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Inflação, Setor Público e Economia

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AULA 9
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Aula 9: Inflação e Setor Público
ECONOMIA
SETEMBRO/2011
AULA 9
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 Compreender o que é inflação e os seus tipos.
Entender as consequências da inflação na economia.
Entender a importância da participação do setor público na economia e suas consequências.
OBJETIVOS DA AULA 9 
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AULA 9
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Não é qualquer aumento de preço que chamamos de inflação. 
Os índices de preços permitem medir a inflação ocorrida durante determinado período, por exemplo, do 1º. ao último dia do mês, ou em uma quinzena.
Há muitos índices que captam a variação dos preços; o governo usa o IPCA (Indice de Preços ao Consumidor Ampliado) como base para formular as políticas econômicas e acompanhar a evolução da inflação no país.
AULA 9
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O QUE É A INFLAÇÃO?
A inflação ocorre se houver uma alta geral de preços de bens e serviços, ou pelo menos de preços de bens essenciais à cadeia produtiva do país. O aumento deve ser contínuo no tempo observado, pois a inflação é um processo.
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AULA 9
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O índice que mede a inflação de um determinado mês, é divulgado logo ao início do mês seguinte. Se o índice detectar aumento de preços, chamamos de inflação. E se houver uma queda geral dos preços, ocorre deflação.
AULA 9
Inflação de demanda
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TIPOS DE INFLAÇÃO
Podemos distinguir 3 tipos de inflação, de acordo com o fator que seja a sua principal causa: 
Inflação de custos
Inflação inercial
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AULA 9
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Fatores que elevem a DA do país podem acarretar inflação, se a oferta agregada (a produção) não acompanhar o ritmo da DA: ocorre um desequilíbrio que força os preços para cima.
	Dentre os fatores que podem estimular a DA estão a redução dos juros, ou a alta de gastos do governo (dentre outros).
	
 
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INFLAÇÃO DE DEMANDA
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A inflação de demanda é causada por um excesso de DEMANDA, em relação à oferta disponível de bens e serviços em diversos setores da economia. 
E por que a oferta agregada não acompanha a demanda? Pode ser que não haja recursos suficientes para aumentar a produção, ou que o investimento para ampliar a capacidade produtiva demore a amadurecer.
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AULA 9
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Fatores que podem gerar inflação de custos: aumento do preço do petróleo, ou da energia elétrica. Até mesmo os aumentos salariais podem causá-la, se os empresários repassarem o custo maior com os funcionários aos preços de suas mercadorias.	
 
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INFLAÇÃO DE CUSTOS
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Essa inflação independe do nível da demanda por bens e serviços; é causada pelo repasse de um aumento dos custos de produzir/comercializar, para o preço final dos bens e serviços. Também é chamada de inflação de oferta, porque o motivo do aumento de preços vem pelo lado da oferta.
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Por exemplo, acontece inflação de 2% em janeiro porque o preço do petróleo aumentou naquele mês. Em fevereiro, é divulgado o IPCA de janeiro, e as empresas elevam seus preços em 2%. Ora, isso causa inflação de 2% em fevereiro.
O que ocorre em março? O IPCA relativo a fevereiro mede inflação de 2%, e todos reajustam novamente seus preços. É um movimento causado pelo que aconteceu no passado, e que persiste se os reajustes não forem eliminados.
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INFLAÇÃO INERCIAL
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Já a inflação inercial é a perpetuação de uma inflação ocorrida no passado. Ela ocorre devido aos reajustes de preços, aluguéis e outros, que é feito com base nos índices de inflação. Esses reajustes são chamados de indexação.
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ALGUNS EFEITOS DA INFLAÇÃO 
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Causa distorções nos preços relativos dos produtos; por exemplo, a água pode custar mais caro que a aguardente. Isso atrapalha a capacidade das empresas de fazerem estimativas de custos e de vendas; adia o investimento produtivo. 
Piora a distribuição de renda, pois as classes mais pobres não têm sobra de renda para aplicar em ativos corrigidos pela inflação.
Gera expectativas de alta da inflação no futuro, o que leva os empresários a aumentarem seus preços “preventivamente”.
Pode afetar as contas do governo, pois há defasagem temporal entre o pagamento de impostos e seu recolhimento aos cofres públicos.
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Em uma economia de mercado, a alocação de recursos para produção de bens / serviços é feita através da interação entre oferta e demanda. Em boa parte dos casos, o jogo de mercado promove uma alocação eficiente; entretanto, podem acontecer “falhas de mercado” que impeçam essa eficiência, o que torna necessária a intervenção do governo.
Algumas falhas de mercado:
a existência de bens que não atendem ao princípio da exclusão; 
externalidades; 
desemprego e inflação.
Além disso, a distribuição de renda promovida pelo mercado pode não ser aquela que seria socialmente justa.
 
