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APG 3 Coração Anatomia pdf

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Carla Bertelli – Medicina 
1 
 
Anatomia 
 
✓ 12 cm de comprimento; 
✓ 9 cm de largura; 
✓ Peso em média 250g a 350g. 
 
1. Localização 
 
O coração repousa sobre o 
diafragma, próximo a linha mediana 
da cavidade torácica no mediastino – 
uma região anatômica que se estende 
do esterno até a coluna vertebral, da 
primeira costela até o diafragma e 
entre os revestimentos dos pulmões 
(as pleuras). O coração está situado 
no tórax, no lado posterior ao esterno 
e às cartilagens costais, e repousa na 
superfície posterior do diafragma. 
Em síntese, o coração está 
localizado no mediastino; no qual dois 
terços de sua massa se encontram à 
esquerda da linha mediana. 
 
 
 
 
O mediastino é a região localizada 
entre os dois pulmões no meio da 
caixa torácica. É limitado atrás pela 
coluna vertebral dorsal, a frente pelo 
esterno, em cima pela base do pescoço 
e em baixo pela face superior do 
diafragma. 
 
 
 
 
 
 
✓ O Ponto Superior Direito 
situa-se onde a cartilagem 
costal da terceira costela se 
une ao esterno; 
✓ O Ponto Superior Esquerdo 
localiza-se na margem inferior 
da cartilagem costal da 
segunda costela, 
aproximadamente a um dedo 
lateral do esterno; 
✓ O Ponto Inferior Direito está 
situado na cartilagem costal da 
sexta costela, a um dedo lateral 
do esterno; 
✓ O Ponto Inferior Esquerdo 
(ponto do ápice) situa-se no 
quinto espaço intercostal na 
linha medioclavicular – ou seja, 
✓ 
 Carla Bertelli – Medicina 
2 
 
 
em uma linha que se estende 
uniformemente a partir do 
ponto médio da clavícula 
esquerda. 
 
 
 
 
2. Mediastino 
 
O mediastino, ocupado pela massa 
de tecido entre duas cavidades 
pulmonares, é o compartimento 
central da cavidade torácica. É 
coberto de cada lado pela parte 
mediastinal da pleural parietal e 
contém todas as vísceras e estruturas 
torácicas, exceto o pulmão. O 
mediastino estende-se da abertura 
superior do tórax até o diafragma 
interiormente e do esterno e 
cartilagens costais anteriormente até 
os corpos das vértebras 
posteriormente. Ele fica atrás do 
osso esterno e das cartilagens 
costais q é a ponta das costelas. 
 Em pessoas vivas o mediastino 
é uma região de alta mobilidade, 
porque contém estruturas viscerais 
ocas (cheias de líquidos ou ar) unidas 
por um tecido conectivo frouxo, não 
raro infiltrado com gorduras. As 
principais estruturas do mediastino 
também são circundadas por vasos 
sanguíneos e linfáticos, linfonodos, 
nervos e gordura. 
 
 
 
A mobilidade acerca do 
mediastino permite melhor 
acomodação do movimento, bem 
como as alterações de volume 
pressão na cavidade torácica – Bem 
como todos os outros movimentos que 
incidem nessa região. 
 
O mediastino médio inclui o 
pericárdio, o coração e as raízes de 
seus grandes vasos — parte 
ascendente da aorta, tronco pulmonar 
e VCS — que entram e saem do 
coração. 
 
3. Pericárdio 
 
É uma membrana fibrosserosa que 
cobre o coração e o início de seus 
grandes vasos. 
 O pericárdio é um saco fechado 
formado por duas camadas: 
✓ A camada externa resistente, o 
Pericárdio Fibroso, é 
contínua com o centro tendíneo 
do diafragma. 
✓ A face interna é revestida por 
uma membrana serosa 
brilhante, a lâmina parietal do 
✓ 
 Carla Bertelli – Medicina 
3 
 
 
pericárdio seroso. Essa 
lâmina é refletida sobre o 
coração nos grandes vasos 
(aorta, tronco, veias 
pulmonares e cavas superior e 
inferior) como a lâmina 
visceral do pericárdio 
seroso. O Pericárdio Seroso é 
composto principalmente por 
mesotélio, uma única camada 
de células achatadas que 
formam um epitélio de 
revestimento da face interna do 
pericárdio fibroso e da parte 
externa do coração. 
 
