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Caderno Tributário 2016 - CERS

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Curso Renato Saraiva – Magistratura e Ministério Público Estaduais
1º Semestre 2016
HAM MARTINS REGIS Direito Tributário – Renato de Pretto e Eduardo Sabbag
OBSERVAÇÃO:
Não gostei da ordem como foi disposta a matéria no decorrer do curso,
uma vez que não dá pra seguir uma ordem lógica do conteúdo como, por
exemplo, é feita nos livros. Quando estiver estudando, verá que o Renato de
Pretto ficou responsável por uma espécie de tributo, enquanto o Sabbag deu
todas as outras em momento distinto. Além disso, não fiquei totalmente
satisfeito com as exposições. Gostei muito do conteúdo exposto pelo Renato de
Pretto, mas a forma como o Sabbag leciona não me possibilitou fazer as
anotações da forma como eu gosto. 
Explico. MINHA OPINIÃO: ele é um excelente professor e coloca
muitas informações em slides, os quais ajudam muito. Mas por uma questão
pessoal, não consegui colocar a informação dada em aula da mesma forma
(organização) como coloco em tantos outros materiais. Sobre o conteúdo de
uma aula, inclusive, quando fiz a revisão, deixei uma observação pois achei
muito chato, repetitivo e insuficiente. 
Ressalto que é muito provável que eu não tenha conseguido
compreender tudo que foi falado. RESSALVA-SE: Exponho aqui a minha
opinião sobre MEU MATERIAL, e não sobre as aulas (do que apenas não
gostei da distribuição do conteúdo pelos professores, como acima dito), a fim
de ajudar caso alguém queria dele se utilizar. Portanto, se alguém discordar e
quiser se manifestar, fique à vontade para enviar para o e-mail no qual eu
compartilho estes materiais. 
Por fim, como não foi possível seguir uma sequência lógica dos temas,
neste material, o conteúdo será dividido de acordo com o que foi ministrado
pelos professores em suas exposições: primeiramente a matéria dada pelo
professor Renato de Pretto, seguida da matéria ensinada pelo professor
Eduardo Sabbag.
Bons Estudos.
1
Curso Renato Saraiva – Magistratura e Ministério Público Estaduais
1º Semestre 2016
HAM MARTINS REGIS Direito Tributário – Renato de Pretto e Eduardo Sabbag
DIREITO TRIBUTÁRIO
SUMÁRIO
RENATO DE PRETTO
PRINCÍPIOS TRIBUTÁRIOS …………………………………….………………..………… 9
Sistema Constitucional Tributário …………………………………………...…….....… 9
Conceito ……………………………..……………………..……………………………..9
Limitações Gerais ao Poder de Tributar …………………………………..…………..…. 13
Princípios Constitucionais Tributários ………………………..……………………...…...14
Princípio da Capacidade Contributiva ……………….…………….…………..…… 14
Conteúdo do Princípio da Capacidade Contributiva …………………………….…... 14
Concretização do Princípio …………………………………………………………... 15
Princípio da Legalidade ….…………….…………….…………….………….……… 16
Distinção entre Lei e Legislação Tributária ………………………………….………. 17
Mitigações ao Princípio da Legalidade ……………………………………….………17
Lei Delegada …………………………………………………………………………. 18
Decreto ou Regulamento Delegado………………………………………………….... 18
Medida Provisória ……………………………………………………………………. 18
Iniciativa de Projeto de Lei …………………………………………………………....19
Princípio da Transparência da Carga Tributária ….…………….………..…………..19
Art. 150, § 6º, da CF/88 ………………………………………………………………. 19
Correção Monetária ………………………………………………………………….. 19
Criação do Tributo ………………………………………………………………….…20
Questões ……………………………………………………...…………………………… 20
Princípio da Igualdade Tributária …………….……….…………….………….……23
Princípio da Segurança Jurídica …………….…………….………………..………...25
Princípio da Irretroatividade Tributária …………….…………….…………………..25
Anterioridade de Exercício ………………………………………………………...…. 26
Anterioridade Tributária Mínima (noventena, nonagesimal) …..……………..……....28
Princípio da Vedação do Tributo com Efeito Confiscatório .………….……………. 28
Princípio da Liberdade do Tráfego de Bens ou Pessoas ………….……………..….. 30
Princípios Constitucionais do art. 151, da CF/88 ……….…………….……..…….... 30
Princípio da Uniformidade Geográfica da Tributação ……………….……………… 31
Princípio da Isonomia dos Títulos da Dívida Pública e da Tributação dos Rendimentos
dos Servidores ……………………………………………………...….….….…...… 31
Princípio da Vedação das Isenções Heterônomas/Heterotópicas ……….………….... 31
Princípio do art. 152, da CF/88 (Princípio da não discriminação) .…………..….… 32
Questões …………………………………………………………………………………... 32
DIREITO TRIBUTÁRIO INFRACONSTITUCIONAL ………………….………….………36
Crédito Tributário …………….………….…………….…………….………..…...……. 36
Hipótese de Incidência …………….…………….…………………...………….……… 36
Fato Gerador …………….…………….…………….………………………………….... 36
Obrigação Tributária ….……………………….…………………………………...….… 36
Lançamento …….…………….………………………………………………………..… 36
Consumação do Lançamento …….…………….………………...….……………….. 37
Espécies de Lançamento ……………..………………….…………….……….……. 38
Lançamento Direto/de ofício/Unilateral …………….…………….…………..….…. 38
2
Curso Renato Saraiva – Magistratura e Ministério Público Estaduais
1º Semestre 2016
HAM MARTINS REGIS Direito Tributário – Renato de Pretto e Eduardo Sabbag
Lançamento misto/por declaração/por deliberação ……………….…………...….….39
Lançamento por Homologação/auto-lançamento …….…………….……………..…. 39
Crédito Tributário …………………………………………………………………...…… 38
Causas de Suspensão do Crédito Tributário …………….…………….………….....…. 40
Moratória ………...……….…………….…………….……......………………………… 41
Moratória Geral …………….…………….…………….….…..……………………... 42
Depósito do Montante Integral …………….…………….…………….………….....….. 42
Defesas Administrativas …………….…………….……………………………….…..… 43
Tutelas de Urgência Concedidas Judicialmente …………….……………...……..….…. 44
Parcelamento …………….…………….………..……………………………………….. 44
Questões ……….…………….…………….….….……………………………………….. 45
Causas de Extinção do Crédito Tributário …………………………………………...… 44
Taxatividade do Rol do art. 156, do CTN …….…………….…………….……….….…. 48
Pagamento …………….…………….……………………………………………..….…. 49
Repetição do Indébito Tributário …………….…………….…………………...………...51
Repetição dos Tributos indiretos …………….……….…………………………...…. 52
Repetição por Compensação …………….…………………...….…………….….….. 53
Recebimento em Dinheiro …………………….…………………..….………...…….. 53
Compensação …………….……….…………….………….……………………...……...54
Transação …………….…………….……………………………………………………..55
Remissão …………….…………….…………….………………………………………..55
Decadência e Prescrição Tributária ……………….………………...…….……………... 56
Decadência Tributária ……….…………….……………..….…………….…………..56
Contagem do Prazo Decadencial ……………….………...……….………………..... 57
Prescrição Tributária ………….….…….………………….…………………….….... 58
Causas de Interrupção do Prazo Prescricional ….………..…………….…………….58
Questões ……….…………….…………….……………………………..…………..….... 60
Conversão do Depósito em Renda …………….…………….…………….…………..….65
Consignação em Pagamento …………….…………….…………………….………….... 65
Decisão Administrativa Irreformável …………….…………….…………….………….. 66
Decisão Judicial Passada em Julgado ………….…………….………….…………...…... 66
Dação em Pagamento do Bem Imóvel …………….…………….…………………….….66
Garantias e Privilégios do Crédito Tributário …………………….……………...……. 66
Garantias do Crédito Tributário …………….……….……….…………………….….….66
Responsabilidade do Contribuinte …………….…………….…………………..…. 66
Fraude à Execução Fiscal …………….………….…………….……..…………….. 67
Indisponibilidade de bens …………….…………….………………………………..67
Garantias Indiretas do Crédito Tributário ……………….…………..…………….68
Privilégios do Crédito Tributário ….………...…………….………………………….…..68
Preferência em Execução Coletiva ……………………….………….……...…….…. 68
Autonomia do Executivo Fiscal ………………….……….………….….…………….68
Concurso de Credores …………….………….…………………….……..….………..68
ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA …………….………………………………………….… 69
Arts. 194 a 200 – Regras sobre Fiscalização Tributária …...……………………………….69
Arts. 201 a 204 – Regras sobre a Dívida Ativa …….……..…….………………………….70
Arts. 205 a 208 – Regras sobre as certidões ………………….…………….…………..…. 71
Execução Fiscal …………….…………….……………………...…………….…………. 71
Ações de Iniciativa do Fisco …………….……………....…………….………………….71Processo Judicial Tributário Anti-exacional ……….…….………………………...….…. 71
3
Curso Renato Saraiva – Magistratura e Ministério Público Estaduais
1º Semestre 2016
HAM MARTINS REGIS Direito Tributário – Renato de Pretto e Eduardo Sabbag
Anuidade da OAB ……………………………..………………..………………………...72
