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09_rede_de_computadores

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Redes de 
Computadores 
Redes de Computadores 
1ª edição
2019
Autoria
Parecerista Validador
Marcelo Akira Yamamoto
Ricardo Soares
*Todos os gráficos, tabelas e esquemas são creditados à autoria, salvo quando indicada a referência.
Informamos que é de inteira responsabilidade da autoria a emissão de conceitos. Nenhuma parte
desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem autorização. A violação dos
direitos autorais é crime estabelecido pela Lei n.º 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Código Penal.
4
Sumário
Sumário
Unidade 1
1. Redes de Comunicação .............................................8
Unidade 2
2. Formas de Distribuição de Redes ............................19
Unidade 3
3. Modelos de Referência .............................................30
Unidade 4
4. Tipos de Redes ..........................................................42
Unidade 5
5. Formas de Comunicação ..........................................53
5
Sumário
Unidade 6
6. Endereçamento físico e lógico ................................68
Unidade 7
7. Transporte de Dados ...............................................76
Unidade 8
8. Protocolos de Aplicação e Gerenciamento de Rede .
85
6
Palavras do professor
Olá, aluno, seja bem-vindo! Você está iniciando uma grande jornada de 
conhecimento. 
Nesta disciplina, você aprenderá as noções básicas de redes de computa-
dores. Vários assuntos serão discutidos ao longo das oito unidades deste 
material. Os principais são: 1) redes de comunicação; 2) formas de distri-
buição de redes; 3) modelos de referência; 4) tipos de redes; 5) formas de 
comunicação; 6) endereçamento físico e lógico; 7) transporte de dados; 
8) protocolos de aplicação e gerenciamento de rede. As redes de compu-
tadores estão presentes em nosso dia a dia, desde as redes locais presen-
tes nas casas das pessoas até as redes de grandes empresas. 
O tema é extremamente interessante e este material tem como obje-
tivo proporcionar o seu entendimento sobre os assuntos citados. Todos 
esses conhecimentos são essenciais para a boa formação de um pro-
fissional que trabalhe com Tecnologia da Informação (TI). É importante 
ressaltar que a sua participação nos fóruns de discussão e a leitura dos 
materiais complementares são fundamentais para o seu crescimento e 
aprendizado. 
Então faça bom proveito e dedique-se aos estudos! Todos somos movidos 
a desafios, e a cada vez que você se supera, melhora como pessoa e como 
profissional! Vamos em frente!
7
Objetivos da disciplina
Ao final desta disciplina, esperamos que você:
• Discuta conceitos que explicam o funcionamento de uma rede de 
computadores.
• Explique o conteúdo em relação às redes de comunicação.
• Classifique as formas de distribuição das redes.
• Compreenda os modelos de referência.
• Conheça e compreenda os tipos de redes: ponto a ponto; cliente-
-servidor; redes distribuídas.
• Entenda como acontece a transmissão de dados em meios ana-
lógicos e digitais.
• Conheça e entenda a forma de localizar equipamentos dentro das 
redes de computadores, assim como na Internet; conheça o for-
mato de Endereços de Internet (IP), além de observar o formato de 
endereçamento físico.
• Conheça o formato de transporte de dados de aplicativos obser-
vando os protocolos TCP e UDP.
• Conheça e compreenda como os usuários e seus respectivos apli-
cativos compartilham informações dentro de ambientes de rede e 
como monitorá-los.
8
 1Unidade 11. Redes de Comunicação 
Para iniciar seus estudos
Nesta unidade, apresentaremos contextos importantes em redes de com-
putadores. Inicialmente, conheceremos a história das redes de computa-
dores, sua estrutura e transmissão de dados. Também compreenderemos 
como os usuários e seus respectivos aplicativos compartilham informa-
ções dentro de ambientes de rede e como monitorá-los. Vamos lá? 
Objetivos de Aprendizagem
• Recordar o histórico das redes de computadores.
• Distinguir as categorias de redes de computadores.
• Identificar os elementos básicos de uma rede de computadores.
• Compreender a importância do compartilhamento de recursos.
• Interpretar o modelo de interação cliente-servidor.
• Compreender como os usuários e seus respectivos aplicativos 
• compartilham informações dentro de ambientes de rede.
9
Redes de Computadores | Unidade 1 - Redes de Comunicação 
Introdução da unidade
Nesta unidade, você terá um contexto sobre os pilares de uma rede computadores. Você entenderá por que a 
rede de sua casa ou empresa é chamada de Local Area Network (LAN). Além disso, analisará todos os ambientes 
do seu dia a dia e conseguirá identificar quais categorias de rede são utilizadas. As redes de computadores estão 
presentes em toda a parte e o seu conhecimento sobre as estruturas de rede é muito importante para sua for-
mação como profissional de tecnologia da informação. Você aprenderá como a Internet mudou nos últimos anos 
e como isso influencia na vida de todos nós. Por fim, falaremos sobre as redes cliente-servidor, assim, você terá a 
capacidade de identificar qual função um computador desempenha em uma rede. 
1.1 Introdução às redes de comunicação
As redes de computadores iniciaram por volta da década de 1960, época em que a rede telefônica era a forma 
comunicação predominante. Naquela ocasião, a voz era transmitida por comutação de circuitos1 , tendo uma taxa 
de transmissão constante entre a origem e o destino (COMER, 2016). A comunicação, antigamente, era realizada 
apenas por um computador central, surgindo a necessidade da comunicação entre diferentes usuários e diferen-
tes regiões com computadores de diferentes arquiteturas (CARISSIMI,2009). 
Roberts, por volta de 1967, publicou a ARPANET, que foi a percursora da rede mundial de computadores (a Inter-
net). A partir da criação da ARPNET, a comunicação passou a ser por comutação de pacotes, o que, na época, 
permitiu a comunicação entre universidades e o livre tráfego de informações, levando a criação de recursos que 
utilizamos até hoje, tais como e-mail, protocolo FTP e o Telnet. Isso possibilitou que usuários trocassem informa-
ções, compartilhassem arquivos e acessassem outros computadores remotamente (COMER, 2016).
As redes de computadores são repletas de protocolos. Os protocolos são formados por 
um conjunto de regras que regem o modo como acontecerá a comunicação entre as partes 
envolvidas. São exemplos de protocolos de rede: Internet Protocol (IP), Dynamic Host Configu-
ration Protocol (DHCP), Transmission Control Protocol (TCP), Hypertext Transfer Protocol (HTTP), 
File Transfer Protocol (FTP), Telnet Remote Protocol (Telnet), SSH Remote Protocol (SSH), Post Office 
Protocol 3 (POP3), Simple Mail Transfer Protocol (SMTP), Internet Message Access Protocol (IMAP).
Saiba mais
As redes de computadores estão presentes em toda parte. O principal exemplo é a Internet, presente no dia a dia 
de várias pessoas no mundo inteiro. Para entender como uma rede de computadores funciona, é preciso enten-
der os conceitos básicos sobre o assunto. Quanto maior é uma rede, maior será sua complexidade, por isso não se 
engane, uma rede pode ser composta até por dois computadores ligados diretamente por um cabo crossover2 ou 
1 A comutação de pacotes não possui reserva de recursos e não há garantia de entrega. Já na comutação por circuito, existe 
um meio físico dedicado e existe a garantia de entrega.
2 Um cabo crossover, também conhecido como cabo cruzado, é um cabo de rede par trançado que permite a ligação de dois 
computadores pelas respectivas placas de rede sem a necessidade de um concentrador ou a ligação de modems.
10
Redes de Computadores | Unidade 1 - Redes de Comunicação 
por milhares de computadores localizados em países diferentes. Para dominar a complexidade das redes de com-
putadores, é preciso olhar além dos detalhes e concentrar-se em entender os cinco aspectos-chave do assunto 
(COMER, 2016):
• Aplicações e programação de redes: os serviços e as facilidades dasredes são requisitados pelos usuá-
rios por meio de aplicações de software. Existem milhares de aplicações para enviar e receber e-mails, 
assistir a vídeos, fazer cursos a distância. Cada aplicação é um programa aplicativo em um computador 
que se comunica por meio da rede com outro programa aplicativo que roda em outro computador. Não 
necessariamente um desenvolvedor precisa ter conhecimentos de redes de computadores para desen-
volver uma aplicação, mas não restam dúvidas de que esse conhecimento pode ajudá-lo no desenvolvi-
mento de programas mais confiáveis, sem erros e eficientes.
• Comunicação de dados: o termo comunicação de dados se refere ao estudo de tecnologias e mecanis-
mos de baixo nível usados para enviar informação por um meio de comunicação físico, como um fio, uma 
onda de rádio ou um feixe de luz. Com o avanço das tecnologias de informação, a comunicação de dados 
também evoluiu nos últimos anos. Um exemplo é a qualidades nos serviços de Internet no Brasil, talvez 
você não se lembre, mas no início dos anos 2000 não existiam serviços de banda larga como os de hoje, a 
conexão de Internet era feita por um “fax modem”, o custo era alto e a velocidade, muito limitada.
• Comutação de pacotes e tecnologias de redes: na década de 1960, um novo conceito revolucionou a 
comunicação de dados: comutação de pacotes. A comunicação de redes tinha evoluído dos sistemas de 
telégrafo e telefone que conectavam pares de fios entre duas partes para formar um circuito de comuni-
cação. A comutação de pacotes forneceu a base da Internet moderna. O termo “pacote” assusta, princi-
palmente por ser um conceito de certa forma abstrato.
• Funcionamento de redes com TCP/IP: na década de 1970, surgiu outra revolução na rede de compu-
tadores: o conceito de Internet. Muitos pesquisadores estudaram a comutação de pacotes em busca de 
uma tecnologia simples de comutação de pacotes que pudesse atender a todas as necessidades. O TCP/
IP tem uma característica que é a sua tolerância à heterogeneidade. Em resumo, o uso padronizado e 
mundial do TCP/IP permite a interconexão de tecnologias distintas, como possibilitar a comunicação de 
um telefone celular conectado em uma rede Wi-Fi com um computador ligado em uma rede cabeada.
Você pode aprender mais sobre como funciona uma rede com pacotes assistindo ao 
vídeo: “Pacote na rede TCP IP”, disponível no YouTube. Esse vídeo explica de forma didá-
tica o funcionamento de redes com pacotes. A história conta como um pacote vai de um 
ponto de origem até o destino.
