador, sabendo-se que ao segurado cabe o ônus 
de pagar o prêmio, e ao segurador cabe o ônus de 
pagar a indenização ou o benefício.
2. Aspecto financeiro: a operação do seguro pro-
duz acúmulo de recursos em poder do segurador, 
que os administra de maneira a formar reservas su-
ficientes à cobertura dos riscos assumidos.
3. Aspecto comercial: a indústria do seguro pro-
duz lucros em favor do segurador, que os destina 
ao custeio da atividade, à remuneração do capital e 
a compensar o risco de empreendimento. 
4. Aspecto jurídico: a operação do seguro se reali-
za mediante contrato bilateral em que se exaram as 
respectivas condições, as obrigações e os direitos 
das partes contratantes, o segurado e o segurador.
44
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Conceitos de seguros e legislação
Após a leitura atenta das definições sobre seguros, po-
demos inferir que os elementos básicos do seguro são o 
risco, a responsabilidade e o sinistro.
Risco é um evento possível, futuro e incerto; sem essa 
configuração, não pode ser considerado um risco.
Responsabilidade é a obrigação que uma seguradora assu-
me para a reparação de danos ocorridos com o segurado, 
obrigação que é limitada ao valor da importância segurada.
Sinistro é o acontecimento do risco contratado.
Elementos técnicos do seguro
Mutualismo
Freire (1969) define mutualismo da seguinte maneira: 
A mutualidade é a forma de estabelecer a participa-
ção de cada um na responsabilidade consequente 
da realização do acontecimento previsto que atinge 
um elemento do grupo.
De forma simplificada, podemos dizer que o mutualismo 
é a repartição de um determinado prejuízo entre um gru-
po de indivíduos, e é um dos principais fundamentos nos 
quais está baseada a ideia de seguro.
A fim de ser viável economicamente, o seguro se utiliza 
das informações oriundas da estatística (cálculo de proba-
bilidade) para definir o tamanho do grupo das perdas in-
dividuais a serem repartidas entre o grupo. É a forma que 
as seguradoras têm para mitigar riscos assumidos, com 
vistas à viabilidade da garantia dos riscos assumidos que 
porventura venham a ocorrer.
45Principais conceitos de seguros
......................................................................................................................................................................................................................
Cálculo atuarial
Silva (2009) mostra que a ocorrência de riscos ou certos 
fenômenos em determinados grupos é calculada por atu-
ários que se utilizam de recursos matemáticos e estatís-
ticos.
Figueiredo (apud ADAM, 1967) mostra que 
Probabilidade de um evento é igual à relação entre o 
número total de casos favoráveis (ocorridos) e o nú-
mero total de casos possíveis supostos, todos eles 
equiprováveis.
A lei dos grandes números dá base ao seguro como o co-
nhecemos; por meio dela, é possível fazer a previsão de 
perdas coletivas quando há um grande número de riscos 
expostos, ou seja, se não é possível prever a ocorrência de 
um sinistro individualmente, é possível calcular a proba-
bilidade de sua ocorrência quando um grande número de 
casos é considerado.
Figueiredo (2012, p. 14) afirma com propriedade que:
a Lei dos Grandes Números pode ser enunciada des-
ta maneira: quanto maior o número de observações 
da amostra, mais próximo estará o resultado real 
obtido do resultado provável esperado; com um in-
finito número de observações a probabilidade teóri-
ca será alcançada.
Podemos concluir que, quanto maior for o número de ex-
postos ao risco, mais exata será a previsão do número de 
ocorrências de sinistros em determinado limite de tempo, de 
forma que as seguradoras têm boa base para a fixação dos 
prêmios a serem cobrados dos seguros por elas oferecidos.
46
......................................................................................................................................................................................................................Conceitos de seguros e legislação
Limites sobre as responsabilidades assumidas
Para estar habilitada para essa atividade, uma seguradora 
deve apresentar uma boa condição econômica e financei-
ra. Para isso, ela é obrigada a atender algumas condições 
como o capital social mínimo. Além disso, é fixado, pela 
Susep, o limite de responsabilidade assumida pela segura-
dora, de acordo com as importâncias por ela seguradas, a 
partir dos contratos estabelecidos com os segurados.
Limite de responsabilidade: é o limite máximo fixado nos 
contratos de seguro e resseguro, representando o máximo 
que a seguradora, ou ressegurador, irá suportar em um 
risco ou contrato.
Limite de retenção: é a garantia máxima que a segura-
dora guarda em cada risco isolado. É o valor máximo de 
responsabilidade que uma sociedade seguradora poderá 
assumir, que é calculado com base no Patrimônio Líquido 
Ajustado – PLA da seguradora.