Prazo para Embargos ……………………………………..…….……………………...… 72
Lei 13.043/14 ……………………………..……………………..……...………………...72
Garantia da Execução ……………………………..……………………………….…..… 72
Não Suspensão da Execução ……………………………………….………………..…... 73
Redirecionamento da Execução Fiscal para os Sócios-Gerentes ………………………... 73
IMPOSTOS MUNICIPAIS ………………………………………..…………………………... 73 
Imposto Territorial Urbano ………………………….……………………………...……73
IPTU x ITR ………………………….……………………………………………………74
Imposto Sobre Transmissão de Bens Imóveis ………………….…………..……...…… 74
Distinção entre ITBI e ITCMD …………………………………….……………………. 75
Impostos Sobre Serviços de Qualquer Natureza ………………….……………..…….. 75
IMPOSTOS ESTADUAIS …………………………………………………………………...… 76
Imposto Sobre Transmissão Causa Mortis e Doação …………...…………………….…76
Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores ……….…………………….…77
Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços …………………..……..……… 77
Mesmo Estabelecimento ……………………………………………………..…………...77
Leasing Financeiro ……………………………………………………..……………...… 78
Seguradora ……………………..…………………………………………………...……. 78
ICMS Importação …………..…………………………………………………….……… 78
ICMS sobre Água Canalizada …….……………………………………………….…….. 78
Feição Nacional do ICMS ……………………………………………………….…….… 78
Inovação Constitucional do ano de 2015 …………………………………………...…… 79
IMPOSTOS FEDERAIS …………………………………………………………….…...……..79
Imposto de Importação …………………………………………..…………………..….. 79
Imposto de Exportação ……………………………………………….……………..……79
Imposto Sobre a Renda …………………………………………………………….……. 79
Fato Gerador ………………………………………………………………………...…… 79
Base de Cálculo ………………………………………………………….……..………... 79
Características Fundamentais …………………..……………………………………...… 79
Regulamentação …………………….……………………………………….………....…79
NÃO INCIDÊNCIA ………………………………………………………..…………......79
Dano Material ……………….……..…………………………………………...………... 80
Imposto Sobre Produtos Industrializados …………………………...…………………. 80
IOF ………………………………………………………………………………………....80
Imposto Territorial Rural ………………………………..……………………………….80
Imposto Sobre Grandes Fortunas ………………………………………………..………80
Imposto Residual …………………………………………………….…………...……….80
Imposto Extraordinário ……….……………………………….…………………...…….80
CIP/COSIP ………………………………………………………….………………………...… 80
Questões …………………………………………………………………………...……… 80
EDUARDO SABBAG
TRIBUTOS ……………………………………………………………………………….…….. 86
Conceito de Tributo ……………………………….….......…......…......…...……….…… 86
Prestação Pecuniária ……………………………………….………………………..…… 86
Prestação Compulsória ………………………………….………………………..……… 87
Diversa da Multa …………………………………………...…………………………..…88
4
Curso Renato Saraiva – Magistratura e Ministério Público Estaduais
1º Semestre 2016
HAM MARTINS REGIS Direito Tributário – Renato de Pretto e Eduardo Sabbag
Conceito de Multa ………………………………………………………….…………. 88
Instituída por Meio de Lei ……………………………………………………………….. 88
Cobrança Mediante Lançamento ………………………………………………………… 89
Generalidades …………………………………………………………………….…….…89
Distribuição dos Tributos na CF/88 …………………………………………...………….89
Empréstimos Compulsórios ………………………...…………………………………… 90
Tributo Federal …………………………………………..………………………….…… 90
Lei Complementar ……………………………………………………………………….. 90
Natureza Tributária ……………………………………………………….……………… 90
Autonomia ………………………….……………………………………………….…… 90
Restituição …………………………………………………...………………………….. 90
Pressupostos Fáticos ………………………………………………………………...…... 90
Despesas Extraordinárias …………………...………………………………………... 90
Investimento Público de Caráter Urgente e Relevante Interesse Nacional ……...…91
Princípio da Anterioridade ……………………………………………………………..…91
Empréstimo Compulsório com fulcro na calamidade pública e guerra externa …. 91
Empréstimo Compulsório com fulcro em Investimento Público ………………….. 91
Tredestinação …………………………………….………………………………..……... 92
Taxas …………………………………………………………………………..………….. 92
Espécies de Taxa ……………………………………………….………………………... 92
Taxa de Polícia (Taxa de Fiscalização) ………………………………………………. 92
Taxa de Serviço (Taxa de Utilização) ……………………………………………....…93
Serviço de (fornecimento de) água e esgotamento sanitário …..…………………….… 94
Segurança Pública ……………………………………………………...………………. 94
Limpeza pública ou Limpeza de logradouros públicos (varrição, capinação, limpeza de
bueiros) ……………………………………………………………………………...……………94
Iluminação Pública …...…………………………………………………..…………..…94
Outros serviços ………………………………………………………….………………94
Dica final ……………………………………………………………….………………. 95
Base de Cálculo das Taxas ………………………………………………..……………. 95
Contribuição de Melhoria …………………………….……………...………………….. 95
Base Legal/Constitucional …………………….………………………………………….95
Base de Cálculo ………………………..………………………..……………………….. 96 
Contribuinte …………………………..…………………………….……………………. 96
Responsabilidade por Sucessão ………………………..………………………………… 96
Zona de Influência …………………………………………………..…………………… 97
Momento do Pagamento ………….………………………………………………………97
Dicas Pontuais …………………………………………………………………………… 97
Contribuição de Melhoria x Imputação de Pagamento …………..……………………….98
Contribuição de Melhoria X Isenção …………………………...……………………...…98
Contribuição de Melhoria X Pavimentação Asfáltica X Recapeamento Asfáltico …….…98
Impostos …………………………………………………………...……………………… 98
Destinação da Receita ………………………………...…………………………………..99
Exemplos de Impostos ………………………….………………………………………...99
Impostos Municipais ………………………………….……………………………… 99
Impostos Estaduais ………………………………...…...…………………………...…99
Impostos Federais ……………………………………………………………………...99
Questões ……………………………………….…………………………..……………… 99
IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS …………………………...………………………………….. 103
5
Curso Renato Saraiva – Magistratura e Ministério Público Estaduais
1º Semestre 2016
HAM MARTINS REGIS Direito Tributário – Renato de Pretto e Eduardo Sabbag
Introdução …………………………………………………………………...…………….103
Sugestão de Con ceito de Imunidade ……………………………………...………………103
Norma Constitucional ……………………………………………………………….... 103
Exoneração Tributária ………………………………………………………………...103
Valores Proclamados ………………………………….…………………...………….. 103
Inibição de Contribuição Atributiva ………………….……………………………... 103
Credita ao Beneficiário um Direito Público Subjetivo ………………………………103
Imunidade X Isenção …………………………………………………………………….. 104
Falsas Isenções ……………………………………………………………………...…. 104
Previsão (disposição) Constitucional ……………………………………………….…… 104
Principal Imunidade ……………………………………………………………………... 104
Previsões Gerais …………………………………………...…………………………….. 105
Não Taxatividade ……………………………………………..……………………….. 105
Objeto ………………………………………………………………………………….. 105
“Impostos” …………………………………………..………………………………… 105
Imunidade Recíproca ………………………………………………...…………………...105
Valor …………………………………………………………………………...………..105
Impostos Afastados ……………...……………………………………………………..105
Outros Sujeitos Abrangidos ………………………………...…………………………106
Autarquias e Fundações ……………………….………………………………………106
Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista ………….…………………….. 106
Dicas Finais ………………………………………………………..…………………... 107
Imunidade Religiosa ……………………………………………………………………... 108
Valor ………………………………………………………………………………….... 108
Exemplos de Desoneração …………………………….……………………….……... 108
Patrimônio Relacionado …………….…………….………....……………………….. 109
Dicas Finais …………….…………….…………….………………...…….………..… 109
Imunidades Não Aplicáveis …………………….…………….….……….………….…... 110
Complementação …………….………………………………………………..…...….. 110
Recebimento de Salários Pelos Mantenedores ………...…….…………….….….…. 111
Patrimônio Relacionado …………….…...…….………...…….…………………..…. 111
Dicas Finais ……………………………………………….…………………………… 112
Imunidade de Imprensa …………………………………………………..………….……112
Livro Eletrônico ………………………………………………………………….….…112Álbuns de Figurinhas ………………………………………………………….…....… 112
Listas Telefônicas …………………………………………………………………....…113
Insumo …………………………………………………………………………………. 113
Imunidade Musical ………………………………………………………………………. 113
Fonograma …………………………………………………………………………….. 114
Videofonograma …………………………………………………………...………….. 114
Suportes Materiais ………………………………………………………...….………. 114
Arquivos Digitais …………………………………………………………..…..……… 114
Replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser ……………..………..…..114
Questões ………………………………………………………………………….……..… 114
FENÔMENO DA INCIDÊNCIA ………………………………………………………….……117
Incidência Tributária …………………………………………………………..………… 119
