Buscar

Exame fisico respiratorio

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Respiratória 
Semiologia Kathlyn Póvoa 
 
 
ANATOMIA 
O sistema respiratório é dividido em: 
• Tracto Respiratório Superior: 
Compartimento nasofaringe; 
• Tracto Respiratório Inferior: 
Compartimentos traqueobrônquico e alveolar. 
 
O arcabouço costal é dividido em 12 vertebras e 12 
arcos costais. 
Os 7 primeiros são chamados arcos costais 
verdadeiros porque são ligados diretamente numa 
cartilagem costal no esterno. 
O 8º,9º e 10º são denominados arcos costais falsos, 
pois são ligadas indiretamente. 
O 11º e 12º são chamados de arcos costais flutuantes 
porque não são ligadas ao esterno. 
 
PONTOS DE REFERÊNCIA ANATÔMICOS: 
Parte anterior: 
 
1. Incisura Jugular: fossa localizada acima do 
manúbrio; 
2. Clavículas; 
3. Ângulo de Louis/ Ângulo costal: junção do manúbrio 
com o corpo do esterno; é importante para conseguir 
contar os arcos costais do paciente. (Ao lado está 
articulada a 2ª costela) 
4. Ângulo de Charpy:formado pelo cruzamento das 
últimas costelas. 
→ Â = 90º: Normolíneo 
→ Â >90º: Longilíneo 
→ Â <90º: Brevilíneo 
Parte posterior: 
1. Palpar escápula do paciente 
2. Proeminência da espinha vertebral entre c7 e t1; 
LINHAS E ÁREAS TORÁCICAS: 
Linhas 
Região anterior 
Verticais: 
a. Linha médio esternal: divide o tórax em direito e 
esquerdo. (É uma linha única); 
b. Linha esternal lateral 
c. Linha paraesternal 
d. Linha hemiclavicular 
Horizontais: 
a. Linha clavicular; 
b. Linha da 3ª articulação condroesternal; 
c. Linha da 6ª articulação condroesternal; 
 
Região lateral: 
a. Linha axilar anterior 
b. L. axilar media 
c. L. axilar anterior 
Região posterior: 
Verticais: 
a. Linha vertebral 
b. Linha escapular 
Horizontais 
a. Linha escapular superior 
b. L. escapular inferior 
 
Sêquencia do exame físico respiratório: 
▪ Parede Posterior – linha escapulovertebral 
▪ Parede Lateral – linha axilar média 
▪ Parede Anterior – linha hemiclavicular 
Divisão de áreas 
Anterior 
 
 
Lateral 
 
 
 
 
 
