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Aula 6 - Patogenia da Malária

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Lívia Mattos - Aula 6 - 11/03/21 
Luanny Santos @eu.lusantos 
 
1 
 
Patogenia da Malária 
 
As complicações estão relacionadas ao ciclo 
que ocorre no interior das hemácias. A lise reduz a 
quantidade de eritrócitos e aumenta 
significativamente a quantidade de citocinas. Além 
disso, as hemácias parasitadas dificultam a 
profusão sanguínea, devido ao sequestro dessas 
hemácias nos capilares. Os debris de hemácias 
são ligados às proteínas do sistema imunológico, o 
que forma os imunocomplexos, isso também 
prejudica o fluxo sanguíneo nos capilares. 
Na malária, a principal causa das 
complicações estão associadas à ação do sistema 
imunológico do hospedeiro. 
 
PRINCIPAIS PATOGENIAS DA MALÁRIA 
● África: alta endemicidade. 
● Crianças maiores de 5 anos: grandes casos 
de malária cerebral e morte. 
● Crianças acima de 5 anos e adultos: baixa 
incidência de malária grave (maior em 
gestantes). 
● Visitantes: malária grave. 
 
Brasil: região de baixa endemicidade (malária 
pulmonar e complicações renais). 
 
Complicações na perfusão: 
● Citoaderência e sequestro dos eritrócitos 
infectados com obstrução do fluxo 
microvascular. 
● Produção de citocinas e resposta 
inflamatória sistêmica e imunocomplexos 
 
ÓRGÃOS MAIS ACOMETIDOS 
● Rins 
● Pulmões 
● Fígado 
● Cérebro 
● Hematológico 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
● Acidose é indício de uma piora na evolução 
do paciente. 
● Anemia é um problema grave em crianças. 
A anemia não é causada apenas pela lise de 
eritrócitos, mas está associada ao processo 
inflamatório que reduz a produção de eritropoiese, 
acelerando o processo de eritrofagia no baço (não 
se entende o mecanismo). 
● Redução da urina devido complicações 
renais. 
➔ Coma, redução da urina e convulsões 
(sintomas inespecíficos que geralmente se 
apresentam juntos). 
 
SINTOMAS ESPECÍFICOS 
Edema agudo de pulmão: 
A presença de hemácias infectadas de de 
imunocomplexos nos capilares pulmonares causa 
uma obstrução nesses capilares, levando a uma 
dificuldade respiratória. Além disso, o processo 
inflamatório local afeta a permeabilidade desses 
capilares. 
 
Hemorragia retiniana: 
Pontos hemorrágicos, a avaliação da 
perfusão sanguínea da retina auxilia a acompanhar 
a evolução do paciente. Em geral, não provoca 
problemas de visão grave ao paciente, é mais uma 
forma de acompanhar. 
 
Icterícia: 
Pele e mucosas amareladas, associada a 
complicações hepáticas e a lise das hemácias. 
Lembrando que essa malária não está associada ao 
ciclo hepático do parasita. As citocinas e a 
hiperglicemia são os principais fatores que afetam o 
fígado. 
 
Coagulação intravascular e fenômenos 
hemorrágicos: grandes indicadores de malária 
grave. 
 
ASPECTOS CLÍNICOS DA MALÁRIA 
● Período de incubação varia entre 7 a 14 dias 
(depende da espécie). 
● Tríade clássica: febre, calafrios e sudorese 
(bem inespecíficos). 
2 
 
● Picos de febre (48h ou 72h horas, sintoma 
característico da doença) 
● Os sintomas iniciais podem ser 
acompanhados por náuseas, vômitos, 
cefaléia e mialgia. 
● A gravidade do caso depende da espécie 
parasitária, parasitemia (esfregaço 
sanguíneo para verificar a carga parasitária), 
tempo de infecção e imunidade prévia do 
paciente. 
● Mais grave em crianças, gestantes e 
primoinfectados. 
 
CURVA TÉRMICA DA MALÁRIA 
● Malária terçã: picos de febre entre 48h-48h. 
● Malária quartã: picos de febre entre 72h-
72h. 
 
DIAGNÓSTICO CLÍNICO 
● Leva em consideração a região em que o 
paciente está ou esteve, pois os sintomas 
mais inespecíficos. Por isso, a história prévia 
do paciente auxilia no diagnóstico. 
 
Sintomas principais: febre alta, calafrios, 
tremores, sudorese, epigastralgia, lombalgia, 
tontura, náusea e cefaléia. 
 
SINAIS DE MALÁRIA GRAVE 
● Prostração, Alteração da consciência 
● Hipotensão arterial, hemorragia ou choque 
● Dispneia ou hiperventilação 
● Convulsões, vômitos 
● Dor abdominal intensa (pode estar ligada a 
ruptura do baço) 
● Pele e mucosas hipocoradas ou icterica 
● Anemia grave, hipoglicemia, acidose 
metabólica. 
● hipergalactosemia. 
● hiperlactatemia e hiperparasitemia. 
 
 
Os citocinas danificam o tecido hepático, 
prejudicando a sua função, por isso observa-se uma 
redução da glicemia do paciente. 
 
EXAME PRINCIPAL: 
Observação do esfregaço sanguíneo positivo: 
 
TRATAMENTO DA MALÁRIA NO BRASIL 
A escolha do tratamento leva em consideração: 
● Espécie do parasita, se é plasmodium 
falciparum ou não. 
● Idade do paciente (maior toxicidade em 
pacientes pediátricos ou geriátricos) 
● Exposição anterior 
● Gravidez ou problemas de saúde 
● Fatores de gravidade 
● Medicamentos: cloroquina e primaquina. 
 
Luanny Santos luannysantos19@gmail.com
 
mailto:luannysantos19@gmail.com

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