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Sociologia J. - Anotação (7)

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Professora: Dra. Ana Claudia
DISCIPLINA: DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Capítulo 1 - Aula 2
PROCESSO ADMINISTRATITVO 
PREVIDENCIÁRIO – BENEFÍCIOS
Coordenação: Prof. Dr. Wagner Balera
DE APERFEIÇOAMENTO PROFISSIONAL
01
Processo Administrativo Previdenciário – Benefícios
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
www.r2direito.com.br
A LEI 9784/99 trata do processo administrativo em sentido estrito, como preferem alguns, ou em seu aspecto 
externo, como entendem outros; referindo-se unicamente aos casos em que o particular ou funcionário se 
insurge contra determinado ato concreto proveniente da Administração Pública Federal direta ou indireta 
nos termos catalogados em seu art. 1º.
Separamos nosso estudo pela seguinte seqüência de itens:
1. O Direito de petição
2. Os princípios norteadores do processo administrativo
3. A estrutura administrativa de controle jurisdicional administrativo previdenciário
4. A dinâmica do processo administrativo 
5. A formação jurisprudencial do Direito Previdenciário
6. Conclusões sobre o tema para reflexão
1.
O art. 5º, inciso XXXIV da CF/88 determina que "são a todos assegurados independentemente do 
pagamento de taxas") o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade 
ou abuso de poder.
Verifica-se portanto o direito de petição como um direito notadamente consagrado com o status 
constitucional.
Corolário da democracia e do respeito a um povo o direito de petição infelizmente na prática diária parece 
ser em algumas hipóteses "letra morta".
Importante portanto lembrarmos que o direito de petição não é um "favor" feito pela Administração Pública e 
seus agentes, muito pelo contrário é um instrumento a serviço do cidadão consagrado constitucionalmente.
2. Princípios Norteadores do Processo Administrativo
Cumpre observar preliminarmente que o termo " princípio"(do latim principium, principii) encerra a idéia de 
começo, origem, base. Em linguagem leiga é, de fato, o ponto de partida e o fundamento (causa) de um 
processo qualquer. 
 DIREITO DE PETIÇÃO
Capítulo 1
02
Miguel Reale considera que "princípios são verdades fundantes de um sistema de conhecimento, como tais 
admitidas, por serem evidentes ou por terem sido comprovadas, mas também por motivos de ordem prática 
operacional, isto é, como pressupostos exigidos pelas necessidades da pesquisa e da práxis" 
Como "verdades fundantes" ou "bases do ordenamento jurídico" o que implicaria a violação de um 
princípio?
A esta indagação José Souto Maior Borges em sua obra Lei Complementar Tributária, editada pela Revista 
dos Tribunais responderia que :
 "a violação de um princípio constitucional importa em ruptura da própria Constituição, representando por isso 
mesmo uma inconstitucionalidade de conseqüências muito mais graves do que a violação e uma simples 
norma, mesmo constitucional" 
Conjugando os conceitos que ora são expostos percebemos claramente que os princípios atuam de maneira 
coordenada, formando um todo harmônico e sistemático. Devemos, desta feita, entender tais princípios 
dentro de um sistema normativo. Mas cumpre-nos interrogar o que vem a ser um sistema? Por sistema deve 
ser entendido na lição sempre atual de Geraldo Ataliba como "O caráter orgânico das realidades 
componentes do mundo que nos cerca e o caráter lógico do pensamento humano conduzem o homem a 
abordar as realidades que pretende estudar, sob critérios unitários, de alta utilidade científica e conveniência 
pedagógica, em tentativa de reconhecimento coerente e harmônico da composição de diversos elementos 
em um todo unitário, integrado em uma realidade maior" 