Interpretação Objetiva do Fato Gerador ……………………………………..…………121
Pecunia non olet ………………………………………………………………..…...…… 121
Leitura Indicada …………………………………………………..…………………...… 121
6
Curso Renato Saraiva – Magistratura e Ministério Público Estaduais
1º Semestre 2016
HAM MARTINS REGIS Direito Tributário – Renato de Pretto e Eduardo Sabbag
Aspectos do Fato Gerador ……………………………………………………………..…122
Aspecto Material ……………………………………………………………………….…122
Aspecto Temporal ……………………………………………………………………...…122
Aspecto Espacial ……………………………………………………………………….…123
Aspecto Pessoal ………………………………………………………………………..… 123
Aspecto Quantitativo …………………………………………………………………..… 123
Classificação dos Fatos Geradores ……………………………………………………… 124
Fatos Geradores Instantâneos (Simples) ……………………………………………….…124
Fatos Geradores Continuados (ou contínuo) ………………………………………..…… 124
Fatos Geradores Complexivos (periódico) ………………………………………….…… 124
Dicas Finais ……………………………………………………………………………..…124
Questões ……………………………………………………………………………….….. 126
OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA ………………………………………………………….………128
Linha do Tempo …………………………………………………………………….…..…129
Elementos da Obrigação Tributária ……………………………………………….…….129
Sujeito ativo …………………………………………………………………………..…..130
Sujeito Ativo Direto …………………………………………………………………… 130
Sujeito Ativo Indireto ……………………………………………………………….…130
Conceito de Parafiscalidade apresentado pelo professor ………………….………… 131
Ordem dos Advogados do Brasil ………………………………………………………131
Sujeito passivo ……………………………………………………………………….…...131
Dicas Complementares ………………………………………………………….……..132
Objeto da Obrigação Tributária ………………………………………………………….. 132
Prestação de cunho pecuniário ………………………………………………………..132
Prestação de cunho não pecuniário ………………………………………………..… 132
Causa da Obrigação Tributária ……………………………………………………...…… 133
Causa da Obrigação Tributária Principal ………………………………………...… 133
Causa da Obrigação Tributária Acessória ………………………………………...… 133
CAUSAS DE EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO ……………………………….… 134
Isenção e Anistia ……………………………………………………………………..……134
Pontos em comum entre Isenção e Anistia ………………………………………………134
Isenção ………………………………………………………………………………..……136
Conceito ……………………………………………………………………………..……136
Natureza Jurídica …………………………………………………………………...……. 136
Isenção X Imunidade ………………………………………………………………..…… 136
Falsas Isenções ………………………………………………………………….…...……136
Análise dos Dispositivos Sobre a Isenção ……………………………………………..… 137
Anistia …………………………………………………………………………………….. 138
Conceito do Professor ………………………………………………………….…...…….138
Análise dos Dispositivos Sobre a Anistia ………………………………………...……… 139
Questões …………………………………………………………………………...……… 140
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA …………………………………………….………....143
Sinônimos ………………………………………………………………………………….143
Noções Gerais e Fundamentos Legais ……………………………………………..……. 144
Classificação ……………………………………………………………………………… 144
Responsabilidade Pessoal x Responsabilidade Solidária x Responsabilidade Subsidiária. 144
Responsabilidade dos Sucessores X Responsabilidade de Terceiros ………………….… 145
Responsabilidade por Transferência X Responsabilidade por Substituição …………...…146
Terminologia na Substituição Tributária …………………………………………..…… 147
7
Curso Renato Saraiva – Magistratura e Ministério Público Estaduais
1º Semestre 2016
HAM MARTINS REGIS Direito Tributário – Renato de Pretto e Eduardo Sabbag
Substituição Para Trás (Regressiva) X Substituição Para Frente (progressiva) …..….. 147
Substituição Tributária Para Trás (ou Regressiva) ………………………………….…147
Substituição Tributária Para Frente (ou progressiva) ……………...…………………..147
Exposição do Tema a Partir do Texto do CTN ……………………………………...….. 148
Art. 130, do CTN …………………………………………………………………………148
Art. 130, caput, do CTN …………………………………………………………….... 148
Denominação ……………………………………………………………………….… 148
Classificação ……………………………………………………………………..……148
Responsável ………………………………………………………………………....…148
Contexto ………………………………………………………………………………. 148
Tributos Envolvidos ……………………………………………………………….….. 148
Art. 130, Parágrafo único, do CTN ………………….……………………………..... 149
Contexto ………………………………………………………………………….….... 149
Art. 131, do CTN ……………………………………………………………………..…..149
Denominação …………………………………………………………………….……..149
Classificação ……………………………………………………………………….…...149
Responsável …………………………………………………………………………….149
Sucessão por Morte …………………………………………………………………… 149
Art. 132, do CTN ………………………………………………………………………....150
Denominação …………………………………………………………………………...151
Classificação …………………………………………………………………………....151
Responsável …………………………………………………………………………….151
Contexto ……………………………………………………………………………….. 151
Art. 133, do CTN ……………………………………………………………………..…..151
Denominação ………………………………………………………………………..….152
Responsável …………………………………………………………………………….152
Condição ………………………………………………………………………………..152
Súmula nº 554, do STJ ……………………………………………………………..…. 152
Art. 134, do CTN …………………………………………………………………………152
Denominação …………………………………………………………………………...152
Classificação ……………………………………………………………………………152
Contexto ……………………………………………………………………………….. 153
Questões …………………………………………………………………………………... 154
8
Curso Renato Saraiva – Magistratura e Ministério Público Estaduais
1º Semestre 2016
HAM MARTINS REGIS Direito Tributário – Renato de Pretto e Eduardo Sabbag
DIREITO TRIBUTÁRIO – RENATO DE PRETTO
PRINCÍPIOS TRIBUTÁRIOS
1) Sistema Constitucional Tributário
Está delimitado nos arts. 145 a 162, da CF/88.
Conceito: Sistema Constitucional Tributário é o conjunto de princípios e regras que estabelece
a ação estatal de exigir tributos. Isto é, conjunto de normas jurídicas que estabelecem a tributação.
Para ser exigido, primeiro se cria, e depois é exigido.
O Direito Tributário é bastante ligado ao Direito Constitucional. De acordo com a doutrina
majoritária, norma jurídica é gênero que tem duas espécies, quais sejam, os princípios e as regras.
Os Princípios tem caráter subjetivo, baixa densidade normativa. Ao contrário, as regras têm
maior densidade normativa, são mais fáceis de ser concretizadas.
Ex.: Idade para aposentadoria compulsória – 75 anos. Trata-se de regra, vez que possui alta
densidade normativa, nenhuma subjetividade.
Ainda, relembre-se que a CF/88, na área tributária não cria tributos. A CF/88 apenas estabelece
o sistema constitucional tributário onde há um esqueleto de normas que possibilitam a criação de
tributos.
Tanto que por força do princípio da legalidade, os tributos devem ser sempre criados por Lei.
A atuação da CF/88 na parte tributária possui cinco tarefas:
• Discriminou competências Tributárias: A CF/88 indicou qual é o ente competente para
instituir determinados tributos. Ex.: Empréstimos Compulsórios só podem ser instituídos
pela União. 
Competência tributária é a aptidão para criar tributos, sendo disciplinada pela CF/88.
Não se confunde competência tributária com Capacidade Tributária Ativa, esta que
significa cobrar tributos.
A capacidade tributária ativa é posterior à competência tributária, vez que, somente após a
criação, o tributo poderá ser cobrado.
• Classificação dos Tributos em espécies e subespécies tributárias: São as espécies
tributárias segundo o STF:
◦ Impostos - art. 145, da CF/88;
◦ Taxas - art. 145, da CF/88;◦ Contribuições de Melhoria - art. 145, da CF/88;
◦ Empréstimos Compulsórios: Art. 148, da CF/88;
◦ Contribuições Especiais: Se subdviide em:
▪ Contribuições Sociais: se subdivide em:
• Gerais: É aquela que não tem relação com a área da seguridade social. Ex.:
contribuição do salário educação (Voltada para a educação);
• de Seguridade Social: É a contribuição relacionada à área de atuação da
seguridade social, que está prevista no art. 194, da CF/88. São elas:
◦ Saúde, 
◦ Assistência Social;
◦ Previdência Social.
▪ Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico - CIDE;
9
Curso Renato Saraiva – Magistratura e Ministério Público Estaduais
1º Semestre 2016
HAM MARTINS REGIS Direito Tributário – Renato de Pretto e Eduardo Sabbag
▪ Contribuições de Interesse de Categorias Profissionais/Econômicas: Ex.: anuidade
cobrada por Conselhos de Categorias Profissionais.
▪ Contribuição Sobre os Serviços de Iluminação Pública (art. 149-A, da CF/88) –
COSIP.