O pericárdio fibroso é: 
 
✓ Contínuo superiormente com a 
túnica adventícia (tecido 
conectivo perivascular) dos 
grandes vasos que entram e 
saem do coração e com a 
lâmina pré-traqueal da fáscia 
cervical. 
✓ Fixado anteriormente à face 
posterior do esterno pelos 
ligamentos 
esternopericárdicos, cujo 
desenvolvimento varia 
✓ Unido posteriormente por 
tecido conectivo frouxo às 
estruturas do mediastino 
posterior. 
✓ Contínuo inferiormente com o 
centro tendíneo do diafragma. 
 
 
 
 
 O coração ocupa o mediastino 
médio e é envolvido pelo pericárdio, 
formado por duas partes. O pericárdio 
Fibroso externo e resistente estabiliza 
o coração e ajuda evitar a dilatação 
excessiva. Entre o pericárdio fibroso e 
o coração há um saco ‘’colapsado’’, o 
pericárdio Seroso. O coração 
embrionário invagina a prece do saco 
seroso (B) e logo oblitera a cavidade 
pericárdica (C), deixando apenas um 
espaço virtual entre as camadas do 
pericárdio seroso. 
 
 Carla Bertelli – Medicina 
4 
 
 
O pericárdio fibroso protege o coração 
contra o superenchimento súbito, 
porque é inflexível e intimamente 
relacionado aos grandes vasos que o 
perfuram superiormente. 
 
A cavidade do pericárdio é um 
espaço virtual entre as camadas e 
contém uma película líquida que 
permite o coração se movimentar se 
atrito. 
 
 
O saco pericárdico em relação 
ao esterno e aos nervos frênicos. Esta 
dissecção expõe o saco pericárdico 
posteriormente ao corpo do esterno, 
desde logo acima do ângulo do esterno 
até o nível da sínfise xifosternal. 
 
 
 
 
Considerações gerais 
 
Mediastino – O mediastino é o 
compartimento central da cavidade 
torácica e contém todas as vísceras 
torácicas, exceto pulmões. As 
estruturas que o ocupam são ocas 
(cheias de líquido ou ar) e, embora 
estejam limitadas por formações 
ósseas anterior e posteriormente, 
situam-se entre ‘’elementos 
pneumáticos’’, insuflados com 
volumes sujeitos a variações 
constantes de cada lado. 
O mediastino é uma estrutura flexível 
e dinâmica, deslocada por estruturas 
contidas no seu interior e que o 
circundam (diafragma e outros 
movimentos de respiração), bem 
como pelo efeito da gravidade e da 
posição do corpo. O mediastino 
superior (acima do plano transverso 
do tórax) é ocupado pela traqueia e 
pelas partes superiores dos grandes 
vasos. 
 Carla Bertelli – Medicina 
5 
 
 
A parte intermediária (a maior) do 
mediastino inferior é ocupada pelo 
coração. 
A maior parte do mediastino posterior 
é ocupada por estruturas verticais que 
atravessam todo o tórax ou grande 
parte dele. 
 
Pericárdio – O pericárdio é um saco 
fibrosseroso, invaginado pelo coração 
e pelas raízes dos grandes vasos, que 
reveste a cavidade serosa que 
circunda o coração. O pericárdio 
fibroso é inelástico, está fixado 
anterior e inferiormente ao esterno e 
ao diafragma, e funde-se com a túnica 
externa dos grandes vasos quando 
estes entram ou saem desse saco. 
Assim, mantém o coração em sua 
posição mediastinal média e limita sua 
expansão (enchimento). A ocupação 
da cavidade do pericárdio por líquido 
ou tumor compromete a capacidade 
do coração. 
O pericárdio seroso reveste o 
pericárdio fibroso e o exterior do 
coração. Essa superfície brilhante 
lubrificada permite que o coração 
(fixado apenas por seus vasos 
aferentes e eferentes e reflexões 
relacionadas de membrana serosa) 
tenha o movimento livre necessário 
para seus movimentos de contração 
com ‘’torção’’. A lâmina parietal do 
pericárdio seroso é sensível. Os 
impulsos álgicos originados nela e 
conduzidos pelos nervos frênicos 
somáticos resultam em sensações de 
dor referida. 
 
