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INSTRUMENTAÇÃO CIRÚRGICA

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AULA 4 – INSTRUMENTAÇÃO CIRÚRGICA 
DANIELA FRANCO
1. HISTÓRIA 
a. Albucasis (936-1013): médico cirurgião do al-Andalus. 
Escreveu uma enciclopédia médica com 30 tratados 
terminada por volta do ano 1000. Também de Albucasis, o 
“al-Zahawies” é conhecido pela sua contribuição no campo 
da cirurgia. Escreveu um Livro de cirurgia com 56 capítulos 
dedicados à cauterização. A segunda parte com 99 capítulos 
refere-se à obstetrícia e operações, incluindo litotomia, 
amputações por gangrena e tratamento de fraturas. 
Mencionou ainda inúmeros instrumentos, sondas, 
tesouras, pinças, bisturis, espelhos, etc. 
 
b. Pierre Dionis (1718): foi o primeiro de uma linha de 
cirurgiões europeus que foram reconhecidos pelas suas 
habilidades cirúrgicas e conhecimento acadêmico. Dava 
aulas e demonstrações em uma instituição criada por Luís 
XIII chamada Royal Garden que se tornou mais importante 
no mundo acadêmico do que a Faculdade de Medicina da 
Universidade de Paris. Com 20 anos já era considerado um 
Master Surgeon. Trouxe conhecimento para a matéria de 
circulação, contrariando a teoria de Galeno e difundindo a 
teoria proposta por Harvey. Também trouxe evidências para 
a compreeensão da gravidez ectópica. Escreveu inúmeros 
livro, produziu ilustrações anatômicas de alta qualidade e 
muito informativas, especialmente suas ilustrações de 
instrumentos cirúrgicos. Ele foi o primeiro a descrever os 
instrumentos necessários para cada tipo de cirurgia. 
 
c. Evolução na matéria-prima: esterilização, durabilidade: A 
evolução na matéria prima dos instrumentos cirúrgicos 
permitiu a utilização de métodos de esterilização mais 
eficientes, não afetando a durabilidade dos instrumentos. 
Atualmente utiliza-se aço inoxidável, ligas de aço de alta 
resistência, alumínio, platina e titânio. 
2. INSTRUMENTOS 
 Divididos de acordo com sua função primordial. A cirurgia é 
dividia por tempos cirúrgicos primeiro tem a diérese (que é 
o primeiro corte para abertura), depois hemostasia para 
conter o sangramento, depois exérese (cirurgia 
propriamente dita e por ultimo a síntese (final, fechamento 
da incisão). 
DIÉRESE: 
Visam à abertura, ao corte, à divulsão e à exposição de 
tecidos de estruturas e órgãos que serão operados. 
 
i. Bisturi: É utilizado para incisões ou dissecções de 
estruturas. Caracterizado por um cabo reto, com uma 
extremidade mais estreita (colo), no qual é acoplada uma 
variedade de lâminas descartáveis e removíveis. Os tipos 
mais usados de cabo são o n° 3 (lâminas 9 a 17) e n°4 
(lâminas 18 a 50), mas também existem o 3L e 4L, mais 
longos que os primeiros. 
 
Tesouras tem a função de cortar tanto tecidos quanto outros 
materiais necessários. Possuem comprimentos variáveis, 
serem mais robustas ou mais delicadas, pontas retas ou 
curvas, pontas rombas ou agudas. As mais utilizadas são as 
tesouras de Metzembaum (tesoura de dissecção) e a de 
Mayo (tesoura de uso geral, para corte de fios ou outros 
materiais). O cirurgião usa praticamente somente tesoura 
curva, e o auxiliar, a reta. 
 
ii. Tesoura de Mayo: As tesouras de Mayo-Stille de ponta 
romba são comumente utilizadas na Cirurgia Geral para 
desbridar e cortar tecidos mais densos, como: fáscia e 
músculos. Podem ser retas ou curvas e, também, usadas 
para cortar fios cirúrgicos e bandagens, entretanto, não são 
indicadas para o corte de fio de aço. 
- Uso geral, para corte de fios ou outros materiais 
- Perna e ponta são do mesmo tamanho 
- É mais grosseira 
iii. Tesoura de Metzembaum: É uma tesoura cirúrgica 
utilizada para cortar tecidos delicados. Existem de diversos 
tamanhos, podendo suas lâminas ser retas ou curvas, com 
tamanhos que variam de 14 a 26 cm. A principal 
característica é a proximidade da articulação com a ponta, 
em que a haste ocupa mais de 50% do total do comprimento. 
- Tesoura de dissecção 
- Perna é mais comprida que a ponta 
- A ponta é mais fina 
 
