Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Primeiros Socorros First aid Lucas Rodrigues, William Leite, Renato Limeira Resumo: Este artigo tem como principal objetivo orientar profissionais sem experiência em relação a assistência médica, o capacitando a atuar na primeira abordagem de um acidentado, efetuando os primeiros socorros. Em teoria, é importante este momento inicial de abordagem do acidentado devido a influência no futuro da vítima, a respeito de sua integridade física, com sequelas ou sem elas, possibilitando recuperação através de reabilitação, qualidade de vida pós-acidente e podendo até evitar a morte. Tem como objetivo também caracterizar os acidentes ocorridos e riscos nos locais de trabalho, visando a segurança e qualidade de vida para os colaboradores. Palavras-chave: Primeiros socorros, riscos, emergência, procedimentos. Abstract: This article has as main objective to guide professionals with no experience in relation to medical assistance, enabling them to act in the first approach of an injured person, performing first aid. In theory, this initial moment of approaching the victim is important due to the influence on the victim's future, regarding his physical integrity, with sequelae or without them, enabling recovery through rehabilitation, post-accident quality of life and even avoiding death. It also aims to characterize accidents and risks in the workplace, aiming at safety and quality of life for employees. Key words: First aid, risks, emergency, procedures. INTRODUÇÃO A necessidade de capacitar pessoas a lidar com os riscos e situações de emergência são cada vez mais altas, visando sempre aprimorar medidas no sentido de evitar algum erro de procedimento que vá causar danos. Sendo assim, esse artigo tem como finalidade orientar ao executar medidas preventivas e evitar o agravamento de acidentes. Primeiros socorros são procedimentos de assistência médica imediata que devem ser efetuados a qualquer pessoa que esteja sofrendo de doenças, ferimentos e lesões súbitas. Os primeiros socorros podem ser executados por qualquer pessoa com o objetivo de preservar a vida, prevenir o agravamento da condição ou possibilitar a recuperação. As medidas devem ser tomadas de forma imediata enquanto ajuda profissional não está disponível. Não necessita ter conhecimentos avançados para fazer os primeiros socorros, pode ser utilizada a improvisação com materiais disponíveis no momento e podem ser feitos até por pessoas sem treinamento, basta ter atenção, serenidade, compreensão e confiança. Manter a calma e o próprio controle e o controle de outras pessoas é igualmente importante, será confortante e dará à vítima sensação de confiança na pessoa que o está socorrendo. As situações que requerem primeiros socorros são várias. Cada país possui legislação e regulação própria sobre treinamento ou provisões de equipamentos para cada situação, a exemplo de primeiros socorros na escola, no ambiente de trabalho, em reuniões públicas, etc. Os principais objetivos dos primeiros socorros podem ser resumidos em três: Preservar a vida: o objetivo maior de qualquer assistência médica. Através de medidas simples e preliminares, busca-se salvar vidas e minimizar as chances de óbito. Prevenir o agravamento: envolve medidas de prevenção para que a condição não piore ou que novas causas ocorram. Por esse motivo, os primeiros socorros também abrangem fatores externos como, por exemplo, afastar o paciente de um incêndio. Possibilitar a recuperação: os primeiros socorros também visam iniciar a recuperação da doença, lesão ou ferimento o mais rápido possível. MÉTODOS Etapas básicas Antes de detalhar as situações e procedimentos de primeiros socorros alguns procedimentos básicos são necessários de se ter conhecimento para que sejam tomadas as medidas corretas. O primeiro item a ser observado é o local onde está acontecendo o acidente. é necessário assumir o controle da situação, manter-se calmo e afastar curiosos e quaisquer outros fatores de risco (choques elétricos, chamas, desmoronamentos, etc.) que possam atrapalhar o procedimento de socorro. O acidentado deve ser protegido e devem ser checados o estado de consciência, respiração, se há hemorragia, pupilas e a temperatura corpórea. Deve ser questionado se há algum sinal de dor na região do crânio, coluna e membros e evitar locomover caso haja algum sinal de lesão. Os sinais vitais serão os indicativos das medidas a serem tomadas e eles podem se manifestar de diversas maneiras. A temperatura apresenta os seguintes comportamentos: A medição deve ser feita com auxílio de um termômetro e a vítima deve estar consciente. Pode ser realizada de modo bucal (sofre mais interferência externas) ou retal (menos interferência). Caso haja febre a vítima tem de socorrida com compressas frias ou banhos para ajudar a manter a temperatura do corpo