 
 
4. Coração 
 
O coração é uma bomba dupla, 
autoajustável, de sucção e pressão, 
cujas partes trabalham em conjunto 
para impulsionar o sangue para todos 
os locais do corpo. 
O lado direito do coração 
(Coração Direito) recebe sangue 
pouco oxigenado (venoso) do corpo 
pelas VCS e VCI e o bombeia através 
do tronco e dar artérias pulmonares 
para ser oxigenado nos pulmões. 
O lado esquerdo (Coração 
Esquerdo) recebe sangue bemoxigenado (arterial) dos pulmões 
através das veias pulmonares e o 
bombeia para a aorta onde é 
distribuído para o corpo. 
O coração tem 4 câmaras: 
átrios direito e esquerdo e ventrículos 
direito e esquerdo. As ações 
sincrônicas das duas bombas 
atrioventriculares (AV) cardíacas 
(câmaras direita e esquerda) 
constituem o ciclo cardíaco. 
 O ciclo começa com um 
período de alongamento e enchimento 
ventricular (diástole) e termina com um 
período de encurtamento e 
esvaziamento ventricular (sístole). 
 
 
 
 Carla Bertelli – Medicina 
6 
 
 
 
 
 
O ciclo cardíaco descreve a 
movimentação completa do coração 
ou os batimentos cardíacos incluindo o 
período que vai do início de um 
batimento cardíaco até o início do 
próximo. O ciclo consiste em diástole 
(relaxamento) e sístole (contração). O 
coração direito (lado azul) é a bomba 
do circuito pulmonar e o coração 
esquerdo (lado vermelho) é a bomba 
do circuito sistêmico. 
 
 Dois sons cardíacos (bulhas 
cardíacas) são auscultados com um 
estetoscópio: um som TUM (1°) 
quando o sangue é transferido dos 
átrios para os ventrículos, e um som 
TÁ (2°) quando os ventrículos ejetam 
o sangue do coração. Os sons do 
coração são produzidos pelo estalido 
de fechamento das valvas 
unidirecionais que normalmente 
 
 
impedem o refluxo do sangue durante 
as contrações do coração. 
 A parede de cada câmara tem 
três camadas, da superficial para a 
mais profunda: 
 
1. Endocárdio – Uma fina camada 
interna (endotélio e tecido 
 
conectivo subendotelial) ou 
membrana de revestimento do 
coração que também cobre 
suas valvas. 
2. Miocárdio – Uma camada 
intermediária helicoidal e 
espessa, formada por músculo 
cardíaco. 
3. Epicárdio – uma camada 
externa fina (mesotélio) 
formada pela lâmina visceral 
do pericárdio seroso. 
 
As paredes do coração são 
formadas principalmente por 
miocárdio espesso, sobretudo nos 
ventrículos. A contração dos 
ventrículos produz um movimento de 
torção devido à orientação helicoidal 
dupla das fibras musculares 
cardíacas. Inicialmente esse 
movimento ejeta o sangue dos 
ventrículos enquanto a camada espiral 
externa (basal) contrai, primeiro 
estreitamento e depois encurtamento 
do coração, reduzindo o volume das 
câmaras ventriculares. A contração 
sequencial contínua da camada 
espiral interna (apical) alonga o 
coração, seguida por alargamento 
enquanto o miocárdio relaxa 
rapidamente, aumentando o volume 
 Carla Bertelli – Medicina 
7 
 
 
das câmaras para receber sangue dos 
átrios. 
 As fibras musculares cardíacas 
estão fixadas ao esqueleto fibroso do 
coração. Essa é uma estrutura 
complexa de colágeno denso que 
forma quatro anéis fibrosos que 
circundam os óstios das valvas, um 
trígo no fibroso direito e outro 
esquerdo. 
 
