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Profa. Fabiola Costa Autorregulação e Funções Cognitivas, Executivas e Metacognitivas: Implicações na Aprendizagem Unidade VII VD2 “A característica essencial do transtorno de deficit de atenção/hiperatividade é um padrão persistente de desatenção e/ou hiperatividade-impulsividade que interfere no funcionamento ou no desenvolvimento”. (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais DSM-5, 2014, p. 61). Associação Americana de Psiquiatria (APA), por meio do DSM-5 define TDAH “Como um padrão persistente de desatenção/hiperatividade, mais frequente e grave do que observado normalmente em indivíduos em nível equivalente de desenvolvimento. São estabelecidos três tipos: predominante desatento, o predominante hiperativo/impulsivo e o combinado. (Guardiola, 2016, p. 263) Transtorno de aprendizagem deficit de atenção/hiperatividade Predominante desatento: dificuldades em manter a atenção e em inibir estímulos distratores de ordem visual, auditiva ou até mesmo os próprios pensamentos ao longo da execução de alguma atividade, com mudanças frequentes de assunto, não cumprimento de regras em atividades lúdicas, alternância constante de tarefas. Predominante hiperativo impulsivo: características mais evidentes são a dificuldade de inibir comportamentos voluntariamente, com movimentação física constante e fala excessiva, dificuldade em manter-se sentado quando solicitado, impulsividade, dificuldade de organizar trabalhos e baixa tolerância à espera. Combinado: tem as características associadas dos outros subtipos. (ROTTA, 2016, p. 276) Transtorno de aprendizagem deficit de atenção/hiperatividade Segundo Rotta (2016), antes de definirmos dislexia temos de esclarecer o que é leitura. “A leitura, de forma restrita, refere-se à interpretação de sinais gráficos que uma comunidade convencionou utilizar para substituir, pela fala, ou seja mentalmente, um conjunto de sinais gráficos que forma palavras”. Portanto, a leitura é uma forma de dar sentido ao que está escrito e não de decodificar a palavra em sons. (ROTTA, 2016, p.134) “Quando leio, somente escuto o que estou lendo e sou incapaz de lembrar da imagem visual da palavra escrita.” (Albert Einstein) Transtorno de aprendizagem e dislexia Dislexia “É um termo alternativo usado em referência a um padrão de dificuldades de aprendizagem caracterizado por problemas no reconhecimento preciso ou fluente de palavras, problemas de decodificação e dificuldades de ortografia”. (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais DSM-5, 2014, p. 68) Há três classificações de subtipos para a dislexia, como veremos a seguir. Transtorno de aprendizagem e dislexia (ROTTA, 2016, p.143) Transtorno de aprendizagem e dislexia Dislexia disfônica: dificuldade para realizar a análise e a síntese das palavras. A criança tem dificuldade para ler palavras desconhecidas e pseudopalavras. Dislexia diseidética ocorre dificuldade para perceber tanto letras quanto palavras com Gestalts* visuais. A criança lê de forma muita lenta, decompondo a palavra em suas partes, por ter dificuldade de ler globalmente. Dislexia mista é uma combinação de ambas as formas constituindo uma situação mais grave. Discalculia é um termo alternativo usado em referência a um padrão de dificuldades caracterizado por problemas no processamento de informações numéricas, aprendizagem de fatos aritméticos e realização de cálculos precisos ou fluentes, bem como da interpretação de símbolos matemáticos. (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais DSM-5, 2014, p. 67) Acalculia perda da capacidade de executar cálculos e desenvolver o raciocínio aritmético. (ROTTA, 2016, p.181) Alexia e agrafia para números comprometimento para ler e escrever quantidades. Acalculia espacial impossibilita a colocação dos números em posição adequadas. Anaritmetia inabilidade em realizar operações aritméticas. Transtorno de aprendizagem e discalculia do desenvolvimento O ingresso na escola é um momento marcante na vida da criança que gera expectativas e emoções. quando este momento é marcado com situações desagradáveis, temos como resultado: baixa autoestima, timidez, insegurança, sentimentos estes que podem gerar ansiedade. A agressividade pode gerar crianças que praticam bullying e a vítima será quem apresenta timidez e baixa autoestima, o que cria um ciclo. Os rótulos repercutem além dos muros das escolas; existe a segregação para convites em eventos sociais. No futuro, o reflexo vem em relação às dificuldades em tomar decisões na vida, participar de processos seletivos, manter relações afetivas e sociais, entre outros. Dificuldade de aprendizagem e transtorno de aprendizagem: implicações no emocional e social Não se deve esquecer que o sofrimento humano não segue correntes filosóficas ou científicas, apenas busca uma saída que contribua para o seu alívio. (SILVA, 2003, p. 197) Quando medicar? O neurologista desenvolve seu trabalho com as questões orgânicas e a psiquiatria trabalha com as questões comportamentais. Neuropediatras trabalham com vários níveis orgânicos dos casos clínicos, histologia, neuroanatomia, funcionamento do sistema nervoso central (SNC), neurofisiologia e neuroimagem. Psiquiatras infantis trabalham mais focados na caracterização comportamental e fenomenológica tornando mais claros os critérios de diagnósticos e definindo com precisão vários transtornos do comportamento da criança e do adolescente. Profissionais da saúde para tratamento A intervenção medicamentosa justifica-se quando há um prejuízo no desempenho escolar e ou problemas no relacionamento interpessoal. (RUDIMAR, 2016, p. 324) É importante ressaltar que a dificuldade de aprendizagem pode ser secundária a outros quadros diagnosticáveis. (LYGIA, 2016, p.107). Situações em que a medicação é necessária Dificuldades de aprendizagem secundárias a outros quadros diagnosticáveis Segundo Rotta, 2016, p. 102: Epilepsia Transtorno de ansiedade. Transtorno de tiques. Transtorno de humor bipolar Transtorno de conduta. Transtorno de deficit de atenção/ hiperatividade. Transtorno do humor depressivo Transtorno opositor desafiante. Baseado no conteúdo apresentado, como podemos auxiliar uma criança que apresenta dificuldade em aprender matemática? Questão para reflexão Livro-texto: Unidade VII, 7.3 – Deficits atencionais, hiperatividade, dislexia, discalculia e suas implicações no emocional e social. DIAS, Natália Martins. Intervenção neuropsicológica infantil da estimulação precoce-preventiva à reabilitação. São Paulo: Pearson Clinical, 2019. (Coleção Neuropsicologia na prática clínica). Sugestão de material para reflexão da resposta ATÉ A PRÓXIMA!
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