Para o Prof. Celso Antônio Bandeira de Mello, o princípio da legalidade é o princípio capital para a 
configuração do regime jurídico-administrativo. 
Consoante precisas lições do prof. Wagner Balera " Pode-se dizer que no contexto administrativo, esse 
preceito imprime eficácia a todos os demais. De tal arte que, nessa seara, o Estado não pode atuar com 
impessoalidade, moralidade, ou ainda, expressar publicamente o seu agir, sem lançar mão do instrumento 
normativo e sem que o seu poder de mando se expresse como esteio a legislação."
O princípio da finalidade é inerente ao princípio da legalidade, correspondendo à aplicação da lei nos 
estritos fins a que foi proposta. Exige que o ato seja praticado nos termos da finalidade pública definida 
legalmente, não podendo ser usada como instrumento de satisfação de caráter privado sob pena de 
invalidação com o vício denominado desvio de finalidade.
O princípio da motivação das decisões de natureza judicial já se encontra consagrado com status 
constitucional previsto no art. 93, IX da CF/88 que dita que " todos os os julgamentos dos órgãos do Poder 
Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade (....) .
LEGALIDADE
FINALIDADE 
MOTIVAÇÃO
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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03
Na esfera administrativa o comando se repete e traz consigo uma obrigação legal e moral do órgão público 
explicar as razões pelas quais decide.
Wagner Balera em sua já citada obra Processo Administrativo Previdenciário destaca que " as razões de 
decidir tornam transparente o labor da autoridade. Não basta a esta alegar meramente cânon normativo em 
que se funda. Cumpre-lhe deliberar justificadamente, demonstrando que o caminho escolhido é o que 
melhor atende aos objetivos da proteção social." 
A partir da CF/1988 a moralidade tornou-se explicitamente um pressuposto para a validade de todo ato da 
administração pública.
A moralidade significa o zelo, a probidade na conduta dos administradores públicos, na função que lhe é 
inerente.Ter a moralidade como preceito é caminhar de acordo com as regras legítimas de uma sociedade. É 
o bem servir, é a ética como lema. Entretanto, na prática infelizmente crescem os números de denúncias que 
comprovam o não respeito às regras da moralidade.
É com certeza a consolidação da justiça, da liberdade e da democracia e que está exposta em nosso art. 5º, 
inciso LV ditando que "aos litigantes em processo judicial ou administrativo e aos acusados em geral são 
assegurados o contraditório e ampla defesa, com meios e recursos a ela inerentes."
Quando se fala em segurança jurídica, deve-se tratar do Estado constitucional.
O que vem a ser esse princípio? Segundo Canotilho, "O homem necessita de segurança para conduzir, 
planificar e conformar autónoma e responsavelmente a sua vida. Por isso, desde cedo se consideravam os 
princípios da segurança jurídica e da protecção da confiança como elementos constitutivos do Estado de 
direito". 
O princípio da segurança jurídica deve ser entendido como um direito de natureza fundamental, cláusula 
pétrea não modificável pela via da Emenda Constitucional, corolário da estabilidade e da paz nas relações 
jurídicas, e por fim a certeza e o respeito necessários para a confiança do cidadão no Estado de Direito, no 
Estado Constitucional.
Mais do que uma mera palavra, eficiência, é sinônimo nos dias atuais de qualidade total e passou a ter no 
cenário jurídico o status de princípio da Administração Pública.
Mas, infelizmente quando pensamos em eficiência e poder público parece que estamos diante de antíteses,contraditórios e antônimos. Em se pensando em Previdência Social no Brasil o que nos vem à mente sempre 
são as filas constantes, venda de lugares em filas, greves dos servidores, prazos que não são cumpridos e 