O esqueleto fibroso do coração 
 
✓ Mantém os óstios das valvas 
AV e arteriais permeáveis e 
impede que sejam 
excessivamente distendidos 
por um aumento do volume no 
sangue bombeado através 
deles; 
✓ Oferece fixação para as 
válvulas das valvas; 
✓ Oferece fixação para o 
miocárdio; 
✓ Forma um isolante elétrico, 
separando os impulsos 
conduzidos mioentericamente 
dos átrios e ventrículos. 
 
Na parte externa, os átrios são 
demarcados dos ventrículos pelo 
sulco coronário e os ventrículos direito 
e esquerdo são separados pelos 
sulcos interventriculares (IV) anterior e 
posterior. 
 
 
A imagem representa a estrutura do 
miocárdio e esqueleto fibroso do 
coração. Organização helicoidal 
(espiral dupla) do miocárdio. 
 
 
 
Esqueleto fibroso do coração – O 
esqueleto fibroso isolado é formado 
por quatro anéis fibrosos (ou dois 
anéis e duas pequenas coroas), cada 
um deles circunda uma valva; dois 
trígonos; e as porções membranáceas 
dos septos interatrial, interventricular e 
atrioventricular. 
 
 
 Carla Bertelli – Medicina 
8 
 
 
O ápice do Coração 
 
✓ Formado pela parte 
inferolateral do ventrículo 
esquerdo; 
✓ Situa-se posteriormente ao 5° 
espaço intercostal esquerdo 
em adultos; 
✓ Permanece imóvel durante 
todo o ciclo cardíaco; 
✓ É o local de intensidade 
máxima dos sons de 
fechamento da valva 
atrioventricular esquerda 
(mitral) (batimento apical) o 
 
 
ápice está situado sob o local 
onde os batimentos cardíacos 
podem ser auscultados na 
parede torácica. 
 
 
 
A base do coração 
 
✓ É a face posterior do coração 
(oposta ao ápice); 
✓ É formada principalmente pelo 
átrio esquerdo, com menor 
contribuição do átrio direito; 
✓ Está voltada posteriormente 
em direção aos corpos das 
vértebras T VI a T IX e está 
separada delas pelo pericárdio, 
seio oblíquo do pericárdio, 
esôfago e aorta; 
✓ Estende-se superiormente até 
a bifurcação do tronco 
pulmonar e inferiormente até o 
sulco coronário; 
✓ Recebe as veias pulmonares 
nos lados direito e esquerdo de 
sua porção atrial esquerda e as 
veias cavas superior e inferior 
nas extremidades superior e 
inferior de sua porção atrial 
direita. 
 
 
 
 
 
 
 Carla Bertelli – Medicina 
9 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As quatro faces do coração 
 
1. Face esternocostal (anterior) 
– formada principalmente pelo 
ventrículo direito; 
2. Face diafragmática (inferior) 
– formada principalmente pelo 
ventrículo esquerdo e em parte 
pelo ventrículo direito; está 
relacionada principalmente ao 
centro tendíneo do diafragma; 
 
3. Face pulmonar direita – 
formada principalmente pelo 
átrio direito; 
4. Face pulmonar esquerda - 
formada principalmente pelo 
ventrículo esquerdo; forma a 
impressão cardíaca do pulmão 
esquerdo. 
 
As quatro margens do coração 
 
1. Margem direita (ligeiramente 
convexa) – formada pelo átrio 
direito e estende-se entre a 
VCS e VCI; 
 Carla Bertelli – Medicina 
10 
 
2. Margem inferior (quase 
horizontal) – formada 
principalmente pelo ventrículo 
direito e pequena parte pelo 
ventrículo esquerdo; 
3. Margem Esquerda (oblíqua, 
quase vertical) – formada 
principalmente pelo ventrículo 
esquerdo e pequena parte pela 
aurícula esquerda; 
4. Margem Superior – Formada 
pelos átrios e aurículas direita e 
esquerda em vista anterior; a 
parte ascendente da aorta e o 
tronco pulmonar emergem 
dessa margem e a VCS entra 
no seu lado direito. 
Posteriormente à aorta e ao 
tronco pulmonar e 
anteriormente à VCS, essa 
margem forma o limite inferior 
do seio transverso do 
pericárdio. 
 