Veja-se que o STF adotou a teoria pentapartite dos tributos
Diante da teoria adotada pelo STF, o Código Tributário Nacional merece uma releitura, vez
que somente prevê como tributos os impostos, as taxas e as contribuições de melhoria.
• Traçou a regra matriz de cada uma dessas espécies e subespécies.
• Apontou as limitações ao poder de tributar: Essas limitações se condicionam em
princípios e imunidades.
• Delimitou a repartição das receitas tributárias: Arts. 157 a 162, da CF/88 (abaixo
transcritos – Ler antes de iniciar abaixo). Tecnicamente, essa ideia é uma matéria que se
relaciona mais com o Direito Financeiro do que com o Direito Tributário. Inobstante essa
divisão, tais normas devem ser lidas para concursos da magistratura. O que mais é cobrado
sobre esse tema é a literalidade do texto constitucional.
Existe uma repartição entre os entes os quais são divididos entre U, E, DF e M. A divisão
ocorre “de cima pra baixo”, ou seja, da União para os Estados, DF ou Municípios, e dos
Estados aos Municípios. Se ocorrer “de baixo pra cima baixo”, diz-se que ocorreu
delegação, e não repartição.
O art. 157, da CF/88, traz hipóteses de repartição direta das receitas tributárias. Ou seja, são
hipóteses em que não há intermediário (da União para os Estados ou para o DF). São
hipóteses (Primeiro reler a transcrição dos dispositivos – próxima página):
◦ Repartição dos produtos do Imposto de Renda: Dá-se na proporção integral (100%)
Ocorre quando o IR for retido de algum servidor do Estado, fundações ou autarquias.
Nesses casos, o Estado reterá o valor do IR e ficará com 100% do produto arrecadado.
Súmula 447, do STJ - Os Estados e o Distrito Federal são partes legítimas na ação de
restituição de imposto de renda retido na fonte proposta por seus servidores. 
◦ Imposto Residual da União: A União pode criar novos impostos. 20% (vinte por cento)
do produto arrecadado deve ser destinado aos Estados e DF.
Ainda deve ocorrer a distribuição para os Municípios. São as hipóteses de:
◦ Repartição dos produtos do Imposto de Renda: dá-se nos mesmos moldes da repartição
para os Estados. São os casos de imposto de renda retidos dos servidores do Município,
fundações e autarquias.
◦ Imposto Territorial Rural: art. 153, inciso VI, da CF/88. A União, recolhendo o ITR,
50% deve ser repartido com o Município. Ou ainda, se o Município quiser chamar para
si a arrecadação e fiscalização, poderá haver o convênio, nos termos do art. 100, IV, do
CTN (São normas complementares das leis, dos tratados e das convenções internacionais e dos decretos: I - os
atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas; II - as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de
jurisdição administrativa, a que a lei atribua eficácia normativa; III - as práticas reiteradamente observadas pelas
autoridades administrativas; IV - os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios. Parágrafo único. A observância das normas referidas neste artigo exclui a imposição de penalidades, a
cobrança de juros de mora e a atualização do valor monetário da base de cálculo do tributo.), caso em que
100% da renda do ITR será destinada ao próprio Município.
◦ 50 % do valor arrecadado do IPVA: o IPVA é de competência Estadual. Uma vez
cobrado, 50% dele deve ser destinado ao município onde o automóvel esteja registrado.
◦ 25% do ICMS: O valor arrecadado pelos Estados e pelo DF, tem de ser repartidos entre
os municípios.
Imagine-se que o Estado conceda algum benefício fiscal ao ICMS. Nesse caso, os
municípios daquele Estado também serão afetados em sua renda, haja vista a repartição
referente aos produtos deste imposto.
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Sobre esse tema, o STF entendeu que os benefícios fiscais não podem atingir a parcela
pertinente ao município. Ou seja, o município tem direito subjetivo aos 25% do produto
referente ao ICMS. Portanto, benefícios a serem concedidos pelo Estado somente pode
atingir 75% do produto do ICMS 
(FUNDO DE PARTICIPAÇÃO DOS MUNICÍPIOS. REPARTIÇÃO
CONSTITUCIONAL DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS. PARTICIPAÇÃO DOS
MUNICÍPIOS NO PRODUTO DA ARRECADAÇÃO DO ICMS (CF, ART. 158, IV).
PRODEC (PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DA EMPRESA
CATARINENSE). LEI CATARINENSE Nº 11.345/2000. Concessão, pelo estado, de
incentivos fiscais e creditícios, com recursos oriundos da arrecadação do ICMS -
Pretensão do município ao repasse integral da parcela de 25%, sem as retenções
pertinentes aos financiamentos do PRODEC - Controvérsia em torno da definição da
locução constitucional "produto da arrecadação" (CF, art. 158, IV) - Pretendida
distinção, que faz o estado de Santa Catarina, para efeito da repartição constitucional do
ICMS, entre arrecadação (conceito contábil) e produto da arrecadação (conceito
financeiro) - Parcela de receita tributária (25%) que pertence, por direito próprio, ao
município - Consequente inconstitucionalidade da retenção determinada por legislação
estadual (RE 572.762/SC, pleno) - Direito do município ao repasse integral - Recurso
de agravo improvido. (STF; RE-AgR 587.645-4; SC; Segunda Turma; Rel. Min. Celso
de Mello; Julg. 11/11/2008; DJE 06/02/2009; Pág. 285).
O art. 159, da CF/88, trata ademais das hipóteses de repartição indireta das receitas
tributárias. São os casos:
◦ Repartição dos Impostos de Renda e Imposto sobre Produtos Industrializados: 49% do
produto da arrecadação é distritubuída para fundos de participação. Veja-se que vai para
o fundo de participação, para somente depois, chegarem aos cofres do Municípios. O
IPI, tem 10% do IPI destinados a fundos de participação para os Estados.
◦ 29% da arrecadação das CIDE's, deverão ser repartidos com os Estados.
Em 2014, com a Emenda nº 84, o fundo de participação dos Municípios recebeu mais 1%
da arrecadação do imposto de renda e do IPI por meio dos fundos acima mencionados.
Professor indicou a leitura dos dispositivos, vez que são cobrados literalmente em provas.
Transcrição dos Dispositivos referentes à repartição de receita:
Art. 157. Pertencem aos Estados e ao Distrito Federal:
I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre
rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem;
II - vinte por cento do produto da arrecadação do imposto que a União instituir no exercício da competência que lhe é
atribuída pelo art. 154, I.
Art. 158. Pertencem aos Municípios:
I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre
rendimentos pagos, a qualquer título,por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem;
II - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto da União sobre a propriedade territorial rural, relativamente aos
imóveis neles situados, cabendo a totalidade na hipótese da opção a que se refere o art. 153, § 4º, III;
III - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre a propriedade de veículos automotores
licenciados em seus territórios;
IV - vinte e cinco por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre operações relativas à circulação de
mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação.
Parágrafo único. As parcelas de receita pertencentes aos Municípios, mencionadas no inciso IV, serão creditadas conforme os
seguintes critérios:
I - três quartos, no mínimo, na proporção do valor adicionado nas operações relativas à circulação de mercadorias e nas
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prestações de serviços, realizadas em seus territórios;
II - até um quarto, de acordo com o que dispuser lei estadual ou, no caso dos Territórios, lei federal.
Art. 159. A União entregará:
I - do produto da arrecadação dos impostos sobre renda e proventos de qualquer natureza e sobre produtos industrializados, 49%
(quarenta e nove por cento), na seguinte forma:
a) vinte e um inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal;
b) vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Participação dos Municípios;
c) três por cento, para aplicação em programas de financiamento ao setor produtivo das Regiões Norte, Nordeste e Centro-
Oeste, através de suas instituições financeiras de caráter regional, de acordo com os planos regionais de desenvolvimento, ficando
assegurada ao semi-árido do Nordeste a metade dos recursos destinados à Região, na forma que a lei estabelecer;
d) um por cento ao Fundo de Participação dos Municípios, que será entregue no primeiro decêndio do mês de dezembro de cada
ano;
e) 1% (um por cento) ao Fundo de Participação dos Municípios, que será entregue no primeiro decêndio do mês de julho de cada
ano;
II - do produto da arrecadação do imposto sobre produtos industrializados, dez por cento aos Estados e ao Distrito Federal,
proporcionalmente ao valor das respectivas exportações de produtos industrializados.
III - do produto da arrecadação da contribuição de intervenção no domínio econômico prevista no art. 177, § 4º, 29% (vinte e nove por
cento) para os Estados e o Distrito Federal, distribuídos na forma da lei, observada a destinação a que se refere o inciso II, c, do
referido parágrafo.
§ 1º - Para efeito de cálculo da entrega a ser efetuada de acordo com o previsto no inciso I, excluir-se-á a parcela da
arrecadação do imposto de renda e proventos de qualquer natureza pertencente aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, nos
termos do disposto nos arts. 157, I, e 158, I.
§ 2º - A nenhuma unidade federada poderá ser destinada parcela superior a vinte por cento do montante a que se refere o inciso
II, devendo o eventual excedente ser distribuído entre os demais participantes, mantido, em relação a esses, o critério de partilha nele
estabelecido.