histórias e mais histórias de pessoas que “morreram de tanto esperar".
MORALIDADE
AMPLA DEFESA E CONTRADITÓRIO
SEGURANÇA JURÍDICA E INTERESSE PÚBLICO 
EFICIÊNCIA
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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04
Muitas são as possibilidades para o efetivo cumprimento do princípio da eficiência, mas separamos 
aqui 10 dicas que com certeza ajudariam na sua concretização. São elas:
1) 
2) 
3) 
4) 
5) 
6) 
7)
8)
9)
10)
3. Estrutura Administrativa de Controle Jurisdicional Administrativo Previdenciário
A estrutura administrativa do controle jurisdicional administrativo previdenciário sofreu atualizações por 
meio da portaria n. 88 de 22 de janeiro de 2004 referentes ao regimento interno do CRPS (Conselho de 
Recursos da Previdência Social)
Trata-se de um órgão colegiado integrante da estrutura do Ministério da Previdência Social, que funciona 
como um tribunal administrativo e tem por função básica fazer a intermediação dos litígios entre os 
segurados ou empresas e a Previdência Social.
O Conselho de Recursos da Previdência Social, como órgão colegiado tem a seguinte composição:
1) Conselho Pleno, com papel de importância ímpar no procedimento administrativo, com competência 
para uniformizar a jurisprudência previdenciária. 
2) 6 Câmaras de Julgamento, instaladas na capital brasileira, cidade de Brasília DF que julgam em segunda 
e última instância questões relativas a benefícios previdenciários. A 2ª e a 4ª Câmara julgam matéria relativa 
às finanças, ou seja, o custeio do Sistema.
3) E ainda espalhadas pelos Estados do Brasil temos 28 Juntas Recursais com competência para julgamento 
de 1ª instância. 
Funciona assim o CRPS como um tribunal administrativo com atribuição específica de solucionar os 
problemas no âmbito não judicial, envolvendo o órgão previdenciário e seus beneficiários nas questões 
relativas a concessão, manutenção, suspensão ou perda de benefício ou na área do custeio as exigências do 
Sistema de Seguridade Social relativas aos financiamentos devidos pelos contribuintes.
O CRPS é presidido por um representante do Governo, com notório saber acerca da legislação 
previdenciária e nomeado pelo Ministro da Previdência Social.
Desburocratização
Qualidade do atendimento dos beneficiários e contribuintes
 Transparência
Organização
O famoso ditado "não deixar para amanhã o que se pode fazer hoje"
Adequação dos serviços à população
 Cumprimento dos prazos
 Contratação e distribuição de agentes públicos nos diversos órgãos de maneira adequada
 Qualificação constante dos agentes públicos com cursos de reciclagem e atualização
 Investimento em equipamentos e informatização.
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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As Juntas de Recursos e as Câmaras de Julgamento, presididas e administradas por representante do 
Governo, tem formação quatripartite com:
Conselheiros, nomeados pelo Ministro de Estado da Previdência Social, sendo dois 
representantes do Governo, um das empresas e um dos trabalhadores.
4. DINÂMICA DO PROCESSO ADMINISTRATIVO
1) A fase incial e a instauração do processo
2) O segundo tópico será a análise da instrução processual
3) O terceiro tópico abordará o tema decisão e motivação decisória e
4) Por fim encerraremos a dinâmica do processo administrativo enfocando os recursos e revisões, 
bem como as alterações legislativas sobre o tema.
Assim, dando início ao primeiro tópico que diz respeito à instauração do processo administrativo, algumas 
questões deverão ser observadas.
Primeiramente, cumpre descrever que o processo administrativo pode iniciar se tanto de ofício como por 
requerimento do interessado. O referido requerimento deverá observar forma prescrita e lei e conter entre 
outros os seguintes dados de identificação:
 