O tronco pulmonar é a continuação 
arterial do ventrículo direito e divide-se 
 
em artérias pulmonares direita e 
esquerda. O tronco e as artérias 
pulmonares conduzem o sangue 
pouco oxigenado para oxigenação nos 
pulmões. 
 
5. Átrio Direito 
 
O átrio direito forma a margem 
direita do coração e recebe o sangue 
venoso da VCS, VCI e seio coronário. 
A aurícula direita, semelhante a uma 
orelha, é uma bolsa muscular cônica 
que se projeta do átrio direito como 
uma câmara adicional, aumenta a 
 
capacidade do átrio e se superpõe 
à parte ascendente da aorta. O interior 
do átrio direito apresenta: 
✓ Uma parte posterior lisa, de 
paredes finas (o seio das veias 
cavas), onde se abrem as veias 
cavas e o seio coronário, que 
trazem sangue pouco 
oxigenado; 
✓ Uma parede anterior muscular, 
rugosa, formada pelos 
músculos pectíneos; 
✓ Um óstio AV direito, através do 
qual o átrio direito transfere 
para o ventrículo direito o 
sangue pouco oxigenado que 
recebeu. As partes lisa e 
áspera atrial são separadas 
externamente pelo sulco 
terminal e internamente pela 
crista terminal. A VCS se abre 
na parte superior do átrio direito 
no nível da 3° cartilagem costal 
direita. A VCI se abre na parte 
 
inferior do átrio direito quase 
alinhada com s VCS, no nível 
aproximado da 5° cartilagem 
costal. 
 
 
 
 
 
 Carla Bertelli – Medicina11 
 
 
 
 
O átrio direito é uma câmera que 
recebe sangue de diversas partes do 
corpo, exceto os pulmões. Nele 
desembocam três veias: veia cava 
superior, veia cava inferior e seio 
coronário. O 
ventrículo direito comunica-se com 
o átrio direito e dele parte a artéria 
pulmonar, que leva sangue aos 
pulmões. 
 
 
 
6. Ventrículo Direito 
 
O ventrículo direito forma a maior 
parte da face esternocostal do 
coração, uma pequena parte da face 
diafragmática e quase toda a margem 
inferior do coração. No ventrículo 
direito existem elevações musculares 
irregulares (trabéculas cárneas) em 
sua face interna. A crista 
supraventricular separa a parede 
muscular rugosa na parte de entrada 
da câmara da parede lisa do cone 
arterial, ou parte da saída. 
 A parte de entrada do 
ventrículo recebe sangue do átrio 
direito através do óstio AV direito 
 
(tricúspide), localizado posteriormente 
ao corpo do esterno no nível 4 e 5. 
 A valva atrioventricular direita 
(tricúspide) protege o óstio AV direito. 
O anel fibroso mantém o calibre óstio 
constante (suficientemente grande 
para permitir a passagem das pontas 
de três dedos), resistindo à dilatação 
que poderia resultar da passagem de 
sangue através dele com pressões 
variadas. 
 
A valva atrioventricular direita 
(tricúspide) protege o óstio AV direito. 
As bases das válvulas estão fixadas 
no anel fibroso ao redor do óstio. 
 
 
 
 
 
 Carla Bertelli – Medicina 
12 
 
 
 
Três músculos papilares no ventrículo 
direito correspondem às válvulas da 
valva atrioventricular direita: 
 
1. Músculo papilar anterior – o 
maior e mais proeminente, 
origina-se da parede anterior 
do ventrículo direito, suas 
cordas tendíneas se fixam nas 
válvulas anterior e posterior da 
valva atrioventricular direita; 
2. Músculo papilar posterior – 
origina-se da parede inferior do 
ventrículo direito, e suas 
cordas tendíneas se fixam nas 
 
válvulas posterior e septal da 
valva atrioventricular direita; 
3. Músculo papilar septal – 
originam-se do septo 
interventricular, e suas cordas 
tendíneas se fixam às válvulas 
anterior e septal da valva 
atrioventricular direita. 
 
