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Intervenção de terceiros - Daniel Assumpção- Intervenções típicas e atípicas ➢ Permissão legal para que um sujeito alheio à relação jurídica processual originária ingresse em processo já em andamento. ➢ Devem ser expressamente previstas em lei ➢ Objetivo a) Economia processual (evitar repetições de atos processuais) b) Harmonização de julgados (evitar decisões contraditórias) ➢ Admitido no processo, passa a ser considerado parte. 1. Processo/fase de conhecimento a) Intervenção da Lei 9.469/1997 → Possibilidade de intervenção da união em causas em que figurarem como autoras ou rés, autarquias, fundações públicas, sociedades de economia mista e empresas públicas federais. → Possibilidade de intervenção de pessoas de direito público (adm. direta, indireta, federais, estaduais, municipais e distritais) em demandas já em tramite caso tenha algum reflexo ainda que indiretos. → Não há claramente qual a qualidade jurídica assumida pela pessoa de direito público, como passam a atuar com mesmos poderes dos assistentes, é comum referência como “assistência anômala” (STJ entende tratar-se de assistência simples) b) Ação de alimentos → Art. 1.694 CC → Serão obrigados a pagar alimentos os parentes, cônjuges e companheiros, sendo hipótese de litisconsórcio facultativo (sua formação dependerá da vontade do autor) → Duas hipóteses: Não ter formado litisconsórcio inicial e não ter o réu condições de arcar total ou parcialmente com encargo alimentar. → Não é hipótese de denunciação da lide, pois não existe entre parentes, cônjuges e companheiros qualquer garantia à obrigação alimentar, jamais podendo cobrar daquele que deveria ter pago. → NÃO HÁ DIREITO DE REGRESSO → Também não pode ser considerada Chamamento ao processo, pois esta se caracteriza por obrigação solidária, o que não há na ação de alimentos. → Trata-se de uma intervenção atípica 2. Processo/fase de execução ➢ Há intervenções típicas no processo executivo e fase de cumprimento de sentença. ➢ É admitido nas intervenções típicas a assistência, incidente da desconsideração da PJ e amicus curiae. ➢ Intervenção atípica: a) Sempre que um terceiro ingressa na execução na fase de expropriação do bem com intenção de adquiri-lo ✓ Adjudicação por todos os legitimados que não o exequente (art. 876, §5º) ✓ Alienação do bem pelo exequente por corretor especializado ou leiloeiro (art. 880 CPC) ✓ Alienação judicial por arrematação por sujeito que não seja o exequente b) Sempre que outros credores ingressarem na demanda executiva para discutir o direito de preferência. 3. Ação probatória autônoma ➢ No processo cautelar são INADMISSIVEIS as intervenções de terceiros típicas (salvo assistência) ➢ Doutrina prevê espécie de assistência provocada, na qual o requerente da produção antecipada de provas simplesmente pedirá a citação do terceiro para fazer parte desse processo. (única forma de usar a prova produzida contra ao citado) ➢ Não cabe denunciação da lide, nem chamamento ao processo em demanda que visa exclusivamente a produção de prova. Assistência ➢ Espécie de intervenção de terceiro típica ➢ Ingresso de modo voluntário em processo alheio para auxiliar uma das partes em busca da vitória. ➢ Só será admitido como assistente o terceiro que demonstrar estar sujeito a ser afetado juridicamente pela decisão a ser proferida em processo que não participa 1. Assistência Simples (adesiva) ▪ Só se permite se houver um interesse jurídico do terceiro na solução da demanda, representado no caso pela existência de uma relação jurídica não controvertida ▪ EX. Intervenção assistencial do sublocatário na ação de despejo promovida pelo locador contra o locatário (porém, caso a sublocação faça parte do contrato originário, será litisconsórcio passivo necessário) ▪ STJ: “a existência de um interesse econômico não desnatura o interesse jurídico, mas não basta para justificar a intervenção do terceiro como assistente) ▪ Só haverá interesse com a análise a respeito da existência da relação jurídica entre terceiro e a parte que venha a ser afetada pela decisão judicial. ▪ Não basta também a existência da relação jurídica não controvertida entre o terceiro e a parte, sendo ainda necessário que a relação jurídica seja diretamente afetada em virtude da decisão a ser proferida no processo. ▪ Não há relação do assistente com a parte adversária do assistido 2. Assistência litisconsorcial (qualificada) ▪ Art. 124 CPC ▪ Terceiro é titular da relação