Buscar

Anemia Infecciosa Equina

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

Anemia Infecciosa Equina 
Anotações e imagens baseadas na aula da Professora Dra Aline Santana da Hora - FAMEV 
D E F I N I Ç Ã O 
→ É uma doença viral infecciosa não contagiosa caracterizada por febre recorrente, anemia, 
trombocitopenia, edema e debilidade geral, resultantes de infecção persistente ao longo da 
vida dos equídeos (não apenas cavalos). 
→ Prejuízo: capacidade dos animais. 
→ Vetores mecânicos: insetos hematófagos são os principais. 
 
E T I O L O G I A 
→ Família: Retroviridae 
→ Subfamília: Orthoretrovirinae 
→ Gênero: Lentivirus (Lentivirus englobam FIV e HIV também) 
→ Espécie: Equine infectious anemia virus (EIAV) 
→ ENVELOPADO 
→ Genoma: ssRNA (+), Enzima TR (converte o RNA do genoma viral em provírus que seja 
incorporado ao DNA do hospedeiro), não segmentado, 8.200pb, 
→ Duas moléculas de RNA idênticas 
→ 90-140nm 
 
Anemia infecciosa equina está na IN 50 de 2013 na lista II – Notificação imediata de qualquer 
caso suspeito. 
Nathália Gomes Bernardo 
IN 45 de 15 de junho de 2004 – Aprova as normais para a prevenção e controle da anemia 
infecciosa equina. 
Apesar de notificação imediata, não há interdição da propriedade. 
 
Geralmente os animais testados são os de alto valor zootécnico. 
 
E P I D E M I O L O G I A 
→ Maior ocorrência nas áreas tropicais ou subtropicais pantanosas => moscas e mosquitos 
hematófagos 
 
Vermelho: área tropical. Laranja: área subtropical. 
→ Homem > transmissão iatrogênica (praticas veterinárias ou práticas de manejo) 
→ Áreas endêmicas: prevalência de até 70% 
o Brasil: Vale do Ribeira (SP) e Pantanal > altas temperaturas e umidade 
→ Hospedeiros: Equídeos 
→ Não é zoonose. (mas é popularmente conhecida como Aides Equina). 
→ Não acomete outras espécies diferente de equideos. 
→ Morbidade e mortalidade variáveis. 
o Morbidade é sempre maior em locais de maior concentração de equideos e/ou 
transmissores mecânicos. 
 
Transmissão: 
→ Vetores 
→ Via iatrogênica 
→ Via colostro e leite 
→ Fêmea em viremia importante pode causa transmissão transplancetária 
→ Transmissão venérea é possível 
o Vírus identificado em sêmen 
o Nenhum caso natural relatado 
 
F A T O R E S R E L A C I O N A D O S A T R A N S M I S S Ã O 
→ População e hábitos dos vetores: distância vôo (quanto maior o alcance de voo do inseto 
maiores as chances de transmitir a outros animais), interrupção do repasto (picada dolorida, 
equino espanta o inseto e este procura outro animal e transmite de um animal + para outro 
saudável). 
→ Densidade dos animais (equideos). 
→ Número de picadas que o animal recebe (quanto maior o número de picadas, maiores as 
chances) 
→ Quantidade de sangue transmitida entre animais. 
→ Carga viral no sangue do animal fonte de infecção (quanto maior a carga viral, mais o 
aparelho bocal do vetor estará contaminado e maior as chances de infectar outros animais). 
→ Não há replicação viral nos insetos – por isso, para está doença, o inseto é um vetor 
mecânico. 
 
CADEIA EPIDEMIOLOGIA 
Equideos (principalmente assintomáticos) são contes de infecção. 
 
C U R S O V A R I Á V E L D A I N F E C Ç Ã O 
 
Um inseto pica um equino infectado > picada causa dor > equino espanta o inseto > inseto ainda 
precisa se alimentar e encontra um segundo equino ainda não infectado > inseto contem partículas 
virais em seu aparelho bucal > transmite o vírus ou material genético do vírus (provirus) a este 
equino. Tem 3 desfechos: 
Não se sabe porque, mas os asininos não demonstram sinais clínicos. 
O vírus permanece viável no vetor de 30 min a 4 horas. 
 
