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Curso : Medic ina Veter inár ia Disc ipl ina : Prát icas Hospitalares em Animais de Produção Docente : Prof . Dr . R inaldo Viana e Prof Bruno Moura Discente : Richel ly Nathal ie Monteiro Coelho Sondagem de Ruminantes Univers idade Federal Rural da Amazônia A hidratação é a única terapia capaz de corrigir distúrbios hidroeletrolíticos e desequilíbrio ácido base que, ocorrem com certa frequência na rotina clínica de veterinários buiatras. Introdução H I D R A T A Ç Ã O E M R U M I N A N T E S Bezerro diarreico: Hipovolemia Desequilíbrio eletrolítico Desequilíbrio ácido base Neonatos F O N T E : H T T P S : / / A P P . E V E N T I Z E . C O M . B R / U P L O A D / 0 0 0 3 7 5 / F I L E S / J U L I O % 2 0 L I S B O A % 2 0 A U T O R I Z A D A . P D F Rotina Clínica Acidose Ruminal: Adultos F O N T E S : I M A G E M 1 : H T T P S : / / W W W . C O M P R E R U R A L . C O M / I M A G E M 2 E 3 : H T T P S : / / Z O O T E C N I A B R A S I L . C O M / 2 0 2 0 / 0 3 / 2 4 / A C I D O S E - R U M I N A L - E M - B O V I N O S - D E - C O R T E / Rotina Clínica A acidose pode ser aguda ou crônica, a primeira pode levar a ulcerações das mucosas ruminais, desidratação, paraqueratose, abscessos hepáticos, acidose metabólica e até a morte do animal. Entretanto, a crônica ou acidose silenciosa, pode gerar mais danos econômicos, já que a queda do pH não é tão drástica quanto a aguda, e logo fica mais difícil de identificar os sinais, reduzindo o consumo voluntário e o desempenho produtivo. Rotina Clínica F O N T E : R E V I S T A B R A S I L E I R A D E B U I A T R I A - C L Í N I C A M É D I C A , V O L U M E 1 , N Ú M E R O 1 , 2 0 2 1 . V I A S OBRIGATÓRIA NAS DESIDRATAÇÕES GRAVES E NO CHOQUE HIPOVOLÊMICO. UTILIZA-SE SEMPRE CATÉTERES. (PARENTERAL) INTRAVENOSA (ENTERAL) NASORRUMINAL ALTERNATIVA ONDE EM CASOS DE NEONATOS, PRINCIPALMENTE, SÃO ADMINISTRADOS 2L DE SE POR VEZ, POR SER COMPATÍVEL COM A CAPACIDADE VOLUMÉTRICA DO ABOMASO (ENTERAL) OROGÁSTRICA ALTERNATIVA QUE POSSIBILITA A ADMINISTRAÇÃO DAS SE TANTO EM BOLUS COMO EM FLUXO CONTÍNUO EM VOLUMES PEQUENOS E TEMPO MAIS PROLONGADO. (ENTERAL) NASOGÁSTRICA MÉTODO CLÁSSICO E MAIS ADOTADO. A ADMINISTRAÇÃO É FEITA EM GRANDES VOLUMES DE UMA ÚNICA VEZ NO RÚMEN (BOLUS). (ENTERAL) ORORRUMINAL Enteral e Parenteral, para administração de Soluções Eletrolíticas (SE) ALTERNATIVA QUE POSSIBILITA A ADMINISTRAÇÃO DAS SE TANTO EM BOLUS COMO EM FLUXO CONTÍNUO EM VOLUMES PEQUENOS E TEMPO MAIS PROLONGADO. SONDAGEM: BOCA>RÚMEN SONDAGEM: NARINA>RÚMEN SONDAGEM: NARINA>ESÔFAGO SONDAGEM: BOCA>ESÔFAGO Sondas e Vias F O N T E : R U R A L B A N . C O M Sonda Esofágica THYGESSEN - R$700 à 800,00 Flexível, acompanha acessórios intercambiáveis para empurrar ou extrair corpos estranhos presos ao esôfago. Utilizada em animais de grande porte. De aço cromado, comprimento de 1,75 metros. https://www.ruralban.com/instrumentos-equipamentos-veterinarios/sondas/sonda-esofagica-thygessen BOMBA PARA COLETA DE SUCO RUMINAL - R$1.700 em média De fluxo contínuo, aspira em ambos os sentidos (quando