Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Farmacologia dos Antiarrítmicos Fisiologia do coração Nodo SA gera um potencial de ação e envia ao átrio e ao nodo AV. O nodo AV entrega o impulso as fibras de purkinje. As fibras de purkinje conduzem o impulso aos ventrículos. Fisiologia do coração Potencial de ação do coração normal No átrio, nos ventrículos e nas fibras de purkinje, a curva do potencial de ação consiste em 5 fases. Nos nodos AS e AV a curva do potencial de ação consiste em 3 fases. Potencial de ação do coração normal Potencial de ação do coração normal Disfunções que causam anormalidades na formação e condução do impulso no miocárdio. Arritmia • Defeito na formação do impulso ( nó SA): – Automaticidade alterada • Intensificação do automatismo ( estimulação beta adrenérgica: aceleram frequência e Ach : reduz a frequência) • Lesão tecidual direta (infarto do miocárdio) – Atividade deflagrada: • Pós-despolarização precoce: acontece antes da repolarização • Pós-despolarização tardia: acontece depois da repolarização Mecanismo das Arritmias • Defeito na formação do impulso ( nó SA): – Automaticidade alterada: capacidade de gerar o impulso está alterada • Intensificação do automatismo ( estimulação beta adrenérgica, hipopotassemia: aceleram frequência e Ach : reduz a frequência) • Batimento ectópico: frequência das células cardíacas é maior do que a do nó SA; • Lesão tecidual direta (infarto do miocárdio) – Atividade deflagrada: potencial de ação normal deflagra despolarizações anormais. • Pós-despolarização precoce: acontece antes da repolarização • Pós-despolarização tardia: acontece depois da repolarização Mecanismo das Arritmias A maioria dos fármacos antiarritmicos suprimem a automaticidade pelo bloqueio dos canais de Na+ ou Ca+2, reduzindo a proporção desses íons em relação ao K+. Isso diminui a inclinação da despolarização e/ou aumenta o limiar de descarga para uma voltagem menos negativa. • Defeito na condução do impulso nervoso: – Reentrada (Taquiarritmias) – Bloqueio da condução ( bradiarritmias) – Vias acessórias (taquiarritmias) Mecanismo das Arritmias • Defeito na condução do impulso nervoso: – Reentrada (Taquiarritmias) – Bolqueio da condução ( bradiarritmias) – Vias acessórias (taquiarritmias) Mecanismo das Arritmias Os fármacos antiarrítmicos impedem a reentrada, reduzindo a velocidade de condução e/ou aumentando o período refratário, convertendo assim o bloqueio unidirecional em bloqueio bidirecional. Fármacos antiarrítmicos Os fármacos antiarrítmicos podem agir na modificação da geração do impulso nervoso ou na condução destes. Fármacos antiarrítmicos Diminuição da inclinação da fase 4 ( células marcapasso) Aumentar o limiar do impulso nervoso Diminuir a velocidade de condução Aumentar o período refratário ( as células não são reexcitadas) Classificação dos fármacos antiarrítmicos • Atuam bloqueando canais de sódio (Na+) sensíveis a voltagem; • Diminuindo a entrada de sódio reduz a velocidade de elevação da fase 0 do potencial de ação; • Causam diminuição da excitabilidade e da velocidade de condução; • Uso vem declinando devido seus possíveis efeitos pró- arritmicos. Antiarrítmicos de Classe I • Classificação: Antiarrítmicos de Classe I Antiarrítmicos de Classe IA • Quinidina: – Mecanismo de ação: Se liga aos canais de sódio abertos e inativados, impedindo o influxo de sódio e reduzindo a velocidade de entrada rápida na fase 0; – Diminui a inclinação de despolarização espontânea na fase 4 e inibe as trocas de potássio ( diminui velocidade de condução e aumenta a refratariedade); – Efeitos adversos: potencialmente tóxica; náuseas, vômito e diarréia são observados comumente; Antiarrítmicos de Classe IA • Procalnamida: – Ações semelhantes as da quinidina; – Efeitos adversos: • Uso crônico causa elevada incidência