§ 3º - Os Estados entregarão aos respectivos Municípios vinte e cinco por cento dos recursos que receberem nos termos do inciso
II, observados os critérios estabelecidos no art. 158, parágrafo único, I e II.
§ 4º Do montante de recursos de que trata o inciso III que cabe a cada Estado, vinte e cinco por cento serão destinados aos seus
Municípios, na forma da lei a que se refere o mencionado inciso.
Art. 160. É vedada a retenção ou qualquer restrição à entrega e ao emprego dos recursos atribuídos, nesta seção, aos Estados,
ao Distrito Federal e aos Municípios, neles compreendidos adicionais e acréscimos relativos a impostos.
Parágrafo único. A vedação prevista neste artigo não impede a União e os Estados de condicionarem a entrega de recursos:
I – ao pagamento de seus créditos, inclusive de suas autarquias;
II – ao cumprimento do disposto no art. 198, § 2º, incisos II e III.
Art. 161. Cabe à lei complementar:
I - definir valor adicionado para fins do disposto no art. 158, parágrafo único, I;
II - estabelecer normas sobre a entrega dos recursos de que trata o art. 159, especialmente sobre os critérios de rateio dos fundos
previstos em seu inciso I, objetivando promover o equilíbrio sócio-econômico entre Estados e entre Municípios;
III - dispor sobre o acompanhamento, pelos beneficiários, do cálculo das quotas e da liberação das participações previstas nos
arts. 157, 158 e 159.
Parágrafo único. O Tribunal de Contas da União efetuará o cálculo das quotas referentes aos fundos de participação a que alude
o inciso II.
Art. 162. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios divulgarão, até o último dia do mês subseqüente ao da
arrecadação, os montantes de cada um dos tributos arrecadados, os recursos recebidos, os valores de origem tributária entregues e a
entregar e a expressão numérica dos critérios de rateio.
Parágrafo único. Os dados divulgados pela União serão discriminados por Estado e por Município; os dos Estados, por
Município.
Vide esquema oferecido pelo Professor:
REPARTIÇÃO DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS (arts. 157/162, CF) 
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1) Art. 157, CF: receitas dos Estados e do Distrito Federal derivadas do IR (100%) e do
Imposto residual da União (20%);
2) Art. 158, CF: receitas dos Municípios (IR – 100%, ITR – 50 ou 100%, IPVA – 50% e ICMS
– 25%);
3) Art .159, I, II e III, CF: distribuição do Imposto de Renda (IR) e do Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI) – 49%, do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) – 10% - e da
CIDEcombustíveis – 29%;
4) ATENÇÃO: introdução da alínea “e” ao inciso I do art. 159 da CF pela EC nº 84/14 
2) Limitações Gerais ao Poder de Tributar
Se espelham nos princípios constitucionais tributários e nas imunidades tributárias.
Limitações = Princípios + Imunidades.
O rol das limitações presentes no art. 150, da CF/88 (Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o
estabeleça; II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção
em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou
direitos; III - cobrar tributos: a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou
aumentado; b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou; c) antes de decorridos
noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b; IV - utilizar
tributo com efeito de confisco; V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou
intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público; VI - instituir impostos
sobre: a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; b) templos de qualquer culto; c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos
políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem
fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei; d) livros, jornais, periódicose o papel destinado a sua impressão. e) fonogramas e
videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral
interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de
replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser.), é exemplificativo (numerus clausus).
Toda vez que uma limitação constitucional ao poder de tributar exigir complementação, esta
deverá ser feita pelos Lei Complementar (art. 146, inciso II, da CF/88 - I - dispor sobre conflitos de competência,
em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; II - regular as limitações constitucionais ao poder
de tributar; III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre: a) definição de tributos e de suas
espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e
contribuintes; b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; c) adequado tratamento tributário ao ato
cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas. d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e
para as empresas de pequeno porte, inclusive regimes especiais ou simplificados no caso do imposto previsto no art. 155, II, das
contribuições previstas no art. 195, I e §§ 12 e 13, e da contribuição a que se refere o art. 239. Parágrafo único. A lei complementar de
que trata o inciso III, d, também poderá instituir um regime único de arrecadação dos impostos e contribuições da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios, observado que: I - será opcional para o contribuinte; II - poderão ser estabelecidas condições de
enquadramento diferenciadas por Estado; III - o recolhimento será unificado e centralizado e a distribuição da parcela de recursos
pertencentes aos respectivos entes federados será imediata, vedada qualquer retenção ou condicionamento; IV - a arrecadação, a
fiscalização e a cobrança poderão ser compartilhadas pelos entes federados, adotado cadastro nacional único de contribuintes.).
Art. 146-A, da CF/88 - Lei complementar poderá estabelecer critérios especiais de tributação, com o objetivo de
prevenir desequilíbrios da concorrência, sem prejuízo da competência de a União, por lei, estabelecer normas de igual objetivo. 
Pela previsão do art. 146, inciso III, da CF/88, o CTN foi recepcionado pela CF/88 como lei
complementar. Vale dizer que essa recepção já havia sido feita pela Constituição Anterior. Assim,
qualquer alteração das normas gerais do CTN deverá ser feita por Leis Complementares.
As limitações, basicamente se encontram nos seguintes dispositivos:
• Art. 145, § 1º, da CF/88 - .
• Arts. 150, 151, e 152, todos da CF/88.
Podem ser divididas em:
• Limitações Gerais: Estabelecidas no art. 150, da CF/88. São aplicadas a qualquer ente
federado.
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• Limitações Específicas: Estão dispostas na CF/88 para algum ou alguns entes federasos:
◦ Art. 151, da CF/88 – Previstas para a União;
◦ Art. 152, da CF/88 – Previstas para os Estados e Municípios.
As limitações ao poder de tributar se revestem da característica de cláusulas pétreas, que
encontra previsão no art. 60, § 4º, IV, da CF/88 - § 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a
abolir: I - a forma federativa de Estado; II - o voto direto, secreto, universal e periódico; III - a separação dos Poderes; IV - os direitos e
garantias individuais. Veja-se que se entende as limitações ao poder de tributar como direitos e garantias
fundamentais do indivíduo.
Por fim, essas limitações visam garantir quatro frentes:
• Direito à segurança jurídica: São os casos de legalidade, irretroatividade, anterioridade
entre outros princípios (art. 150, incisos I e III, da CF/88.
• Direito à Justiça Tributária: Art. 145, § 1º – Princípio da Capacidade Contributiva; Art.
150, II – isonomia; art. 150, IV – vedação ao confisco.
• Resguardar a Liberdade: art. 150, inciso VI, alíneas “b” e “d”, da CF/88 – Liberdade
religiosa e cultural.
• Pacto Federativo: art. 150, VI, “a” - Imunidade Tributária Recíproca; Princípio da
Liberdade de tráfego.
3) Princípios Constitucionais Tributários
3.1) Princípio da Capacidade Contributiva: tem previsão no art. 145, § 1º, da CF/88 - Sempre que
possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à
administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos
termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.
O princípio da capacidade contributiva tem aplicação primordial quanto aos impostos.
Indaga-se, todavia, se sua incidência restringe-se aos impostos, ou se seria aplicável às
demais espécies tributárias.
Não obstante a literalidade do art. 145, § 1º, da CF/88, ressalva-se que nada impede a
aplicação do princípio da capacidade contributiva aos demais tributos. Súmula 667, do STF - Viola a
garantia constitucional de acesso à jurisdição a taxa judiciária calculada sem limite sobre o valor da
causa. Veja-se que o STF relacionou a taxa com o princípio em questão determinando que as leis que
fixam a taxa judiciária deve conter um teto. 
Vale dizer que as taxas têm como princípio informador a retributividade. Além disso, a
taxa deve ser vista a partir da capacidade contributiva do jurisdicionado. Imagine-se a seguinte
situação: Ação judicial apenas para homologar acordo que envolve quantia milionária. Caso seja
tomado em conta o valor da causa para instituir a taxa judiciária, tal valor poderia ficar
desproporcional aos serviços que o Judiciário prestará na causa, vez que somente deverá homologa o
acordo proposto pelas partes.
Conteúdo do Princípio da Capacidade Contributiva: Passa a se ter capacidade
contributiva após a preservação do mínimo vital (mínimo existencial). Quem não tem o mínimo para
se garantir não pode ser compelido a pagar tributos. Essa faceta é facilmente verificada no Imposto de
Renda.
Deve ser observado também um limite máximo para a capacidade contributiva. Esse
limite é dado pela observação do princípio da vedação ao efeito confiscatório.
Na doutrina e na jurisprudência, se verificam aspectos sobre os quais podem ser
entendidos o princípio da capacidade contributiva. São eles:
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• Aspecto Objetivo: Verifica-se se a pessoa tem capacidade contributiva por meio dos
signos presuntivos de riqueza. Ex.: Quem tem um carro tem capacidade de pagar
IPVA.