Saiba mais
• Conceitos adicionais de funcionamento das redes e tecnologia: além do hardware e dos protocolos 
usados para construir redes, um conjunto grande de tecnologias adicionais fornece importantes capa-
cidades. Por exemplo, tecnologias de avaliação da performance da rede permitem que telefones IPs e 
dados multimídia circulem na infraestrutura comutada de pacotes mantendo a rede segura. Facilidades 
de gerenciamento de rede convencional e Software Defined Networking (SDN) permitem a gerentes con-
figurarem e controlarem as redes, e a Internet das Coisas (IoT, Internet of Things) torna isso possível por 
meio de sistemas instalados na Internet. Os cinco aspectos citados acima são uma referência e espécie de 
11
Redes de Computadores | Unidade 1 - Redes de Comunicação 
guia para um bom entendimento de aspectos importantes quando o tema é rede de computadores. Ao 
ter esses cinco aspectos em alta, é possível se aprofundar melhor em determinados assuntos.
1.1.1 Crescimento da internet
Em menos de 40 anos, a Internet passou de um protótipo de pesquisa que conectava um punhado de sites para 
um sistema global de comunicação que alcança todos os países do mundo. A taxa de crescimento tem sido feno-
menal. A taxa média de computadores novos sendo adicionados à Internet alcançou mais de um por segundo em 
1998 e tem acelerado. Em 2007, mais de dois computadores eram adicionados a cada segundo. A Internet tem 
experimentado um crescimento exponencial em 25 anos. Isto é, ela tem dobrado de tamanho em um período 
de nove a 14 meses. É interessante que, quando medida pelo número de computadores, a taxa exponencial de 
crescimento tem decrescido suavemente desde os anos 1990. Contudo, usar o número de computadores conec-
tados à Internet como medida de tamanho pode decepcionar, pois muitos usuários no mundo agora acessam a 
Internet por meio de uma rede de telefones celulares (COMER, 2016).
Novas aplicações surgiram para atender às demandas de uma grande parte da sociedade. A Internet não é mais 
dominada por cientistas e engenheiros, aplicações científicas ou acesso a recursos computacionais. Como mos-
tra a figura 1, uma das mudanças mais perceptíveis ocorreu nos dados enviados por meio da Internet. Inicial-
mente, a comunicação por meio da Internet envolvia dados textuais. Em particular, as mensagens eletrônicas se 
limitavam a mostrar textos com fonte de tamanho fixo. Nos anos 1990, os computadores ganharam telas em 
cores e eram capazes de mostrar gráficos. Além disso, surgiram aplicações que permitiam aos usuários transferir 
imagens facilmente. No final dos anos 1990, os usuários começaram a enviar videoclipes e a baixar vídeos maio-
res. Nos anos 2000, a velocidade da Internet tornou possível baixar uma sequência de vídeos de alta definição 
(COMER, 2016).
Figura 1 – Evolução de conteúdos transmitidos pela Internet
Texto
(1990)
Videoclipes
(1998-2000)
Imagens 
gráficas
(1995)
Videoclipes de 
alta definição
(2000)
Fonte: Elaborado pelo autor, 2018.
O termo multimídia foi usado para caracterizar dados que contêm texto, gráfico, áudio e vídeo. Grande parte do 
conteúdo disponível na Internet atualmente é composto por documentos multimídia. Além disso, tem melhorado 
muito a largura de banda, o que tem tornado possível o envio de vídeos de alta resolução e som de alta fidelidade. 
Com esse advento, foi possível criar plataformas de multimídia, como YouTube, Netflix e Spotify.
Surpreendentemente, novas tecnologias de redes e novas aplicações Internet continuam surgindo. Algumas das 
mudanças mais significativas têm ocorrido nos sistemas de comunicação tradicionais, tais como rede de telefone 
de voz e televisão a cabo, que estão passando do analógico para o digital e adotando a tecnologia Internet. Além 
disso, o suporte para os usuários de aparelhos móveis está em aceleração. 
12
Redes de Computadores | Unidade 1 - Redes de Comunicação 
Figura 2 – O poder da computação em nuvem e suporte de várias tecnologias
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
Para usuários individuais, a vantagem principal da computação em nuvem é que o provedor cuida de todo o har-
dware, de todo o software e de detalhes operacionais. O provedor atualiza periodicamente o hardware e assegura 
que toda aplicação de software está atualizada para a última versão. Além disso, um provedor de nuvem oferece 
um serviço de backup de dados que permite ao usuário recuperar versões anteriores de arquivos perdidos. Para as 
empresas, a computação em nuvem oferece flexibilidade com um custo menor.
A Internet gerou outra mudança no nosso mundo digital: computação em nuvem. Em 2005, companhias se 
deram conta de que as conexões de alta velocidade na Internet poderiam permitir uma economia em grande 
escala com o oferecimento de processamento e serviços de armazenamento de dados menos caros do que 
aqueles implementados pelos sistemas em que cada usuário tem seu próprio computador. A ideia é simples: um 
fornecedor em nuvem, que é um grande centro de dados, com vários computadores e muitos discos conectados 
pela Internet. Indivíduos ou empresas contratam esse serviço. A princípio, o consumidor em nuvem necessita 
somente de um aparelho de acesso (isto é, um smartphone, tablet ou computador de mesa com tela e teclado). 
Todas as aplicações e arquivos do usuário estão localizados no centro de dados em nuvem. Quando o consumi-
dor necessita rodar uma aplicação, ela roda no computador do centro de dados em nuvem, mas a sensação éde que a aplicação esteja rodando localmente. De forma similar, quando o consumidor salva um arquivo, este é 
armazenado em um disco no centro de dados em nuvem. Nesse caso, diz-se que a informação do consumidor 
13
Redes de Computadores | Unidade 1 - Redes de Comunicação 
é armazenada na nuvem. Uma importante implicação é que o consumidor pode acessar o centro de dados em 
nuvem de qualquer lugar, o que significa que um viajante não necessita carregar cópias de arquivos com ele, pois 
o ambiente de computação está sempre disponível e é sempre o mesmo. Porém, tal recurso requer uma Internet 
de boa qualidade (COMER, 2016).
1.2 Compartilhamento de recurso
Algumas das primeiras redes foram projetadas quando os computadores eram grandes e caros. A principal 
motivação era compartilhar recursos. Entenda como “recurso” algo que pode ser útil para várias pessoas em um 
ambiente, como uma impressora de uma empresa. 
Redes foram projetadas para conectar múltiplos usuários, cada um com uma tela e um teclado, a um computador 
centralizado de grande porte. Mais tarde, elas permitiram que múltiplos usuários compartilhassem dispositivos 
periféricos (COMER, 2016).
Nos anos 1960, a Agência de Projetos de Pesquisa Avançada (ARPA, Advanced Research Projects Agency) do Depar-
tamento de Defesa dos EUA estava especialmente preocupada com a falta de computadores de alto desempe-
nho. Muitos dos projetos de pesquisa da ARPA necessitavam de acesso a equipamentos de última geração. Em 
vez de disponibilizar múltiplos computadores em cada centro de pesquisa, ela decidiu oferecer um computador 
a cada grupo, interconectar esse computador a uma rede de dados e projetar um software que permitiria a um 
pesquisador usar o computador mais adequado para a execução de uma dada tarefa (COMER, 2016).
Duas mudanças tecnológicas intensificaram a mudança na maneira de usar o compartilhamento de recursos 
para novas aplicações. De um lado, velocidades de comunicação cada vez mais rápidas possibilitaram que apli-
cações transferissem rapidamente grandes volumes de dados. De outro lado, o acesso a computadores pessoais 
baratos de alto desempenho forneceu o poder computacional necessário para computação complexa e apre-
sentações gráficas, eliminando a maioria das demandas por recursos compartilhados (COMER, 2016).
1.3 Categorias de redes
Uma rede de computadores é uma interconexão de computadores e equipamentos de computação que usa fios 
ou ondas de rádio e pode compartilhar dados e recursos computacionais. Redes de computadores que utilizam 
ondas de rádio são chamadas sem fio e podem incluir radiotransmissor, micro-ondas ou transmissões por saté-
lite. Alguns conceitos facilitam e ajudam a entender melhor o contexto em que as redes são utilizadas. A seguir, 
apresentaremos quatro categorias de redes (WHITE, 2012):
• redes que cobrem uma área de vários metros em torno de um indivíduo são chamadas redes pessoais 
(PANs). Redes de área pessoal incluem dispositivos, como notebooks e conexões sem fio; 
• redes um pouco mais amplas no tamanho geográfico, que cobrem uma sala, um andar em um prédio, um 
prédio ou um campus, são redes locais (LANs); 
• redes que servem uma área de até 50 quilômetros, aproximadamente a área de uma cidade típica, são 
chamadas redes metropolitanas (MANs); 
14
Redes de Computadores | Unidade 1 - Redes de Comunicação 
• redes metropolitanas são redes de alta velocidade que interconectam empresas com outras empresas e 
com a Internet. Redes amplas que abrangem partes de estados, vários estados, países e o mundo são as 
redes de longa distância (WANs).
Glossário
LAN: do inglês Local Area Network, ou Rede de área local.
PAN: do inglês Personal Area Network, ou Redes de Área Pessoal.
MAN: do inglês Metropolitan Area Network, ou Rede Metropolitana.
WAN: do inglês Wide Area Network, ou Rede de Longa Distância.
Saiba mais
1.3.1 Componentes gerais de uma rede de computadores
Para interligar computadores domésticos ou empresariais, a maneira mais simples é a criação de uma rede em 
que cada usuário compartilha pastas de seus computadores para serem acessadas por outros. Dessa maneira, 
você está utilizando a arquitetura ponto a ponto, na qual todos os computadores da rede compartilham e aces-
sam dados dos outros computadores. Na arquitetura de servidores, existe um computador responsável por man-
ter e disponibilizar a informação, chamado de servidor; já os computadores que acessam essa informação são 
chamados de estações (SCHMITT, 2013).