de efeitos adversos, como: – Lúpus reversível ( 25 a 30% dos pacientes) – Doses elevadas podem induzir arritmias ventriculares; – SNC: depressão, alucinação e psicose; Antiarrítmicos de Classe IA • Disopiramida: – Ações semelhantes as da quinidina; – Causa vasoconstrição periférica ( importante em paciente com comprometimento preexistente da função ventricular esquerda) – Efeitos adversos: • Efeitos na atividade colinérgica: bica seca, retenção de urina, visão embaçada e constipação. Antiarrítmicos de Classe IA Antiarrítmicos de Classe IB • Lidocaína: – Os fármacos dessa classe se associam e se dissocial rapidamente nos canais de sódio, logo as ações deste fármaco se manifestam quando a célula cardíaca está despolarizada ou disparando rapidamente; – É o fármaco de escolha para o tratamento emergencial de arritmias cardíacas; – A lidocaína é um anestésico local que encurta a repolarização de fase 3 e diminui a duração do potencial de ação; – Útil no tratamento das arritmias ventriculares que aparecem durante isquemia miocárdica; – Efeitos adversos: • Efeitos no SNC: sonolência, agitação, fala enrolada, convulsões. • Ampla relação entre efeito tóxico e terapêutico; Antiarrítmicos de Classe IB Antiarrítmicos de Classe IC • Flecainida e propafenona: – Suprimem a ascensão da fase 0 nas fibras de Purkinje e miocárdicas, causando redução acentuada da velocidade de condução em todo tecido cardíaco, com pouco efeito na duração do potencial de ação e no período refratário; – Efeitos adversos: tontura, visão embaçada, cefaléia e náusea. –Pode agravar arritmias preexistentes ou induzir taquicardia; Antiarrítmicos de Classe IC IA IB IC • Beta bloqueadores: Reduzem a frequência cardíaca e velocidade de condução; • Agem na fase 4 alterando a forma que o sistema nervoso simpático estimula as fibras cardíacas; (nota: o coração mantem uma frequência cardíaca por estímulo próprio e possui influência externa do sim. e parass.); prolongam a automaticidade e prolongam a condução AV; • Beta bloqueadores seletivos para beta 1 no coração levam a: bradicardia ( usado para taquiarritmias), diminui força de contração e batimentos cardíacos. • Representantes: – Bisoprolol – Atenolol – Metoprolol – Propranolol Antiarrítmicos de Classe II • Usos: – Taquiarritmias – Palpitação e fibrilação atrial • Efeitos adversos: – Hipotensão. Bradicardia e ICC; – A retirada súbita pode induzir arritmias cardíacas, angina e infarto do miocárdio; – Piora da asma, disfunção sexual, piora da diabestes ( não seletivos). Antiarrítmicos de Classe II • Bloqueadores de canais de K+ diminuem o efluxo de potássio durante a repolarização das células cardíacas. • Prolongam a duração do potencial de ação sem alterar a fase 0 de despolarização. Antiarrítmicos de Classe III • Indicações: – Taquiarritmias supraventriculares e ventriculares refratárias graves; – Reversão da fibrilação atrial; – Manutenção do ritmo sinusal. • Representantes: – Amiodarona – Dronedarona – Solatol – Dofetilda Antiarrítmicos de Classe III • Efeitos adversos: – Fibrose pulmonar – Tremores, cefaléia – Hipotensão – Toxicidade hepática – Coloração azulada da pele ( acúmulo de iodeto) Antiarrítmicos de Classe III • Bloqueadores de canais de cálcio diminuem a corrente de entrada de cálcio, diminuindo a velocidade de despolarização espontânea da fase 4; Antiarrítmicos de Classe IV • Ações: Antiarrítmicos de Classe IV • Indicações: – Arritmias atriais – Taquicardia supraventricular de reentrada – Redução da frequência ventricular na palpitação e fibrilação atrial. – Hipertensão e angina • Representantes: – Verapamil – Diltiazem Antiarrítmicos de Classe IV • Efeitos adversos: – Hipotensão – Bradicardia – Bloqueio AV quando associados com betabloqueadores – Evitar o uso em pacientes com ICC. Antiarrítmicos de Classe IV
Compartilhar