• Aspecto Subjetivo: O princípio em questão leva em consideração as particularidades
do contribuinte. Ex.: É possível se observa que uma pessoa que tem um imóvel
fixado em uma área privilegiada da cidade tem capacidade para pagar IPTU.
Todavia é possível que essa pessoa apenas possua esse imóvel e não tenha
condições de recolher referido tributo. Devem ser observados aspectos subjetivos.
• Aspecto à Luz do Princípio da Proporcionalidade: entende-se a proporcionalidade
tomada ao ponto da razoabilidade. É adotado pelo STF.
Ex.: Súmula 539, do STF - É constitucional a lei do município que reduz o imposto
predial urbano sobre imóvel ocupado pela residência do proprietário que não
possua outro.
Concretização do Princípio: Esse princípio se concretizanas seguintes formas:
• Imunidade: É a hipótese de não incidência tributária constitucionalmente
qualificada. Na hipótese de imunidade, não há sequer instituição do tributo. A não
incidência estará sempre prevista na CF/88, ainda que estejam utilizadas outras
expressões, tais como “isenção”, “não haverá taxa” etc.
• Isenção: É a dispensa legal do pagamento do tributo (majoritário). A isenção é feita
pela Lei. Ex.: Lei que concede isenção de inscrição em concurso público para
pessoa desempregada. 
• Seletividade: Significa que, quanto mais essencial for o bem, menor tem de ser a
tributação. Liga-se a essencialidade.
Vale ressaltar a forma de incidência no ICMS e no IPI. Veja-se:
◦ IPI - Art. 153, § 3º, da CF/88 – será seletivo em função da essencialidade do
produto. A seletividade no IPI é obrigatória.
◦ ICMS – Art. 155, § 2º, da CF/88 – poderá ser seletivo, em função da
essencialidade das mercadorias e dos serviços. A seletividade do ICMS é
facultativa, discricionária.
• Progressividade: Quanto maior a base de cálculo maior tem e ser a alíquota. É fácil
de se observar no IRPF. Maior a renda da pessoa, maior será a alíquota que incidirá.
Diferencia-se do princípio da proporcionalidade, onde, para diferentes bases de
cálculo, tem-se somente uma alíquota. Veja-se os exemplos:
◦ IPTU – Art. 155, § 1º, I, da CF/88 - Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere
o art. 182, § 4º, inciso II, o imposto previsto no inciso I poderá: I – ser progressivo em razão do valor do
imóvel;. A redação desse dispositivo foi dada pela EC nº 29/2000. 
◦ ITR - Art. 153, § 4º, inciso I, da CF/88 - O imposto previsto no inciso VI do caput: I - será
progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a manutenção de propriedades
improdutivas.
A progressividade ainda tem de ser observada quanto à sua incidência para impostos
reais e pessoais. Sobre esse tema, veja-se:
Defendia-se que essa progressividade somente deveria ser observada no que se
refere-se aos impostos pessoais, ou seja, aqueles que incidem sobre a pessoa, tais
como o IRPF (art. 153, § 2º, I, da CF/88 - O imposto previsto no inciso III: I - será informado
pelos critérios da generalidade, da universalidade e da progressividade, na forma da lei;).
No tocante à progressividade quanto a impostos reais, tais como, IPTU, IPVA e ITR,
havia uma corrente muito próxima de que não era cabível para impostos reais,
admitindo-se somente as hipóteses constitucionais.
Todavia, o STF analisou Leis Municipais que aplicavam o princípio da
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progressividade no IPTU, onde fixavam que quanto maior o valor do imóvel, maior
a alíquota a incidir. O STF havia declarado inconstitucionais essas hipóteses de
progressividade aplicada pelas leis municipais.
Todavia, foi editada uma EC nº 29/00, que trouxe a redação que aceita a
progressividade do IPTU.
O mesmo ocorreu com o ITBI, entendendo inconstitucionais de leis que
estabelecem a progressividade.
• Súmula 668, do STF - É inconstitucional a lei municipal que tenha estabelecido,
antes da Emenda Constitucional 29/2000, alíquotas progressivas para o IPTU,
salvo se destinada a assegurar o cumprimento da função social da propriedade
urbana;
• Súmula 656, do STF - É inconstitucional a lei que estabelece alíquotas
progressivas para o imposto de transmissão inter vivos de bens imóveis - ITBI, com
base no valor venal do imóvel;
Em 2013, uma das turmas do STF analisou essa questão também, todavia em face
da aplicação do ITCMD. O STF, na ocasião, julgou uma Lei do Rio Grande do Sul
que havia determinado a progressividade no ITCMD, onde entendeu que para
imposto pessoal ou real, não há necessidade de autorização constitucional.
Fundamentou que a progressividade em último plano é a expressão do princípio da
capacidade contributiva, que deve ser observado em todos os tributos.
Veja-se o Julgado:
STF, RE 562045/RS: (...) todos os impostos, independentemente de sua
classificação como de caráter real ou pessoal, poderiam e deveriam guardar relação
com a capacidade contributiva do sujeito passivo. (...) Ademais, assinalou-se
inexistir incompatibilidade com o Enunciado 668 da Súmula do STF (“É
inconstitucional a lei municipal que tenha estabelecido, antes da Emenda
Constitucional 29/2000, alíquotas progressivas para o IPTU, salvo se destinada a
assegurar o cumprimento da função social da propriedade urbana”). (...)
diferentemente do que ocorreria com o IPTU, no âmbito do ITCD não haveria a
necessidade de emenda constitucional para que o imposto fosse progressivo (STF,
Informativo 694, fev/2013).
Sobre a progressividade então, veja-se o seguinte resumo:
◦ Para IPTU – Até a EC nº 29/00, não cabia progressividade fiscal, após, passou a
ser possível;
◦ Para ITCMD – É possível, ainda que não haja permissão constitucional;
◦ Pata ITBI – Por ora, continua o conteúdo da Súmula 656, do STF, ou seja, não é
cabível progressividade.
3.2) Princípio da Legalidade
Art. 150, VI, da CF/88 - Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça.
Veja-se que o texto se reporta a dois verbos, exigir e aumentar.
O princípio da Legalidade tem como origem a Magna Carta da Inglaterra (1215).
Não há tributação sem representação. A representação é configurada pela autorização dada pelo
legislativo.
Vale dizer que a área de atuação da Lei no Direito Tributário não se restringe a aumentar e
exigir (criação) de tributos.
Na verdade, o STF entende que o verdadeiro conteúdo do Princípio da Legalidade está previsto
no art. 97, do CTN, onde consta rol que é considerado taxativo. Portanto, o que não estiver previsto no
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art. 97, do CTN, não exige tratamento por meio de Lei.
Veja-se o referido dispositivo: Art. 97. Somente a lei pode estabelecer: I - a instituição de tributos, ou a sua
extinção; II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65; III - a definição do fato
gerador da obrigação tributária principal, ressalvado o disposto no inciso I do § 3º do artigo 52, e do seu sujeito passivo; IV - a fixação
de alíquota do tributo e da sua base de cálculo, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65; V - a cominação de penalidades
para as ações ou omissões contrárias a seus dispositivos, ou para outras infrações nela definidas; VI - as hipóteses de exclusão,
suspensão e extinção de créditos tributários, ou de dispensa ou redução de penalidades.
• Instituição, extinção, majoração, ou redução dos tributos;
• Previsão do Fato gerador da obrigação tributária principal e do sujeito passivo. No que se
refere à obrigação tributária, somente é exigível lei para a obrigação tributária principal
(art. 113, § 1º, do CTN - A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o
pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.), e significa
pagamento de tributo ou penalidade tributária. No tocante à obrigação tributária acessória
(art. 113, §§ 2º e 3º, do CTN - § 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as
prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos. § 3º A
obrigação acessória, pelo simples fatoda sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à
penalidade pecuniária.), e é aquela obrigação de índole tributária que não consiste em pagar.
Seria fazer, não fazer, executar algo. Não necessita de tratamento por meio de Lei;
• Fixação da alíquota e da base de cálculo;
• Cominação de penalidades, bem como dispensa ou redução.
• Exclusão (art. 175, do CTN), suspensão (art. 151, do CTN) e extinção (art. 156, do CTN)
de créditos tributários.
Como dito, o que não está previsto no rol do art. 97, do CTN, não precisa ser regulado por meio
de Lei, podendo ser tratado por ato infralegal.
Vale dizer que, quanto à obrigação tributária acessória, há discussão doutrinária sobre a
dispensa de tratamento legal.
A alteração de prazo para pagamento do tributo, como não está previsto no rol do art. 97, do
CTN, pode ser instituído ou alterado por ato infralegal.
Distinção entre Lei e Legislação Tributária
Legislação tributária é gênero, do qual uma de suas espécies é a Lei.
Veja-se o art. 96, do CTN - A expressão "legislação tributária" compreende as leis, os tratados e as
convenções internacionais, os decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas
a eles pertinentes.
A legislação tributária tem quatro espécies, portanto:
• Lei;
• Tratado ou Convenções Internacionais;
• Decreto;
• Normas Complementares de Direito Tributário.