Para quem não conhece ou não tem familiaridade com redes de computadores, o cenário mais “fácil” de ima-
ginar é o de uma rede local (LAN). Todos os tipos de redes (PAN, LAN, MAN e WAN) podem estar conectados. Em 
geral, pode-se dizer que no dia a dia (seja em casa, seja no trabalho) lidamos com as LANs, por isso conhecer os 
hardwares que compõem esse tipo de rede é muito importante (WHITE, 2012). Dependendo das necessidades de 
uma organização e do tipo de tecnologia usada, uma LAN pode ser muito simples, a ponto de conectar apenas 
dois PCs e uma impressora no escritório doméstico de uma pessoa ou se estender por toda a empresa e incluir 
periféricos de áudio e vídeo (FOROUZAN, 2008). Veja alguns dos principais componentes:
Placa adaptadora de rede: também chamada de Network Interface Card (NIC), é instalada nas estações que dese-
jamos que façam parte da rede. Sua função é serializar os dados que serão transmitidos em quadros especiais, 
com base no protocolo Ethernet (o mais utilizado) (MORAES, 2014).
Sistema operacional de rede: o sistema operacional que vai ser executado na estação. Esse sistema deve supor-
tar os serviços de transmissão e recepção pela rede. Um exemplo é a plataforma Microsoft Windows, que já vem 
preparada para trabalhar em rede (MORAES, 2014).
Cabo ou meio de transporte: em geral, é o cabo UTP ou cabo de par trançado. É responsável por disponibilizar 
o meio de transporte aos dados. Os dados, na verdade, são modulados em sinais elétricos e, então, transmitidos 
pelo cabo até o equipamento de concentração: um hub ou switch. O meio de transporte pode ser também uma 
fibra óptica. Nesse caso, os dados são modulados em sinais luminosos, em vez de sinais elétricos (MORAES, 2014).
15
Redes de Computadores | Unidade 1 - Redes de Comunicação 
Equipamento de concentração: é responsável por receber os sinais das diversas estações conectadas à rede, 
regenerá-los e enviá-los às estações destino da mensagem. Esse equipamento de concentração pode ser um 
hub ou um switch (MORAES, 2014).
Servidor: é uma máquina que presta serviços para a rede. O servidor pode ser, por exemplo, um servidor de 
arquivos que presta serviços a outras máquinas diretamente conectadas à rede. Entre os principais servidores, 
destacam-se os de e-mail, de páginas HTML, de banco de dados, etc. (MORAES, 2014).
Um exemplo comum de LAN encontrado em diversos ambientes empresariais interliga um grupo de trabalho 
de computadores com tarefas relacionadas, como estações de trabalho da engenharia ou PCs da contabilidade. 
Um dos computadores pode receber uma unidade de disco de grande capacidade, podendo vir a ser um servidor 
para os PCs clientes. O software pode ser armazenado nesse servidor central e usado por todo o grupo conforme 
a necessidade (FOROUZAN, 2008).
Na figura 3, é apresentado um exemplo de LAN e de dispositivos que fazem parte desse tipo de rede.
Figura 3 – Exemplo de rede LAN
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2018.
Observe que, na imagem, existem computadores do tipo estação de trabalho (client) e servidores (servers). Essas 
máquinas têm um sistema operacional de rede e uma placa adaptadora de rede, que possibilita a ligação 
desses hardwares no equipamento de concentração (hub/switch). Por fim, essa ligação é feita por meio de um 
cabo ou meio de transporte.
16
Redes de Computadores | Unidade 1 - Redes de Comunicação 
1.4 Modelo de interação cliente-servidor
O serviço de fluxo da Internet é orientado à conexão, ou seja, opera de forma análogaa uma chamada de telefone: 
antes de poderem se comunicar, as duas aplicações necessitam que uma conexão seja criada entre elas. Uma vez 
estabelecida, a conexão permite o envio de dados em ambas as direções. Uma aplicação, conhecida como servi-
dor, inicia antes e aguarda contato. A outra aplicação, conhecida como cliente, inicia depois e solicita a conexão 
(COMER, 2016). 
Embora variações menores existam, a maioria das instâncias de aplicações que seguem o paradigma cliente-ser-
vidor tem as seguintes características gerais:
Software cliente
• Consiste em um programa de aplicação arbitrário que se torna um cliente temporariamente quando 
acesso remoto é necessário.
• É invocado diretamente pelo usuário e executa somente durante uma sessão. 
• Roda localmente no computador ou dispositivo do usuário. 
• Inicia contato ativamente com o servidor. 
• Pode acessar múltiplos serviços se necessário, mas usualmente se comunica com um servidor por vez. 
• Não necessita de hardware potente.
Software servidor
• Consiste em um programa de propósito especial, com privilégios, dedicado a fornecer um serviço.
Algumas vezes, o termo servidor é compreendido de forma inadequada. Formalmente, ele se refere a um pro-
grama que espera passivamente o contato de clientes, e não ao computador no qual ele executa. Entretanto, 
quando um computador é dedicado a executar um ou mais programas servidores, seus administradores normal-
mente o chamam de “servidor”. Fabricantes de hardware aumentam a confusão, pois classificam computadores 
que possuem CPUs mais rápidas, grande quantidade de memória e sistemas operacionais sofisticados como 
máquinas servidoras (COMER, 2016). 
Os termos cliente e servidor surgiram porque quem inicia a conexão é um cliente. Entretanto, uma vez que a 
conexão tenha sido estabelecida, a comunicação flui em ambas as direções (por exemplo, dados podem fluir do 
cliente para o servidor e do servidor para o cliente). Tipicamente, um cliente envia uma requisição ao servidor e o 
servidor envia uma resposta ao cliente. Em alguns casos, um cliente envia uma série de requisições e, o servidor, 
uma série de respostas (por exemplo, um cliente de banco de dados deve permitir ao usuário acessar mais de um 
item por vez) (COMER, 2016). 
Em uma rede LAN, um computador pode exercer o papel de cliente e servidor. À medida que o tamanho e com-
plexidade da rede aumentam, é necessário ter computadores dedicados a desempenhar determinadas funções, 
como o controle de usuários por um controlador de domínio. Os servidores podem ser de vários tipos e ter várias 
funções: 
• Servidor proxy: responsável pelo fornecimento e controle da Internet.
• Servidor web: pode ser usado em LANs para disponibilizar sites na Intranet.
• Servidor de arquivos: lugar utilizado para disponibilizar arquivos a partir de um único local.
17
Redes de Computadores | Unidade 1 - Redes de Comunicação 
• Servidor de impressora: controla as impressões realizadas pelos usuários da rede.
• Controlador de domínio: mantém uma base com registro de todos os usuários com permissão de acesso 
à rede. Obrigatoriamente, todo login é verificado nessa máquina.
• Servidores DNS e DHCP: funcionam “discretamente”, para distribuir endereços e manter uma base com 
nome dos computadores.
Muitas pessoas confundem os termos Internet e Intranet. 
A Intranet faz referência a recursos que são usados apenas na LAN de uma empresa. Um 
exemplo é portal corporativo que é acessado apenas internamente na empresa.
A Internet permite que os recursos sejam acessados em qualquer lugar com conexão ativa.
Fique atento!
Vale lembrar que existem soluções tanto pagas quanto livres para desempenhar as funções de um servidor. As 
soluções da Microsoft têm o custo da licença, as soluções livres não têm custo com licenças. Cada ambiente tem 
sua particularidade, que precisa ser analisada ao escolher algum dos tipos.
Síntese da unidade
Nesta unidade, estudamos redes de comunicação, formas de distribuição das redes, modelos de referência, tipos 
de rede, formas de comunicação, endereçamento físico e lógico, transporte de dados e, por fim, protocolos de 
aplicação e gerenciamento de rede. Aprendemos que, a partir da criação da ARPnet, a comunicação passou a ser 
por comutação de pacotes e que as redes de computadores são repletas de protocolos, tais como: IP (internet pro-
tocol), DHCP (dynamic host configuration protocol) e TCP (transmission control protocol). Por fim, vimos os conceitos de 
categorias de redes e compartilhamento de recursos.
18
Considerações finais
Além do hardware e dos protocolos usados para construir redes, um con-
junto grande de tecnologias adicionais fornece importantes capacidades. 
Facilidades de gerenciamento de rede convencional e software defined 
networking (SDN) permitem a gerentes configurar e controlar as redes, e 
a internet das coisas (IoT – internet of things) torna isso possível através de 
sistemas instalados na internet.
Os impactos das tecnologias da internet na sociedade ocorrem de várias 
maneiras. Mudanças recentes incluem a transição da telefonia fixa, da 
televisão a cabo e da telefonia celular para as tecnologias da internet digi-
tal. Além disso, o acesso à internet sem fio e o suporte para os usuários 
móveis se tornaram essenciais.
As redes podem ser categorizadas em PAN, LAN, MAN e WAN. As dife-
renças estão no tamanho e na complexidade. As redes PAN são simples 
e de cunho pessoal; as LANs são redes locais de pequenas empresas que 
podem ter computadores clientes e servidores (nem sempre dedicados); 
as redes MANs são redes maiores, que interligam, por exemplo, empresas 
que têm sede em cidades diferentes; e as redes WAN são responsáveis por 
grandes tráfegos de dados, como as redes de banda larga das empresas 
de telefonia.
Com a difusão dos computadores pessoais de alta velocidade e as tec-
nologias de redes cada vez mais rápidas, o foco da internet mudou do 
compartilhamento de recursos para a comunicação de propósito geral. O 
fluxo de dados sobre a internet se deslocou do texto para gráficos, video-
clipes e vídeos de alta definição. Uma transição semelhante ocorreu em 
áudio, capacitando a internet para transferir documentos multimídias.
Embora a tecnologia internet tenha se mantido virtualmente a mesma, 
novas aplicações continuam surgindo para oferecer experiências sofis-
ticadas aos usuários, como as redes de sensores, mapas e sistemas de 
navegação, que facilitam o monitoramento ambiental, a segurança e as 
viagens. Além disso, aplicações em redes sociais incentivam o surgimento 
de novos grupos e organizações.
19
 2Unidade 22. Formas de Distribuição de 
Redes
Para iniciar seus estudos
Nesta unidade, trabalharemos as formas de distribuição de redes. É extre-
mamente importante que aprenda sobre como as redes são formadas, suas 
estruturas, as topologias e a distribuição geográfica. Vamos em frente!