Posterior 
 
RESPIRAÇÃO PULMONAR (4 PROCESSOS): 
Finalidade: transferência de O2 do exterior até o nível 
celular e eliminação do CO2 transportado pelo sentido 
inverso. 
1. Ventilação pulmonar: o ar chega até os alvéolos, 
distribuindo-se adequadamente, para que possa 
entrar em contato com os capilares pulmonares, 
onde ocorrerão as trocas gasosas; 
2. Trocas gasosas: por diferença da pressão parcial 
dos gases envolvidos (O2 e CO2) no alvéolo e no 
sangue, ocorre a 
passagem dos mesmos através da membrana 
alvéolo-capilar. Por diferença de pressão, o O2 entra 
nos capilares 
(hemoglobina) e o CO2 é liberado, sendo eliminado 
pelos pulmões. 
3. Transporte sanguíneo dos gases: tanto na etapa 
anterior quanto nesta é importante a interação dos 
processos respiratórios com o sistema circulatório. 
A circulação sistêmica promove a distribuição 
periférica do O2 e a extração do CO2, havendo a 
participação de múltiplos mecanismos, tais como: 
captação de O2 pela hemoglobina, sistemas 
tampões, além de outros. 
4. Respiração celular: é a etapa terminal de todo o 
processo e sua finalidade maior. Por meio da 
respiração celular, consubstancia-se a utilização 
celular do oxigênio por meio das cadeias 
enzimáticas mitocondriais. 
→ Membrana alvéolo-capilar: Ventilação, perfusão e 
difusão. 
→ Bronquite crônica: tem o espessamento com muco 
e secreção, diminuindo a perfusão dos alvéolos. A 
reação compensatória é o aumento da ventilação, 
aumento da hemoglobina, que aumenta a 
viscosidade sanguínea. Mesmo melhorando a 
viscosidade, está vindo pouco O2, ele vai reter CO2 
deixando-o cianótico. 
RESPIRAÇÃO: 
Ventilação pulmonar, trocas gasosas, transporte 
sanguíneo dos gases, respiração celular, ventilação 
(processo ativo), relação ventilação/perfusão e 
difusão (processo passivo). 
Ventilação 
É um processo ativo que ocorre pela ação dos músculos 
respiratórios 
• Inspiração: processo ativo 
• Expiração: processo passivo 
Doenças que afetam a ventilação: 
1. Aumentam a carga muscular repentinamente. 
Exemplo: asma brônquica aguda 
2. Obstrução do ar. 
Exemplo: Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) 
3. Doenças neuromusculares. 
Exemplo: Síndrome de Guillain-Bar Ré e miastenia 
gravis 
Relação Ventilação/Perfusão: 
- Efeito Shunt: hipoventilação no alvéolo mantendo a 
perfusão preservada. 
Exemplo: bronquite crônica 
- Shunt: perde toda a ventilação (ausência de ventilação) 
e a perfusão está preservada. 
Exemplo: choque anafilático; ingestão do corpo 
estranho. 
- Efeito espaço-morto: ventilação está preservada e 
apresenta hipoperfusão. 
Exemplo: embolia, enfisema pulmonar; 
- Espaço morto: ventilação preservada e ausência de 
perfusão. 
Exemplo: infarto pulmonar ou embolia pulmonar; 
Difusão 
Mecanismo pelo qual um gás se movimenta de uma 
região para outra. É um processo passivo, pois se 
difundem de regiões de alta pressão para regiões de 
baixa pressão. 
ANAMNESE 
◊ Identificação 
◊ Idade, 
→ Infância (malformações congênitas, fibrose 
cística, asma, sarampo, coqueluche); 
→ Adultos (TBC, DPOC); 
→ Idosos (neoplasia pulmonar). 
◊ Sexo; 
→ Feminino: Doenças reumatológicas como LES, 
artrite reumatoide, sarcoidose; 
→ Masculino: DPOC, pneumoconioses, TBC, 
neoplasia pulmonar. 
◊ Raça; 
◊ Procedência: 
→ TBC: Amazonas e Rio de Janeiro 
→ Paraccocioidomicose: MG, SP, RJ, GO; 
◊ Profissão e ocupação; 
◊ Queixa principal: “entre aspas” 
◊ História pregressa da moléstia atual; 
◊ Histórico pessoal; 
 
 
Se teve algum problema respiratório durante a vida; 
Se já precisou ser entubado; Historico de neoplasias; 
cirurgias; rinite alergica; 
◊ Histórico familiar; 
Atopia (urticária, rinite alérgica, asma); Doenças 
pulmonares – fibrose pulmonar/ Fibrose cística; Pais 
são co-sanguineos? Teve contato com TBC/Influenza? 
Teve contato com DST? História de TEV; Neoplasia. 
◊ Hábitos: 
 
 
Tabagismo: uma pessoa que já fumou 100 cigarros na 
vida, e continua fumando 
- Ativo ou passivo? 
- Fuma quantos cigarros por dia? 
- Calculo da carga tabágica. 
1 maço equivale a 20 cigarros. 
1 cigarro de palha = 4 de filtro. 
 