PATOGENIA 
 
Ocorre anemia na AIE por: 
→ hemólise imunomediada 
→ Inibição da eritropoiese por supressão da medula óssea por citocinas liberadas pelos 
macrófagos infectados 
→ A meia vida das hemácias passa de 130 para 40 dias 
Trombocitopenia na AIE ocorre por: 
→ Lise imunomediada 
→ Inibição da produção de plaquetas por supressão da medula óssea por citocinas liberadas 
pelos macrófagos infectados. 
 
 
D E S F E C H O D A I N F E C Ç Ã O A P Ó S V I R E M I A P R I M Á R I A 
→ Forma aguda: anemia profunda e morte o Febre durante 1-3sem, icterícia, hemorragias, 
petéquias em mucosas, perda de peso 
ou 
→ Forma crônica: recuperação e recidivas coincidentes com novas viremias o 
Depressão e letargia, petéquias nas mucosas, emagrecimento progressivo, edema nas partes 
baixas e anemia 
ou 
→ Forma inaparente: portador, mas sem recidivas ou manifestações clínicas 
aparentes (maioria dos animais) 
 
Picos febris coincide com alta carga viral e diminuição da contagem de plaquetas > acontece na 
fase aguda. 
Fase crônica: animal passa períodos sem pico febril e nem carga viral alta, mas tem 
trombocitopenia. Intercalado com períodos em que animal tem pico febril, viremia e diminuição de 
plaquetas. 
 Fase assintomática: temperatura normal, carga viral baixa e plaquetas em quantidade normal. Se 
acontecer estresse: ocorre pico febril, títulos altos de carga viral e diminuição de plaquetas. 
Na forma crônica, o animal ainda assim transmite a doença caso esteja com febre (e 
consequentemente com viremia alta). 
É mais difícil o animal transmitir no período assintomático, mas caso passe por um período de 
imunossupressão e até estresse, pode ter alta de títulos de carga viral e transmitir a doença. 
A fase de portador crônica pode progridir para uma fase assintomática. 
S I N A I S E L E S Õ E S 
→ Emagrecimento 
→ Edema de extremidades (infecção croônica) 
→ Asininos geralmente assintomáticos 
→ Petéquias mucosa nasal 
→ Abortamento e ataxia 
 
D I A G N Ó S T I C O 
→ Clínico-epidemiológico: (sinais) 
o Presença de vetores 
o Ausência de controle de trânsito, procedência dos animais 
o Hipertermia, depressão e letargia recorrentes 
→ Clínico-laboratorial/Anatomopatológico: (sinais) 
o Períodos febris: trombocitopenia, anemia ( Ht) 
o Depressão, letargia, anorexia 
o Leucopenia com linfocitose 
o Linfoadenopatia 
o Esplenomegalia 
o Hepatomegalia 
 