 
 
iv. Tesoura de Potts: de ponta angulada em vários graus, 
usada em cirurgias cardiovasculares. 
 
 
v. Tesoura de Baliu: tem a ponta bem curva, usada em 
cirurgias ginecológicas para biópsia uterina. 
Tesoura Iris: pequena e delicada, para uso oftalmológico. 
 
Tesoura Dietrich: assim como a Potts, possui ponta angulada 
e é para uso em cirurgias cardiovasculares. 
 
vi. Rugina de Farabeuf: Utilizada para descolamento do 
periósteo. 
 
vii. Costótomo de Gluck: Utilizada para secção dos arcos 
costais 
 
viii. Serra de Gigli: Arame de aço acionado por tração 
bimanual. Utilizado para serrar osso. É mais utilizado para 
esternotomia. 
 
ix. Martelo: Utilizado para secção óssea de vários tamanhos 
x. Cinzel: Utilizado em cirurgias ortopédicas para dar forma 
aos ossos 
xi. Bisturi elétrico: instrumento de diérese e hemostasia 
realizada através da eletrocoagulação 
 
B. HEMOSTASIA E PREENSÃO: 
 Visa interromper, temporária ou definitivamente, o 
sangramento causado pela diérese, ou então prender 
estruturas para auxiliar na apresentação dos planos de 
dissecção. 
i. Halsted: pinça hemostática pequena e delicada, também 
de nominada mosquito, usada para pinçamento de 
pequenos vasos e reparo de fios. É semelhante à pinça de 
Crile, mas são menores (11 a 13 cm de comprimento). 
Utilizada muitas vezes para pinçamento de vasos de menor 
calibre e reparo de fios 
 
ii. Kelly: hemostática, tem pontas menores e é utilizada para 
pinçamento de vasos e fios grossos. Pode ter a ponta reta ou 
curva e possui estrias transversais em apenas uma parte da 
região da ponta. 
 
iii. Crile: pinça hemostática semelhante a uma Kelly, porém 
possui estrias em toda a extensão da ponta. Possui ranhuras 
transversais em toda sua parte preensora. Isto lhe confere 
utilidade também no pinçamento de pedículos, quando a 
pinça é aplicada lateralmente. Tem de 14 a 16 cm de 
comprimento, podendo ser curvas ou retas. 
 
iv. Rochester: pinça hemostática mais robusta e com pontas 
mais longas. serrilhado total; forte, grosseiro e grande. 
Possui a capacidade de preensão de vasos e massas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
v. Moyniham: pinça hemostática para pinçamento de 
estruturas pequenas em profundidades, sua ponta curva é 
menos angulada em relação ao mixter 
 
vi. Mixter: pinça hemostática com ponta comprida e com 
curvatura característica (semelhante ao J), útil para ligadura 
de vasos profundos, dissecção rompa e para passar um fio 
por um vaso numa ligadura 
 
vii. Babcock: atraumática, usado para preensão de vísceras. 
Possui superfície ampla de contato com ranhuras. Muito 
utilizado para tracionar alças intestinais. 
 
 
viii. Allis: traumática, de preensão, possui um denteamento 
fino nas superfícies de contato. 
 
ix. Kocher: traumática, tem pontas longas e robustas, com 
estrias transversais e dentes de rato, podendo ser utilizada 
para pinçamento e tração de aponeurose. Pode ser reta ou 
apresentar curvatura. 
 
x. Duval Collin: atraumática, usado para preensão de 
vísceras. Possui superfície ampla de contato com ranhuras. 
Muito utilizado para segurar e suspender lobos pulmonares 
e a vesícula biliar. 
 
xi. Collin coração: atraumática, usado para preensão de 
vísceras. Possui superfície ampla de contato com ranhuras. 
 
 
Outras pinças: 
Museux: para uso ginecológico. 
 
 
Pozzi: utilizada para tração do colo uterino. 
 