𝑄𝑡𝑑 𝑑𝑒 𝑐𝑖𝑔𝑎𝑟𝑟𝑜𝑠 𝑓𝑢𝑚𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑑𝑖𝑎
20
 x qtd de anos 
→ Fogão a lenha 
→ Hobbies 
→ Animais de estimação etc. 
◊ Medicações 
→ Amiodarona/nitrofurantoina/ 
metrotrexate/bleomicina – relacionados a 
doença intersticial; 
→ Betabloqueador – atenolol/proponalol – 
broncoespasmos; 
→ IECA - Captopril/enalapril – tosse; 
→ Corticóide; 
SINTOMAS E SINAIS: 
✓ DOR TORÁCICA 
- Apenas 5% das queixas de dor torácica nos prontos 
socorros, são dores de origem pulmonar. 
- Quando bem descrita é uma preciosa informação; 
 Características básicas: 
Localização: onde dói? (parede torácica, pleuras, 
pulmões, coração, pericárdio, vasos, mediastino, 
esôfago, diafragma) 
Irradiação e referência: a dor caminha/vai para algum 
lugar? 
Caráter da dor: em pontada, aperto, queimação? 
Fatores precipitantes: alguma coisa piora a dor? 
Fator de alivio? Algo melhora a dor? 
Duração? Quanto tempo? 
Sintomas concomitantes? 
- Parênquima pulmonar, vias respiratórias e pleura 
visceral, apesar de bem inervados, não transmitem 
sensação de dor para o cérebro. 
 Órgãos receptores localizados em outras 
estruturas: 
Pele, aponeuroses, músculos que vão provocar dor, 
pela liberação de bradicininas. 
 Localização: 
• Pleurite – dor pleurítica: dor intensa, em pontada, 
aguda e localizada. Piora com a tosse. Pneumotórax 
– Súbito – Sensação de punhalada em paciente 
hígido ou tabagista; 
• Pneumonia – 30% dos casos – há comprometimento 
da pleura parietal – tosse produtiva e febre. 
• Tromboembolismo pulmonar – Dor aguda, 
associada a dispneia e fatores agudos de TEP. 
• Quadro viral – ‘’ Dor ardida em região retroesternal’’. 
✓ TOSSE: 
- Mais importante e frequente sintoma; 
- Estímulos da mucosa das vias respiratórias: 
→ Inflamatória: mais frequente – edema, 
secreções; 
→ Mecânica: trauma; 
→ Química: refluxo; 
→ Térmica: diferenças abruptas de temperatura; 
- Existetambém a tosse psicogênica; 
- É um mecanismo de defesa, com o objetivo de manter 
as vias respiratórias permeáveis, porém nocivo em 
alguns momentos em virtude do aumento da pressão 
na árvore brônquica, que culmina na distensão dos 
septos alveolares. 
- Investigação: 
→ Duração 
→ Frequência, 
→ Intensidade, 
→ Tonalidade, 
→ Expectoração – sendo seca ou produtiva; 
relações com decúbito e horário. 
→ Relação ao decúbito ou ao período do dia 
Causas de tosse: asma brônquica, refluxo 
gastresofágico, sinusites, bronquites, bronquiectasias, 
medicamentos, pneumonias, irritação do canal auditivo 
externo, adenoides, amigdalites, faringites, tensão 
nervosa, tumores do mediastino, laringite, traqueítes, 
pleurites, tuberculose, abscesso pulmonar, CA do 
pulmão, embolia pulmonar, infarto pulmonar, 
pneumoconioses, insuficiência ventricular esquerda, 
corpos estranhos, estenose mitral e 
megaesôfago. 
✓ EXPECTORAÇÃO: 
Na maioria das vezes, é consequência da tosse. 
Examinar o escarro, normalmente são produzidos 100 
ml de mucos nas 24 horas. 
Investigação: 
→ Volume; 
→ Cor; 
→ Odor; 
→ Transparência; 
→ Consistência. 
Classificação: 
→ Serosos: água, eletrólitos, proteínas e pobre 
em células. Exemplo: edema agudo de pulmão. 
→ Mucoide: mucoproteínas; 
→ Purulento: rico em piócitos; 
→ Hemoptoico: rajadas de sangue. (Pneumonia 
bacteriana, tuberculose, micoses, neoplasia) 
✓ HEMOPTISE 
- Eliminação de sangue pela boca, passando através 
da glote; 
Origem: 
1. Brônquicas: lesão artéria brônquica – 
bronquiectasias, broncocarcinoma (muito mais 
quantidade de sangue). 
 