estável. O pulso indica a frequência cardíaca seguindo os seguintes fatores: O pulso pode ser verificado utilizando o dedo indicador para sentir a corrente sanguínea: A respiração é outro indicativo do estado do acidentado, como apresentado na tabela: Devem ser observados a movimentação do tórax, inspiração e expiração do nariz ou boca para definir o quadro respiratório. A pressão arterial pode ser obtida com a ajuda de um esfigmomanômetro. A pressão arterial normal de uma pessoa adulta (17 a 40 anos) é aproximadamente 140 x 90, com base nisso podemos definir se há um caso de hipotensão (pressão muito abaixo do normal) ou hipertensão (pressão acima do normal). A dilatação das pupilas e o estado de consciência podem indicar se há alguma perturbação mental ou alteração neurológica da pessoa acidentada. Tipos ocorrências Asfixia: definida como sendo parada respiratória, com o coração ainda funcionando. Pode ser causada por: · Bloqueio da passagem de ar (afogamentos, corpos estranhos nas vias respiratórias).; · Insuficiência de oxigênio no ar (má ventilação, presença de gases tóxicos no ar); · Impossibilidade do sangue em transportar oxigênio (embolias, tromboses); · Paralisia do centro respiratório no cérebro (avc, concussões); · Compressão do corpo (soterramentos, esmagamentos). A ação de socorro terá que: favorecer a passagem do ar através da boca e das narinas; afastar a vítima do agente asfixiante, conferir se o acidentado está consciente, desapertar as roupas da vítima, remover qualquer objeto que esteja dentro da boca ou da garganta, para abrir e manter desobstruída a passagem de ar, colocá-lo na posição lateral de segurança para garantir que continue respirando e iniciar a respiração de socorro. Parada cardiorrespiratória (PCR) Podemos definir parada cardíaca como sendo a interrupção repentina da função de bombeamento cardíaco e que pode causar morte se não for tratada. Parada respiratória é o cessamento total da respiração, devido à falta de oxigênio e excesso de gás carbônico no sangue. Podem ser desencadeadas por fatores como isquemias, traumas mecânicos, descargas elétricas, doenças congênitas, intoxicação, hemorragias e entre outros. É muito importante ser rápido no atendimento a PCR, principalmente nos 4 primeiros minutos para garantir que não haja danos aos órgãos vitais por falta de oxigenação do corpo e consequentemente a morte. A verificação básica de atendimento se dá no seguinte: Quadro IV - Sequência de suporte básico de vida de um adulto. O posicionamento de quem está acidentado e o socorrista também são fatores importantes para garantir eficiência da ação de socorro. A maneira correta do posicionamento para a ressuscitação cardiorrespiratória: Do acidentado · Posicionar o acidentado em superfície plana e firme. · Mantê-lo em decúbito dorsal, pois as manobras para permitir a abertura da via aérea e as manobras da respiração artificial são mais bem executadas nesta posição. · A cabeça não deve ficar mais alta que os pés, para não prejudicar o fluxo sanguíneo cerebral. · Caso o acidentado esteja sobre uma cama ou outra superfície macia ele deve ser colocado no chão ou então deve ser colocada uma tabua sob seu tronco.· A técnica correta de posicionamento do acidentado deve ser obedecida utilizando-se as manobras de rolamento. Da pessoa que está socorrendo · Este deve ajoelhar-se ao lado do acidentado, de modo que seus ombros fiquem diretamente sobre o esterno do acidentado. Das práticas de ressuscitação Antes de começar os primeiros socorros é necessário garantir o suporte básico de vida do acidentado. O suporte básico da vida consiste na administração de ventilação das vias aéreas e de compressão torácica externa. Estas manobras de apoio vital básico constituem-se de três etapas principais que devem ser seguidas: · Desobstrução das vias aéreas · Suporte respiratório · Suporte circulatório Nas vítimas inconscientes a principal causa de obstrução é a queda da língua sobre a parede posterior da faringe. Para a desobstrução das vias aéreas pode ser utilizar a manobras manuais: · Manobra dos Dedos Cruzados Pressionar o dedo indicador contra os dentes superiores e polegar -cruzado sobre o indicador - contra os dentes inferiores (Figura 5). · Manobra de Levantamento da Língua / Mandíbula Deve ser feita com o acidentado relaxado. Introduzir o polegar dentro da boca e garganta do acidentado. Com a ponta do polegar, levantar a base da língua. Com os dedos segurar a mandíbula ao nível do queixo e trazê-la para frente. A respiração boca a boca é uma das técnicas sem aparelhos mais eficazes de ressuscitação. Para iniciar a respiração boca a boca e promover a ressuscitação cardiorrespiratória, deve-se obedecer a seguinte sequência: · Deitar o acidentado de costas. · Desobstruir as vias aéreas. Remover prótese dentária (caso haja), limpar sangue ou vômito. · Pôr uma