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UNIVASF – Universidade Federal do Vale do São Francisco – Pólo Paulo Afonso Curso: Especialização em Gestão Pública Municipal – 2017.2 Disciplina: Estado, Governo e Mercado Docente: Marcelo Henrique Pereira dos Santos Discente: Maria Nathália Cardoso de Araujo Módulo I – Atividade I 1 - Como podemos definir Estado? Pode-se definir Estado como a organização formalmente constituída e legitimada que exerce o poder – especialmente político – sobre a população de um determinado território. De acordo com Weber, “o que caracteriza o Estado é o monopólio do exercício legítimo da força em uma sociedade”, sendo este o fator que o diferencia, também, de outras entidades que detém poder. Para melhor entender o conceito de Estado, se faz importante citar as três funções fundamentais apontadas por Montesquieu, quais sejam: legislativa; executiva e judiciária. Resumidamente, a primeira é responsável por editar as normas que regem o Estado, a segunda, por assegurar seu cumprimento, enquanto a terceira se incumbe de julgar as violações às normas cometidas pela população. 2 – Como podemos compreender a relação entre infraestrutura e superestrutura? De acordo com Marx, a infraestrutura – ou simplesmente estrutura – é a inserção do homem no processo econômico, enquanto a superestrutura é o modo pelo qual os homens enxergam a realidade em que estão inseridos. Ainda de acordo com o autor, existe uma relação direta entre os dois conceitos, pois a forma como o homem vê o mundo é determinada pela posição na qual se encontra dentro do processo econômico. Tomando por base o capitalismo e a relação burguesia X proletariado, fica nítido a dominação da primeira pela segunda classe, uma vez que o proletário, por se encontrar em posição “inferior” economicamente, acaba seguindo a ideologia – forma de ver o mundo – da burguesia, sendo uma peça utilizada na busca do capital (lucros). 3 – Como podemos caracterizar os tipos de dominação legítima? De acordo com Weber, a legitimação que diferencia o Estado de grupos criminosos se dá por meio da dominação legítima, que ocorre de três formas: carismática; tradicional; e racional legal. A dominação carismática está relacionada àquela liderança que não é imposta, mas seguida porque as pessoas acreditam nela; por este motivo, o principal ponto negativo é a dificuldade em transmitir tal legitimidade. Por outro lado, a dominação tradicional, muito presente na Idade Média, é dividida em dois tipos: patrimonial e estamental; o primeiro é ligado à realeza, onde a legitimação é passada de pai para filho, enquanto o segundo remete à ideia de privilégio de nascimento da nobreza. Por sua vez, a dominação racional legal é típica das sociedades modernas e está vinculada às regras escritas, normas e leis que regem a população. Conceitos de racionalidade, meritocracia e hierarquia estão intimamente ligados a este tipo de dominação. 4 – Como podemos diferenciar Governo, Governabilidade e Governança? O conceito de Governo é entendido como sinônimo de Poder Executivo, ou seja, é a função estatal de garantir o cumprimento das decisões emanadas dos outros Poderes bem como executar as políticas do Estado. Governabilidade, por sua vez, está relacionado às condições de sustentabilidade do governo; é preciso que haja apoio tanto da base do Parlamento quanto da sociedade para que o gestor consiga instituir políticas públicas. A Governança, conceito mais recente, indica a eficiência do governo na gestão das políticas públicas, ou seja, está voltado ao papel do Estado em buscar benefícios para a população.
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