Mitigações ao Princípio da Legalidade
A própria CF/88 traz algumas atenuações para alíquotas que podem não observar o
princípio da legalidade. Portanto, não alcançam a base de cálculo. São elas:
• Art. 153, § 1º, da CF/88 - É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites
estabelecidos em lei, alterar as alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I, II, IV e V. São os casos
do II, IE, IPI e IOF. Para tais impostos, via de regra, a lei prevê uma alíquota
mínima e máxima. Dentro desse intervalo, há a incidência da previsão atenuada do
art. 153, § 3º, inciso I, da CF/88. Assim tais alíquotas podem ser alteradas por ato do
poder executivo.
Veja-se que se trata de ato do Poder Executivo, o qual poderá ser delegado pelo
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Chefe de tal poder.
• Art. 177, § 4º, inciso I, “b”, da CF/88 - A lei que instituir contribuição de intervenção no domínio
econômico relativa às atividades de importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e
seus derivados e álcool combustível deverá atender aos seguintes requisitos: b)reduzida e restabelecida por ato
do Poder Executivo, não se lhe aplicando o disposto no art. 150,III, b;. Por essa previsão a CIDE
combustíveis poderá ser ter suas alíquotas reduzidas ou reestabelecidas por ato do
Poder Executivo;
• Art. 155, § 4º, III, “c” – as alíquotas do imposto serão definidas mediante deliberação dos Estados e
Distrito Federal, nos termos do § 2º, XII, g, observando-se o seguinte: c) poderão ser reduzidas e
restabelecidas, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, b.. Trata-se do ICMS-Combustíveis
Monofásico. Esse tributo, diferentemente do ICMS tradicional, incide apenas uma
vez. Neste caso, a redução e o reestabelecimento pode ser feita por meio de
convênios de ICMS.
Lei Delegada: Via de regra, lei delegada poderá tratar de matéria tributária. Todavia,
não há a possibilidade de utilização de lei delegada, caso a matéria necessite de tratamento por Lei
Complementar. Nesse sentido o art. 168, da CF/88 - Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva
do Congresso Nacional, os de competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, a matéria reservada à lei
complementar, nem a legislação sobre: I - organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus
membros; II - nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais; III - planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e
orçamentos.
Decreto ou Regulamento Delegado: É uma hipóteses de um benefício fiscal que deve
ser concedido por Lei, o que se dá de forma genérica, vez que fica ao alvedrio do Poder Executivo a
concessão.
Esse decreto é vedado pela Jurisprudência do STF. Veja-se o julgado: AÇÃO DIRETA
DE INCONSTITUCIONALIDADE. DIREITO TRIBUTÁRIO. LEI PARAENSE N. 6. 489/2002.
AUTORIZAÇÃO LEGISLATIVA PARA O PODER EXECUTIVO CONCEDER, POR
REGULAMENTO, OS BENEFÍCIOS FISCAIS DA REMISSÃO E DA ANISTIA. PRINCÍPIOS DA
SEPARAÇÃO DOS PODERES E DA RESERVA ABSOLUTA DE LEI FORMAL. ART. 150, § 6º DA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL. AÇÃO JULGADA PROCEDENTE. 1. A adoção do processo
legislativo decorrente do art. 150, § 6º, da Constituição Federal, tende a coibir o uso desses institutos
de desoneração tributária como moeda de barganha para a obtenção de vantagem pessoal pela
autoridade pública, pois a fixação, pelo mesmo Poder instituidor do tributo, de requisitos objetivos
para a concessão do benefício tende a mitigar arbítrio do Chefe do Poder Executivo, garantindo que
qualquer pessoa física ou jurídica enquadrada nas hipóteses legalmente previstas usufrua da benesse
tributária, homenageando-se aos princípios constitucionais da impessoalidade, da legalidade e da
moralidade administrativas (art. 37, caput, da Constituição da República). A autorização para a
concessão de remissão e anistia, a ser feita “na forma prevista em regulamento” (art. 25 da Lei n. 6.
489/2002), configura delegação ao Chefe do Poder Executivo em tema inafastável do Poder
Legislativo. 3. Ação julgada procedente. (STF, ADI nº 3462-6)
O que o STF entendeu foi que cabe verdadeiramente à Lei a concessão de remissão e
anistia, e não a Chefe do Poder Executivo. 
Medida Provisória: Atualmente encontra-se pacificado o tema. Em 2001, a CF/88 foi
reformada pela 32/01, que permitiu medida provisória tratando de questões tributárias. 
Nesse sentido é o texto do art. 62, § 2º, da CF/88 - Medida provisória que implique instituição ou
majoração de impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se
houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada . Ainda que não haja a previsão expressa, o
conteúdo do dispositivo permite o tratamento de matéria tributária por Medida Provisória.
Ressalva-se que não cabe Medida Provisória para o tratamento de matéria reservada a
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Lei Complementar. Art. 62, § 1º, III, da CF/88 - É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: III –
reservada a lei complementar.
Iniciativa de Projeto de Lei
A matéria tributária não é de competência exclusiva do Chefe do Executivo. Portanto,
projeto de lei pode ser apresentado por parlamentar.
A única exceção à iniciativa, que é exclusiva do chefe do poder executivo, mais
precisamente do Presidente da República, trata-se do caso dos territórios. Art. 61, § 1º, II, alínea “b”,
da CF/88 - São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que: II - disponham sobre: b) organização administrativa e
judiciária, matéria tributária e orçamentária, serviços públicos e pessoal da administração dos Territórios;.
Princípio da Transparência da Carga Tributária
É estabelecido o art. 150, § 5º, da CF/88 - A lei determinará medidas para que os consumidores sejam
esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e serviços.
Foi regulamentado pela Lei nº 12.741/12. Essa lei alterou o CDC, atrelando também
esse direito ao Direito do Consumidor.Art. 150, § 6º, da CF/88
É imprescindível Lei Específica para a concessão de benefício fiscal.
Redação do texto constitucional - Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão
de crédito presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante lei específica,
federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição,
sem prejuízo do disposto no art. 155, § 2.º, XII, g.
Exceção: No ICMS é possível benefícios por meio de convênios.
Correção Monetária
Correção Monetária é a atualização da matéria diante do fenômeno inflacionário. A
correção monetária não é acréscimo à condenação, mas sim mera recomposição da moeda diante da
inflação.
A correção monetária tem de ter previsão em lei. Essa previsão pode ser feita de forma
genérica.
O indexador, ou seja, o índice que será aplicado, não precisa estar regulamentado e
previsto em Lei, podendo ser estabelecidos por meio de um Decreto, por exemplo.
Art. 97, § 2º, do CTN - Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso II deste artigo,
a atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo.
Por força do art. 24, I, da CF/88, a matéria de direito tributário é de competência
concorrente da U, E e DF. Nesse sentido, o STF considerou como constitucionais índices próprios dos
Estados para a correção inflacionária.
Veja-se o Julgado: ADI 442, STF. (...) 3. A legislação paulista é compatível com a
Constituição de 1988, desde que o fator de correção adotado pelo Estado-membro seja igual ou inferior
ao utilizado pela União. 4. Pedido julgado parcialmente procedente para conferir interpretação
conforme ao artigo 113 da Lei n. 6.374/89 do Estado de São Paulo, de modo que o valor da UFESP
não exceda o valor do índice de correção dos tributos federais. 
Deve ser ressaltado, todavia, que esses índices próprios não podem ultrapassar os
índices oficiais de correção monetária. Súmula 160, do STJ - É defeso, ao município, atualizar o
IPTU, mediante decreto, em percentual superior ao índice oficial de correção monetária.
O índice oficial é aquele fixado pela União, trata-se da taxa SELIC.
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Criação do Tributo
Via de regra, o tributo é criado por meio de Lei Ordinária.
Existem quatro exceções que exigem a criação por meio de Lei Complementar, as quais
se referem a tributos federais. São elas:
• Empréstimos Compulsórios: Art. 148, da CF/88 - A União, mediante lei complementar, poderá
instituir empréstimos compulsórios: I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade
pública, de guerra externa ou sua iminência; II - no caso de investimento público de caráter urgente e de
relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b". Parágrafo único. A aplicação dos
recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.
• Imposto Sobre Grandes Fortunas: Art. 153, VII, da CF/88 - Compete à União instituir
impostos sobre: VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar.
• Impostos Residuais: Art. 154, I, da CF/88 - A União poderá instituir: I - mediante lei
complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato
gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição;
• Contribuições de Seguridade Social Residuais: Art. 195, § 4º, da CF/88 - A lei poderá
instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido o
disposto no art. 154, I. Devem ser seguidos os comandos referentes aos impostos
residuais.
O STF já entendeu que não há hierarquia entre Lei Ordinária e Lei Complementar.