Segundo a Resolução nº 300/13, do CNSP, PLA é definido 
em seu capítulo II, artigo 2º, itens I e II:
Art. 2º Para fins do disposto nesta Resolução, consi-
deram-se:
I - patrimônio líquido ajustado (PLA): patrimônio 
líquido contábil ou patrimônio social contábil, con-
forme o caso, ajustado por adições e exclusões, 
para apurar, mais qualitativa e estritamente, os 
recursos disponíveis que possibilitem às socieda-
des supervisionadas executarem suas atividades 
diante de oscilações e situações adversas, devendo 
ser líquido de elementos incorpóreos, de ativos de 
elevado nível de subjetividade de valoração ou que 
já garantam atividades financeiras similares, e de 
outros ativos cuja natureza seja considerada pelo 
47Principais conceitos de seguros
......................................................................................................................................................................................................................
órgão regulador como impróprias para resguardar 
sua solvência; e
II - sociedades supervisionadas: entidades abertas 
de previdência complementar, sociedades de capi-
talização, sociedades seguradoras e resseguradores 
locais.
Fica claro que o objetivo dessa resolução é assegurar a 
solvência das empresas seguradoras, buscando a proteção 
aos segurados.
O capítulo III, da mesma resolução, determina a forma de 
apuração do PLA:
Art. 3º O PLA será calculado com base no patrimô-
nio líquido contábil ou no patrimônio social con-
tábil, conforme o caso, processadas as seguintes 
deduções:
I - valor das participações societárias em socieda-
des financeiras e não financeiras classificadas como 
investimentos de caráter permanente, nacionais ou 
no exterior, considerando a mais-valia e o goodwill, 
bem como a redução ao valor recuperável;
II - despesas antecipadas não relacionadas a resse-
guro;
III - créditos tributários decorrentes de prejuízos 
fiscais de imposto de renda e bases negativas de 
contribuição social;
IV - ativos intangíveis;
V - imóveis urbanos e fundos de investimentos imobi-
liários com lastros em imóveis urbanos, consideran-
do reavaliações, redução ao valor recuperável e de-
preciação, que excedam 14% do ativo total ajustado;
VI - imóveis rurais e fundos de investimentos imobili-
ários com lastro em imóveis rurais, considerando rea-
valiações, redução ao valor recuperável e depreciação;
VII - ativos diferidos;
VIII - direitos e obrigações relativos a operações de 
sucursais no exterior;
IX - obras de arte;
X - pedras preciosas; e
XI - créditos oriundos da alienação de quaisquer ati-
48
......................................................................................................................................................................................................................
Conceitos de seguros e legislação
vos elencados como deduções no art. 3º desta Reso-
lução, respeitada a regra de dedução do inciso V, em 
caso de alienação de imóveis urbanos.
§ 1o Considera-se ativo total ajustado, para fins do 
disposto no inciso V deste artigo, o saldo do ativo 
total líquido das deduções elencadas nos incisos I, 
II, III, IV, VI, VII, VIII, IX, X e XI.
§ 2o Os fundos de investimentos imobiliários com 
lastro em imóveis urbanos ou rurais, desde que se-
jam objeto de oferta pública, nos termos da Instru-
ção CVM que dispõe sobre as ofertas públicas de 
distribuição de valores mobiliários, não são passí-
veis das deduções descritas nos incisos V e VI.
Mais adiante em nosso curso, trataremos com mais deta-
lhes da forma de calcular o PLA. Os valores dos limites de 
retenção deverão estar compreendidos entre 0,3% e 3% do 
PLA da seguradora.
As sociedades seguradoras devem calcular, obrigatoria-
mente, os limites de retenção, por ramo de seguros (tra-
taremos dos ramos de seguros mais adiante), no primeiro 
e no terceiro trimestres de cada ano, sendo facultado o 
cálculo de novo limite no segundo e no quarto trimestres. 
Os limites calculados no primeiro semestre de cada ano 
deverão tomar para base de cálculo o PLA de dezembro do 
ano imediatamente anterior. Os calculados no segundo se-
mestre deverão tomar por base de cálculo o PLA de junho 
do mesmo ano.
A seguir, um exemplo prático de como é feito o cálculo do 
Limite de Retenção – LR e do PLA.