abaixa e quando levanta o êmbolo). Utilize com a sonda esofágica encaixada ao bico. Acompanha o tubo protetor. Fabricada em tubo de aço niquelado e sem costuras ou soldas. Sondas e Vias F O N T E : R U R A L B A N . C O M https://www.ruralban.com/instrumentos-equipamentos-veterinarios/sondas/sonda-esofagica-thygessen Sondas e Vias F O N T E : R U R A L B A N . C O M Sonda NASOESOFÁGICA COM MANDRIL 18 MM(IMPORTADA) R$1.500 em média. https://www.ruralban.com/instrumentos-equipamentos-veterinarios/sondas/sonda-esofagica-thygessen Sondas e Vias F O N T E : R E V I S T A B R A S I L E I R A D E B U I A T R I A - C L Í N I C A M É D I C A , V O L U M E 1 , N Ú M E R O 1 , 2 0 2 1 . Nasorruminal http://congressobrasileirodebuiatria.com/docs/Hidrata%C3%A7%C3%A3o%20em%20Ruminantes%20Adultos%20e%20Neonatos%20Abordagens%20Pr%C3%A1ticas%20e%20Objetivas%20-%20RBB%20v.1%20n.1%202021.pdf Sondas e Vias F O N T E : R E V I S T A B R A S I L E I R A D E B U I A T R I A - C L Í N I C A M É D I C A , V O L U M E 1 , N Ú M E R O 1 , 2 0 2 1 . INTRAVENOSA A veia jugular é mais usada para administração de soluções eletrol ít icas de uso IV em ruminantes, A sua uti l ização permite a administração rápida de grandes volumes, o que é desejável na desidratação intensa e no choque hipovolêmico. http://congressobrasileirodebuiatria.com/docs/Hidrata%C3%A7%C3%A3o%20em%20Ruminantes%20Adultos%20e%20Neonatos%20Abordagens%20Pr%C3%A1ticas%20e%20Objetivas%20-%20RBB%20v.1%20n.1%202021.pdf Sondas e Vias F O N T E : R E V I S T A B R A S I L E I R A D E B U I A T R I A - C L Í N I C A M É D I C A , V O L U M E 1 , N Ú M E R O 1 , 2 0 2 1 . INTRAVENOSA o uso da veia auricular em bovinos e bubal inos também é satisfatório para hidratação do paciente adulto. Esta veia é de fáci l acesso, podendo ser uti l izado cateter 16G ou 18G em bovinos adultos nas veias auriculares por mais de 96 horas, efetuando a sua lavagem duas vezes ao dia com solução sal ina heparinizada, sem ocasionar o aparecimento de efeitos adversos. Independente da veia a ser uti l izada, jugular ou auricular, o acesso para infusão de soluções eletrol ít icas deve ser feito sempre com cateteres. Atualmente há no mercado nacional cateteres de longa duração, os quais podem ser mantidos no paciente por dias. Essa prática evita o desenvolvimento de hematomas e f lebites. http://congressobrasileirodebuiatria.com/docs/Hidrata%C3%A7%C3%A3o%20em%20Ruminantes%20Adultos%20e%20Neonatos%20Abordagens%20Pr%C3%A1ticas%20e%20Objetivas%20-%20RBB%20v.1%20n.1%202021.pdf A verificação da presença e da magnitude dos desequilíbrios eletrolíticos e da acidose metabólica somente pode ser confirmada com o exame hemogasométrico. Este recurso pode estar disponível em estruturas hospitalares, mas não estará disponível na maioria dos casos atendidos a campo. Com alguma margem de erro, o clínico deve que assumir, portanto, que os desequilíbrios mais prováveis estejam, de fato, presentes. A intensidade da acidose metabólica se correlaciona com o grau de depressão que o bezerro manifesta, principalmente nos casos em que ocorre hiperlactatemia