Objetivos de Aprendizagem
• Definir a estrutura de redes de computadores.
• Explicar as diferenças entre LAN, WLAN, MAN, WAN, PAN.
• Identificar os tipos de topologias.
20
Redes de Computadores | Unidade 2 - Formas de Distribuição de Redes
Introdução da unidade
Nesta unidade, faremos uma agradável viagem pelas formas de distribuição de redes, apresentaremos o conceito 
de transmissão de rede LAN, WLAN, MAN, WAN, PAN. Abordaremos, nesta unidade, conceitos que possibilitarão 
conhecer e entender como as redes são formadas e estruturadas em suas topologias. Além disso, apresentare-
mos os conceitos da distribuição geográfica. Agora vamos lá!
2.1 Uso da rede de computadores
As redes de computadores surgiram a fim de interconectar computadores e pessoas, independentemente da 
distância e do tipo de hardware presente na comunicação. As redes de computadores, atualmente, estão aliadas 
aos avanços em diversas áreas econômicas e sociais. Graças a elas foi possível implantar, por exemplo, o advento 
do ensino a distância, táxi via aplicativo, redes sociais, transações econômicas e váriosoutros tipos de serviços 
on-line. 
2.2 Classificação das redes quanto à extensão geográfica
As redes de computadores são classificadas em relação ao seu alcance. Existem diversas classificações e finalida-
des para cada tipo de rede, conforme será apresentado nas seções seguintes. 
2.2.1 Redes PAN/WPAN 
Uma rede Personal Area Network (PAN), também conhecida por wireless PAN (WPAN), é caracterizada como uma 
rede de área pessoal e é uma rede de computadores composta por vários dispositivos extremamente próximos 
uns dos outros. O objetivo desse tipo de rede é interconectar dispositivos em distâncias curtas, isto é, em poucos 
metros (mesma sala, por exemplo). Existem diversos exemplos desse tipo de rede. Imagine um escritório no qual 
duas pessoas utilizam dois computadores conectados entre si trocando informações e/ou conectados a uma 
impressora. Outro exemplo são as redes formadas por dispositivos bluetooth (COMER, 2016). 
Nesse tipo de rede, o padrão frequentemente adotado é o Institute of Electrical and Electronic Engeneering (IEEE), 
conhecido como IEEE 802.15. O seu maior sucesso é a comunicação bluetooth, amplamente adotada nos celula-
res mais antigos. A rede bluetooth surgiu a partir de um grupo integrado pela IBM, Intel, Nokia e Toshiba. A criação 
desse padrão permitiu a interligação de dispositivos sem a utilização de fios por meio de dispositivos de radioco-
municação de curto alcance, que são mais baratos, porém de baixa potência (TANENBAUM; WETHERALL, 2010). 
A figura 4 apresenta um exemplo de uma rede PAN. 
21
Redes de Computadores | Unidade 2 - Formas de Distribuição de Redes
Figura 4 – Configuração PAN
Fonte: TANENBAUM; WETHERALL, 2010.
2.2.2 Redes LAN
As redes locais Local Area Network (LAN) surgiram na década de 1980, seguindo três padrões do IEEE: IEEE 802.3, 
IEEE 802.4 e IEEE 802.5. Esse tipo de rede possui uma cobertura limitada em relação à extensão geográfica. Nesxe 
tipo, geralmente os computadores estão conectados entre si por meio de dispositivos, tais como placas de redes, 
roteadores, switch, hub, entre outros. Essa conexão permite o compartilhamento de recursos e a troca de dados 
(TANENBAUM; WETHERALL, 2010). 
Com o advento desse tipo de rede, tornou-se realidade a conexão com baixo custo e extremamente simples, prin-
cipalmente pela adoção da tecnologia digital conhecida como Ethernet. A tecnologia Ethernet usa o padrão IEEE 
802.3 e ganhou várias atualizações nos últimos anos, o que a tornou amplamente adotada em redes locais. Essa 
tecnologia utiliza basicamente o conceito de acesso partilhado a um meio comum, alcançando inicialmente 10 
Mbit/s. Existe uma estimativa de que mais de 90% das redes locais mundiais sejam do tipo Ethernet (COMER, 2016).
A rede LAN possui uma variação que a permite dividir em rede virtual por meio de um switch, conhecida como 
Virtual LAN (VLAN). A VLAN permite elaborar e criar um subconjunto de portas a partir de um switch, simulando o 
comportamento de outro switch à parte, dividindo a rede em várias outras, ou seja, cria um domínio de broadcast 
para esse conjunto de portas e um domínio de colisão para cada uma delas. Sendo assim, ao criar duas VLANs em 
um switch, dois domínios de broadcast são criados. Além disso, as VLANs permitem a união lógica de outros dispo-
sitivos a partir de outras redes independentes da sua localização física. Em resumo, o auxílio de VLAN permite que 
dois equipamentos estejam conectados em switches diferentes, mas se comportem como se participassem de 
uma mesma rede física. As VLANs seguem o padrão IEEE 802.1q (COMER, 2016). A figura 5 apresenta um exem-
plo de rede LAN. A figura é dividia entre “a” e “b”. A parte “a” apresenta a rede sem fio e a parte “b” apresenta uma 
rede cabeada (Ethernet comutada) (COMER, 2016).
22
Redes de Computadores | Unidade 2 - Formas de Distribuição de Redes
Figura 5 – LANs sem fios e cabeadas. (a) 802.11. (b) Ethernet comutada
Fonte: TANENBAUM; WETHERALL, 2010.
2.2.3 Redes MAN
Uma rede Metropolitan Area Network (MAN), também chamada de rede metropolitana, abrange a dimensão de 
uma cidade (região, campus, entre outros). O exemplo mais simples e também o mais conhecido do uso das MANs 
é a rede de televisão via cabo. Uma rede MAN é associada à interconexão de várias LANs e é considerada uma 
parte menor de uma WAN. Tanto a LAN quanto a MAN fazem parte das tecnologias de acesso à Internet, chamada 
de Internet Service Provider (ISP) (COMER, 2016).
Essa categoria de rede surgiu no início da década de 1990 com o padrão IEEE 802.6. Utiliza a topologia lógica 
como um barramento, mas fisicamente é uma topologia de anel. Atualmente, as tecnologias MAN mais utiliza-
das pelos ISPs são o ADSL e o cable-modem. Na tecnologia ADSL, o acesso ocorre através da rede telefônica, mas 
sem prejuízo ao serviço telefônico. Quando a tecnologia utilizada é via cabo, um modem é necessário para a 
partilha dos canais do sistema. Existe uma outra tecnologia que é baseada em Ethernet e utiliza as fibras ópticas 
(COMER, 2016).
Figura 6 – Uma rede metropolitana baseada na TV a cabo
Fonte: TANENBAUM; WETHERALL, 2010.
23
Redes de Computadores | Unidade 2 - Formas de Distribuição de Redes
2.2.4 Redes WAN
Uma Wide Area Network (WAN), conhecida como rede de longa distância, corresponde a uma rede de computa-
dores capaz de abranger uma grande área geográfica, por exemplo, um país, continente, entre outros. Essa rede 
atua em distâncias capazes de cobrir dezenas de milhares de quilômetros e os meios ultimamente mais utilizados 
são as fibras ópticas. Em resumo, essa rede permite a comunicação de longa distância (COMER, 2016). A figura 
7 apresenta um exemplo de rede WAN, em que é possível observar a conexão via Internet entre os escritórios em 
Perth, Melbourne e Brisbane (TANENBAUM; WETHERALL,2010).
A maioria das WANs consiste em dois componentes diferentes: linhas de transmissão e elementos de comuta-
ção. As linhas de transmissão são responsáveis por transportar os bits entre as máquinas. A composição é feita 
por fios de cobre, fibra óptica ou mesmo enlaces de radiodifusão. A comunicação direta é cara, sendo assim, a 
maioria das empresas não possui linhas de transmissão disponíveis e alugam as linhas de uma empresa de tele-
comunicações (COMER, 2016).
Figura 7 – WAN conecta três escritórios de filiais na Austrália
Fonte: TANENBAUM; WETHERALL, 2010.
2.3 Características de redes por extensão geográfica
A fim de consolidar o conhecimento adquirido ao longo desta unidade, veremos a seguir um breve resumo em 
relação às diversas categorias das redes por extensão geográfica. O quadro 1 apresenta um resumo das catego-
rias por tipo de rede, cobertura, meios de transmissão, taxa de transmissão e padrões de implementação. 
24
Redes de Computadores | Unidade 2 - Formas de Distribuição de Redes
Quadro 1 – Características de redes por extensão geográfica
Tipo rede Cobertura Meios Taxas típicas
Padrões e implementações 
representativas
PAN ou WPAN Alguns 
metros
Canais de RF 
(wireless) 
2 Mbit/s Bluetooth (IEEE 802.15)
LAN ou WLAN Alguns 
quilômetros
Par trançado, 
fibra óptica 
e RF
10Mbit/s a 10 
Gbit/s (10.106 
a 10. 109 bit/s)
Ethernet, Token ring, Token bus 
IEEE: 802.3, 802.4,802.5, 
WLAN 802.11 (Wi-Fi)
MAN ou WMAN Centenas de 
quilômetros
Fibra óptica e 
canais de RF
155Mbit/s 
a 10Gbit/s 
(155.106 a 
10.109 bit/s)
DQDB (IEEE: 802.6), Metro-
Ethernet, NG- SDH, WMAN IEEE 
802.16 (WiMAX)
WAN Nacional e 
internacional
Fibra óptica 64kbit/s a 
Tbit/s (64.103 
a 1012 bit/s)
PDH, SDH/Sonet, Internet, 
MPLS,
OTN ITU-T (G.709)
Fonte: – Adaptado de TANENBAUM; WETHERALL (2010).
A figura 8 apresenta um exemplo de conexão heterogênea entre as redes de computadores. Na figura 5, é pos-
sível observar a conexão com quatro tipos de configurações estudadas nesta unidade: LAN, MAN, PAN e WAN. 
As redes corporativas podem ser distribuídas geograficamente em filiais, fábricas, escritórios ou representações 
comerciais em diversas cidades ou países (COMER,2016).