49Principais conceitos de seguros
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PATRIMÔNIO LÍQUIDO AJUSTADO - PLA
Descrição R$
1
Patrimônio líquido
Capital social
Reservas de Lucro
Aumento do capital social (em aprovação)
Reservas de capital
Ajuste de avaliação patrimonial
9.500.000
2.580.000 
500.000
50.750
68.250
Subtotal “a” 12.699.000
2
( - ) Deduções
a) Valor das participações societárias em socie-
dades financeiras e não financeiras classificadas 
como investimentos nacionais de caráter perma-
nente, considerando ágio e perdas esperadas
1.534.100
b) Valor das participações societárias em socie-
dades financeiras e não financeiras classificadas 
como investimentos de caráter permanente no 
exterior, considerando ágio e perdas esperadas
 1.682.400
c) Despesas antecipadas não relacionadas a resseguros 300.000
d) Os créditos tributários decorrentes de preju-
ízos fiscais de IR e bases negativas de CSLL
67.906
e) Ativos intangíveis -
f ) Imóveis de renda urbanos e fundos de inves-
timentos imobiliários com lastro em imóveis 
urbanos classificados como investimentos de 
caráter permanente, considerando reavalia-
ção, perdas esperadas e depreciação
73.880
g) Ativos diferidos 90.000
h) Imóveis de renda rurais e fundos de investimentos 
imobiliários com lastro em imóveis rurais classificados 
como investimentos de caráter permanente, conside-
rando reavaliação, perdas esperadas e depreciação
-
i) Direitos/obrigações de opera-
ções de sucursais no exterior
-
j) Obras de arte -
k) Pedras preciosas -
Subtotal “b” 3.748.286
3 ( = ) PLA: Subtotal “a” - “b” 8.950.714
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50
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Conceitos de seguros e legislação
Limite de Retenção – LR
4
LR MÍNIMO (0,3% do PLA) 26.852
LR MÁXIMO (3,0% do PLA) 268.521
Fonte: Silva, 2009, p. 25.
51Seguro público x Seguro privado
............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................SEGURO PÚBLICO VERSUS SEGURO 
PRIVADO
De forma genérica, os seguros são divididos em duas clas-
sificações: sociais e privados.
Seguros sociais
Segundo Costa (2005, p. 22), os seguros sociais buscam 
prestar a garantia, ao indivíduo que vive do seu salário, de 
bem-estar social em razão de danos físicos ou orgânicos 
ocorridos em sua pessoa que sejam capazes de inutilizá-
-lo para o trabalho remunerado. Nesse modelo de seguro, 
tem-se o Estado como segurador, e, como contribuintes, o 
empregador e o empregado. Nesse caso, a contribuição é 
compulsória.
Até começar a lidar com o assunto, muitos não têm a per-
cepção de que uma das formas mais importantes de se-
guros que um grupo pode fazer para a sua proteção é a 
seguridade social, a previdência.
Os seguros sociais não combinam com o lucro e, por esse 
motivo, normalmente são geridos, no Brasil, pelo Instituto 
Nacional do Seguro Social – INSS.
Os seguros sociais são divididos em três categorias: aposen-
tadoria e pensões, saúde e acidentes de trabalho.
As aposentadorias podem ocorrer por invalidez, por ve-
lhice, por tempo de serviço ou por alguma razão especial.
52
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Conceitos de seguros e legislação
As pensões são benefícios assegurados aos dependentes 
no caso de morte do segurado.
A saúde busca o atendimento do segurado e de seus de-
pendentes por meio de assistências médica, hospitalar e 
farmacêutica.
Os acidentes de trabalho garantem ao segurado sua remu-
neração caso seja afastado por motivo de acidente ocorri-
do no trabalho.
Além do que vimos acima, o seguro social permite, ainda, 
em retribuição aos prêmios pagos pelo segurado e seu em-
pregador, o pagamento de auxílios ao segurado, como o 
auxílio-doença e o auxílio-natalidade, e, aos dependentes 
do segurado, o auxílio-funeral e o auxílio-reclusão, entre 
outros auxílios diversos.
Seguros privados
A atividade relativa aos seguros privados é explorada pela 
iniciativa privada por meio de seguradoras e ressegurado-
ras. Trata-se de proteção econômica que as noções de pre-
vidência recomendam aos indivíduos contra a ocorrência 
de danos aleatórios.
Eles protegem bens e pessoas.
Costa (apud FREIRE, 1969) cita a diferença entre o seguro 
social e o seguro privado:
O seguro social se distingue do seguro privado 
por duas condições: enquanto no seguro privado o 
prêmio individual é, tanto quanto possível, propor-
cional ao risco ocorrido individualmente, no segu-
53Seguro público x Seguro privado
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ro social a conexão entre a contribuição e o risco 
é bem menos estreita. Indivíduos sobre os quais a 
intensidade do risco é diferente são englobados no 
mesmo seguro e sob a mesma contribuição, inter-
vindo, ainda, ao lado da noção propriamente dita 
do seguro, a de solidariedade social. Por outro lado, 
as cargas dos seguros sociais não são suportadas 
exclusivamente pelos próprios segurados; estes 
suportam apenas uma parte delas; ao lado destes 
segurados, por sua vez cotizantes e beneficiários, 
há o patrão e o estado, os quais são cotizantes, mas 
não beneficiários.