 
2. Alveolares: ruptura dos capilares ou 
transudação. 
- As causas principais de hemoptise: 
• Criança – pneumonia, corpo estranho; 
• Adulto - Homem, tabagista, 1°episódio – 
pensar em neoplasia 
• Hígido – pensar em Tuberculose 
4 principais causas no Brasil: bronquiectasia, 
tuberculose, neoplasia, aspergilose. 
→ Epistaxe – sangramento de origem nasal 
anterior; 
→ Rinorragia – sangramento volumoso, origem 
nasal posterior; 
→ Hematêmese: sangue eliminado por vômito. 
Aspecto de borra de café. 
✓ DISPNEIA 
- “Experiência subjetiva de desconforto respiratório que 
consiste de sensações qualitativamente distintas que 
variam em intensidade. “ 
- Investigar: 
→ Início 
→ Modo de instalação 
→ Duração 
→ Comparação 
→ Número de crises e periodicidade 
→ Intensidade - Aos grandes; médios e 
moderados esforço ou ao repouso. 
a. Dispneia De Repouso: falta de ar em repouso. Pode 
estar associada à TAQUIPNÉIA (frequência aumentada 
associada com a dificuldade de respirar) e 
HIPERPNÉIA (amplitude aumentada). 
b. Ortopneia: dispneia que impede o paciente de ficar 
deitado e o obriga a sentar-se ou a ficar de pé para 
obter algum alívio. 
c. Trepopneia: melhora dispneia em decúbito lateral. 
Exemplo: derrame pleural – se deitam sobre o lado são. 
Causas de dispneia: atmosféricas, obstrutivas, 
parenquimatosas, toracopulmonares, diafragmáticas, 
pleurais, cardíacas, origem tecidual e ligadas ao 
sistema nervoso. 
✓ SIBILOS 
- Chiado ou “chieira”; 
- Ocorre devido redução da arvore brônquica; 
- Predominante na fase expiratória, quase sempre 
acompanhado de dispneia; 
- Timbre elevado e tom musical; 
- Se recorrente pensar em asma; 
Causas principais: Bronquite aguda e crônica; asma; 
quadro alérgico 
✓ ROUQUIDÃO 
Mudança do timbre de voz, que traduz alteração na 
dinâmica das cordas vocais 
Lesões das cordas vocais podem ser laríngeas 
ou extralaringeas; 
Agudas: infecções da laringe; 
Crônicas: tabagismo; 
✓ CORNAGEM 
Dificuldade inspiratória por redução do calibre das vias 
respiratórias superiores (VAS). Manifesta-se por ruído 
(estridor) e tiragem. 
Causas: laringite, difteria, edema de glote e corpos 
estranhos. 
✓ HIPOCRATISMO DIGITAL 
Hipoxemia com aumento do nível de CO2. 
A profundidade interfalangeana desaparece. A base 
da unha fica saliente. 
 