O septo interventricular (SIV), 
composto pelas partes muscular e 
membranácea, é uma divisória oblíqua 
forte entre os ventrículos direito e 
esquerdo, formando partes das 
paredes de cada um. 
 
 O átrio direito se contrai quando 
o ventrículo direito está vazio e 
relaxado, assim, o sangue é forçado a 
passar através desse orifício para o 
ventrículo direito, afastando as 
válvulas da valva atrioventricular 
direita como cortinas. A entrada de 
sangue no ventrículo direito (via de 
entrada) ocorre posteriormente e 
quando o ventrículo se contrai, a saída 
de sangue para o tronco pulmonar (via 
de saída) ocorre superiormente e para 
a esquerda. Consequentemente, o 
sangue faz um trajeto em formato de U 
no ventrículo direito, mudando de 
direção em cerca de 140°. Essa 
mudança de direção é acomodada 
pela crista supraventricular, que 
direciona o fluxo de entrada para a 
cavidade principal do ventrículo e o 
fluxo de saída para o cone arterial em 
direção ao óstio do tronco pulmonar. O 
óstio de entrada (AV) e o óstio de 
saída (pulmonar) estão distantes 
cerca de 2cm. 
 
O ventrículo direito coleta sangue 
desoxigenado do átrio direito, 
conforme a valva tricúspide se relaxa, 
bombeando-o com contrações rítmicas 
em direção ao tronco pulmonar através 
da valva pulmonar localizada em seu 
teto. O sangue então passa para a 
artéria pulmonar e para o interior dos 
pulmões. 
 
7. Átrio Esquerdo 
 
O átrio esquerdo forma a maior parte 
da base do coração. Os pares de veias 
pulmonares direita e esquerda, 
avalvulares, entram no átrio de 
paredes finas. O interior do átrio 
esquerdo apresenta: 
 
✓ Uma parte maior como paredes 
lisas e uma aurícula muscular 
 Carla Bertelli – Medicina 
13 
 
menor, contendo músculos 
pectíneos; 
✓ Quatro veias pulmonares (duas 
superiores e duas inferiores) 
que entram em sua parede 
posterior lisa; 
✓ Uma parede ligeiramente mais 
espessa do que a do átrio 
direito; 
✓ Um septo interatrial que se 
inclina posteriormente e para a 
direita; 
✓ Um óstio AV esquerdo através 
do qual o átrio esquerdo 
transfere o sangue oxigenado 
que recebe das veias 
pulmonares para o ventrículo 
esquerdo. 
 
 
 
 
 
 
 
O átrio esquerdo é responsável por 
coletar o sangue oxigenado que volta 
ao coração pelas veias pulmonares. 
Ele passa esse volume sanguíneo ao 
ventrículo esquerdo, no momento em 
que o átrio se contrai e a valva mitral 
se abre. 
 
8. Ventrículo Esquerdo 
 
O ventrículo esquerdo forma o 
ápice do coração, quase toda sua face 
esquerda (pulmonar) e margem 
 
esquerda e a maior parte 
diafragmática. Como a pressão arterial 
é muito maior na circulação sistêmica 
do que na circulação pulmonar, o 
ventrículo esquerdo trabalha mais do 
que o direito. 
 O interior do ventrículo 
esquerdo apresenta: 
 
✓ Paredes 2/3x mais 
espessas do que o 
ventrículo direito; 
✓ Paredes cobertas 
principalmente por uma tela 
de trabéculas cárneas que 
são mais finas e mais 
numerosas do que as do 
ventrículo direito; 
 Carla Bertelli – Medicina 
14 
 
✓ Uma cavidade cônica mais 
longa do que a do ventrículo 
direito; 
✓ Músculos papilares 
anteriores e posteriores 
maiores do que o ventrículo 
direito; 
✓ Uma parte de saída, 
superoanterior, não 
muscular, de parede lisa, o 
vestíbulo da aorta, levando 
ao óstio da aorta e à valva 
da aorta; 
✓ Uma valva atrioventricular 
esquerda com duas 
válvulas que guarda o óstio 
AV esquerdo; 
✓ Um óstio da aorta situado 
em sua parte 
posterossuperior direita e 
circundada por um anel 
fibroso ao qual estão 
fixadas as válvulas direita, 
 
posterior e esquerda da 
valva da aorta, a parte 
ascendente da aorta 
começa no óstio da aorta. 
 