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A ATUAÇÃO DO SETOR PÚBLICO
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AULA 9
AS FUNÇÕES DO GOVERNO
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A intervenção do governo se faz no grau necessário para corrigir essas falhas, e pode ser resumida em 3 grandes funções:
Alocativa:
 fornecimento
 de bens
públicos
2. Distributiva:
ajustes na
distribuição
de renda
3. Estabilizadora:
alcançar alto 
nível de emprego,
estabilidade dos 
preços e taxa 
apropriada
 de crescimento
econômico
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A FUNÇÃO ALOCATIVA
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Está relacionada ao fornecimento de bens públicos ou bens meritórios, também chamados de “semi-públicos”.
O que são bens públicos?
Bens cuja produção/distribuição não é adequadamente ofertada pelo mercado; não atendem ao “princípio da exclusão”. Isso significa que seu consumo por um indivíduo não prejudica o consumo daquele mesmo bem por outras pessoas. Ex.: iluminação das ruas; a defesa nacional.
O que são os bens meritórios?
Bens cujo fornecimento está relacionado a valores morais/éticos daquela sociedade, cuja produção pode até atrair o interesse da iniciativa privada, mas sua provisão precisa ser garantida pelo governo. Ex.: saúde, educação
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A FUNÇÃO ALOCATIVA
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A função alocativa também abrange a atuação do governo em setores/bens que envolvam externalidades. 
O que são EXTERNALIDADES?
Situações em que a ação de um indivíduo ou empresa afeta direta ou indiretamente outros agentes do sistema econômico. Se esta ação implica benefícios a outros indivíduos ou firmas da economia, ela gera “externalidades positivas” (como a preservação do meio ambiente). Em caso contrário, gera “externalidades negativas” (como uma fábrica poluidora que elimina resíduos sem tratar).
O governo pode lidar com as externalidades através de regulamentação, desestimulando com multas as externalidades negativas; ou concedendo isenções de impostos a quem gerar externalidades positivas. 
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A FUNÇÃO DISTRIBUTIVA
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Através das transferências e tributos, o governo pode promover uma redistribuição da renda, tributando em maior medida os indivíduos das camadas de renda mais alta, e subsidiando os indivíduos de baixa renda.	
Como o governo exerce a função distributiva?
Usando as políticas macroeconômicas, principalmente a política fiscal, que veremos adiante, e a política de rendas. A política de rendas, em sentido estrito, consiste na intervenção direta do governo em preços/ salários. Ex.: tabelamento de preços, fixação do salário mínimo.
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Observe que se o governo quiser gerar maior crescimento e emprego, vai estimular a demanda agregada, adotando por exemplo uma política monetária expansiva (redução dos juros).
Se a prioridade for combater a inflação, o governo vai reduzir a demanda agregada, o que pode ser feito com política monetária restritiva (aumento dos juros), entre outras.
 
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A FUNÇÃO ESTABILIZADORA
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Consiste na intervenção do governo nas flutuações de algumas variáveis econômicas fundamentais, como o nível geral de preços, o produto e o emprego. Para tal, o governo age sobre a demanda agregada, objetivando altas taxas de crescimento e de emprego, com baixa inflação.
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A POLÍTICA FISCAL é outro instrumento de grande peso, usado pelo governo para influenciar a demanda agregada e cumprir suas 3 funções.
AULA 9
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A POLÍTICA FISCAL
A política fiscal consiste no uso da receita (T, de tributação) e
do gasto do governo (G) com a finalidade de influenciar a atividade econômica do país, segundo os objetivos de estimular crescimento, ou combater a inflação.
A receita e a despesa públicas estão muito relacionadas ao ritmo da economia do país, podendo afetá-la positiva ou negativamente, através de seu efeito sobre a DA.
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TIPOS DE POLÍTICA FISCAL
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Há 2 tipos, segundo seus efeitos sobre a DA e a economia. Para entendê-las, tenha em mente o conceito de DA:
FISCAL Expansiva (ou expansionista):
Estimula a DA e a atividade econômica. 
O governo aumenta seus gastos (G) com o setor privado e a sociedade, e/ou reduz os tributos. A redução dos tributos aumenta indiretamente a DA, pois estimula o Consumo das famílias e o Investimento das empresas em produção.
Ex.: Isenção do IPI para alguns produtos, em 2009/2010.
 Pacotes de gastos como o PAC (cabe informar que a implementação ainda está bastante incompleta).
DA= C + I + G + X – M
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TIPOS DE POLÍTICA FISCAL
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FISCAL Restritiva (ou contracionista):
Estimula a DA e a atividade econômica. 
O governo CORTA seus gastos (G) com o setor privado e a sociedade, e/ou AUMENTA os tributos. O aumento dos tributos deprime a DA, pois dificulta o Consumo das famílias e o Investimento das empresas em produção.
O objetivo é obter a queda da inflação. Embora a alta dos impostos cause aumento nos custos, a queda do consumo devido aos tributos mais altos tende a impedir que os empresários os repassem aos preços de suas mercadorias (afinal, não faz sentido elevar preços com vendas em queda!).
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SOBRE OS GASTOS DO GOVERNO
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A decisão sobre quais gastos serão cortados depende das prioridades “eleitas” por cada governo.
Cabe destacar que o gasto do governo tem sido crescente desde o final da década de 20, não só no Brasil como também no resto do mundo. No Brasil podemos questionar o gasto estatal excessivo, e baixo investimento público em infraestrutura, educação, tecnologia e saúde; trata-se de um problema de qualidade do gasto.
Para financiar seus gastos, o governo recorre à tributação e à venda de títulos da dívida pública. O governo (Banco Central) faz leilões de títulos, que oferece à sociedade como aplicações financeiras. 
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AULA 9
O RESULTADO DO GOVERNO
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Ao início de cada ano, o Congresso vota o orçamento público, que é uma previsão da evolução de seus gastos e receitas. Mas para avaliar o que de fato ocorreu ao longo do ano, usamos o cálculo T – G. Os elementos que se incluem nesse cálculo variam, o que origina 3 formas de se calcular o Resultado do Governo, ou Saldo Fiscal:
OPERACIONAL: T – G
inclui os gastos com os juros, mas não entra a correção cambial nem monetária da dívida
PRIMÁRIO:
T - G 
não inclui na conta gastos com juros e correções das dívidas
NOMINAL:
 T – G
inclui gastos com os juros e a correção cambial e monetária; é o mais realista, e mais usado
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O RESULTADO DO GOVERNO
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Se T < G, há déficit fiscal, e o efeito é de estímulo à DA (política fiscal expansiva)
Se T > G, há superávit fiscal, e o efeito é de redução da DA (política fiscal restritiva)
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