 
EXAME FÍSICO 
INSPEÇÃO 
Pede para o paciente tirar a camiseta. Em mulheres 
tirar o sutiã. 
Ideal uma luz natural, se artificial, a luz branca. 
Paciente sentado à beira do leito, e o examinador de pé 
diante do paciente. 
Observar a pele, verificar cicatrizes, examinar mamas, 
circulação colateral do tórax. 
ECTOSCOPIA: 
- Nível de consciência: principalmente pacientes 
acamados, pela alta retenção de CO², podendo deixar 
o paciente mais sonolento e torporoso; 
- Alteração de deglutição: pacientes acamados 
precisam da avaliação de uma fonoaudióloga para 
evitar broncoaspiração. 
- Cianose: cor azulada da pele e mucosas. A 
hemoglobina reduzida chega a um nível de 5g a cada 
100ml. 
→ Generalizada: alguma causa, leva o paciente 
ter uma diminuição por todo o corpo. 
→ Localizada: geralmente membros e rosto; 
→ Cianose central: Há instauração arterial 
exclusiva, permanecendo normal o consumo 
de O² nos capilares. 
→ Cianose periférica: perda exagerada de O² na 
rede capilar, devido a estase venosa ou 
vasocronstricção; 
→ Cianose mista: 
→ Cianose por alteração da hemoglobina: 
INSPEÇÃO ESTÁTICA 
Distribuição de pelos, mamilos, lesões elementares, 
cicatrizes, abaulamentos (Nódulo de Virshcow) e 
retrações, se tem linfonodo aumentado, biotipo, tipo de 
tórax (normalmente é elíptico), anomalias congênitas 
ou adquiridas, localizadas ou difusas, simétricas ou 
não, tipo de tórax; 
 
 
 
 
A–Normal; B–Em tonel; C – Infundibiliforme; 
D – Carniforme; E – Escoliose; F – Cifose; 
G – Gibosidade 
Outros tipos: chato e sino/piriforme 
Biotipo do paciente: normolíneo, longilíneo e brevilineo: 
a morfologia torácica varia de acordo com o biótipo do 
paciente. 
 
→ Sinal de Ramond: contratura da musculatura 
paravertebral torácica unilateral que denuncia o 
comprometimento pleural inflamatório homolateral. 
→ Sinal de Lemos Torres: caracterizado pelo 
abaulamento dos espaços intercostais durante a 
expiração, é sinal fidedigno de derrame pleural. 
INSPEÇÃO DINÂMICA 
 
◊ FR (Eupneico, taquipneico, bradipneico) – 
sempre conta em 1 minuto, e colocar FR: 16 
IRPM (exemplo) 
◊ Amplitude da respiração 
◊ Ortopneia, Trepopneia? 
◊ Respiração sincronizada? 
◊ Movimentos respiratórios; 
◊ Assimetria entre os hemitórax; 
◊ Expiração prolongada e com lábio semicerrados 
no DPOC 
◊ Ritmo respiratório: inspiração e expiração com a 
mesma duração e amplitude. 
Alterações do ritmo respiratório: 
1. Cheyne Stokes: fase de apneia seguida de 
incursões inspiratórias cada vez mais profundas 
até atingir o máximo, depois vai descendo até nova 
pausa. 
2. Biot: duas fases. A primeira de apnéia, seguida de 
movimentos inspiratórios e expiratórios anárquicos 
quanto ao 
ritmo e amplitude. 
3. Kussmaul: inspirações profundas, seguida de 
pausa e expirações curtas também seguidas de 
pausas. 
4. Suspirosa: série de movimentos inspiratórios de 
amplitude crescente seguidos de expiração breve 
e rápida. 
5. Dispneia: movimentos respiratórios amplos e 
rápidos. 
◊ Tiragem intercostal: Na 
inspiração, normalmente, espaços 
intercostais deprimem-se 
ligeiramente. 
 
- A tiragem pode ser difusa ou 
localizada, isto é, supraclavicular, 
infraclavicular, intercostal ou 
epigástrica. 
◊ Cornagem: Dificuldade inspiratória. Tiragem + 
produção de um som mais agudo. 
PALPAÇÃO: 
➢ Avaliar a mobilidade da caixa torácica, lesões e 
sensibilidade (superficial ou profunda); 
➢ Palpar regiões que o paciente referiu dor; 
➢ Temperatura e sudorese; 
➢ Palpação de linfoadenopatias; 
➢ Pesquisar a expansibilidade: dos ápices até as 
bases pulmonares. 
➢ Nódulo de Virchow 
FRÊMITO TORACOVOCAL: 
- São vibrações das cordas vocais na parede torácica. 
(“trinta e três”) 
- Sempre comparar uma região com a outra; 
- Nos derrames pleurais líquidos ou gasosos, por 
afastarem o pulmão da parede, há diminuição do 
frêmito toraco-vocal (FTV); 
- Em ambientes de condensação pulmonar, o FTV é 
aumentado. 
- Nas atelectasias, os brônquios estão obstruídos, 
reduzindo o FTV. 
- Dois tipos de frêmitos: 
→ Frêmito brônquico: mais especifico, parece 
sugestivode secreção nas vias aéreas; 
→ Frêmito: Pleural: sensação de atrito de uma pleura 
com outra. 
 