- órgão ou autoridade administrativa a que se dirige;
 
 - identificação do interessado ou de quem o represente;
 
 - domicílio do requerente ou local para recebimento de comunicações;
 
 - formulação do pedido, com exposição dos fatos e de seus fundamentos;
 
 - data e assinatura do requerente ou de seu representante.
É de suma importância destacar que a Administração não pode recusar de maneira imotivada o recebimento 
de documentos, muito pelo contrário, é seu dever enquanto Poder Público orientar o requerente para como 
suprir eventuais falhas nos documentos apresentados. Tal dever é uma obrigação de natureza legal prevista 
na Lei 9784/99 que regula os procedimentos administrativos federais.
Ainda, por determinação legal os órgãos e entidades administrativas deverão elaborar modelos ou 
formulários padronizados para assuntos que importem pretensões equivalentes.
Analisaremos o processo administrativo pela seguinte sequência
A FASE INICIAL: INSTAURAÇÃO DO PROCESSO
I 
II
III
IV
V
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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Na mesma seqüência lógica são considerados para fins de processo administrativo como capazes os 
maiores de 18 anos. Aqui é interessante comentarmos que desde 1998 esta norma já era uma realidade 
jurídica no mundo do Direito Previdenciário, antecipando o que o Novo Código Civil apenas considerou em 
2002, qual seja , como capaz o maior de 18 anos.
Neste cenário constituem-se como direitos dos administrados e interessados:
 
 - ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão facilitar o exercício de seus 
direitos e o cumprimento de suas obrigações;
 
 - ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a condição de 
interessado, ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles contidos e conhecer as decisões 
proferidas;
 
 - formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais serão objeto de 
consideração pelo órgão competente;
 
 - fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatória a representação, 
por força de lei.
Os administrados/interessados têm também deveres a serem cumpridos entre eles:
 - expor os fatos conforme a verdade;
 - proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé; 
 - não agir de modo temerário; 
 - prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para o esclarecimento dos fatos.
No que diz respeito aos atos processuais propriamente ditos algumas considerações são 
importantes, entre elas:
1) Os atos do processo devem ser produzidos por escrito, em vernáculo, com a data e o local de sua 
realização e a assinatura da autoridade responsável.
2) O reconhecimento de firma somente será exigido quando houver dúvida de autenticidade.
3) A autenticação de documentos exigidos em cópia poderá ser feita peloórgão administrativo.
4) As intimações observarão a antecedência mínima de três dias úteis quanto à data de comparecimento, 
podendo ser efetuada por ciência no processo, por via postal com aviso de recebimento, por telegrama ou 
outro meio que assegure a certeza da ciência do interessado. Interessados em lugar incerto e não sabido 
serão intimados por publicação oficial.
I
II
III
IV
I
II
III
IV
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
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"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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Aqui é essencial pontuarmos que deve imperar o princípio da ampla defesa e da contraditória, assegurado 
constitucionalmente no caso em questão aos interessados no processo administrativo.
Passaremos agora a fase 2 da dinâmica do processo administrativo e que diz respeito à instrução processual.
É na instrução processual que são colhidas provas das mais diversas naturezas: testemunha, documentos, 
pericial etc., vedadas todas as provas obtidas por meios ilícitos.
O responsável pela instrução a fim de facilitar o procedimento fará constar dos autos os dados necessários à 
decisão do processo, de modo menos oneroso aos interessados.
Quando o interessado declarar que fatos e dados estão registrados em documentos existentes na própria 
Administração responsável pelo processo ou em outro órgão administrativo, o órgão competente para a 
instrução proverá, de ofício, à obtenção dos documentos ou das respectivas cópias.
O interessado poderá, na fase instrutória e antes da tomada da decisão, juntar documentos e pareceres, 
requerer diligências e perícias, bem como aduzir alegações referentes à matéria objeto do processo.
Quando dados, atuações ou documentos solicitados ao interessado forem necessários à apreciação de 
pedido formulado, o não atendimento no prazo fixado pela Administração para a respectiva apresentação 
implicará arquivamento do processo.
Os interessados serão intimados de prova ou diligência ordenada, com antecedência mínima de três dias 
úteis, mencionando-se data, hora e local de realização.
 
