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Princípio do melhor interesse da criança e guarda de filhos

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princípio do melhor interesse da criançaprincípio do melhor interesse da criança
Gabriela Gomes da Silva | Psicologia | 
8º período | @psicomgabi
É a partir desse princípio que são tomadas a maioria
das decisões a respeito do menor. O termo se origina
do inglês, e refere-se a proteção de pessoas incapazes
e seus bens. Os especialistas do tema colocam que
este princípio decorre de uma interpretação
hermenêutica, está implícito e inserido nos direitos
fundamentais previstos pela Constituição no que se
refere às crianças e adolescentes. 
A guarda dos filhos é o direito e o dever que os pais têm
de vigiar, proteger e cuidar das crianças. A guarda é
marcada no momento em que um casal se separa ou
quando estes nunca moraram juntos e é preciso definir
com quem a criança vai morar. No ordenamento
brasileiro, a guarda compartilhada é a regra.
Na decisão de quem fica com a guarda (unilateral,
compartilhada ou alternada), considera-se “melhor
interesse da criança” aquilo que a Justiça acredita ser
o melhor para o menor, e não o que os pais acham que
seja.
GUARDA E O PRINCÍPIO DO
MELHOR INTERESSE DA CRIANÇA
dentre outros, na falta de zelo e cuidado com o filho.
Antigamente, a guarda unilateral era atribuída ao
genitor que comprovasse ser inocente na culpa pela
separação, ainda que não fosse o que preenchesse as
melhores condições para exercê-la. Após o surgimento
do melhor interesse da criança, a culpa não tem mais
relevância na decisão da guarda. 
A guarda unilateral não deve interferir na convivência
com os filhos, pois ambos os pais possuem o poder
familiar e o não guardião tem o direito e o dever de ver
seus filhos em dias combinados ou por determinação
do juiz. 
Mesmo que a guarda seja unilateral, o não guardião
tem o dever de supervisionar os interesses do menor,
podendo solicitar informações ou prestação de contas
nas situações que dizem respeito à criança como
saúde, lazer, etc. A educação é dever de ambos. Sendo
assim, a guarda unilateral não exime de
responsabilidade aquele que não a detém e nem
responsabiliza apenas o guardião. 
Segundo alguns autores, esse tipo de guarda não é
recomendado, pois o laço de afinidade e convivência
pode vir a sofrer danos, pois para o não guardião é
estipulado um dia de visita que às vezes não é um bom
dia para a criança.
A guarda compartilhada, a priori, é o ideal para a
criança, já que há maior participação dos genitores. Os
pais possuem deveres e direitos iguais para com o
menor, tomando decisões em conjunto sobre sua vida
em todos os âmbitos. No entanto, para que funcione, é
importante que exista uma boa convivência entre os
genitores, e que eles possam deliberar e concordar
sem brigas, caso contrário não atenderiam ao melhor
interesse da criança. 
Esse tipo de guarda possui como maior finalidade a
divisão de decisão, responsabilidade e maior
participação de ambos na vida do menor, não
pretendendo de forma alguma gerar na criança
confusões de identidade e pertencimento. Dessa
forma, cada caso deve ser analisado conforme a
realidade, se for mais benéfico que a criança divida
residência, assim deverá ser feito.
*Em guarda compartilhada, não há pensão alimentícia, cada
genitor assume a assistência material do filho.
GUARDA COMPARTILHADA
A guarda é atribuída a um só dos genitores ou a
alguém que o substitua, resultado da vontade de
ambos ou quando um deles declara ao juiz que não se
interessa em ter a guarda compartilhada, ou ainda,
quando há verificação de inaptidão, evidenciada,
GUARDA UNILATERAL
Caracteriza-se pela troca de períodos entre os
genitores, em que, por exemplo, a criança passaria
uma semana sob a responsabilidade e autoridade
exclusiva de um e na semana seguinte, sob a
responsabilidade do outro genitor. 
De acordo com alguns autores essa guarda não é
recomendada, visto que a criança, especialmente, nos
seus primeiros anos de vida precisa de um lar que seja
referência e tem necessidade de pertencimento, e esse
tipo de guarda poderia vir a confundir e abalar seu
psicológico, trazendo em alguns casos o pensamento
de escolha entre um dos pais e má formação de base
de afeto. Quanto aos adolescentes, a mudança
contínua de casa e de poder exercido entre os pais,
podem resultar em um escape desse adolescente para
evitar conflitos e responsabilidades atribuídas por um
dos genitores.
GUARDA ALTERNADA
REFERÊNCIAS
FLORENZANO, Beatriz Picanço. Princípio do melhor
interesse da criança: como definir a guarda dos filhos?,
Pontifícia Universidade Católica, Minas Gerais, 2021.

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