das mãos sob a nuca do acidentado e a outra mão na testa. · Inclinar a cabeça do acidentado para trás até que o queixo fique em um nível superior ao do nariz, de forma que a língua não impeça a passagem de ar, mantendo-a nesta posição. · Fechar bem as narinas do acidentado, usando os dedos polegar e indicador, utilizando a mão que foi colocada anteriormente na testa do acidentado. · Inspirar profundamente. · Colocar a boca com firmeza sobre a boca do acidentado, vedando-a totalmente (Figura 6). · Soprar vigorosamente para dentro da boca do acidentado, até notar que seu peito está levantando. A massagem cardíaca externa ou compressão torácica é o método que consiste em realizar compressões rítmicas na região do esterno, de modo a comprimir o tórax e o coração para fazer que o sangue volte a circular. O método para realizar a massagem cardíaca consiste em, com a vítima já deitada, posicionar uma mão sobre a outra sobre a metade inferior do esterno. Aplica-se então a compressão aproveitando o peso do próprio corpo. Aplicar pressão suficiente para baixar o esterno de 3,8 a 5 centímetros para um adulto normal e mantê-lo assim por cerca de meio segundo. Em seguida remover subitamente a compressão que, junto com a pressão negativa, provoca o retorno de sangue ao coração. Deve-se manter a frequência de 80 a 100 compressões por minuto. É importante realizar a técnica de maneira correta para que não haja o risco de fraturas ou lesões na vítima. Transporte do acidentado O transporte é um fator essencial dos primeiros socorros já que um transporte inadequado pode colocar em risco todas as outras etapas de salvamento já realizadas. Então antes de começar o transporte da vítima os seguintes parâmetros têm de serem assegurados: · Restauração ou manutenção das funções respiratória e circulatória · Verificação de existência e gravidade de lesões · Controle de hemorragia · Prevenção e controle de estado de choque · Imobilização dos pontos de fratura, luxação ou entorse. Existem vários métodos para realizar o transporte e eles podem variar de acordo com a situação, quantidade de socorristas, recursos disponíveis e entre outros: Transporte de Apoio Figura 8 - Transporte de apoio Método utilizado para vítimas de traumas leves que ainda consigam caminhar. Transporte ao Colo Figura 9 - Transporte ao Colo Usa-se este tipo de transporte em casos de envenenamento ou picada por animal peçonhento, estando o acidentado consciente, ou em casos de fratura, exceto da coluna vertebral. Transporte nas Costas Figura 10 - Transporte nas Costas O transporte nas costas é usado para remoção de pessoas envenenadas ou com entorses e luxações dos membros inferiores, previamente imobilizados. Transporte de Bombeiro Figura 11 - Transporte de Bombeiro Este transporte pode ser aplicado em casos que não envolvam fraturas e lesões graves. É um meio de transporte eficaz e muito útil, se puder ser realizado por uma pessoa ágil e fisicamente capaz. Transporte de Arrasto em Lençol Figura 12 - Transporte de Arrasto em Lençol Este método é utilizado quando não há como carregar a vítima pelo socorrista e garantir que não haja escoriações ao fazê-lo. Manobra de Retirada de Acidentado de um Veículo Figura 13 - Manobra de retirada de acidentado Esta manobra deve ser feita apenas em situações de extrema urgência. A intenção é manter o pescoço e a coluna em posição ereta para evitar danos a cervical. Transporte de Apoio Figura 14 - Transporte de apoio Este tipo de transporte é usado para pessoas obesas, na qual uma única pessoa não consiga socorrê-lo e removê-lo. Geralmente são de vertigem, de desmaio, com ferimentos leves ou pequenas perturbações que não os tornem inconscientes. Transporte de Cadeirinha Figura 15 - Transporte de Cadeirinha Cada uma das pessoas que estão prestando os primeiros socorros segura um dos seus braços e um dos braços do outro, formando-se um assento onde a pessoa acidentada se apoia, abraçando ainda o pescoço e os ombros das pessoas que a está socorrendo. Método útil quando a vítima ainda está consciente, mas não consegue se apoiar ou andar no chão sozinha. Transporte pelas Extremidades Figura 16 - Transporte pelas extremidades Uma das pessoas que estão prestando os primeiros socorros segura com os braços o tronco da vítima, passando-os por baixo das axilas da mesma. A outra, de costas para o primeiro, segura as pernas da vítima com seus braços. Útil para casos em que há necessidade de se transportar a vítima que esteja sofrendo espasmos ou convulsões. Transporte ao Colo Figura 17 - Transporte ao colo O acidentado pode ser um fraturado ou luxado de ombro superior ou inferior, e o membro afetado deve sempre ficar para o lado do corpo das pessoas que estão socorrendo, a fim de melhor protegê-lo. Transporte de Cadeira Figura 18 - Transporte de cadeira Quando a vítima está numa cadeira, pode-se transportar