PERCUSSÃO 
- Iniciar pela face posterior, de cima para baixo. - - 
Depois vai para anterior. 
- Comparativa e simetricamente as várias regiões. 
 
 
- Mao esquerda, apoiando o dedo médio; 
- Sempre usar a mesma intensidade; 
- Sempre fugir dos ossos para captar melhor 
os sons. 
- Tonalidades: 
→ Claro pulmonar: áreas de projeção dos 
pulmões; 
→ Timpânico: espaço de Traube; 
→ Submaciço: região inferior do esterno; 
→ Maciço: região inframamária direita 
(macicez hepática) e na região precordial. 
 
Obesidade, musculatura hipertrofiada e edema 
reduzem o som da percussão. 
Ressonância skódica: hipersonoridade. Áreas ao 
redor de condensação ou acima de derrame pleural. 
 
AUSCULTA: 
Vibrações audíveis criadas por regiões alternantes de 
compressão e rarefação do ar. 
Características principais: frequência, intensidade, 
duração e timbre. 
- Posição do examinador: atrás do paciente 
- Posição do paciente: desnudo (sem camisa), sentado 
com as mãos sobre os joelhos para afastar escápulas. 
- Respiração pausada e profunda, com a boca 
entreaberta, sem fazer ruídos. 
- Início pela face posterior, depois face lateral e por último, 
anterior do tórax. 
- Auscultar regiões de maneira simétrica. 
- Respiração pulmonar: dois componentes: inspiração e 
expiração 
SONS PLEUROPULMONARES NORMAIS: 
1. Som traqueal: inspiratório constituído de ruído 
soproso, porque é um diâmetro aumentado. Mais 
longo e grave na expiração e mais forte na expiração. 
Origina-se da passagem do ar pela glote e traqueia. 
Audível na região de projeção da traqueia, pescoço e 
região esternal. 
2. Respiração brônquica: semelhante ao traqueal, com 
componente expiratório menos intenso. Corresponde 
ao som traqueal audível na zona de projeção dos 
brônquios de maior calibre. Face anterior do tórax, nas 
proximidades do esterno. 
3. Murmúrio vesicular: som mais fino e discreto. Ruídos 
respiratórios ouvidos na maior parte do tórax. 
Encontrado frequentemente nos pulmões, e mais 
intenso na região anterossuperior, região das axilas e 
infraescapular. Produzido pela turbulência do ar 
circulante ao chocar contra as saliências das 
bifurcações brônquicas, ao passar por cavidades de 
tamanhos diferentes, tais como bronquíolos para 
alvéolos e vice e versa. O Componente inspiratório é 
mais intenso, mais duradouro, e tonalidade mais alta. 
Já o expiratório mais fraco, duração curta e tonalidade 
baixa. 
Pode estar diminuído por: ar, líquido, espessamento 
pleural, enfisema, diminuição dos movimentos do 
tórax, obstrução. 
4. Som broncovesicular: somam -se as características 
do som brônquico com as do murmúrio vesicular. 
Presente na região esternal superior, na 
interescapulovertebral direita e no nível da terceira e 
quarta vértebras dorsais. 
SONS ANORMAIS: 
1. Estertores: Audíveis na inspiração e expiração. 
Podem ser finos ou grossos. 
Estertores finos ou crepitantes: Ocorrem no final da 
inspiração (enchimento dos alvéolos). Frequência alta 
(Agudos) e de curta duração. Não se modificam com a 
tosse. Audíveis em zonas pulmonares, influenciadas pela 
gravidade. Produzidos pela abertura sequencial de vias 
aéreas anteriormente fechadas. Som de velcro, agudo, 
frequência alta; 
Estertores grossos ou bolhosos: Frequência menor 
(mais grave) e duração maior que os finos Geralmente 
secundários a muco e secreção de brônquios e 
bronquíolos. Altera com a tosse porque é originado de 
líquidos. Som de rompimento de bolhas. Início da 
inspiração e durante toda a expiração. Origem na 
abertura e fechamento de vias aéreas contendo secreção 
viscosa e espessa. Comuns na bronquite crônica e 
bronquiectasias. 
2. Roncos: Sons de baixa frequência. Ocorrem quando 
a via aérea não está totalmente ocluída. O 
estreitamento produz vibrações das paredes 
brônquicas e de conteúdo gasoso. Geralmente 
ocorre na expiração. Comum na asma, bronquites, 
bronquiectasias e obstruções localizadas. Roncos 
são graves e sibilos agudos. 
3. Sibilos: Quando a via aérea está muito ocluída. 
Origem semelhante aos roncos. Mais comum na 
expiração. Múltiplos e disseminados pelo tórax. 
Localizados em determinada região, indicam semi-
obstrução por neoplasia ou corpo estranho. 
4. Estridor: Produzido pela semi-obstrução da laringe 
ou traqueia. Predomina na inspiração. 
Causas: difteria, laringites agudas, câncer de laringe 
e estenose de traqueia. 
5. Sopros: Pulmão perde sua textura normal. Podem 
ser normais na traqueia, dorso, região interescapular. 
Mais longo na expiração. Raro → ausculta em casos 
de cavitação ou lesão que tenha ar no interior 
apenas; 
TIPOS: 
- Sopro tubário – hepatização (quando o pulmão tem 
uma condensação por infecção muito grande, 
tornando o órgão maciço como o fígado. 
- Sopro cavitário – cavernas (TBC) 
- Sopro anfórico – pneumotórax hipertensivo. 
6. Atrito pleural: Provocado pelo deslizar de uma 
pleura inflamada sobre a outra. Nos casos de 
pleurite. Folhetos recobertos por exsudato. Duração 
maior. Frequência baixa. Aumento da pressão do 
estetoscópio melhora sua 
ausculta. Ruído irregular, descontínuo, mais intenso 
na inspiração, frequência baixa e tonalidade grave. 
Comparado ao ranger de couro atritado. Mais comum 
nas regiões axilares inferiores. 
SONS VOCAIS 
Ausculta da voz pronunciada e cochichada. Pronunciar 
“trinta e três”. Examinador percorre o tórax com o 
estetoscópio. Compara áreas homólogas. Faz igual na 
 
