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1 Junyara Souza Líquidos voláteis e gases: utiliza o vapor. LÍQUIDOS VOLÁTEIS GASES Halotano Óxido nitroso (gás hilariante) Enflurano Xenônio (ideal, mas caro) Isoflurano Sevoflurano (mais usado) Desflurano USADOS NA ANESTESIA GERAL ANESTÉSICOS INALATÓRIOS: Onde estão: Bomba de infusão contínua alvo-controlada: para induzir a anestesia com propofol. Vaporizadores com cores padronizadas, cada um indica um anestésico Como são administrados: Paciente sob anestesia geral + via aérea definitiva / máscara → conecta o vaporizador no tubo do paciente Onde agem: Pulmões (passa dos alvéolos para as artérias); Coração (artéria); Cérebro (neurônio) – principal sítio de ação. Como agem: Teoria de Meyer-Overton: Presume-se que os agentes voláteis agem por alterar a conformação da membrana plasmática das células nervosas, alterando propriedades físico-químicas, com distorção dos canais de íons, determinando sua incapacidade de agirem funcionalmente – a lipossolubilidade dos anestésicos permite essa alteração. Teoria de ligação a receptores específicos: teoria mais aceita → Glicina → GABA-A: aumento da sensibilidade ao GABA. Principal mecanismo de ação dos anestésicos venosos; → Glutamato: NMDA, AMPA, Cainato → Canais de Na+ FARMACOCINÉTICA: Características físicas: Pressão de vapor: Pressão exercida pela colisão das moléculas de um gás contra as paredes de um recipiente fechado quando em equilíbrio termodinâmico com o líquido que lhe deu origem. Mesma substância. Aberto: evapora. Fechado: pressão nas paredes do recipiente → pressão de vapor. 2 Junyara Souza Quanto maior a temperatura, maior a pressão de vapor. A pressão de vapor do óxido nitroso é altíssima porque ele é um GÁS. Para virar líquido precisa de altíssimas pressões. O vaporizador do DESFLURANO é diferente porque precisa ESFRIAR o anestésico para poder ser administrado. Gases em misturas: Pressão parcial: Força motriz que move o anestésico para o espaço alveolar e, portanto, para o sangue que entrega a droga para o cérebro e outros compartimentos do corpo. PRECISA ESTAR EM EQUILÍBRIO! Lei de Dalton: A soma das pressões parciais de cada gás em uma mistura de gases é igual à pressão total de toda a mistura. Gases em solução: Solubilidade: Duas substâncias diferente. Gás: alvéolo. Líquido: sangue. Duplica pressão, duplica quantidade de moléculas = é diretamente proporcional. A solubilidade é FIXA. Lei de Henry: Expressa a relação entre a concentração de um gás dissolvido em um líquido e a pressão parcial deste gás com o qual o líquido está em equilíbrio. *óleo = lipossolubilidade Ter maior potência não significa que é o melhor para ser usado. Transferência do aparelho ao cérebro: Frações ou concentrações: Evapora rapidamente 3 Junyara Souza Fi (inspirada): Fração do anestésico inalatório que deixa o circuito respiratório; FA (alveolar): Fração do anestésico inalatório presente nos alvéolos; Fa (arterial): Fração do anestésico inalatório presente no sangue. Fração inspirada: Fatores que ↑Fi e ↑velocidade de indução de anestesia geral: → Aumentar o fluxo de gases frescos; → Diminuir o volume do sistema respiratório; → Diminuir absorção do anestésico pelos componentes do circuito. Fração alveolar: Fatores que ↑FA e ↑velocidade de indução da anestesia geral: → Diminuir captação do anestésico para a artéria (se o sangue passa muito rápido, o anestésico demora a entrar em equilíbrio) – influenciado por patologias que alteram o DC, etc; a equipe médica não consegue controlar; → Aumentar ventilação alveolar – ajustar a ventilação mecânica; → Aumentar a concentração do anestésico inalatório. Fração arterial: Fatores que ↑Fa e ↑velocidade de indução de anestesia geral: → Diminuir efeito shunt direita-esquerda: patologias, fisiológico (uma pequena parte do sangue que passa para o pulmão, mas não sofre hematose, então não recebe o anestésico). Muitas vezes não cabe ao anestesiologista. Distribuição: Metabolismo: Pouco metabolizados à nível hepático: → Halotano 20% → Sevoflurano 2% → Isoflurano 0,2% → Desflurano 0,02% Eliminação: Visceral e percutânea: insignificantes; ELIMINAÇÃO PELA EXALAÇÃO!! 