Figura 8 – Interconexão de redes com diversas extensões geográficas
Fonte: TANENBAUM; WETHERALL, 2010.
25
Redes de Computadores | Unidade 2 - Formas de Distribuição de Redes
A figura 9 apresenta a classificação de processadores interconectados por escala. A ideia é classificar em dimen-
são os tipos de redes. Na parte superior da figura 6, encontram-se as redes pessoais, destinadas a uma única 
pessoa. Em seguida, aparecem as redes de maior tamanho. Essas redes podem ser divididas em locais, metropo-
litanas e de longas distâncias, em escala crescente (TANENBAUM; WETHERALL, 2010). 
Figura 9 – Classificação por escala
Fonte: TANENBAUM; WETHERALL, 2010.
2.4 Topologia de redes 
As redes de computadores são distribuídas em espaços físicos. A maneira como elas são estruturadas pode 
impactar no projeto, manutenção e velocidade de transmissão. A topologia diz respeito à disposição dos nós e a 
maneira que estão conectados. Ao projetar um design de uma rede de computadores, o projetista tem de levar em 
consideração as vantagens e desvantagens de cada topologia. Existem alguns critérios para a escolha, tais como: 
alta vazão, baixo atraso, alta confiabilidade, economia de enlaces, entre outros (COMER, 2016).
2.4.1 Topologia em barramento
A topologia em barramento possui um cabo que atravessa por toda extensão da rede, interligando todos os com-
putadores (conforme apresentado na figura 10). Esse tipo de topologia foi amplamente adotado em redes LAN. 
O seu uso permitia alcançar taxas de 10 Mbps. Atualmente, os modelos de rede em LAN evoluíram para uma 
arquitetura de rede chamada Ethernet. Os dados nesse tipo de rede não passam por cada nó. No entanto, apenas 
uma máquina pode escrever no barramento de cada vez. As demais máquinas entram em estado de “escuta”, a 
fim de identificar se o pacote é destinado para si ou para outra máquina. A desvantagem desse tipo de topologia 
está em relação à ocupação do canal de comunicação, porque quando uma máquina estiver transmitindo sinal, 
26
Redes de Computadores | Unidade 2 - Formas de Distribuição de Redes
toda a rede fica ocupada, logo, se outra máquina tentar enviar outro sinal ao mesmo tempo, ocorre a colisão e é 
preciso reiniciar a transmissão (COMER, 2016). Por outro lado, existem vantagens no uso desse tipo de topologia, 
sendo elas: economia no uso de cabos, facilidade de expansão e facilidade na instalação (COMER, 2016). 
Figura 10 – Barramento
Fonte: Adaptado de TANENBAUM; WETHERALL, 2010.
2.4.2 Topologia em estrela
Essa topologia é atualmente a mais utilizada em redes locais e é uma espécie de atualização da topologia de 
barramento. A topologia é composta de um cabo par trançado e um concentrador (switch) como ponto princi-
pal da rede, ou seja, a transmissão de uma estação qualquer é enviada do nó central para as demais estações 
(COMER, 2016). O cabeamento que compõe essa topologia também foi atualizado. Passou do cabo coaxial para 
o par trançado.
O cabeamento por meio do par trançado pode atingir taxas de até 10 Gbps. Porém, recomenda-se o uso das 
fibras ópticas para projetos maiores. As vantagens dessa topologia são: todos os dispositivos acessam a rede 
igualmente e o desempenho da rede não é impactado com o aumento de usuários, falha de um computador não 
afeta a rede e o gerenciamento é centralizado. Por outro lado, existem desvantagens, uma delas é de que uma 
falha no dispositivo central paralisa a rede inteira. A figura 11 apresenta um exemplo da topologia em estrela.
Figura 11 – Topologia Estrela
Fonte: Adaptado de TANENBAUM; WETHERALL, 2010.
27
Redes de Computadores | Unidade 2 - Formas de Distribuição de Redes
2.4.2.1 Topologia em anel
A topologia em anel apresenta ligações ente vários nós da rede em formato de círculo, como o próprio nome 
diz, em formato de anel. Os dispositivos são conectados em série. A comunicação nesse tipo de topologia é 
realizada em apenas um sentido, mas quando ocorrem falhas, o sentido pode ser invertido (sentido horário ou 
anti-horário). Os dados são transmitidos apenas em um sentido até alcançarem o seu destino. A mensagem é 
enviada de uma estação para a outra através da retransmissão até ser retirada do anel pelo nó destinado a rece-
ber a mensagem. As vantagens desse tipo de topologia são: todos os computadores acessam a rede de maneira 
igual e a performance não sofre interferência com a adição de usuários. Por outro lado, existem desvantagens, 
sendo elas: os problemas são difíceis de isolar e falha em um computador pode afetar toda a rede (TANENBAUM; 
WETHERALL, 2010).
Figura 12 – Topologia em anel
Fonte: Adaptado de TANENBAUM; WETHERALL, 2010.
2.4.2.2 Topologia mista (híbrido) 
Existe outro tipo de topologia que é conhecida como abordagem mista ou híbrida. Nesse tipo de topologia, existe 
a mistura entre a topologia em anel com a topologia estrela ou um mix das outras topologias estudadas aqui 
nessa unidade. Esse tipo de topologia está presente na vida de todos nós, principalmente com o uso da Internet. 
A figura 13 apresenta um exemplo de topologia mista. 
Figura 13 – Topologia mista
Fonte: Adaptado de TANENBAUM; WETHERALL, 2010.
28
Redes de Computadores | Unidade 2 - Formas de Distribuição de Redes
Síntese da unidade
Nesta unidade, estudamos a classificação das redes de computadores quanto à extensão geográfica (PAN, LAN, 
MAN e WAN). Vimos que as redes de computadores são classificadas em relação ao seu alcance e possuem vanta-
gens e desvantagens quanto à sua aplicação. Aprendemos as características das redes por extensão geográfica, 
ou seja, estudamos sobre as topologias de redes, sendo elas: topologia em barramento, topologia em estrela, 
topologia em anel e topologia mista. Através das topologias de redes de computadores é que conectamos um 
dispositivo aos outros. Cada topologia deve ser adotada para um projeto específico. Dessa forma, devemos proje-
tar uma rede, levando em consideração a quantidade de máquinas, a região, a localização da rede e o orçamento 
do cliente, por exemplo.
29
Considerações finais
Nesta unidade, o aluno estudou sobre os diferentes meios para a troca 
de dados, informações, compartilhamento de arquivos e recursos. A rede 
permite a comunicação com diversos dispositivos, independentemente 
da sua plataforma. Porém, para realizar essa comunicação, é necessário 
configurar e criar redes adequadas para cada finalidade. Sendo assim, faz-
-se necessária a compreensão da classificação das redes por característi-
cas de uso e tamanho.
A rede pessoal de alcance extremamente reduzido é classificada como 
rede PAN. Seu uso é apropriado em locais que demandam poucas máqui-
nas e com dispositivos próximos, por exemplo, dispositivos Bluetooth. A 
rede local de maior alcance é chamada de LAN. Esse tipo de rede pos-
sui pequeno alcance e é composta por poucas máquinas. A rede MAN 
é maior que a LAN, ou seja, abrange uma região maior, cobrindo uma 
região como cidades ou regiões metropolitanas. Por fim, as redes do tipo 
WAN são denominadas como as maiores redes possíveis, porque são con-
sideradas, por exemplo, como a própria internet. Essa rede tem alcance 
mundial, conectando cidades, estados, países e continentes. Além disso, 
as redes WAN possuem alta robustez técnica e utilizam fibra óptica para 
atingir altas velocidades.
Enfim, esta unidade abordou os conceitos das topologias de redes de 
computadores. As topologias de redes são os canais pelos quais a rede 
está conectada com os demais dispositivos.
30
 3Unidade 33. Modelos de Referência
Para iniciar seus estudos
Nesta unidade, será apresentado o modelo de referência OSI (Intercone-
xão de Sistemas Abertos) e a arquitetura TCP/IP (Protocolo de Controle 
de Transmissão - Protocolo de Internet). O modelo de referência OSI tem 
como objetivo garantir a interoperabilidade entre diferentes sistemas 
de comunicação, sendo utilizado para o direcionamento de projetos de 
arquitetura de redes. Já na arquitetura TCP/IP são definidos os conjun-
tos de protocolos,provendo funcionalidades específicas nas redes. O 
modelo OSI é composto por sete camadas: física, enlace de dados, rede, 
transporte, sessão, apresentação e aplicação; já o TCP/IP possui quatro 
camadas: enlace de rede, rede, transporte e aplicação. Cada uma das 
camadas citadas, serão discutidas no decorrer desta unidade. Vamos em 
frente!
Objetivos de Aprendizagem
• Descrever o modelo de referência OSI.
• Nomear os diferentes tipos de camada do modelo OSI e TCP/IP.
• Explicar as funcionalidades das camadas do modelo OSI e TCP/IP.
• Identificar os protocolos atuantes nas camadas do modelo OSI e 
TCP/IP.
• Definir as principais diferenças e semelhanças entre os modelos.
31
Redes de Computadores | Unidade 3 - Modelos de Referência
Introdução da unidade
É importante compreender como os diversos componentes de rede interoperam, pois você já conhece os dife-
rentes tipos de redes e conexões. No momento em que se utiliza uma rede de computadores para executar um 
aplicativo, há a união de várias peças que auxiliam na operação. Um modelo de comunicação ou arquitetura de 
rede separa as peças por camadas, sendo que cada camada é responsável por definir quais são as funções que 
o hardware ou o software (ou ambos) possuem. Dentre os modelos de referência de rede, o modelo TCP/IP e o 
modelo OSI são os dois mais conhecidos e serão discutidos mais detalhes no decorrer da unidade.
3.1 Modelo de referência 
O modelo de referência tem papel importante no desenvolvimento das redes de computadores. Organizações 
internacionais e nacionais desenvolveram arquiteturas de rede, compostas por camadas de protocolos que 
determinam um conjunto de serviço de comunicação para garantir que componentes de uma rede de computa-
dores trabalhem de forma conjunta e harmônica. 
Sem os modelos de referência cada empresa teria sua própria tecnologia e seria impossível uma comunicação 
entre dispositivos fabricados por empresas diferentes.