A valva atrioventricular 
esquerda (mitral) tem duas válvulas, 
anterior e posterior. A valva 
atrioventricular esquerda está 
localizada posteriormente ao esterno, 
nível da 4° cartilagem costal. Cada 
uma de suas válvulas recebe cordas 
tendíneas de mais de um músculo 
papilar. Esses músculos e suas cordas 
sustentam a valva atrioventricular 
esquerda, permitindo que as válvulas 
resistam à pressão gerada durante 
contrações (bombeamento) do 
ventrículo esquerdo. As cordas 
tendíneas tornam-se tensas logo 
antes e durante a sístole, impedindo 
que as válvulas sejam empurradas 
para o átrio esquerdo. Enquanto 
atravessa o ventrículo esquerdo, a 
corrente sanguínea sofre 2 mudanças 
de trajeto perpendiculares que, juntas, 
resultam em mudança de direção de 
180°. Essa inversão de fluxo ocorre ao 
redor da válvula anterior da valva 
atrioventricular esquerda. 
 
 
 
 
 
 
O ventrículo esquerdo é a membrana 
cardíaca que bombeia o sangue ao 
corpo para fornecer as necessidades de 
todos os tecidos e pilhas no corpo. 
O ventrículo direito é a câmara esse 
sangue das bombas aos pulmões para 
renovar seu índice de oxigênio. 
 
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O principal tecido na parede do 
coração é o tecido muscular cardíaco. 
Embora seja estriado, como o 
músculo esquelético, sua atividade é 
involuntária. Além disso, 
determinadas fibras musculares 
cardíacas apresentam 
autorritimicidade e capacidade de 
gerar potenciais de ação espontâneos 
rapidamente. No coração, esses 
potenciais de ação produzem 
contração e relaxamento alternados 
das fibras musculares cardíacas. 
Comparadas com as fibras 
musculares esqueléticas, as fibras 
musculares cardíacas têm 
comprimento menor e são menos 
circulares no corte transversal. As 
fibras musculares cardíacas também 
exibem ramificação, o que lhes 
confere individualmente uma 
aparência de ‘’degrau de escada’’. 
Geralmente existe um núcleo 
centralmente localizado, emborauma 
célula ocasionalmente tenha 2 
núcleos. As extremidades das fibras 
musculares cardíacas conectam-se às 
fibras vizinhas por meio de 
espessamentos transversais 
irregulares do sarcolema, referidos 
como discos intercalares. Os discos 
contêm desmossomos, que mantêm 
as fibras unidas, e junções 
comunicantes que permitem a 
propagação dos potenciais de ação 
de uma fibra muscular para a 
seguinte. O tecido muscular cardíaco 
possui endomísio mas não perimísio 
nem epimísio. 
 As mitocôndrias são maiores 
e mais numerosas nas fibras 
musculares cardíacas do que nas 
esqueléticas. As fibras musculares 
cardíacas têm o mesmo arranjo de 
actina e de miosina e as mesmas 
bandas, linhas discos que as fibras 
esqueléticas. 
 Em condições de repouso 
normais, o tecido muscular 
cardíaco contrai e relaxa 
aproximadamente 75x por minuto. 
Essa atividade rítmica contínua é uma 
diferença funcional importante entre 
 Carla Bertelli – Medicina 
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os tecidos musculares cardíacos e 
esqueléticos. Outra diferença é a fonte 
de estimulação – O tecido muscular 
cardíaco se contrai sem estimulo 
hormonal ou nervosa extrínseca. 
Sua fonte de estimulação é uma 
rede de condução de fibras 
musculares cardíacas 
especializadas no interior do 
coração. A estimulação proveniente 
dos sistemas nervosos ou endócrino 
do corpo simplesmente faz com que 
as fibras condutoras aumentem ou 
diminuam a sua velocidade de 
descarga. O tecido muscular cardíaco 
permanece contraído 10 a 15 vezes 
mais do tempo que o tecido 
esquelético, dando tempo às câmaras 
do coração de relaxarem e se 
encherem com sangue entre as 
contrações. Esse padrão possibilita 
que a frequência cardíaca aumente 
significativamente, enquanto evita a 
tetania (contração contínua), que 
interromperia o fluxo sanguíneo no 
interior do coração. Assim como o 
músculo esquelético, as fibras 
musculares cardíacas sofrem 
hipertrofia em resposta do aumento 
na carga de trabalho. A isso se dá o 
nome de cardiomegalia fisiológica, e é 
o porquê de muitos atletas possuírem 
corações aumentados. 
 A cardiomegalia patológica 
está relacionada com a cardiopatia 
significativa. 
 