jurídica de direito material discutida no processo, sendo, portanto, diretamente atingido em sua esfera jurídica pela decisão a ser proferida ▪ Trata-se de hipótese de legitimação extraordinária, pela qual é possível que seja parte processual um sujeito que não é titular do direito (substituição processual) ou de sujeito que é titular juntamente com outros (cotitulares) que não precisam participar do processo para que este seja válido e eficaz. ▪ Só possível em litisconsórcio facultativo. ▪ Ex. Alienação de coisa litigiosa em substituição processual a) Assistente litisconsorcial ou litisconsorte facultativo ulterior → Art. 124 sustenta que esse terceiro que ingressa no processo nada pede e contra ele é pedido, de forma que o seu ingresso não inclui no processo qualquer nova demanda, o que é suficiente para não o considerar parte. → Pensamento acima não prospera, pois intervindo no processo passa a ser parte → Verdadeira hipótese de litisconsórcio facultativo ulterior 3. Procedimento da assistência ▪ O terceiro deverá requerer o seu ingresso por meio de petição fundamentada ▪ Não é necessário preencher os requisitos do art. 319 CPC ▪ Pedido é admitido em qualquer processo, inclusive de execução ou qualquer procedimento seja comum ou especial de jurisdição contenciosa ou voluntária ▪ Exceção → Juizados especiais cíveis (havendo divergência no cabimento por MS) ▪ O assistente recebe o processo no estado que se encontra (art. 119) ▪ O juiz pode indeferir liminarmente se não cumprido os requisitos (Pedido em interesse meramente econômico ou em procedimento dos juizados) ▪ Caso não indefira liminarmente, O juiz intimará no prazo de 15 dias para manifestar. (art. 120 CPC) ▪ Esse incidente não suspende o andamento do procedimento principal (art.120 CPC) ▪ Na hipótese de indeferimento, só cabe ao terceiro a legitimidade do interesse recursal. ▪ Art. 123 → Há situações em que a espera para ingressar no processo poderá sacrificar a sua atuação, devendo o terceiro ingressar no processo praticando o ato 4. Os poderes do assistente simples ▪ Não defende direito próprio na demanda, apenas auxilia o assistido, não se admitindo que sua atuação contrarie interesses deste. ▪ Não pode contrariar vontade expressa do assistido, mas pode se manifestar diante omissão. ▪ É admitido recurso pelo assistido, ainda se o assistente não tenha recorrido, o que não pode é se houver renúncia ao direito de recorrer pelo assistido ▪ Praticado ato pelo assistente na omissão do assistido, ficará sua eficácia condicionada a ausência de uma manifestação expressa por parte deste. ▪ No caso do procedimento do art. 190 CPC, apesar da omissão do assistido, se as partes acordarem em não é cabível ag. De instrumento, não poderá o assistente interpor, mesmo com omissão. ▪ Sendo revel, ou omisso o assistido, o assistente será considerado seu substituto processual. 5. Os poderes do assistente litisconsorcial ▪ O assistente litisconsorcial atuará no processo como se fosse um litisconsorte unitário ▪ Os atos de disposição praticados exclusivamente pelo assistido não terão nenhum efeito, sendo necessário que ambos pratiquem tais atos, como renuncia ao direito, reconhecimento jurídico do pedido. ▪ Não se aplica o art. 122 CPC, que versa sobre a transformação do assistente em substituto, pois estará litigando em interessepróprio. 6. Imutabilidade da justiça da decisão ▪ Art. 123 CPC ▪ Ao não poder discutir a justiça da decisão, o assistente ficará impedido de voltar a suscitar as questões já enfrentadas e resolvidas no processo em que interveio em futuro processo. ▪ Exceções: a) Pelo estado em que recebeu o processo ou pelas declarações e pelos atos do assistido, foi impedido de produzir provas suscetíveis a influir na sentença. b) Desconhecia a existência de alegações ou de provas das quais o assistido, por dolo ou culpa, não se valeu. 7. Justiça da decisão e coisa julgada ▪ Assistente simples → Não defende interesse próprio em juízo, não sendo titular da relação de direito material, a coisa julgada jamais o atingirá. → Poderá sofrer reflexos da decisão → Sua intervenção gerará efeitos previstos no art. 123 CPC ▪ Assistente litisconsorcial → O terceiro é titular do direito material → Sofrerá os efeitos da coisa julgada participando ou não do processo Denunciação da lide ➢ Art. 125 CPC ➢ Uma das partes traga ao processo um terceiro que tem responsabilidade de ressarci-la pelos eventuais danos advindos do resultado desse processo. ➢ Direito regressivo da parte contra terceiros. ➢ Coercitivo, não podendo o terceiro se negar ➢ Admite-se em mero tópico na Petição Inicial ou Contestação. ➢ A denunciação da lide é: a) Incidente → instaurada em processo já existente b) Regressiva → Fundada em direito de regresso ao terceiro c) Eventual → Guarda evidente relação de prejudicialidade com a demanda originária. d) Antecipada → Economia processual, pois não há ainda danos a serem ressarcidos. 