 
percussão, começa na parte de trás, de cada lado e 
depois volta comparando. 
Ressonância vocal: sons produzidos pela voz e ouvidos 
na parede torácica. Em condições normais são 
incompreensíveis. Se entender o parênquima está 
consolidado. 
1. Broncofonia: escuta mas não entende o que o 
paciente fala; voz anasalada. 
2. Pectorilóquia fônica: entende o que fala 
nitidamente, e voz não está anasalada. 
3. Pectorilóquia afônica: ausculta a voz normal ou 
cochichada. 
SINDROMES BRONCOPULMONARES E 
PLEURAL: 
SINDROME BRONQUICA 
Acometimento brônquico por enfermidades que podem 
causar redução do calibre, dilatação e/ou 
hipersecreção brônquica. 
Sintomas: dispneia e tosse. Mas podem estar 
ausentes 
Inspeção: dispneia, tórax em posição de inspiração 
profunda e tiragem 
Palpação: frêmito toracovocal normal ou diminuído; 
Percussão: normal ou hipersonoridade; 
Ausculta: diminuição do murmúrio vesicular com 
expiração prolongada, sibilos predominantemente 
expiratórios em ambos os campos pulmonares. Pode 
haver roncos e estertores grossos. 
Causas + comuns: Asma, DPOC, Bronquiectasia, 
Infecções traqueobrônquicas. 
SÍNDROME PARENQUIMATOSA 
Síndrome de Consolidação pulmonar: 
Causadas por pneumonias, o infarto pulmonar e a 
tuberculose. 
Sintomas: tosse produtiva, dispneia, dor torácica 
Inspeção: expansibilidade diminuída 
Palpação: expansibilidade diminuída e frêmito 
toracovocal aumentado 
Percussão: submacicez ou macicez 
Ausculta: respiração brônquica substituindo o 
murmúrio vesicular, sopro tubário, broncofonia ou 
egofonia, pectorilóquia e estertores finos. 
 