C. SÍNTESE 
Visa reconstruir, recompor e restituir a integridade das 
estruturas, órgãos e tecidos que foram explorados. 
OBS: As porta agulhas, possuem pontas para apreensão da 
agulha e cabo com cremalheira para se manter a pressão do 
fechamento. Pode ter hastes delgadas ou robustas, pontas 
retas, curvas ou anguladas. 
OBS: as pinças são os instrumentos auxiliares de preensão, 
mas também são consideradas de síntese, pois auxiliam 
muito neste tempo cirúrgico. Geralmente encunhadas com 
a mão esquerda, dão suporte as manobras como 
pinçamento de um vaso sangrante,dissecção de um órgão 
ou estrutura. Apresentam-se em vários tamanhos, robustas 
ou delicadas, com ou sem dente 
 
i. Porta agulha de Hegar: que tem argolas nas pontas das 
hastes, muito parecido com uma pinça hemostática. É 
utilizada para realização da antissepsia do paciente por 
possuir hastes longas, assegurando que o instrumentador 
não se contamine. 
 
ii. Porta agulha de Mathieu: possui duas hastes curvas com 
cremalheiras nas pontas e molas entre elas, o que as 
mantém abertas. 
 
iii. Porta agulha de Castroviejo: usado em microcirurgias. 
 
iv. Porta agulha de Olsen Hegar: possui uma tesoura reta 
robusta acoplada ao porta agulha de hegar 
 
v. Pinça anatômica: Pinças preensoras, com marcações 
estriadas em suas pontas, também é chamada de pinça de 
dissecção. Utilizada para dissecção e manipulação de 
tecidos delicados, como: vasos, nervos e parede visceral. 
 
vi. Pinça dente-de-rato: Semelhante à pinça de dissecção, 
apresenta dentes em sua extremidade. É utilizada na 
preensão de tecidos mais grosseiros, como plano muscular 
e aponeurose 
 
vii. Pinça de Adson: mais delicada que as anteriores, pode 
ou não ter dentes. é utilizada em cirurgias mais delicadas, 
como as pediátricas. 
 
Pinça de Potts-Smith: de cabo alongado e ponta maior, 
apresenta orifício em seu cabo com um pino no cabo contra-
lateral que impede que a pinça perca seu alinhamento 
 
 
 
 
 
 
 
D. INSTRUMENTOS AUXILIARES/GERAIS: 
Variam conforme o tipo de cirurgia. 
I. AFASTADORES: Elementos mecânicos para afastar os 
tecidos seccionados ou separados, expondo os planos 
anatômicos ou órgãos subjacentes. São classificados como 
estáticos (autofixantes) ou dinâmicos (manuais) 
 
1. Doyen: é dinâmico, possui uma pá larga e longa e permite 
o afastamento de estruturas mais profundas. Muito usado 
em cirurgias abdominais 
 
2. Farabeuf: dinâmico, usado para afastar pele subcutâneo e 
músculos superficiais. 
 
 
3. Gosset: estático, com duas hastes paralelas apoiadas em 
uma barra lisa, não possui mecanismo de catraca. É utilizado 
em cirurgias abdominais 
 
 
4. Finocchietto: estático. É utilizado em cirurgias de tórax 
para afastar arcos costais ou esterno em toracotomia 
 
5. Volkman: dinâmico. Possui garras que possibilitam maior 
aderência 
 
6. Balfour: estático, parecido com o Gosset, mas é maior e 
possui uma terceira lâmina curva, também deslizante para 
afastar a região suprapúbica. Usado em cirurgias abdominais 
 
7. Langenbeck: dinâmico. Mesma função do farabeuf (afasta 
pele, subcutâneo e músculo), possui cabo e pode ser mais 
comprido 
 
8. Beckmann Adson: estático, usado para afastar estruturas 
superficiais como pele e subcutâneo 
 
9. Harrington: dinâmico, usado em cirurgias torácicas. A 
ponta tem formato de coração. 
 
10. Sick: dinâmico, utilizado para Colecistectomia ou 
cirurgias urológicas 
 
11. Deaver: dinâmico, utilizado em cirurgias torácicas 
 
 
12. Válvula Doyen subpubiana: dinâmica, usada para afastar 
estruturas sobre o púbis 
 
 
II. CAMPO: Backaus: pinça com dentes agudos, utilizada 
para prender campos cirúrgicos. 
 
III. ESPECIAIS: 
1. Satinsky: usada em estruturas vasculares, permite sutura 
de vasos profundos sem interromper seu fluxo 
completamente 
 