Com a padronização determinada pelos modelos de referência, cada fabricante de tecnologia faz o seu trabalho 
sem se preocupar com problemas futuros de incompatibilidade.
3.1.1 Divisão em camadas
O objetivo de realizar um modelo em camadas é possibilitar que cada camada seja independente no seu traba-
lho, mas tenha grande interação com as demais (SCHMITT, 2013). A segmentação do trabalho se torna cada vez 
mais importante, conforme cresce o tamanho das aplicações. Uma separação semelhante das funções de servi-
ços ocorre em aplicações de redes de computadores. 
A título de exemplo, considere uma empresa que preste algum tipo de serviço ou produz algum tipo de produto. 
Para que essa empresa funcione, há necessidade da divisão de trabalho. Os diretores precisam tomar as decisões 
para o negócio. O setor fiscal é responsável pela parte burocrática; o comercial, por vender os serviços/produtos; 
o marketing por criar campanhas publicitárias e cuidar da imagem da empresa. Já os operários são responsáveis 
por executar as tarefas manuais. É difícil encontrar apenas uma pessoa que seja capaz de desempenhar todas 
essas atividades. O mesmo ocorre em softwares e aplicativos de redes de computadores, em que diferentes méto-
dos possuem funções distintas, e o correto desempenho de suas tarefas faz com que toda a aplicação funcione 
corretamente. 
Outro bom exemplo para representar a interação e a independência de um serviço em forma de camadas é o 
envio de uma correspondência. Quando preenchemos uma carta, além da mensagem que queremos enviar, 
preenchemos o remetente e o destinatário e a encaminhamos para postagem, não interessando como a carta 
chegará ao seu destino. Cada parte (camada) tem sua responsabilidade durante o trajeto e, sem a existência de 
alguma delas, não seria possível garantir a entrega da carta ao seu destino.
32
Redes de Computadores | Unidade 3 - Modelos de Referência
Nestes cenários, serão detalhados os modelos de referência TCP/IP e OSI.
3.1.2 O modelo de referência TCP/IP
Antes de adentramos mais na seção, vamos falar um pouco sobre a história da ARPANET. Ela foi a primeira rede 
de computadores que utilizou a comutação por pacotes. Originou-se com o objetivo de interligar centros de 
militares dos Estados Unidos, mas, com o passar do tempo, foi expandido, e várias universidades e repartições 
públicas começaram a se conectar. Ao criarem redes de rádio e de satélite, problemas de protocolos começaram 
a surgir e impulsionou o desenvolvimento de uma nova arquitetura de referência que fosse capaz de conectar 
várias redes uniformemente. Assim, o modelo de referência de protocolos TCP/IP foi desenvolvido por um grupo 
de cientistas nas décadas de 60 e 70, com o objetivo de criar uma arquitetura aberta que permitiria interopera-
bilidade entre as redes (WHITE, 2012). 
Quando se aborda a quantidade de camadas presentes no modelo de referência TCP/IP, pode-se notar que esse 
número não é uma entidade estática. Alguns livros apresentam o modelo de referência TCP/IP como sendo de 
quatro camadas, enquanto outros dizem que são cinco, além de que fontes diferentes utilizam nomes diferentes 
para cada uma das camadas. Neste material, utilizaremos quatro camadas, como exibido na figura a seguir: enlace 
de rede, rede, transporte e aplicação. Observe que as camadas não especificam protocolos precisos ou serviços 
específicos, ou seja, o conjunto de protocolos TCP/IP não nos diz, por exemplo, que tipo de fio ou de conector usar 
para conectar as peças de uma rede. Essa escolha deve ser feita pelo designer ou por quem implanta o sistema. 
Em vez disso, o conjunto simplesmente diz que se você determinar um tipo de fio ou conector específico, pode 
fazê-lo em uma camada particular.
Figura 14 – Representação do modelo de referência TCP/IP
Aplicação4
Transporte3
Rede2
Enlace de Rede1
Modelo de Referência TCP/IP
Fonte: Elaborada pelo autor.
Além disso, cada camada do conjunto de protocolos TCP/IP disponibiliza um serviço para a camada seguinte. Por 
exemplo, a camada de transporte assegura que os dados recebidos no ponto final da transmissão sejam iguais 
aos que foram originalmente transmitidos, mas ela depende da camada de rede para encontrar o melhor cami-
nho para os dados percorrerem de um ponto a outro dentro da rede. Com cada camada executando sua função 
designada, as camadas trabalham juntas para permitir que um aplicativo envie seus dados por uma rede de com-
putadores (WHITE, 2012). A seguir, detalharemos cada uma das camadas da arquitetura TCP/IP.
33
Redes de Computadores | Unidade 3 - Modelos de Referência
3.1.2.1 Camada de enlace de rede 
A camada de enlace de rede, também denominada por outros autores como data-link layer, interface de rede 
ou acesso à rede, é responsável pelos protocolos de comunicação e acesso ao meio físico. Em redes locais, por 
exemplos, têm-se os protocolos CSMA/CD através de arquitetura Ethernet, Token-Ring e FDDI. O padrão IEEE 802.3 
descreve as especificações do protocolo Ethernet, e nele se padroniza as definições dos endereços Media Acess 
Control (MAC) das placas de redes.
Os endereços MAC são responsáveis por endereçar os dados no meio físico. Para que não haja repetição das pla-
cas produzidas, cada fornecedor tem uma faixa de endereços. Em outras palavras, cada placa possui um endereço 
único que é gravado na memória fixa da placa de rede, quando é fabricada. Cada endereço MAC é constituído por 
6 bytes separados por dois pontos (“ : ”) ou hífen (“-“) , sendo o código do fabricante descrito pelos três primeiros e 
os outros três, pelo número de sequência. Cada byte é representado no formato hexadecimal, atingindo o tama-
nho total de 12 caracteres (SOUZA, 2009).
Representação de endereços MAC
Endereço MAC: 06-DC-B8-00-A3-4F (com hífen)
Endereço MAC: 00:3B:5A:60:22:7B (com dois pontos)
Saiba mais
Nas redes de Ethernet, a camada de enlace possui duas subcamadas: MAC e LLC (Logical Link Control). O MAC, 
através das especificações do padrão IEEE-802.3 (CSMA/CD), define como transmitir os frames nomeio físico. A 
identificação lógica do protocolo da camada de rede é feita no LLC por um código de tipo ou por um identificador 
de acesso a serviço (SAP - Service Access Point), ou seja, a camada acima (rede), ao enviar seus dados para o LLC, 
informa o protocolo que está usando. O IEEE criou a subcamada de enlace lógico LLC para melhor interoperabi-
lidade da camada de enlace com os protocolos das camadas acima e abaixo dela.
Quando o LLC recebe um pacote IP da camada de rede, faz-se a agregação dos campos de controle. Os con-
troles agregados ao pacote IP são o DSAP (Destination Service Access Point) e o SSAP (Source Service Access Point). 
Com isso, o LLC encapsula o pacote IP e, em seguida, é encapsulado em um frame MAC IEEE 802.3. Os controles 
do LLC têm o objetivo de controlar a comunicação entre dois dispositivos conectados por um único link na rede 
e com diferentes protocolos da camada de transporte, ou seja, uma comunicação entre dois pontos adjacentes. 
A subcamada LLC é definida pela especificação IEEE 802.2. A subcamada MAC tem como função encaminhar os 
dados da camada de enlace para o meio físico em redes Ethernet.
34
Redes de Computadores | Unidade 3 - Modelos de Referência
3.1.2.2 Camada de rede 
Os endereços lógicos de origem e destino da rede são definidos e tratados nesta camada. Além de fazer a 
interconexão de múltiplos links (enlaces ou canais de comunicação). Ela também determina como os dados 
devem ser transportados entre dispositivos que não estão conectados localmente. Para isso, são utilizados os 
endereços de rede (IP, por exemplo) de origem e destino, definindo os caminhos de rede que deverão ser utili-
zados para a entrega dos pacotes de dados ao seu destino. Na figura a seguir, são detalhadas as atribuições da 
camada de rede nos equipamentos e nos dispositivos finais.
Nos switches, ocorre a entrega direta dos dados, ou seja, a origem e o destino do pacote se localizam na mesma 
rede física. Nos roteadores, ocorre uma entrega indireta. O pacote vai de roteador a roteador até atingir aquele 
conectado à mesma rede física de seu destino final (FOROUZAN, 2009). A definição da melhor rota a ser per-
corrida é feita pelo protocolo que fica armazenado no roteador, como, por exemplo, o RIP (Routing Information 
Protocol) que escolhe o melhor caminho através do menor número de trechos ou saltos (hops) que se deve 
percorrer para atingir o destino. Já o protocolo de roteamento OSPF (Open Shortest Path First) define seu melhor 
caminho com o critério de melhor desempenho ou velocidade dos trechos que compõem o trajeto (SOUZA, 
2009).
Figura 15 – Camada de rede
Fonte: Elaborada pelo autor.
3.1.2.3 Camada de transporte 
A função da camada de transporte é estabelecer uma conexão confiável entre a origem e o destino, garantindo a 
integridade dos dados, garantindo que não ocorra a perda de pacotes e se eles estão chegando em ordem. Caso 
35
Redes de Computadores | Unidade 3 - Modelos de Referência
necessário, solicitar a retransmissão de pacotes faltantes ou com erro e efetuar um controle de fluxo do envio 
dos dados entre a aplicação e a transmissão dos dados pela rede (TORRES,2016). Chamamos de controle de fluxo 
o trabalho de regular a quantidade de dados enviados pela aplicação e a capacidade de transmissão do meio de 
comunicação e da rede. Essas atividades são efetuadas pelo protocolo de comunicação que atua na camada de 
transporte (TANENBAUM, 2011).
O protocolo responsável por essas atividades na arquitetura TCP/IP é o TCP. Os protocolos de transporte possuem 
um identificador da aplicação para a qual estão transportando os dados, o port number. Eles controlam e fazem 
também com que seus segmentos sejam retransmitidos, caso o receptor não confirme a recepção. Colocam os 
segmentos em ordem no receptor e controlam o fluxo, evitando congestionamentos (SOUZA, 2009).