§ 1o Se um parecer obrigatório e vinculante deixar de ser emitido no prazo fixado, o processo não terá 
seguimento até a respectiva apresentação, responsabilizando-se quem der causa ao atraso.
 § 2o Se um parecer obrigatório e não vinculante deixar de ser emitido no prazo fixado, o processo poderá ter 
prosseguimento e ser decidido com sua dispensa, sem prejuízo da responsabilidade de quem se omitiu no 
atendimento.
No caso da necessidade de laudos técnicos de competência específica de determinados órgãos 
administrativos, quando estes não cumprirem o encargo de produção dos laudos, outro órgão com as 
mesmas aptidões de qualificação e capacidade técnica deverá ser chamado para suprir a omissão.
Dada por encerrada a instrução, é de 10 dias o prazo para o interessado se manifestar.
Para garantir a eficácia do princípio da publicidade e da ampla defesa a Lei do processo administrativo 
garante aos interessados o direito à vista do processo, bem como a obter certidões ou cópias reprográficas 
dos dados e documentos que o integram, ressalvados os dados e documentos de terceiros protegidos por 
sigilo ou pelo direito à privacidade, à honra e à imagem. 
Caso o órgão de instrução não seja competente para emitir a decisão final elaborará relatório indicando o 
pedido inicial, o conteúdo das fases do procedimento e formulará proposta de decisão, objetivamente 
justificada, encaminhando o processo à autoridade competente.
 
Na fase decisória cabe ao órgão competente enfrentar a questão proposta analisando-a diante de todos as 
provas produzidas para ao final concluir por meio da decisão, que será exarada no prazo de 30 dias, 
prorrogáveis por mais 30 dias desde que de forma justificada.
Nos moldes do preceituado no art. 93, inciso IX da CF/88 as decisões deverão ser motivadas, o que significa 
que o órgão decisório deverá detalhar as razões e os motivos pelos quais irá decidir de determinada 
maneira. É uma garantia de ordem constitucional que visa trazer ao interessado maiores possibildades de 
saber as razões pelas quais teve seu requerimento deferido ou indeferido. É fácil entendermos que só será 
possível recorrer das razões conhecidas pelo interessado e assim a motivação cumpre um papel ímpar nesta 
questão.
A lei 9784/99 destaca que a motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em 
declaração de concordância com fundamentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou 
propostas, que, neste caso, serão parte integrante do ato.
Finalmente para concluirmos este tópico devemos encerrá-lo sublinhando as hipóteses de desistência e de 
extinção do processo
O interessado poderá por meio de pedido escrito desistir total ou parcialmente do pedido formulado, bem 
como renunciar a direitos que sejam disponíveis.
No caso de vários interessados, a desistência ou renúncia atinge somente quem a tenha formulado.Se o 
interesse público assim o exigir a desistência ou renúncia do interessado, não prejudicará o prosseguimento 
do processo.
INTERPOSIÇÃO DO RECURSO ADMINISTRATIVO E A REVISÃO PELO ÓRGÃO AUTÁRQUICO.
Das decisões do Instituto Nacional do Seguro Social nos processos de interesse dos beneficiários e dos 
contribuintes da seguridade social caberá recurso para o Conselho de Recursos da Previdência Social. 
O prazo é de 30 dias para interposição de recursos e para o oferecimento de contra- razões, contados da 
ciência da decisão e da interposição do recurso, respectivamente. O prazo da lei original era de 15 dias mas 
foi alterado pelo Decreto 4.729 de 10/06/2003.
Poderá haver retratação do Instituto Nacional do Seguro Social , o qual reformará a sua decisão e de 
maneira favorável ao interessando, deixando de encaminhar o recurso à instância competente. 
DA FASE DECISÓRIA E DO DEVER DE MOTIVAÇÃO
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
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08
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Se o reconhecimento do direito do interessado ocorrer na fase de instrução do recurso por ele interposto 
contra decisão de Junta de Recursos, ainda que de alçada, ou de Câmara de Julgamento, o processo, 
acompanhado das razões do novo entendimento, será encaminhado: 
I - à Junta de Recursos, no caso de decisão dela emanada, para fins de reexame da questão; ou 
II - à Câmara de Julgamento, se por ela proferida a decisão, para revisão do acórdão, na forma que dispuser 
o seu Regimento Interno. 
DO DEPÓSITO RECURSAL
Em se tratando de processo que tenha por objeto a discussão de crédito previdenciário, o recurso de que 
trata esta Subseção somente terá seguimento se o recorrente pessoa jurídica instruí-lo com prova de 
depósito, em favor do Instituto Nacional de Seguro Social, de valor correspondente a trinta por cento da 
exigência fiscal definida na decisão. 
A interposição de recursos nos processos de interesse de beneficiários ou que tenham por objeto a discussãode crédito previdenciário, sendo o recorrente pessoa física, independe de garantia de instância, facultada a 
realização de depósito, à disposição do Instituto Nacional do Seguro Social, do valor do crédito corrigido 
monetariamente, quando for o caso, acrescido de juros e multa de mora cabíveis, não se sujeitando a novos 
acréscimos a contar da data do depósito. 
O Instituto Nacional do Seguro Social deverá contabilizar o depósito de que trata este artigo em conta 
própria até a decisão final do recurso administrativo, quando o valor depositado para fins de seguimento do 
recurso voluntário será: 
 - devolvido ao depositante, se aquela lhe for favorável; ou 
-convertido em pagamento, devidamente deduzido do valor da exigência, se a decisão for 
contrária ao sujeito passivo. 
O recurso só pode ter efeito suspensivo quando solicitado pelas partes, deferida pelo presidente da 
instância julgadora.
O recurso não será conhecido quando interposto:
 - fora do prazo;
 