está com a vítima, da seguinte maneira: uma pessoa segura a parte da frente da cadeira, onde os pés se juntam ao assento. O outro segura lateralmente os espaldares da cadeira pelo meio. A cadeira fica inclinada para trás, pois a pessoa da frente coloca a borda do assento mais alto que a de trás. A atenção durante a remoção é muito importante para que a vítima não caia. Transporte de Maca Figura 19- Transporte de maca A maca é o melhor meio de transporte. Pode-se fazer uma boa maca abotoando-se duas camisas ou um paletó em duas varas ou bastões, ou enrolando um cobertor dobrado em três, envolta de tubos de ferro ou bastões. Transporte ao Colo (3 pessoas) Figura 20 - Transporte ao colo Transporte de Lençol pelas Pontas Figura 21- Transporte pelas pontas Com quatro pessoas, cada um segura uma das pontas do lençol, cobertor ou lona, formando uma espécie de rede onde é colocada e transportada a vítima. Este transporte não serve para lesões de coluna. Nestes casos a vítima deve ser transportada em superfície rígida. Transporte de Lençol pelas Bordas Figura 22- Transporte pelas bordas Coloca-se a vítima no meio do lençol enrolam-se as bordas laterais deste, bem enroladas. Estes lados enrolados permitem segurar firmemente o lençol e levantá-lo com a vítima. Este transporte também não é recomendado para os casos de lesão na coluna. Nestes casos a vítima deve ser transportada em superfície rígida. Remoção de vítima comsuspeita de fratura de coluna (consciente ou não) Figura 24- Remoção de vítima A remoção de uma vítima com suspeita de fratura de coluna ou de bacia e/ou acidentado em estado grave, com urgência de um local onde a maca não consegue chegar, deverá ser efetuada como se seu corpo fosse uma peça rígida, levantando, simultaneamente, todos os segmentos do seu corpo. RESULTADOS E DISCUSSÃO A história do atendimento de primeiros socorros pode ser lembrada pelos ensinamentos de médicos cirurgiões aos soldados que estavam em batalhas, para que estes realizassem condutas iniciais para socorrer militares feridos (MARKENSON et al., 2010). As ações foram muito eficazes e diminuíram o número de combatentes mortos em batalhas. Esses procedimentos contemplavam condutas simples de contenção de hemorragias, reanimação cardiopulmonar, entre outras ações importantes para manter o suporte básico da vida (MARKENSON et al., 2010). Os primeiros socorros são feitos geralmente por pessoas comuns, com conhecimento básico das técnicas emergenciais, em locais de trabalho, escolas, trânsito e etc. O conhecimento sobre primeiros socorros é necessário nas diferentes idades e para pessoas de diferentes segmentos sociais e profissionais, pois o emprego desses procedimentos pode se fazer necessário para os mais variados grupos de uma população. Esse conhecimento ainda precisa ser ensinado e de fato absorvido pela população, visando a uma eficiente utilização quando necessário, nas diferentes situações de risco da vida diária e pelos diferentes grupos sociais envolvidos. Devemos alertar a importância deste estudo, inclusive por abordar situações que fazem parte do cotidiano dos indivíduos envolvidos, colaborando, assim, com novos conhecimentos e informações significativas para a cultura do “prestar socorro”. Na atualidade, diversos estudos na área dos primeiros socorros (GHIROTTO, 1998; SANTANA, 1999; PERGOLA, 2009; MAIA et al., 2012) foram realizados com foco apenas no conhecimento de professores sobre o conteúdo, e nenhum deles com direção a testagem e implementação de unidades didáticas de ensino-aprendizagem. Na perspectiva desse problema, seria de grande importância o ensino deste conteúdo visando à transmissão eficiente de tal conhecimento a escolares, uma vez que estes podem ser agentes multiplicadores da cultura de socorrer da forma correta, sem causar danos secundários à vítima de um acidente inesperado (ALVAREZ & CANETTI, 2007). CONCLUSÕES Ser um bom samaritano, se prevenir e colocar em prática o que foi aprendido sobre primeiros socorros, pode salvar vidas. Manter a calma e serenidade são essenciais ao prestar socorro a uma vítima. Se não temos conhecimento, somente o ato de comunicar, é essencial para que haja entendimento na hora de executar o salvamento. Deixando em ênfase o fato de se prevenir e observar, evitar o errado e caminhar pelo certo, ser prudente e racional nas suas escolhas, pensar no próximo e se colocar no lugar dele, são características de uma boa vivência em segurança. REFERÊNCIAS Sites: http://www.gepegene.com.br https://www.scielo.br https://portal.fiocruz.br Artigos: Brasil, Ministério da Saúde. Fundação Oswaldo Cruz. FIOCRUZ. Vice Presidência de Serviços de Referência e Ambiente. Núcleo de Biossegurança. NUBio Manual de Primeiros Socorros. Rio de Janeiro. Fundação Oswaldo Cruz, 2003. 170p. 1. Primeiros Socorros. 2. Atendimento emergencial. ___________________
Compartilhar