Além disso, a camada de transporte determina como será estabelecida uma sessão (conexão lógica) entre as 
aplicações de duas estações. O TCP é um protocolo fim-a-fim (end-to-end), ou orientado à conexão, que per-
mite que as aplicações tenham uma conexão confiável, conferindo se ocorreram perdas de pacotes ao longo da 
transmissão ou se chegaram com erros (TANENBAUM, 2011). Neste último caso, o protocolo TCP do receptor 
avisa o protocolo TCP do transmissor que o pacote recebido está com erros e solicita a retransmissão. O TCP tam-
bém coloca os segmentos (pacotes) em ordem (sequência) correta ao recebê-los e evita o congestionamento na 
transmissão. Faz um controle de fluxo armazenando os pacotes que chegam em buffers (memória) ou enviando 
um indicador de not ready para o transmissor interromper a transmissão até que o receptor tenha condições de 
receber e processar mais pacotes (FOROUZAN, 2009).
Protocolos orientados à conexão põem uma conexão handshake em que trocam informações de controle, antes 
de iniciar a transmissão dos dados. Quando o TCP do receptor está apto a voltar a receber mais pacotes, envia um 
indicador de ready para o transmissor voltar a enviar (FOROUZAN, 2009). O protocolo da camada de transporte 
faz a segmentação dos dados vindos da camada de aplicação. Segmentar é dividir os dados em pedaços ou blo-
cos de bytes chamados de PDUs (Protocol Data Units) que serão transmitidos para as camadas abaixo e pela rede 
(COMER, 2009).
Para garantir a confiabilidade no transporte dos dados, a transmissão na camada de transporte possui detecção, 
tratamento e correção de erros, como descrito anteriormente, é definida como orientada à conexão (COMER, 
2009). 
O protocolo UDP (User Datagram Protocol) na camada de transporte usa qualquer caminho disponível na rede ao 
longo da transmissão. Dessa forma, pacotes podem ser recebidos fora de ordem pelo receptor. Ele é um exemplo 
de conexão não confiável (COMER, 2009).
Um protocolo não orientado à conexão, como o UDP, envia os dados diretamente sem saber se o destinatário 
está lá ou não, ou seja, sem fazer o handshake de conexão. O UDP não reagrupa as mensagens de entrada, não 
usa confirmações e não fornece controle de fluxo. Esse tipo de protocolo sem conexão fim-a-fim possui menos 
controles, portanto é mais rápido, sendo indicado para aplicações de voz e imagem em tempo real em que dados 
perdidos ou com erros não precisam ser tratados nem retransmitidos (SOUZA, 2009).
3.1.2.4 Camada de aplicação 
Por fim, mas não menos importante, a camada de aplicação engloba os protocolos que são responsáveis por 
toda a comunicação entre as aplicações, como, por exemplo, a transferência de arquivos, envio e recebimento 
de e-mails ou qualquer outra atividade executada em rede que deve ser enviada ou recebida pelo usuário final, 
devendo passar pela camada de aplicação. A camada de aplicação é responsável por fornecer serviços ao usuário 
final (FOROUZAN, 2009).
36
Redes de Computadores | Unidade 3 - Modelos de Referência
A camada de aplicação deste modelo de referência possui ferramentas e sistemas como SSH, Telnet, HTTP, FTP, 
entre outras. Ela tem que gerenciá-las e deixá-las disponíveis para o usuário. Ela também é responsável por pro-
cessos de inicialização e finalização de troca de dados entre aplicações. Detalhes sobre os protocolos citados 
nessa camada serão apresentados nas próximas seções.
3.1.3 O modelo de referência OSI
Embora o conjunto de protocolos TCP/IP seja o escolhido para a maior parte das redes instaladas, é importante 
estudar tanto essa arquitetura quanto o modelo OSI. Vários livros e artigos, ao descrever um produto ou proto-
colo, geralmente se referem ao modelo OSI com afirmações do tipo “Este produto é compatível com a camada 
OSI xxx”. Se você não se familiarizar com as várias camadas do modelo OSI e com o conjunto de protocolos TCP/
IP, a falta desse conhecimento básico importante pode impedir a compreensão de conceitos mais avançados 
no futuro.
O modelo OSI é composto por sete camadas: física, enlace, rede, transporte, sessão, apresentação e aplicação, 
como mostra a figura a seguir. No modeloem questão, uma camada usa recursos de outra diretamente inferior 
e, assim, fornece serviços à camada que está superior. Por exemplo: a camada enlace usa recursos da camada 
física, a fim de enviar os sinais no meio de transmissão e fornece serviços à camada rede, a fim de disponibilizar 
o enlace fim-a-fim.
Figura 16 – Representação do modelo de referência OSI
Aplicação7
Apresentação6
Sessão5
Transporte4
Rede3
Enlace2
Física1
Modelo de Referência OSI
Fonte: Elaborada pelo autor.
Quando um dado é transmitido, cada uma das camadas recebe os dados da camada superior, acrescenta as infor-
mações necessárias dessa camada e envia para a camada inferior. Quando o dado é recebido do outro lado, ocorre 
o procedimento contrário. Esse processo de adicionar informações às camadas é chamado de encapsulamento.
37
Redes de Computadores | Unidade 3 - Modelos de Referência
3.1.3.1 Camada física 
A camada física se refere às conexões mecânicas e elétricas formadas pelos modems, linhas físicas, conectores, 
cabos e interfaces de hardware de comunicação dos equipamentos. Nesse nível, temos as definições dos sinais 
elétricos, transmissão dos bits, detecção da portadora de transmissão dos dados etc. A norma do modelo OSI 
define características mecânicas, elétricas e de operação física (SOUZA, 2009). A escolha de meios de trans-
missão com ou sem fio é geralmente determinada na camada física. Além do mais, como os dados digitais ou 
analógicos são codificados ou modulados em um sinal digital ou analógico nesse ponto do processo, a camada 
física também determina a técnica de codificação ou modulação a ser utilizada na rede.
3.1.3.2 Camada de enlace de dados 
A camada de enlace de dados é responsável por fazer a conexão de dois pontos de uma determinada rede. Nesta 
camada, faz-se a verificação dos blocos enviados e recebidos, ou seja, faz-se a correção de erros na transmis-
são entre dois pontos. Quando há erro na transmissão dos dados, a mesma é retransmitida. Esse nível também 
é responsável pela formação e endereçamento das mensagens. Em outras palavras, os bits do nível físico são 
tratados como blocos de caracteres com endereços de origem e destino. A sincronização lógica entre os pontos 
em comunicação também é implementada nesta camada. Em redes locais, o protocolo de comunicação nesta 
camada é o CSMA/CD (SOUZA, 2009).
A camada de enlace tem um conjunto de regras que conduz a troca de dados pelo meio físico entre dois pontos. 
Esta camada permite a transferência de qualquer sequência de bits, sendo, então, transparente aos dados trafe-
gados. Normalmente, nesta camada, é utilizado o protocolo High-Level Data Link Control (HDLC), que é orientado a 
bit e transparente aos dados transmitidos (TORRES, 2016). 
A camada enlace tem como responsabilidade garantir de forma correta e confiável a comunicação em uma 
conexão física. Ela é a responsável por montar os quadros, chamados frames, que serão transmitidos pela camada 
física. Os protocolos mais conhecidos da camada enlace são o Ethernet e token ring. A camada enlace é ainda divi-
dida em duas subcamadas (TANENBAUM, 2011):
LLC: realiza o controle lógico da conexão, como controle de erros e de fluxo.
MAC: faz o controle de acesso ao meio. Essa subcamada realiza a comunicação direta da placa adaptadora da 
rede à camada física.
3.1.3.3 Camada de rede
A camada de rede controla todo o tráfego dentro da rede externa, como o roteamento dos dados entre os nós 
da rede para atingir o endereço final (TANENBAUM, 2011). Os pacotes de dados são encaminhados pelos nós da 
rede até atingirem o destino. Como a rede, neste caso, tem uma abrangência geográfica grande, podendo atingir 
cidades, países ou o mundo inteiro, chama-se WAN (Wide Area Network) ou rede externa, que pode ser pública ou 
privativa (TANENBAUM, 2011).
Nesta camada, é feito o empacotamento (montagem dos pacotes ou blocos de dados que percorrerão a rede), 
correção de falhas de transmissão entre os nós da rede, controle de fluxo, roteamento dos dados, encaminha-
mento dos pacotes, selecionando o melhor caminho e outras funções de controle e endereçamento (TANEN-
BAUM, 2011).
38
Redes de Computadores | Unidade 3 - Modelos de Referência
A camada anterior (enlace) controla a informação entre os nós adjacentes. Já a camada de rede controla a trans-
ferência do pacote entre a origem e o destino. A determinação do melhor caminho pode ser feita em um ponto 
centralizado da rede (calculando por algoritmo o menor caminho) ou de forma distribuída (na qual todos os nós 
podem calcular o melhor caminho) (TORRES, 2016).
Na camada de rede, o encaminhamento de dados pode ser de forma Estática, Adaptativa e de Difusão, sendo 
a forma estática quando se usa o mesmo caminho ou separa-se o tráfego de dados com outras linhas fixas. 
A forma adaptativa procura escolher o melhor caminho, porém requer grande troca de informações da rede 
sobre o status das linhas. E, por fim, difusão. Nesta forma, os pacotes são “jogados” na rede e apenas o nó de 
destino os recebe (como no caso de redes locais com o protocolo CSMA/CD). 
Nesta camada, está situado o escopo de uma rede pública de pacotes, como a Internet com os seus pacotes IP 
roteados por roteadores ao longo da rede. Os níveis físico e de enlace são o acesso à rede pública, e a camada de 
rede é a própria rede pública de pacotes e sua operação interna.
3.1.3.4 Camada de transporte 
No contexto geral de uma rede distribuída, nesse nível são definidas as regras de controle da comunicação fim 
a fim entre duas pontas finais que se comunicam entre si. É o protocolo dessa camada que garante a entrega 
correta dos dados no destino.
Nesta camada, que é a primeira a fazer o controle fim a fim, a integridade das mensagens trocadas entre dois 
usuários finais deve ser garantida, independentemente dos controles das camadas anteriores. As camadas 1, 2 e 
3 atuam em segmentos da rede. A camada 4 já atua entre as duas pontas finais que se comunicam entre si; por 
exemplo, entre o computador da matriz da empresa e o computador de sua filial.