1. Hipóteses de Cabimento a) Denunciação da lide pelo comprador evicto → Art. 125, I, CPC → Demandado o adquirente de coisa, sua perda em razão de decisão judicial (evicção) lhe gerará um dano que deverá ser ressarcido pelo sujeito que alienou a coisa. → Doutrina entendeu que seria permitida a chamada denunciação per saltum, ou seja, o denunciante poderia escolher qualquer um dos sujeitos que participou da cadeia de transmissão do bem, mesmo aqueles que não tivesse mantido qualquer relação jurídica de direito material com ele. (mas o CPC expressamente entende pelo alienante imediato) b) Denunciação do obrigado, por lei ou contrato, a indenizar regressivamente a parte → Art. 125, II, CPC → Qualquer hipótese de direito regressivo previsto em lei ou contrato → Ex. Contrato de seguro ou previsão legal de que o empregador responde pelos atos danosos de seu empregado. → Ainda que a denunciação da lide leve ao processo um fundamento jurídico novo, fundado na existência ou não do direito de regresso no caso concreto, a denunciação da lide deve ser admitida. → STJ entende que não é obrigatória a denunciação da lide, permitindo ao juiz no caso, avaliar se o ingresso do terceiro ocasionará prejuízo à celeridade ou à economia processual. c) Facultatividade → Sendo omissa a parte no tocante à denunciação da lide quando cabível essa espécie de intervenção de terceiro, a única consequência será processual, qual seja a preclusão temporal a impedir que se realize a denunciação após o transcurso do prazo legal. → Se não denunciar, o terceiro que não participou do processo não será atingido pelos efeitos do processo, ou seja, coisa julgada. → Porém o direito de regresso continua viável e intacto. → Juizados não admite denunciação a lide d) Qualidade processual do denunciado → Art. 127 e 128, I, CPC → A denunciação da lide (realizada pelo autor ou réu) tornará o denunciante e o denunciado litisconsortes. → Litisconsórcio apenas na demanda originária, pois a secundária o denunciante é adversário do denunciado. → Alguns doutrinadores entendem por assistência simples (o que não se prospera) → Entende-se corretamente que o denunciado não é titular do direito, e sim existe uma legitimação extraordinária autônoma do denunciado, atuando como litisconsorte. e) Condenação e cumprimento de sentença diretamente contra o denunciado → Não admite-se a propositura da ação pela vítima somente contra a seguradora, sendo necessário a discussão sobre responsabilidade do segurado na demanda. → Há exceção quando reconhecida na esfera administrativa a responsabilidade do segurado pela ocorrência do sinistro e quando parte da indenização securitária já tiver sido paga. → Permite o litisconsórcio entre o denunciante e denunciado e a condenação e execução direta ao denunciado (de acordo com os art. 127 e 128, I, CPC) → O cumprimento da sentença diretamente contra o denunciado é admissível em qualquer hipótese de denunciação da lide fundada no inciso II, do art. 125. f) Denunciação sucessiva → Art. 125, §2º CPC → Permite ao denunciado pelo autor ou réu da demanda originária também denunciar um terceiro → Só admitida uma vez. g) Procedimento da denunciação da lide feita pelo autor → Raro, mas doutrina exemplifica com a ação reivindicatória proposta pelo proprietário do bem que denuncia o alienante evicto para garantir o ressarcimento pelos eventuais prejuízos advindos de sua derrota na demanda que move contra o réu. → O prazo do autor denunciar é o da propositura da ação originária. (art.127 CPC) → Não há necessidade de interposição de duas petições iniciais, sendo suficiente um tópico e pedido de citação. → Suspende o andamento do processo → Prazo de 30 dias para citação se o terceiro domiciliar no mesmo foro da ação e 2 meses se foro diverso ou local incerto. → Não realizada no prazo a cima é ineficaz a denunciação, seguindo a ação entre as partes originárias. (exceto se a demora for por vontade alheia do denunciante) → Só possível o denunciado acrescentar novos argumentos a petição inicial, não emendar. h) Procedimento