D. DESEQUILÍBRIOS ELETROLÍTICOS E ÁCIDO BASE 01. Diagnósticos e Reconhecimentos A perda de líquidos pelas fezes provoca graus variados de desidratação. Durante a evolução e com a continuidade da diarreia, a hipovolemia tende a se acentuar, e pode chegar à situação crítica de choque hipovolêmico. É importante estimar o grau de desidratação corretamente para poder calcular o volume necessário a ser administrado para corrigir o déficit de fluidos presente (volume de reposição). Graus de Desidratação Critérios utilizados para estimar o grau de desidratação em bezerros diarreicos F O N T E : R E V I S T A B R A S I L E I R A D E B U I A T R I A - C L Í N I C A M É D I C A , V O L U M E 1 , N Ú M E R O 1 , 2 0 2 1 . http://congressobrasileirodebuiatria.com/docs/Hidrata%C3%A7%C3%A3o%20em%20Ruminantes%20Adultos%20e%20Neonatos%20Abordagens%20Pr%C3%A1ticas%20e%20Objetivas%20-%20RBB%20v.1%20n.1%202021.pdf Critérios utilizados para estimar o grau de desidratação em ruminantes adultos F O N T E : R E V I S T A B R A S I L E I R A D E B U I A T R I A - C L Í N I C A M É D I C A , V O L U M E 1 , N Ú M E R O 1 , 2 0 2 1 . http://congressobrasileirodebuiatria.com/docs/Hidrata%C3%A7%C3%A3o%20em%20Ruminantes%20Adultos%20e%20Neonatos%20Abordagens%20Pr%C3%A1ticas%20e%20Objetivas%20-%20RBB%20v.1%20n.1%202021.pdf VOLUME A SER ADMINISTRADO Independente da via a ser ut i l izada, as fórmulas para o cálculo do volume a ser infundido no paciente são as mesmas. O período de hidratação do paciente é composto por duas ou três fases. A terceira fase, denominada de perdas continuadas, poderá ou não ser incluída no cálculo. Para que isso ocorra, faz-se necessário que o pacienteapresente perdas contínuas durante a hidratação,como ocorre na diarreia. VOLUME A SER ADMINISTRADO F O N T E : R E V I S T A B R A S I L E I R A D E B U I A T R I A - C L Í N I C A M É D I C A , V O L U M E 1 , N Ú M E R O 1 , 2 0 2 1 . http://congressobrasileirodebuiatria.com/docs/Hidrata%C3%A7%C3%A3o%20em%20Ruminantes%20Adultos%20e%20Neonatos%20Abordagens%20Pr%C3%A1ticas%20e%20Objetivas%20-%20RBB%20v.1%20n.1%202021.pdf VELOCIDADE DE INFUSÃO Como regra geral , a velocidade será determinada pelo grau de desidratação apresentado pelo paciente. O volume de reposição pode ser infundido com maior velocidade que os demais volumes. Uma infusão rápida, 15 a 20 mL/kg/h , é especialmente importante nos casos de desidratação intensa (>12%). No choque hipovolêmico infusões forçadas de até 40 mL/kg/h podem ser necessárias na fase de reposição. Usualmente até o f inal da fase de reposição ocorrerá a primeira micção, o que sempre é considerado um bom sinal . VELOCIDADE DE INFUSÃO Os volumes de manutenção e de perdas continuadas somados podem ser infundidos na velocidade de 2 a 5mL/kg/h. Porém, dependo da intensidade das perdas que estejam ocorrendo durante a hidratação, a taxa de infusão aumenta, podendo alcançar até 8 mL/kg/h. Aumento ou diminuição da taxa de infusão da solução eletrol í t ica, perda do acesso venoso, aferição da frequência cardíaca quando a solução eletrol í t ica de uso IV está sendo suplementada com