2. Buldog: usada em estruturas vasculares periféricas, não 
possui haste. 
3. De Bakey: ponta agulada, é também usada em estruturas 
vasculares periféricas 
 
4. De Bakey-Potts: pinça grande e robusta utilizada para 
clampeamento da aorta abdominal 
 
 
5. Pinça de Abadie: duas pinças intestinais, articuladas, para 
facilitar a apresentação das bordas para secção e sutura 
gastrointestinal 
 
6. Pinça de Doyen: pinça longa de haste elástica, 
atraumática, usada para contenção de fluidos intestinais 
(coprostase) 
 
7. Pinça de Wertheim-Cullen: utilizada em histerectomias. 
 
8. Saca fibroma de Doyen: utilizado para mobilizar o útero 
(prende no útero e gira). 
 
 
 
 
 
9. Tentacânula: instrumento para unha encravada 
 
Museux: para uso ginecológico 
 
Pozzi: utilizada para tração do colo uterino 
 
Winter: utilizada para pinçamento de cálculos biliares 
 
 
IV. GERAIS: 
1. Cheron: utilizado na assepsia 
2. Cuba rim: Utilizado para preparação de tinturas, cremes 
e loções, além de ser reservatório de soluções, etc. 
3. Cuba redonda: Cuba em aço inox usados principalmente 
para assepsia. 
4. Jarros 
5. Compressas 
6. Gazes 
7. Bico de aspirador: 
INSTRUMENTAÇÃO CIRÚRGICA 
a. Função do instrumentador: indicar o material necessário 
a ser usado, montar a mesa cirúrgica, solicitar a circulante 
materiais extras, servir o cirurgião e o primeiro auxiliar, 
intervir eventualmente no campo operatório, manter a 
ordem na mesa dos instrumentos e ser responsável pela 
assepsia e bom funcionamento instrumental. 
b. Montagem da mesa cirúrgica: é o ato de dispor os 
instrumentos cirúrgicos em ordem lógica sobre as mesas 
auxiliares de forma a sistematizar o trabalho da equipe. Faz-
se em local menos movimentado da sala operatória para 
evitar contaminação. Já paramentado, o instrumentador 
deve colocar um campo impermeável estéril sobre a mesa 
(ou folha de borracha estéril) e, sobre este, outro campo 
estéril; 
- Ato de dispor os instrumentos em ordem 
- O instrumentador deve estar paramentado para montar a 
mesa 
- Coloca-se o campo impermeável estéril sobre a mesa e 
sobre este, outro campo estéril 
i. Divisão em quadrantes: A mesa cirúrgica é dividida em 4 
quadrantes um deles ficam instrumentos de diérese, outro 
de síntese, outro de homeostasia e ultimo de instrumentos 
auxiliares. De forma geral os instrumentos mais delicados e 
menores estão dispsotos no quadrante mais próximo do 
cirurgião. 4 ou 6 quadrantes. 
ii. Disposição dos instrumentos: Material de diérese, 
preensão ficam proximal e gazes e compressas distal. Os 
instrumentos ficam em posição inversa com as pontas para 
trás;. 
 
iii. Orientação dos instrumentos: Todos os instrumentos 
devem ser orientados com a ponta virada para o 
instrumentador, com exceção do porta agulha montado 
c. Entrega dos instrumentos: os instrumentos devem ser 
entregues com o cabo voltado para o cirurgião e com 
firmeza; exceto a porta agulha, no qual a instrumentador 
segura no meio com a agulha voltada para o cirurgião e no 
momento da entrega, gira o instrumento, fazendo com que 
o cirurgião segure no cabo. 
 