 - perante órgão incompetente;
 
 - por quem não seja legitimado;
I
II 
EFEITOS DO RECURSO
I
II
III
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violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
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IV - após exaurida a esfera administrativa.
 
§ 1o Na hipótese do inciso II, será indicada ao recorrente a autoridade competente, sendo-lhe devolvido o 
prazo para recurso.
§ 2o O não conhecimento do recurso não impede a Administração de rever de ofício o ato ilegal, desde que 
não ocorrida preclusão administrativa.
O órgão competente para decidir o recurso poderá confirmar, modificar, anular ou revogar, total ou 
parcialmente, a decisão recorrida, se a matéria for de sua competência.Os processos administrativos de que 
resultem sanções poderão ser revistos, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando surgirem fatos 
novos ou circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a inadequação da sanção aplicada.Da revisão do 
processo não poderá resultar agravamento da sanção.
Finalmente deve ser dito que a propositura, pelo beneficiário ou contribuinte, de ação que tenha por objeto 
idêntico pedido sobre o qual versa o processo administrativo importa renúncia ao direito de recorrer na 
esfera administrativa e desistência do recurso interposto. 
5.FORMAÇÃO JURISPRUDENCIAL DO DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Um importante tema é a formação jurisprudencial do direito previdenciário e nestes ditames a Portaria 
Ministerial nº 88 de janeiro de 2005 define que a uniformização em Tese da Jurisprudência pode ser 
suscitada para encerrar divergência jurisprudencial ou para consolidar jurisprudência reiterada no âmbito 
do Conselho de Recursos da Previdência Social.
A uniformização em tese pode ser provocada pelo Presidente do Conselho de Recursos da Previdência 
Social, por qualquer dos presidentes das Câmaras de Julgamento ou, exclusivamente em matéria de alçada, 
por qualquer dos presidentes das Juntas de Recursos, mediante a prévia apresentação de estudo 
fundamentado sobre a matéria a ser uniformizada, no qual deverá ser demonstrada a existência de 
divergência jurisprudencial ou de jurisprudência reiterada.
Questão de extrema importância, festejada por alguns e desprestigiada por outros é o caráter vinculante da 
interpretação do Direito. Assim, a emissão de enunciados, em qualquer hipótese, depende da aprovação da 
maioria absoluta dos membros do Conselho Pleno e vincula, quanto à interpretação do direito, todos os 
membros do Conselho de Recursos da Previdência Social.
O estatuído para aplicação de ordem administrativa vem ao encontro da Reforma do Poder Judiciário que 
destacou o efeito vinculante das decisões dos Tribunais Superiores. Embora não exista no Direito brasileiro o 
contencioso administrativo, a Administração exerce um poder de tutela jurídica dos direitos e interesses 
públicos e submete-se em sua atuação, ao princípio da legalidade e ao dever de não ocasionar , em 
contrariedade à lei, prejuízos a direitos e interesses dos cidadãos e das pessoas que entram em relação com a 
Administração por força dessa tutela l. 