4 Junyara Souza FARMACODINÂMICA: Concentração Alveolar Mínima: Concentração do anestésico inalatório no alvéolo, em uma atmosfera, que inibe a resposta de MOVIMENTO a um estímulo doloroso supramáximo (incisão cirúrgica da pele) em 50% dos pacientes; ↓CAM (anestésico) → DE50 →↑ POTÊNCIA CAM Acordada (0,15-0,5 CAM): Concentração na qual o paciente abre os olhos ao comando (perde a capacidade de responder verbalmente). Sedação leve. CAM Expandida (1,2-1,3 CAM): Concentração que inibe a resposta motora em 95% dos pacientes (DE95). O MAIS USADO!! CAM BAR (1,5 CAM): Concentração na qual ocorre o bloqueio das respostas autonômicas à incisão cirúrgica. Diminui a resposta endócrina-metabólica ao trauma – bom. Imobilidade: efeito na medula espinhal. Amnésia e inconsciência: cérebro. FATORES QUE ALTERAM A CAM: AUMENTAM A CAM DIMINUEM A CAM Hipertermia Hipotermia Hipernatremia Hiponatremia Ingestão crônica de álcool Ingestão aguda de álcool Aumento de neurotransmissores centrais Diminuição dos neurotransmissores centrais Paciente ruivo (feomelanina) Hipóxia / hipotensão / acidose /anemia Uso agudo de anfetaminas Uso crônico de anfetaminas Fármacos: ciclosporina, efedrina Fármacos: bloqueador do canal de cálcio, lítio, pancurônio, neostigmine. opióides, BZDS, alfa-2- agonistas, lidocaína, barbitúricos, cetamina Crianças Gravidez Aumento de idade Fatores que NÃO alteram a CAM: espécie, gênero, duração da anestesia, tipo de estímulo cirúrgico, alcalose metabólica e hipercalemia. Sistema Nervoso Central: EFEITOS DOSE DEPENDENTES! Vasodilatação cerebral: → Fluxo sanguíneo cerebral ↑ → Pressão intracraniana ↑ ↓ Taxa metabólica cerebral Atividade epileptiforme (sevoflurano); Alterações cognitivas (delirium); Sistema Cardiovascular: EFEITOS DOSE DEPENDENTES! Diminui resistência vascular sistêmica; Diminui pressão arterial média; Depressão miocárdica (halotano > sevoflurano, isoflurano, desflurano); Aumenta frequência cardíaca; Diminui resposta barorreceptora; Prolongamento do intervalo QT (sevoflurano, isoflurano e desflurano) – pode evoluir com PCR. Sistema Respiratório: EFEITOS DOSE DEPENDENTES! Diminui volume corrente; 5 Junyara Souza Diminui tônus brônquico (bom em asmáticos); Aumenta frequência respiratória e PaCO2; Diminui capacidade residual funcional (gestantes, obesos); Diminui resposta respiratória normal ao CO2 e à hipóxia. Outras alterações: Diminui: → Fluxo venoso portal → Perfusão hepática → Fluxo sanguíneo renal → Taxa de filtração glomerular Potencialização do bloqueio neuromuscular (bloqueio residual pós-operatório); Hipertermia maligna: doença genética, hereditária. Causada apenas pelos anestésicos halogenados voláteis (halotano, isoflurano, sevoflurano, desflurano e xenônio) e succilcolina. É rara, mas é potencialmente fatal. É obrigatório todos os hospitais possuírem o antídoto DANTROLENE na farmácia. TOXICIDADE: Genotoxicidade: Potencial para atividade mutagênica e carcinogênica; Aumenta frequência de abortos espontâneos (estudo não foi em humanos); Dano genético com alterações na estrutura do DNA. Aumenta permuta de cromátides → neonatos e crianças. Não há estudos suficientes. Hepatotoxicidade: Hepatite por Halotano: Biotransformação: citocromo P450 → metabólito Tipo I: → Forma leve e mais frequente → Metabolismo redutivo do halotano → Elevação assintomática das transaminases→ Não é necessária exposição repetida Tipo II: → Forma grave, imprevisível e rara → Metabolismo oxidativo → trifluoracetilcloreto (TFA) → Pode evoluir para hepatite fulminante com alta mortalidade → Imunomediada com resposta direcionada aos hepatócitos → Necessárias exposições repetidas Nefrotoxicidade: O mais utilizado!! Não existe relato de necrose tubular em adultos, só em estudo com ratos. Não há indicação de fazer em pacientes com DRC/IRA.
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