da denunciação pelo réu → Feita na contestação → Basta um tópico descrevendo a causa de pedir e o pedido de citação. → Se torna intempestiva após a contestação caso não denuncie, porém STJ entende pela viabilidade da denunciação intempestiva desde que o denunciado se limite em sua resposta a contestar a pretensão de mérito da ação principal, com o que está concordando com a pretensão regressiva. → Citação - 30 dias mesmo foro e 2 meses foro diverso ou lugar incerto. → Mera citação válida já vincula o denunciado → Art. 128 CPC → A pretensão regresse ainda não está definida quando da revelia do denunciado → O denunciado pode confessar os fatos alegados pelo autor, o denunciante poderá prosseguir com a defesa ou aderir o reconhecimento. → Vencido o denunciante na ação principal, e não tendo havido resistência à denunciação, não cabe a condenação do denunciado nas verbas sucumbenciais Chamamento ao processo ➢ Art. 130 CPC ➢ Situações de garantia simples, que tem coobrigação gerada pela existência de mais de um responsável pelo cumprimento. a) Relação entre devedor principal e fiador b) Relação entre fiadores c) Devedores solidários. ➢ Espécie coercitiva de intervenção de terceiros ➢ Facultativo, podendo ação de regresso depois ➢ Art. 275 CC → O credor tem direito de escolher entre os devedores solidários, com qual quer litigar (a possibilidade de chamamento ao processo afasta isso) ➢ Os chamados ao processo são titulares do direito 1. Hipótese de cabimento ▪ Art. 130, I → Demandado o fiador permite-se chamamento ao processo do devedor principal. ▪ Não é permitido que sendo demandado o devedor principal, este chame os fiadores. ▪ Se o Autor não tiver satisfeita a divida em processo com o devedor, pode ingressar com nova ação contra fiador, já que contra ele não terá título executivo judicial. ▪ Art. 130, II → Os fiadores podem, ao ser demandado, o chamamento ao processo dos demais que respondem com ele solidariamente. ▪ Art. 130, III → Sendo demandado apenas um ou alguns devedores solidários, pode chamar os demais. ▪ Tribunais superiores entender pela impossibilidade de chamamento ao processo da Uniãoem ação na qual se pede a condenação de Estado – membro a entrega de medicamentos. ▪ É LIMITADO O CHAMAMENTO AO PROCESSO DE DEVEDORES SOLIDÁRIOS À OBRIGAÇÃO DE PAGAR QUANTIA CERTA. ▪ Juiz deve se atentar a quantidade de chamados, pois não deve prejudicar o andamento do processo. ▪ PERMITE-SE AO JUIZ QUE INDEFIRA PARCIAL OU TOTALMENTE AO CHAMAMENTO NA HIPOTESE DE LITISCONSÓRCIO MULTITUDINÁRIO 2. Procedimento ▪ Deve ser realizado dentro do prazo, sob pena de preclusão temporal. ▪ Deve estar no tópico da contestação 3. Chamamento ao processo no direito do consumidor ▪ A denunciação da lide nas demandas regidas pelo CDC é VEDADA pelo art. 88 (interpretada de maneira extensiva.) ▪ Art. 101, II, CDC PERMITE o chamamento ao processo da seguradora quando o réu tiver com esse terceiro um contrato de seguro de responsabilidade. ▪ Havendo o réu declarado a falência poderá o Autor demandar diretamente a seguradora Incidente de desconsideração da personalidade jurídica ➢ Art. 1.062 CPC → O incidente de desconsideração da personalidade jurídica aplica-se ao processo de competência dos juizados especiais. ➢ Art. 795, §4º → Para a desconsideração da personalidade jurídica é obrigatória a observância do incidente previsto no código. ➢ Art. 134, §2º → Hipótese de dispensa do incidente ➢ Trata-se de um incidente processual, não uma ação autônoma. ➢ A desconsideração tem natureza constitutiva (cria-se nova situação jurídica) ➢ STJ → Estando presentes os pressupostos para a desconsideração jurídica, e conseguindo o credor prova-los de forma incidental, seria desnecessário o processo autônomo. ➢ Art. 50 do CC e 28 do CDC (desconsideração da personalidade jurídica) ➢ Jurisprudência vem interpretando as normas de forma extensiva e criando novas modalidades de desconsideração de personalidade, não previstas expressamente em lei. (desconsideração de personalidade entre empresas do mesmo grupo econômico) (desconsideração da personalidade jurídica inversa) 1. Momento ▪ STJ → A desconsideração pode ocorrer em qualquer fase do processo, não havendo que falar em decadência de um direito protestativo. ▪ Art. 134 → cabível em todas as fases do processo ▪ Possibilidade de incluir no polo passivo e responsabilizar os sócios mesmo que não façam parte do título executivo exequendo. 