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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Cabe à Administração observar , quando no pólo passivo da demanda que tal relação jurídica se efetiva por 
meio de procedimentos administrativos , pode assim ser entendido como uma forma de jurisdição 
administrativa, uma jurisdição em que a Administração expressa o seu querer, e entrega uma prestação 
administrativa jurisdicional aos seus administrados, estando portanto vinculada à tal decisão, não podendo 
a Administração Pública recorrer na esfera judicial.
Para confirmar nossa tese, Meire Lúcia Gomes Monteiro em seu artigo "O contencioso administrativo 
da previdência social" publicado na obra Temas Atuais de Previdência Social, coordenado pelo Prof. 
Wladimir Novaes Martinez, editora LTR, salientando que " Perante o CRPS os litígios têm, de um lado, 
beneficiários (segurados e dependentes) ou empresas, e do outro, o INSS. Todavia, a utilização da via 
jurisdicional não é obrigatória: a empresa ou o beneficiário pode recorrer à Justiça em qualquer fase do 
processo administrativo; pode, inclusive, abandonar a instância jurisdicional e reclamar diretamente na 
Justiça. O INSS, porém, não pode questionar na justiça, estando obrigado a acatar os ditames da instância 
jurisdicional. Assim, a força coativa o julgado alcança apenas a autarquia previdenciária. A outra parte 
interessada, repita-se, tem liberdade de utilizar ou não a instância jurisdicional.”
Sobre a questão do alicerce jurisprudencial administrativo previdenciário o mestre Wagner Balera, em sua 
obra “O processo administrativo previdenciário” destacou que "O Conselho de Recursos da Previdência 
Social prepara, com a sua construção jurisprudencial, os modelos de decisão que o Instituto Nacional do 
Seguro Social, tomará de forma concertada com o superior intérprete da norma previdenciária brasileira. A 
jurisprudência administrativa é assim, o instrumental que dá acabamento à ordem normativa social 
inaugurada pela Constituição.Como nasce de uma articulação entre os atores sociais, que controlam o 
sistema a fim de direcioná-lo permanentemente para as suas finalidades protetoras, ganha especial 
legitimidade institucional e, nessa medida, deve ser prestigiada."
Fica aqui confirmada a importância da construção jurisprudencial administrativa pelo Conselho de Recursos 
da Previdência Social.
6. CONCLUSÕES PARA REFLEXÃO 
O processo administrativo previdenciário teve um grande avanço com a edição da Lei 9.784/99. De todos 
os itens expostos e que merecem acuidade em nossas reflexões destacamos :
a) Os princípios da moralidade e da eficiência como o reconhecimento da necessidade de processos de 
implementação de qualidade total na Administração pública por meio da desburocratização, investimento 
em informática, reciclagem e aprimoramento da mão de obra, fiscalização constante para andamento dos 
processos .
b) A uniformização de jurisprudência pelo Pleno do CRPS e a vinculação das decisões a todos os integrantes 
da estrutura administrativa.
c) A importância indiscutível do direito previdenciário como precursor na jurisprudência construída 
administrativamente vinculando a Administração Pública às decisões objeto de tese jurisprudencialuniformizada.
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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