Como podemos notar, no seguro social está muito presen-
te a ideia de mutualismo.
Ramos típicos de seguro
Os seguros, de acordo com os ditames do Decreto nº 
61.589, de 23 de outubro de 1967, são classificados em 
três grupos: o seguro-saúde, o seguro de vida e o seguro 
de ramos elementares.
O seguro-saúde, apesar da precariedade dos serviços pú-
blicos de saúde, em que pese a enorme carga tributária a 
que estamos expostos no Brasil e os altos custos do aten-
dimento médico-hospitalar, tornaram prudente e recomen-
dável a contratação de um seguro ou de um plano de saúde 
em nome da proteção. A Lei nº 9.656, de 1998, regulamen-
ta o sistema de saúde suplementar, que é constituído pelas 
operadoras de planos de assistência suplementar à saúde.
O seguro de vida visa garantir, baseado na expectativa 
de vida humana, o pagamento a beneficiários em caso de 
morte, tomando por base o prazo, a quantia, a renda etc.
54
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Conceitos de seguros e legislação
O seguro de ramos elementares busca a garantia de perdas 
e danos ou responsabilidades advindas de riscos diversos 
que possam ocorrer e afetar bens, obrigações, responsabi-
lidades, direitos e garantias.
O assunto também é tema tratado no novo Código Civil 
brasileiro, que classifica os seguros em seguros de danos 
e seguros de pessoas.
A partir de 2003, na Circular Susep nº 226, foi determina-
da uma nova codificação que agrupa os ramos de seguros, 
que passam a ter a seguinte classificação, conforme apre-
sentado na tabela a seguir:
Nome do grupo Ramos de seguros em cada grupo
Patrimonial
Incêndio tradicional, roubo, lucros 
cessantes, risco de engenharia, riscos 
diversos, global de bancos, compre-
ensivo residencial e empresarial e 
riscos nomeados e operacionais. 
Riscos Especiais
Risco de petróleo, riscos nu-
cleares e satélites.
Responsabilidades
Responsabilidades civil (R. C.) ge-
ral, profissional, de administra-
dores e diretores (D&O).
Cascos
Marítimos, aeronáuticos, R. C. do hangar 
e DPEM (seguro de danos pessoais causa-
dos por embarcações ou por sua carga).
Automóvel
Automóvel, R. C. do transportador em 
viagens internacionais – pessoas ou 
não, R. C. facultativa, DPVAT, APP, R.C. 
do transporte rodoviário interestadual e 
internacional, garantia estendida e me-
cânica e carta verde (R. C. do Mercosul).
55Seguro público x Seguro privado
......................................................................................................................................................................................................................
Transportes
Transportes nacionais e internacionais, R. C. 
de transporte aéreo – carga, RCTRC (seguro 
contra danos causados a carga decorren-
tes de acidentes, incêndios, colisões, e 
outros), R. C. do armador, R.C. do operador 
de transporte multimodal, RCTVI – carga
e R.C. do transporte ferroviário – carga.
Riscos financeiros
Fiança locatícia, garantias financeiras, 
obrigações privadas, obrigações públi-
cas, de concessões públicas e judicial.
Crédito
Crédito à exportação – risco comercial e 
político, crédito doméstico – risco comer-
cial, crédito doméstico – risco pessoa física.
Pessoas
Perda do Certificado de habilitação de 
voo – PCHV, turístico, renda de eventos 
aleatórios, vida individual, vida em
grupo, acidentes pessoais coletivos – APC, 
acidentes pessoais individual – API, seguro 
educacional, vida gerador de benefício livre 
– VGBL, vida com atualização garantida e 
performance – VAGP, vida com remune-
ração garantida e performance – VRGP 
(individual e coletivo) e prestamista.
Habitacional
Seguro habitacional do sistema 
financeiro da habitação e segu-
ro habitacional fora do SFH.
Rural
Seguro habitacional do sistema 
financeiro da habitação e segu-
ro habitacional fora do SFH.
Outros Seguros no exterior e sucursais no exterior.
Fonte: Susep.
56
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Conceitos de seguros e legislação
CONTRATOS DE SEGUROS
As relações entre seguradoras e segurados devem ser 
regidas por contratos que formalizem os compromissos 
assumidos, tanto pela seguradora quanto pelo segurado,

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