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Autarquias: Breve História e Conceito

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AUTARQUIAS
BREVE HISTÓRIA:
Palavra derivada do grego “autos- arkle”, que significa autonomia, levado para a linguagem jurídica, necessariamente ao Direito Administrativo, definido como entidades administrativas que detém autonomia, criada por meio de lei específica possuindo personalidade jurídica de direito público interno, possuindo patrimônio próprio e com atribuições estatais.
O termo autarquia foi utilizado pela primeira vez no séc. XIX, na Itália por Santi Romano, que escreveu para a Enciclopédia Italiana. No Brasil, o surgimento do termo autarquia se deu através do Decreto Lei Nº 6016/43, que definia como serviço estatal descentralizado, possuindo explícita ou implicitamente personalidade de direito público.
Posteriormente, na década de 60, no séc. XX, o art.5º, inciso I do Decreto Lei 200/67, define a autarquia:
“Autarquia – o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios para executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada.”
Por se tratar de parte integrante da Administração Pública Indireta, a autarquia é uma forma de descentralizar o serviço que foi subtraído da administração centralizada.
As autarquias possuem imunidade tributária, no que se refere aos impostos sobre patrimônio, renda e serviços vinculados às suas atividades essenciais. Estende-se também aos benefícios referentes a Fazenda Pública, estando submetidos ao regimento da entidade que a pertença.
CONCEITO:
A Constituição Federal de1988, em seu artigo 37, incisos XIX e XX trata da criação de entidades da Administração Pública Indireta, tendo o inciso XIX alterado totalmente através da Emenda Constitucional 19/98, no tocante as fundações públicas.
Conforme o Decreto-Lei 200/67, são estabelecidas duas formas pelas quais se torna viável o surgimento de entidades da Administração Pública Indireta:
a)      Por meio de lei específica, onde somente se aplica hoje a criação de autarquias, onde o Poder Legislativo (federal, estadual, distrital e municipal) fará a edição de lei ordinária que especifique e dê vida a autarquia, não podendo tratar de qualquer outro assunto.
b)      Por meio de ato do Poder Executivo, através de autorização de lei específica.
O Poder Executivo tem o poder de, através da criação de um decreto, criar uma entidade e, após a criação efetuar o devido registro dos estatutos da mesma em órgão competente específico, originando assim a pessoa jurídica. A extinção dessa entidade pode ser efetuada pelo próprio Poder Executivo, através de lei específica e autorizadora, pois apenas outro ato específico poderá extinguir, já que a mesma também foi criada através de lei específica (Princípio da Simetria Jurídica). O impulso para a criação ou extinção dessa entidade se faz através do Chefe do Poder Executivo (presidente da república, governador, prefeito).
De acordo com o Decreto 200/67, autarquia tem como definição:
“[…]serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios para executar atividades típicas de Administração Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada.”
Autarquia é o nome atribuído a um tipo de entidade com capacidade de autoadministração e administração pública indireta, personalidade jurídica e autonomia financeira que desenvolve atividades em prol da sociedade e qualidade no desempenho dos serviços públicos.
Seus serviços podem ser dedicados a diferentes setores públicos, desde a gestão de seguridade social, previdência, auditoria ou até mesmo regulamentados de transportes terrestres.
É normal uma autarquia ser confundida com órgãos públicos com administração direta. Isso porque a grade de colaboradores é determinada a partir de concurso público, os contratos de fornecedores passam por licitações e seus orçamentos também fazem parte dos tributos pagos pela população. A diferença é justamente o poder e autonomia na administração. Enquanto os órgãos de administração direta precisam de uma entidade federativa – município, estado ou união, os órgãos de administração indireta desenvolvem suas atividades com independência, desde que esteja dentro dos limites legais.
Ainda sobre as espécies de autarquias, é indispensável fazer uma observação quanto às “agências reguladoras” e às “agências executivas”. Ambas são autarquias, contudo apresentam diferenças.
As agências reguladoras são autarquias sob regime especial, responsável pela regulação de determinado setor da economia (Agência Nacional de Telecomunicações – ANATEL, por exemplo). As agências executivas, por sua vez, podem ser autarquias ou fundações públicas que celebrem contrato de gestão com o Poder Público (§ 8.º do art. 37 da Constituição Federal de 1988) e atendam aos requisitos previstos na Lei 9.649/1998 (por exemplo, o Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade Industrial – Inmetro).
PRINCIPAIS CARACTERISTICAS:
A descentralização, a criação por lei, a especialização dos fins ou atividades, a personalidade jurídica pública, a capacidade de autoadministração e a sujeição a controle ou tutela.
QUAIS SÃO AS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELAS AUTARQUIAS:
As autarquias são titulares de direitos e obrigações próprias, não se confundindo com os direitos e obrigações do ente político criador (seu estado, município…). Quanto à personalidade, são pessoas jurídicas de direito público, desempenhando atividades típicas de Estado, desprovidas de caráter econômico. Nessa perspectiva, as autarquias são instituídas para prestar serviço social e desempenhar atividades que possuam prerrogativas públicas, de forma especializada, técnica, com organização própria, administração ágil e não sujeita a decisões políticas pertinentes aos seus assuntos (exemplos: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA, Banco Central do Brasil – BACEN)
CLASSIFICAÇÃO DAS AUTARQUIAS:
Quanto à sua classificação, Maria Sylvia Di Pietro, autora de diversas obras jurídicas voltadas ao Direito Administrativo, traz os seguintes critérios: capacidade administrativa, estrutura e nível federativo: 
Quanto à capacidade administrativa, há duas formas: a geográfica, que tem capacidade administrativa genérica (Territórios Federais) e a de serviço, que possui capacidade administrativa específica, limitada a determinado serviço que lhe foi atribuído por lei;
· No que se refere à estrutura, a mesma é subdividida em fundacionais e corporativas. Aquelas são fundações de direito público dotadas de patrimônio ligado a um fim que irá beneficiar pessoas indeterminadas (Hospital das Clínicas, da Universidade de São Paulo, por exemplo). Já as corporativas são formadas por sujeitos unidos para o alcance de um fim de interesse público, contudo só diz respeito aos próprios associados (como o Conselho Federal de Administração).
· E por fim, quanto ao nível federativo, podem ser federais, estaduais, distritais e municipais, uma vez instituídas pela União, pelos estados, pelo Distrito Federal e pelos municípios, respectivamente.
PERSONALIDADE JURIDICA DAS AUTARQUIAS:
Autarquia, no âmbito do direito administrativo brasileiro, é um tipo de entidade da administração pública indireta, criados por lei específica, com personalidade jurídica de direito público interno, patrimônio próprio e atribuições estatais específicas.

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