Entendeu que há campos próprios de competência e atuação, mas não hierarquia. Veja-se o Julgado:
STF: RE-377457 – Inexistência de hierarquia constitucional entre lei complementar e lei ordinária,
espécies normativas formalmente distintas exclusivamente tendo em vista a matéria eventualmente
reservada à primeira pela própria CF. (...) Com base nisso, afirmou-se que o conflito aparente entre o
art. 56 da Lei 9.430/96 e o art. 6º, II, da LC 70/91 não se resolve por critérios hierárquicos, mas, sim,
constitucionais quanto à materialidade própria a cada uma dessas espécies normativas. No ponto,
ressaltou-se que o art. 56 da Lei 9.430/96 é dispositivo legitimamente veiculado por legislação
ordinária (CF, art. 146, III, b, a contrario sensu, e art. 150, § 6º) que importou na revogação de
dispositivo inserto em norma materialmente ordinária (LC 70/91, art. 6º, II)
Vale dizer que se uma Lei Ordinária for aprovada pelo quorum de Lei Complementar
não terá força ou poderá tratar de assuntos a esta pertinentes. Uma Lei Complementar que trate de
matéria reservada a Lei Ordinária, poderá futuramente ser revogada ou alterada por uma Lei Ordinária.
QUESTÕES
1. (2015 – VUNESP – TJSP - Juiz) Considerando o disposto no art. 24 da Constituição Federal, ao
tratar da competência concorrente da União, Estados e Municípios, em matéria tributária, é correto
afirmar que:
A) a norma jurídica editada por um ente federativo no âmbito de sua competência tributária exige que
os demais entes federativos respeitem sua incidência, dentro dos respectivos limites geográficos
estaduais. 
Nem sempre esse respeito acontecerá. No Art. 154, inciso II, da CF/88, encontram-se os
impostos extraordinários da União. Estes impostos podem incidir com fatos geradores de outros
impostos Federais, Estaduais ou Municipais.
Portanto, há situação excepcional que torna o enunciado incorreto.
B) a lei geral federal prevalece em relação às leis estaduais e estas prevalecem em relação às leis
municipais, nos termos das Constituições Estaduais. 
O enunciado acima contraria a autonomia dos entes federados.
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C) a competência residual tributária quanto aos impostos é da União, observado o disposto no art. 154,
I, da Constituição Federal.
Alternativa Correta. Só a União pode criar novos impostos.
D) na ausência de normas gerais federais, os Estados têm competência para legislar em matéria
tributária, e, na ausência de leis federais e estaduais, os Municípios têm a referida competência, o que
se denomina competência concorrente cumulativa.
A primeira parte da questão está correta, quando falou da competência concorrente dos Estados
e do DF.
Já a segunda parte que trata dos municípios não procede, vez que não possui competência
concorrente cumulativa.
Competência Concorrente da U, E e DF: Art. 24, I, CF/88 - Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal
legislar concorrentemente sobre: I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; (...) § 1º No âmbito da
legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. § 2º A competência da União para legislar
sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados. § 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados
exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. § 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais
suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário. 
Um exemplo clássico dessa previsão ocorre com o IPVA. 
Esse imposto é estadual, não existindo norma geral federal editada para esse imposto. O CTN é
de 1966, e, o IPVAé imposto criado pela CF/88. Como não há essa Lei Geral, os Estados
regulamentaram a matéria de forma plena, isto diante da inércia da União.
Caso em momento posterior seja criada Lei Geral do IPVA, conforme o art. 24, § 4º, da CF/88,
ocorrerá a suspensão da eficácia das Leis Estaduais, no que lhe for contrária. Não é correto falar que
estaria revogada a lei federal, vez que se tratam de leis distintas (Federal e Estadual).
Competência Suplementar Municipal: Art. 30, II e III, CF/88 - Compete aos Municípios: (...) II - suplementar a
legislação federal e a estadual no que couber; III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas,
sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei.
A matéria tributária, no que for de interesse local, poderá ser regulamentada pelos Municípios.
Os Municípios pode complementar as previsões de Leis Federais e Estaduais.
2. (2011-MP/MG - Promotor) Assinale a assertiva INCORRETA.
A) Aos Municípios compete instituir impostos sobre transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato
oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os
de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição. 
Alternativa correta (art. 156, II, da CF/88).
B) Aos Municípios compete instituir impostos sobre transmissão causa mortis e doação, de quaisquer
bens ou direitos. 
Alternativa incorreta. Trata de se competência dos Estados (art. 155, I, da CF/88).
C) Aos Municípios pertence o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de
qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas
autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem.
Alternativa Correta, sobre regras de repartição de receitas (art. 158, I, da CF/88).
D) Aos Municípios compete instituir impostos sobre propriedade predial e territorial urbana.
Alternativa Correta (art. 156, inciso I, da CF/88).
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ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS 
1) Impostos;
2) Taxas;
3) Contribuição de Melhoria;
4) Empréstimos Compulsórios;
5) Contribuições Especiais: 
5.1) Sociais: 
- gerais; 
- de seguridade social; 
5.2) de interesse de categorias profissionais/econômicas;
5.3) de intervenção no domínio econômico; 
5.4) CIP/COSIP. 
Art. 149, § 1º, da CF - Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus
servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota não será inferior à da
contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União.
Impostos, taxas e contribuições de melhoria, podem ser de competência de todos os entes.
Só a União pode criar empréstimos compulsórios.
Contribuições Especiais: Veja-se:
• Contribuições Sociais (Gerais e de Seguridade Social), Contribuições de Interesse de
Categorias Profissionais e Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico: São de
competência da União**;
• CIP/COSIP – Competência do Município ou DF.
**Quanto às contribuições sociais de seguridade social, há uma exceção, no que tange à
contribuição referente à natureza previdenciária.
As contribuições previdenciárias sobre os servidores estaduais, municipais e distritais devem
ser instituídas por leis de cada ente federado. Art. 149, § 1º, da CF - Os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de que
trata o art. 40, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União.
IMPOSTOS – CF 88 
• 1) Federais (Arts. 153 e 154, da CF/88): II, IE, IR, IPI, IOF, ITR, IOF, Impostos
residuais e Impostos Extraordinários;
• 2) Estatuais e Distritais (Art. 155, da CF/88): ITCMD, ICMS e IPVA. 
• 3) Municipais e Distritais (Art. 156 c/c oAart. 147, parte final, ambos da CF/88): IPTU,
ITBI e ISS.
3. (2014-MP/GO - Promotor) O princípio da legalidade tributária possui raízes nas lutas históricas da
humanidade, foi consolidado pelo Estado Liberal de Direito no final do século XVIII. Então é possível
afirmar:
A) O princípio da legalidade tem como ponto de partida a Revolução Americana e a Revolução
Francesa, quando passou a incorporar nos textos das constituições modernas. 
Alternativa Incorreta: O Princípio da Legalidade surgiu com a carta do Rei João Sem Terra
(1215) na Inglaterra.
B) Como proteção constitucional do contribuinte o legislador constitucionalizou o princípio da
legalidade, tendo como pano de fundo o princípio da segurança jurídica por isso é possível afirmar que
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qualquer tributo só pode ter suas alíquotas majoradas por manifestação do Poder Legislativo. 
Alternativa Incorreta: A alíquota realmente exige tratamento de Lei. Todavia, há certas
mitigações a essa exigência, como no caso do art. 153, § 1º, da CF/88.
C) No Sistema Tributário Brasileiro, apenas a lei ordinária é instrumento legislativo hábil para instituir
e aumentar tributos, sem exceção, devido ao princípio da legalidade.
Alternativa Incorreta: A lei ordinária é a regra. Todavia, existem hipóteses em que a Lei
Complementar deverá ser utilizada para a criação de tributos.
D) O princípio da legalidade é uma proteção contra o poder arbitrário do Estado de cobrar tributos
criados por lei, está sujeito a mitigação.
Alternativa Correta: Existem mitigações quanto ao princípio da legalidade, como por exemplo,
a possibilidade de Medidas Provisórias tratarem de matéria tributária.
4. (TJDFT/JUIZ/2012) Especificamente a partir da correlação entre o princípio republicano e a ideia
de tributação, teça considerações sobre igualdade tributária, competência tributária e capacidade
contributiva.
- Explicitar a íntima ligação dos princípios indicados (republicano, igualdade e capacidade
contributiva) como critérios limitativos à competência tributária.
O Princípio Republicano tem como uma de suas consequências a isonomia, que conduz ao
princípio da capacidade contributiva.
As limitações impostas ao Estado geram os demais princípios citados no enunciado.
3.3) Princípio da Igualdade Tributária
Art. 150, inciso II, da CF/88 - Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: (…) II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em
situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da
denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos.
É vedado que o ente federado institua tratamento diferente para contribuinte que se
encontre em situação igual.
Proibição de tratamento desigual em razão de ocupação profissional ou função. Essa
situação acabou com previsão anterior à CF/88, onde os magistrados, promotores e militares apenas
tinham como considerado “remuneração” 50% daquilo que recebiam, sendo que aquilo que não se
encaixava nessa natureza não recebia incidência do Imposto de Renda.
Trata-se de corolário da isonomia geral prevista no art. 5º, da CF/88. 
No art. 5º, caput, da CF/88, há três previsões expressas do princípio da igualdade. Veja-
se: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no
País a inviolabilidade do direito à vida,

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