Síndrome de atelectasia: 
Sintomas: dispneia, tosse seca 
Inspeção: retração do hemitórax e tiragem 
Palpação: expansibilidade diminuída e frêmito 
toracovocal diminuído ou abolido 
Percussão: submacicez ou macicez 
Ausculta: som broncovesicular. Ressonância vocal 
diminuída. 
 
Síndrome de Hiperaeração (enfisema pulmonar) 
 Sintomas: dispneia 
 Inspeção: expansibilidade diminuída e tórax em tonel 
nos casos avançados 
 Palpação: expansibilidade diminuída, frêmito 
toracovocal diminuído 
 Percussão: sonoridade pulmonar normal no início e 
hipersonoridade à medida que a enfermidade se 
agrava. 
 Ausculta: murmúrio vesicular diminuído. Fase 
expiratória prolongada. Ressonância vocal diminuída. 
 
 Congestão passiva dos pulmões 
 Sintomas: dispneia, tosse seca ou com expectoração 
rósea 
 Inspeção: expansibilidade normal ou diminuída 
 Palpação: expansibilidade e frêmito toracovocal 
normalou aumentado; 
 Percussão: submacicez nas bases pulmonares 
 Ausculta: estertores finos nas bases dos pulmões 
(principal achado). Prolongamento do componente 
expiratório quando há broncospasmo. Ressonância 
vocal normal 
SÍNDROMES PLEURAIS 
Síndrome pleurítica: 
 Tuberculose, pneumonias, moléstia reumática e outras 
colagenoses, e as neoplasias da pleura e pulmão. 
 Sintomas: dor torácica ventilatória dependente – dor 
pleurítica 
 Inspeção: expansibilidade diminuída 
 Palpação: expansibilidade e frêmito toracovocal 
diminuídos 
 Percussão: sonoridade normal ou submacicez 
 Ausculta: atrito pleural, que é o principal dado 
semiológico. 
 
 Síndrome de derrame pleural: 
Pleurites, pneumonias, neoplasias, colagenoses, 
síndrome nefrótica e na insuficiência cardíaca. 
 Sintomas: dispneia, tosse, dor torácica 
 Inspeção: expansibilidade diminuída 
 Palpação: expansibilidade diminuída e frêmito 
toracovocal abolido na área do derrame e aumentado 
na área do pulmão em contato com o líquido pleural 
 Percussão: macicez 
 Ausculta: murmúrio vesicular abolido na área do 
derrame, egofonia e estertores finos na área do pulmão 
em contato com o líquido pleural na parte mais alta do 
derrame. 
 
Síndrome pleural aérea ou de pneumotórax. Lesão 
traumática, ruptura de bolha subpleural, ou em certas 
afecções pulmonares (tuberculose, pneumoconiose, 
neoplasias) que põem em comunicação um dueto com 
o espaço pleural. 
 Sintomas: dispneia, dor torácica 
 Inspeção: normal ou abaulamento dos espaços 
intercostais quando a quantidade de ar é grande 
 Palpação: expansibilidade e frêmito toracovocal 
diminuídos 
 Percussão: hipersonoridade ou som timpânico, sendo 
este o dado que mais chama a atenção 
 Ausculta: murmúrio vesicular diminuído. Ressonância 
vocal diminuída 
 
 Ausculta respiratória normal: murmúrio vesicular 
bilateral “+”, ausência de ruídos adventícios.

Outros materiais