D I A G N Ó S T I C O I N D I R E T O 
Teste de imunodifusão em gel de ágar (IDGA) ou teste de Coggins (1970) 
→ Teste oficial do MAPA: 
o INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 45, DE 15 DE JUNHO DE 2004 
o Só pode ser realizado por Laboratórios e veterinários cadastrados pelo MAPA (não 
é apenas laboratórios oficiais, os particulares também, mas desde que sejam 
cadastrados) 
o Qualquer Médico Veterinário pode realizar a coleta, não precisa ter autorização ou 
ser um profissional oficial do MAPA. 
→ Resultado qualitativo pela formação de complexo Ag-Ac 
→ Alta especificidade 
→ Antígeno de referência: p26 => altamente conservada dentre as diversas cepas de anemia 
infecciosa equina 
→ Desvantagens: 
o Início da infecção => ainda não há anticorpos formados (soroconversão de 45 dias 
pós infecção) 
o Potro de fêmea positiva => anticorpos maternos adquiridos via colostro => reteste 
▪ Esses potros deveriam ser mantidos isolados por 60 dias > dois testes 
positivados com intervalo de 30 a 60 dias. 
▪ Anticorpos maternos duram em média até 6 meses de idade. 
→ É possível testar até 3 animais (amostras) ao mesmo tempo. 
→ Validade do resultado negativo: 
o 180 dias para propriedade controlada 
o 60 dias para os demais casos 
→ Considerada PROPRIEDADE CONTROLADA aquela que tem 
o 2 exames consecutivos com intervalo de 30 a 60 dias 
o RETESTES a cada 6 meses de TODOS os equídeos 
→ Resultado positivo: 
o contraprova solicitada no prazo máximo de 8 (oito) dias 
▪ amostra colhida pelo profissional do serviço oficial 
o animal positivo, até sair o resultado da contraprova, deve ser mantido em isolamento 
até o resultado da contraprova. 
ELISA 
→ IN nº52 de 26 de novembro de 2018: autoriza o uso também de ELISA para o diagnóstica 
de anemia infecciosa equina. 
→ Pode ser usado em combinação com IDGA. 
 
D I A G N Ó S T I C O D I R E T O 
→ PCR e/ou isolamentoviral: 
o viremia baixa no curso da doença 
→ Quando podem ser indicados: 
o Diagnóstico de caso clínico; 
o Resultados conflitantes em testes sorológicos; 
o Suspeita de infecção, mas resultados sorológicos negativos ou questionáveis; 
o Teste complementar à sorologia para confirmação de resultados positivos; 
o Confirmação da infecção precoce (baixo Ac); 
o Confirmação do status de um potro de uma égua infectada. 
 
D I A G N Ó S T I C O D I F E R E N C I A L 
→ Ehrlichiose 
→ Babesiose 
→ Púrpura hemorrágica 
→ Anemia hemolítica autoimune 
→ Problemas nutricionais 
→ Hepatite 
→ Doença renal 
 
C O N T R O L E 
→ Não há vacinas, nem tratamento antiviral específico (há tratamento de suporte) 
→ Identificação de animais infectados (animal é marcado com ferro quente com letra A dentro 
de um círculo) 
→ MAPA: 
o animais positivos tem que ser sacrificados no prazo máximo de 30 dias 
o ou em casos de regiões de alto risco, serem mantidos isolados. 
o Restrição de trânsito e comércio de animais positivos 
→ Testagem de todo o efetivo da propriedade e sacrificado os positivos 
→ Rastreamento de trânsito dos animais nos últimos 60 dias; 
→ Animais para comércio, trânsito, participação em competições, feiras e exposições => testes 
negativos 
→ Isolamento de animais positivos até o sacrifício 
→ Não compartilhar seringas e outros utensílios que podem veicular células infectadas 
→ Combate de insetos e vetores nas áreas endêmicas (inviável em alguns casos) 
→ Minimizar o contato com sangue e secreções de equinos com status desconhecido 
→ Segundo a IN, é indicado ao adquirir um animal: QUARENTENA 
o Isolamento de equídeos clinicamente sadio, recém chegado a propriedade 
controlada, procedente de propriedade não controlada; 
o Instalação especifica: quarentena distante no mínimo 200 m (capacidade de voo dos 
vetores) de outra propriedade/piquete ou protegida com tela a prova de insetos. 
 
T R A N S P O R T E 
→ Emissão de GTA pelo SVO de animais com resultados oficiais negativos; 
→ Potros com menos ou igual a 6 meses de idade e acompanhados de mães soronegativos não 
precisam de teste. 
 
V I A B I L I D A D E V I R A L 
→ Resistente: 
o 100 ºC por 15 minutos 
o Várias horas quando exposto a luz solar direta 
o IMPTE aspecto pra ser levar em consideração quando desinfectar materiais por 
fervura 
→ Inativado: 
o Hidroxido de sódio 
o Hipoclorido de sódio 
o Compostos fenólicos 
o Clorexedine 
o Detergentes 
o Éter

Outros materiais