d. Recebimento dos instrumentos: cirurgião recebe com a 
mão esquerda. A devolução é feita com os mesmos 
movimentos em sentido contrário e em ordem inversa, até 
ser depositado pela instrumentadora na posição inicial. 
e. Guarda dos instrumentos 
CASOS 
1. Você está no último ano do curso de Medicina e está 
instrumentando uma toracotomia exploradora durante um 
plantão noturno muito agitado. Já são 7:00h e a equipe 
diurna irá assumir a cirurgia a partir de agora. Quem entra 
para te substituir é um quintoanista que demonstra muita 
ansiedade e insegurança por nunca ter instrumentado uma 
toracotomia, apenas laparotomias, e por não lembrar o 
nome de vários instrumentos. Como você explicaria para 
ele a distribuição dos instrumentos da mesa? Quais 
informações seriam pertinentes para a condução da 
instrumentação a partir de então? 
Discussão sugerida: a questão tem o objetivo de relembrar a 
maneira que uma mesa cirúrgica é montada, ou seja, sua 
divisão em 4 quadrantes, obedecendo a ordem dos tempos 
cirúrgicos principais (diérese, hemostasia e síntese), com o 
quarto quadrante sendo o local de posicionamento dos 
instrumentos especiais e afastadores. Com a questão 
podemos recordar os alunos de que os instrumentos dos 3 
primeiros tempos são geralmente os mesmos, independente 
do tipo da cirurgia, e que a variação ocorre apenas nos 
instrumentos especiais e afastadores. Na situação em 
questão, poderíamos salientar as diferenças, em relação aos 
instrumentos,daqueles geralmente utilizados em 
laparotomias (afastador de Balfour, válvula de Doyen, etc) e 
toracotomias (afastador de Finocchietto, ruginas, 
costótomos, etc). Em relação às informações que devem ser 
passadas na troca da equipe, deve-se enfatizar a 
necessidade de informar em qual tempo cirúrgico a 
operação se encontra, quantas compressas e gazes entraram 
em campo até o momento e se há compressa dentro na 
cavidade torácica. 
 
2. Você está de plantão em um pronto-socorro e o médico 
assistente lhe pede para realizar uma sutura no couro 
cabeludo de uma paciente. Você pede o material 
necessário e a auxiliar lhe informa que não há caixa de 
sutura disponível, apenas caixa de curativo, a qual contém 
um Kelly reto, uma pinça dente-de-rato e uma tesoura reta. 
Comente os cuidados de assepsia, antissepsia e o material 
mínimo necessário para a realização do procedimento, bem 
como a possibilidade ou não do uso da caixa de curativo ao 
invés da caixa de sutura. 
Discussão sugerida: a questão traz à tona novamente o 
assunto assepsia e antissepsia, desta vez numa sutura 
simples em couro cabeludo. Na discussão espera-se que os 
alunos indiquem a realização de tricotomia, lavagem da 
ferida após anestesia local, antissepsia do campo cirúrgico, 
higienização simples das mãos, colocação de luvas estéreis, 
uso de máscara e touca. Quanto ao material necessário, 
nota-se a falta da porta agulha e de campo fenestrado 
estéril, o que não torna impossível a realização da sutura (já 
que poderíamos usar o Kelly reto no lugar do porta-agulha e 
compressas estéreis em substituição ao campo fenestrado), 
embora esta não seja em condições ideais. Neste sentido, a 
discussão servirá também para expô-los a uma situação 
muito comum na rotina dos serviços de emergência, além de 
estimular a busca de soluções no cotidiano da prática 
médica. 
 
3. Você é o instrumentador de uma apendicectomia por via 
convencional. O cirurgião lhe pede um Babcock para 
manuseio do ceco e reparo do apêndice cecal e só então 
você repara que tal instrumento, inexplicavelmente, não 
está disponível na mesa de instrumentação. Para evitar 
perda de tempo, você rapidamente lhe entrega um Kocher. 
Qual a implicação da troca? Qual outro instrumento 
poderia substituir o Babcock nesta situação? Comente 
ainda a responsabilidade da ausência da referida pinça. 
Discussão sugerida: para a discussão da questão deve-se 
lembrar os alunos de que, apesar de se tratar de duas pinças 
de preensão, o Babcock é uma pinça atraumática e o Kocher, 
traumática. A substituição da primeira pela segunda levaria, 
certamente, à perfuração do ceco e todas suas possíveis 
consequências. Como substituição ao Babcock poderíamos 
usar outra pinça de preensão atraumática, como a pinça de 
Duval Collin, por exemplo. Em relação à responsabilidade da 
ausência da pinça na mesa, ela pode ser atribuída à 
instrumentadora, já que é seu dever conferir a 
disponibilidade de todos os materiais que serão utilizados na 
cirurgia antes mesmo que ela comece. Exceção pode ser 
feita quando se tratar de material não comumente usado em 
determinado procedimento, o que não é o caso, já que a 
pinça de Babcock é habitualmente utilizada em 
apendicectomias por via convencional. 
 