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 A elevação da frequência 
cardíaca pode estar associada a 
vários fatores do cotidiano e da saúde. 
A prática de exercícios físicos, por 
exemplo, faz com que as frequências 
se elevem, assim como problemas 
de saúde como anemia, febre, 
hipertireoidismo e até mesmo o uso 
de medicamentos. Outros fatores 
associados a esse aumento são a 
genética, ansiedade, estresse, 
doenças cardíacas, excesso de 
álcool ou cafeína, drogas, 
tabagismo e hipoglicemia. Esse 
aumento é conhecido como 
taquicardia, um distúrbio no ritmo 
cardíaco que ocasiona a sensação de 
falha nos batimentos do coração. 
Já a bradicardia se 
caracteriza pelos batimentos mais 
lentos (em torno de 40 a 60 por 
minuto) e também pode ocasionar 
desconforto. 
As arritmias, caracterizadas 
pelas mudanças na frequência dos 
batimentos, na maioria das vezes 
acontecem de forma breve e não 
oferecem risco à saúde. Porém, se 
essa alteração começar a acontecer 
de forma constante é preciso estar 
ciente da necessidade de buscar 
apoio médico. 
 As diferenças funcionais entre 
os dois componentes do sistema 
nervoso autônomo (simpático e 
parassimpático) induzem diferentes 
padrões de variabilidade do intervalo 
cardíaco e/ou da pressão arterial, que 
são evidenciadas quando essas 
variabilidades são avaliadas no 
domínio da frequência (análise 
espectral). Um grande número de 
estudos em humanos ou animais de 
experimentação tem mostrado que as 
influências simpáticas e 
parassimpáticas sobre o coração e 
os vasos levam a padrões de 
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variabilidade rítmica de baixa e alta 
frequências, respectivamente. 
Por isso é expressa em BPM 
(batimentos por minuto). A 
frequência cardíaca pode variar muito, 
mas normalmente situa-se entre 60 
bpm e 100 bpm num indivíduo em 
repouso ou atividades habituais 
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Sístole e Diástole – A contração 
ventricular é conhecida como sístole e 
nela ocorre o esvaziamento dos 
ventrículos. O relaxamento ventricular 
é conhecido como diástole e é nessa 
fase que os ventrículos recebem 
sangue dos átrios. 
 
A válvula tricúspide, ou valva 
tricúspide, ou valva atrioventricular 
direita, encontra-se no lado dorsal 
direito do coração dos mamíferos, 
entre o átrio direito ou aurícula direita 
e o ventrículo direito. A função 
da válvula é impedir o refluxo do 
sangue do ventrículo direito para o 
átrio direito. 
 
Válvula mitral, valva 
mitral, válvula bicúspide 
ou valva atrioventricular esquerda 
é a valva cardíaca que separa o átrio 
esquerdo (aurícula esquerda) do 
ventrículo esquerdo, impedindo que o 
sangue recue para a aurícula após ser 
bombeado desta para o ventrículo. 
 
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Referências 
 
Moore, Keith L.; DALLEY, Arthur 
F.. Anatomia orientada para a 
clínica. 6 ed. Rio De Janeiro: Editora 
Guanabara Koogan S.A., 2011. 
 
TORTORA, G. J. Princípios de 
anatomia humana. 12ª. edição. 
Guanabara Koogan . Rio de Janeiro, 
2013. WURZINGER, L. J. ET AL. 
Anatomia.

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