Nesta camada têm-se a definição e a operacionalização do endereçamento fim a fim. A multiplexação e demul-
tiplexação dos dados para distribuir entre vários terminais de uma rede final. É feito o tratamento de retardo, e 
espera de pacotes, controle de fluxo de mensagens entre transmissor e a capacidade de recepção do receptor, 
além do controle e retransmissão de mensagens não confirmadas depois de um determinado tempo.
Essas funções são intrínsecas ao equipamento do usuário final, portanto elas são implementadas no sistema do 
usuário. Como esse nível atua na conexão, na ponta final que é o usuário, o endereço de cada porta ou usuário 
deve ser único para toda a rede. Nesse processo de comunicação, as conexões são abertas ou encerradas e tro-
cados parâmetros de transmissão, tamanho da mensagem, entre outras definições para controlar a transmissão 
e a integridade dos dados.
3.1.3.5 Camada de sessão
Esta camada é responsável por estabelecer sessões entre usuários e pelo gerenciamento de token, um serviço que 
controla qual computador de usuário conversa durante a sessão corrente ao passar um token de software para 
frente e para trás (TANENBAUM, 2011). Além disso, a camada de sessão estabelece pontos de sincronização, que 
são pontos de restauração (backup) utilizados em caso de erro ou falha. Por exemplo: ao transmitir um docu-
mento grande, como um livro eletrônico, a camada de sessão pode inserir um ponto de sincronização no fim de 
cada capítulo. Se um erro ocorrer durante a transmissão, tanto o transmissor quanto o receptor podem fazer o 
backup do último ponto de sincronização e iniciar a retransmissão desse ponto (WHITE, 2012). 
3.1.3.6 Camada de apresentação 
Esta camada é responsável por fazer a conversão dos códigos e transformação dos dados recebidos para repas-
sá-los à aplicação. A formatação dos dados é executada de forma que a aplicação final possa lê-los, pois os 
39
Redes de Computadores| Unidade 3 - Modelos de Referência
mesmos podem vir corrompidos ou compactados para diminuir a quantidade de dados trafegados na rede 
(TORRES, 2016).
Portanto, a camada de apresentação faz a conversão de códigos e formatos de representação de dados, além 
de fazer a criptografia e descriptografia (para este, os dados são criptografados na camada de apresentação do 
transmissor e descriptografados na camada de apresentação do receptor) dos mesmos e também a compacta-
ção e descompactação dos dados.
3.1.3.7 Camada de aplicação 
Por fim, essa camada disponibiliza às aplicações os meios para acessar o ambiente de comunicação reali-
zando, portanto a interface entre o protocolo de comunicação e o aplicativo utilizado na rede. Os serviços mais 
comuns incluem correio eletrônico, transferência de arquivos, serviço de diretório, acesso a bancos de dados 
e gerência de rede.
3.1.4 Comparação dos modelos de referência TCP/IP e OSI
Como citado anteriormente, o modelo de referência TCP/IP foi desenvolvido para atender às necessidades da 
rede ARPANET. Apesar de ele ter sido criado antes do modelo OSI, ambos possuem pontos em comum, como, por 
exemplo, eles são baseados no conceito de uma pilha de protocolos independentes, ou seja, cada camada pode 
utilizar o protocolo que precisar, independentemente das demais camadas (TANENBAUM,2011). Uma caracte-
rística distinta entre os dois modelos é a quantidade de camadas de cada um deles: o modelo de referência OSI 
possui sete camadas, enquanto o modelo TCP/IP possui apenas quatro. Porém, ao se analisar cada camada é 
possível perceber que as camadas de ambos possuem basicamente as mesmas funcionalidades, como é repre-
sentado pela figura a seguir, onde pode se observar pelas tonalidades de cor entre as camadas de um modelo e 
as do outro (TORRES, 2016).
A camada de enlace de rede do modelo TCP corresponde à camada enlace do modelo de referência OSI. Pode-se 
notar que a camada física não é especificada pelo TCP/IP. A camada rede do modelo TCP desempenha as mesmas 
funcionalidades da camada rede do modelo OSI, sendo esta responsável pelo roteamento dos pacotes. A camada 
de transporte do modelo TCP se refere diretamente à camada transporte do modelo OSI, sendo responsável por 
transportar os dados da origem até o destino. Por fim, a camada de aplicação do modelo TCP/IP que realiza as 
funcionalidades das camadas de sessão, apresentação e aplicação do modelo OSI.
40
Redes de Computadores | Unidade 3 - Modelos de Referência
Figura 17 – Modelo OSI x Modelo TCP/IP
Aplicação
Aplicação
7
4Apresentação6
Sessão5
Transporte Transporte4 3
Rede Rede3 2
Enlace
Física
2
1
Física1
Modelo de Referência OSI Modelo de Referência TCP/IP
Fonte: Elaborada pelo autor.
Ambos os modelos foram desenvolvidos em várias camadas de forma que o usuário deveria 
se conectar à camada mais superior e ignoraria a forma ou meio necessário para entregar/
receber sua mensagem, abstraindo assim os detalhes dos sinais elétricos encontrados nas 
camadas inferiores.
Fique atento!
Síntese da unidade
Estudamos nesta unidade sobre os modelos de referência TCP/IP e OSI. É extremamente importante que o aluno 
domine as diferenças entre o modelo TCP/IP e OSI. Existem aplicações e serviços específicos em cada camada dos 
modelos estudados. O domínio de cada camada aproxima o aluno da aplicação prática em redes de computadores.
41
Considerações finais
Nesta unidade, estudou-se sobre os modelos de referência TCP/IP e OSI. 
Apesar de possuírem quantidades de camadas diferentes, verifica-se que 
as camadas de um modelo e outro possuem quase as mesmas funções, 
combinado aspectos construtivos semelhantes. Ambos os modelos utili-
zam a tecnologia de comutação de pacotes e acreditava-se que o modelo 
OSI se tornaria o padrão para comunicação de dados, porém prevalece a 
arquitetura TCP/IP. 
42
 4Unidade 44. Tipos de Redes
Para iniciar seus estudos
Nesta unidade, veremos conceitos importantes sobre os tipos de conexão 
ponto a ponto e multiponto. Você conhecerá os tipos de rede em que se 
dividem a conexão ponto a ponto, também conhecida como peer-to-peer 
ou simplesmente P2P, e como este tipo de conexão é importante para 
o compartilhamento de dados entre usuários. Além disso, você verá as 
aplicações que são utilizadas atualmente com esta conexão. Por fim, você 
conhecerá sobre a conexão multiponto e como ela funciona.
Objetivos de Aprendizagem
• Identificar e diferenciar as conexões ponto a ponto e multiponto.
• Compreender o funcionamento de cada tipo de conexão.
• Identificar e compreender a função de cada tipo de conexão 
ponto a ponto.
• Interpretar e relacionar o modo como as conexões ponto a ponto 
são utilizadas nas aplicações atuais para compartilhamento de 
dados.
43
Redes de Computadores | Unidade 4 - Tipos de Redes
Introdução da unidade
Até aqui, você já estudou vários conceitos preliminares envolvendo as redes de computadores. Agora, é hora de 
aprofundar mais um pouco e conhecer os tipos de conexões ponto a ponto e multiponto. Nesta unidade, você 
verá como surgiram as primeiras redes ponto a ponto e a importância que elas tiveram para o avanço na comu-
nicação. Entenderá como ocorre a comunicação entre dois dispositivos neste tipo de conexão. Além disso, você 
compreenderá como funciona esta conexão para aplicações que são utilizadas atualmente para compartilha-
mento de dados, como aplicações que utilizam Torrent. Por fim, você conhecerá a conexão multiponto, que foi 
primordial para o surgimento das primeiras redes Ethernet. Então, vamos lá!
4.1 Tipos de redes locais e conexões
A partir dos grandes avanços em relação à área de telecomunicações e de redes de computadores, aliado à redu-
ção dos custos em relação aos recursos computacionais, incentivou a proliferação das redes para todos os seto-
res da sociedade. A partir desse mecanismo, foi possível o aumento da diversidade de recursos e serviços ofere-
cidos em rede. 
4.1.1 Rede cliente-servidor 
As empresas possuem vários computadores. Como exemplo, uma empresa pode ter uma estação de trabalho 
(computador) para cada funcionário. As estações de trabalho podem ser utilizadas para acessar a internet, cons-
truir projetos, produtos e documentar normas da empresa. Os computadores podem trabalhar de maneira iso-
lada uns dos outros. Porém, em algum momento, a empresa pode necessitar a conexão entre todos eles, objeti-
vando a troca de recursos, tais como impressoras, arquivos, programas e dados (COMER, 2016). 
O compartilhamento de recursos pode trazer economia para a empresa, como, por exemplo, o uso de apenas 
uma impressora ou compartilhar documentos com todos os funcionários. Tratando-se de uma empresa ou escri-
tório de médio ou grande porte, possuem uma infraestrutura de rede, a fim de compartilhar todos os recursos 
entre os funcionários, independentemente da localização dos escritórios, através de um servidor de forma quase 
instantânea. No entanto, quando a empresa é relativamente pequena, provavelmente, todos os computadores 
se encontram no mesmo lugar e podem acessar um serviço que está localizado no mesmo prédio com o uso de 
uma máquina que todos utilizam via rede (COMER, 2016; SOUSA, 2009). 
As empresas maiores possuem um sistema composto por máquinas clientes e máquinas servidoras. Essa confi-
guração permite o acesso de máquinas clientes acessando as máquinas remotas (servidores ou servidoras). Nor-
malmente, as máquinas servidoras possuem alto poder computacional e alto processamento maior do que os 
computadores comuns. A FIG. 1 apresenta um exemplo de rede do tipo cliente/servidor. É possível visualizar que 
as máquinas clientes e servidor são conectadas entre si, possibilitando o acesso de vários recursos em comum. 
Esse tipo de rede possui várias vantagens, sendo elas: o gerenciamento é realizado por um computador central, 
permite backup de todos os dados da empresa a partir de todas as máquinas conectadas e maior segurança dos 
dados (COMER, 2016).
44
Redes

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