4. Você instrumentará uma laparotomia exploradora de 
urgência. Hoje foi um dia tumultuado no centro cirúrgico, 
com várias cirurgias, e por isso não há nenhuma caixa de 
laparotomia esterilizada. A funcionária da Central de 
Materiais, novata, pede sua ajuda para a montagem da 
caixa, pois ela desconhece a relação de instrumentos 
necessários para tal procedimento e sua supervisora, que 
poderia ajudar, está em horário de almoço. Quais materiais 
você solicitaria que ela esterilizasse? 
Discussão sugerida: nesta questão poderíamos levá-los à 
lousa para que uma lista de materiais seja feita por eles e 
depois compará-la à lista disponível no TOLOSA abaixo. 
- 08 pinças Backaus; 
- 01 válvula vaginal Doyen 60x120 mm 
- 01 válvula vaginal Doyen 45x60 mm 
- 01 válvula vaginal Doyen 45x90 mm 
- 01 válvula vaginal Doyen 60x60 mm 
- 02 espátulas maleáveis Harberer 
- 01 espátula Reverdir reta 
- 01 ponta de aspirador grande 
- 01 ponta de aspirador Frazier 13 cm 
- afastador Farabeuf médio 
- 02 clamps intestinais Doyen curvos 22 cm 
- 02 clamps intestinais Doyen curvos 18 cm 
- 02 clamps intestinais Doyen retos 22/23 cm 
- 01 clamp intestinal Doyen reto 17 cm 
- 01 clamp intestinal Kocher curvo 25 cm 
- 01 clamp intestinal Kocher reto 25 cm 
- 01 pinça Werthein 23 cm 
- 01 pinça Collin 17 cm 
- 02 pinças Babcok 16 cm 
- 01 pinça Foerster reta serrilhada 25 cm 
- 03 pinças Mixter 20 cm 
- 02 pinças Mixter 25 cm 
- 02 pinças Rochester Carmalt curvas 
- 01 pinça Rochester Carmalt reta 
- 02 pinças Craford 
- 01 pinça triangular Duval 21 cm 
- 01 pinça Cushing sem dente 18 cm 
- 01 pinça Cushing sem dente 20 cm 
- 01 pinça Cushing com dente 20 cm 
- 01 pinça anatômica 30 cm 
- 01 pinça anatômica 20 cm 
- 01 pinça anatômica 16 cm 
01 pinça dente de rato 30 cm 
- 01 pinça dente de rato 20 cm Complemento Mixter: 
-04 pinças Mixter 25 cm 
- 03 pinças Mixter 21 cm - 01 pinça Mixter 20 cm 
- 02 pinças Mixter 18 cm 
- 04 pinças Moynihan 21 cm 
- 02 pinças Baby Mixter 19 cm 
- 04 pinças Baby Mixter 17 cm 
- 01 porta-agulha com ponta widia 16 cm 
- 01 porta-agulha com ponta widia 20 cm 
- 01 pinça dente de rato 18 cm 
- 01 pinça Allis 15 cm 
- 05 pinças mosquito Halsted curvas 
- 03 pinças mosquito Halsted retas 
- 07 pinças Kelly curvas 14 cm 
- 07 pinças Kelly curvas 16 cm 
- 02 pinças Kelly retas 14 cm 
- 05 pinças Kocher retas 14 cm 
- 04 pinças Kocher retas 16 cm 
- 02 pinças Kocher retas 18 cm 
- 02 pinças Kocher retas 18 cm 
- 01 cabo de bisturi nº 3 
- 01 cabo de bisturi nº 4 
- 01 tesoura Mayo reta 17 cm 
- 01 tesoura Mayo curva 17 cm 
- 01 tesoura Mayo curva 19 cm 
- 01 tesoura Metzembaum curva 14 cm 
- 01 tesoura Metzembaum curva 20 cm 
- 01 tesoura Metzembaum curva 25 cm 
- 01 tesoura Metzembaum curva 30 cm 
- 01 tesoura Metzembaum reta 18 cm 
- 01 porta-agulha de Hegar 16 cm 
-01 porta-agulha de Hegar 18 cm 
-01 porta-agulha de Hegar 20 cm 
-01 porta-agulha de Hegar 25 cm

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