2. Procedimento ▪ A desconsideração depende de pedido da parte ou MP ▪ Não pode o juiz instaurar o incidente de ofício ▪ A legitimidade do MP se limita às ações em que ele participe como autor. (não se admitindo tal pedido quando funciona como fiscal da ordem) ▪ A petição deve ter fundamentação e pedido ▪ O requerente não deve demonstrar, apenas alegar o preenchimento dos requisitos para a desconsideração, podendo produzir provas. ▪ O incidente será dispensado se o pedido de desconsideração for requerido na petição inicial. ▪ O incidente suspende o processo (salvo se feito em petição inicial) ▪ Enunciado 110, jornada de P. civil → Em relação a execução, não deverá ser suspenso em face dos executados originários ▪ Entende-se admissível a prolação de decisão antes da intimação dos sócios e sociedade, se preenchidos os requisitos da tutela. 3. Forma de defesa do sócio ou sociedade (desconsideração inversa) ▪ O sócio passa a ser responsável patrimonial secundário ▪ Não se confunde legitimidade passiva com responsabilidade secundária, uma vez que o sujeito passivo é o executado e o responsável não, somente ficando seus bens sujeitos à execução ▪ Legitimidade extraordinária, já que o responsável secundário estará em juízo em nome próprio e na defesa de interesse de outrem, o devedor. ▪ Embargos à execução para defesa do sócio em desconsideração. 4. Recorribilidade ▪ O incidente da desconsideração será resolvido por meio de decisão interlocutória recorrível por agravo de instrumento, nos termos do art. 1.015 CPC. ▪ Não descarta a possibilidade do incidente ser resolvido na SENTENÇA. 5. Fraude à execução ▪ Art. 137 CPC → Acolhido o pedido de desconsideração, a alienação ou oneração de bens, havida em fraude de execução, será ineficaz em relação ao requerente. ▪ Art. 792, §3º → há fraude nos casos de desconsideração a partir da citação da parte cuja personalidade se pretende desconsiderar. ▪ Suficiente a presunção de ciência do sócio do processo contra a sociedade, para configuração de fraude AMICUS CURIAE ➢ Art. 138 CPC 1. Interesse Institucional ▪ Em tese, os conhecimentos dos amicus curiae a respeito da matéria tratada na ação justificam a intervenção, sempre com o proposito de melhorar a qualidade da prestação da tutela jurisdicional. ▪ Interesse institucional (não se confunde com interesse público) → É voltado a melhor solução possível do processo por meio do maior conhecimento da matéria e dos reflexos no plano prático de decisão ▪ Não é hipótese de assistência, pois não há interesse na demanda ▪ Entende-se por espécie diferenciada de intervenção de terceiro, tendo como principal consequência a atribuição da natureza jurídica de parte após sua admissão no processo. 2. Requisitos ▪ 3 condições para justificar o ingresso de terceiro como amicus curiae no processo: a) A relevância da matéria b) As especificidades do tema objeto da demanda c) Repercussão social da controvérsia ▪ É preferível o entendimento que a relevância da matéria prevista pelo dispositivo legal, significa complexidade fática/jurídica que legitime a atuação do amicus curiae. ▪ Pessoa jurídica deve ter credibilidade e tradição de atuação concernentes à matéria que se discute, enquanto da pessoa natural se espera conhecimento técnico sobre a matéria. ▪ Enunciado 82 da I jornada de direito processual civil → Quando houver pluralidade de pedidos de admissão de amicus curiae, o relator deve observar, como critério para a definição, o equilíbrio na representatividade dos diversos interesses jurídicos contrapostos no litígio. 3. Aspectos procedimentais ▪ STF → O momento limite para admissão do amicus curiae é a data da remessa dos autos à mesa para julgamento ▪ STJ → Entende que o ingresso pode se dar até o inicio do julgamento ▪ A intervenção do amicus curiae não modifica a competência do juízo ▪ Amicus curiae não tem legitimidade recursal exceto: a) Cabimento de embargos de declaração b) Cabimento de recurso contra decisão que julgar o incidente de resolução de demandas repetitivas. ▪ Caberá ao juiz ou relator, na decisão que solicitar ou admitir a intervenção, definir os poderes do amicus curiae ▪ Irrecorribilidade de decisão que admitir amicus curiae no processo. ▪ Sendo indeferido o pedido de admissão do amicus curiae, aplicável agravo de instrumento. (STF entende que não é cabível, pois não considera o amicus curiae como terceiro interveniente) ▪ STJ → Consolidou no sentido da irrecorribilidade da decisão que inadmite o requerimento de intervenção
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