cálcio e potássio, são alguns dos eventos que demonstram a necessidade de monitoramento do paciente durante a hidratação. QUAL SOLUÇÃO ELETROLÍTICA ESCOLHER? A escolha da solução eletrol í t ica irá variar de acordo com a necessidade, idade (bezerros e adultos) e espécie do paciente. E ao contrário do que acontecia no passado, atualmente, o cl ínico buiatra encontra alternativas comprovadamente ef ic ientes para a prática da hidratação enteral . O preço por l i tro da SE preparada varia entre R$ 1,20 (Nurturelyt®) e R$ 8,40 (Hydrafeed®),conforme levantamento de preços real izado em outubro de 2020 no estado do ®Paraná Composição das soluções eletrolíticas comerciais disponíveis atualmente no mercado brasileiro, recomendadas para a hidratação de bezerros. F O N T E : R E V I S T A B R A S I L E I R A D E B U I A T R I A - C L Í N I C A M É D I C A , V O L U M E 1 , N Ú M E R O 1 , 2 0 2 1 . http://congressobrasileirodebuiatria.com/docs/Hidrata%C3%A7%C3%A3o%20em%20Ruminantes%20Adultos%20e%20Neonatos%20Abordagens%20Pr%C3%A1ticas%20e%20Objetivas%20-%20RBB%20v.1%20n.1%202021.pdf F O N T E : R A Ç A V I R T U A L Soluções eletrolíticas comerciais disponíveis atualmente no mercado brasileiro, recomendadas para a hidratação de bezerros. F O N T E : J A S A Ú D E A N I M A L F O N T E : G R U P O K E R S I A https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.racavirtual.com.br%2Fmedicamento%2Fterapeutico%2Fglutellac-flaconete-50ml-hidratacao-de-bezerros-bayer-&psig=AOvVaw0ocR-HjmmoMe5weiawTJfu&ust=1623380475929000&source=images&cd=vfe&ved=0CAMQjB1qFwoTCOjG-OmJjPECFQAAAAAdAAAAABAO https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.racavirtual.com.br%2Fmedicamento%2Fterapeutico%2Fglutellac-flaconete-50ml-hidratacao-de-bezerros-bayer-&psig=AOvVaw0ocR-HjmmoMe5weiawTJfu&ust=1623380475929000&source=images&cd=vfe&ved=0CAMQjB1qFwoTCOjG-OmJjPECFQAAAAAdAAAAABAO https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fgrupokersia.com.br%2Flinha_hydiet%2F&psig=AOvVaw1llIbmD8JxHEISM_zuVPOn&ust=1623381020321000&source=images&cd=vfe&ved=0CAMQjB1qFwoTCMDd6N6LjPECFQAAAAAdAAAAABAy Composição de soluções eletrolíticas orais para bezerros desenvolvidas pelas Universidade Estadual de Londrina (UEL) e Universidade Federal de Viçosa (UFV) F O N T E : R E V I S T A B R A S I L E I R A D E B U I A T R I A - C L Í N I C A M É D I C A , V O L U M E 1 , N Ú M E R O 1 , 2 0 2 1 . http://congressobrasileirodebuiatria.com/docs/Hidrata%C3%A7%C3%A3o%20em%20Ruminantes%20Adultos%20e%20Neonatos%20Abordagens%20Pr%C3%A1ticas%20e%20Objetivas%20-%20RBB%20v.1%20n.1%202021.pdf Soluções eletrolíticas desenvolvidas pela Universidade Federal de Viçosa (UFV) F O N T E : R E V I S T A B R A S I L E I R A D E B U I A T R I A - C L Í N I C A M É D I C A , V O L U M E 1 , N Ú M E R O 1 , 2 0 2 1 . http://congressobrasileirodebuiatria.com/docs/Hidrata%C3%A7%C3%A3o%20em%20Ruminantes%20Adultos%20e%20Neonatos%20Abordagens%20Pr%C3%A1ticas%20e%20Objetivas%20-%20RBB%20v.1%20n.1%202021.pdf "Você nunca sai perdendo quando ganha conhecimento." 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