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CCJ0006-WL-PA-02-Direito Civil I-Antigo-15835

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Título 
2 - DIREITO CIVIL I 
Número de Aulas por Semana 
 
Número de Semana de Aula 
2 
Tema 
A PESSOA NATURAL 
Objetivos 
l  Discorrer sobre as diversas concepções acerca das diversas pessoas no âmbito das relações jurídicas 
l Introduzir o entendimento do conceito, modos de aquisição e perda da personalidade jurídica ou civil. 
l Apresentar a questão conflituosa a respeito da natureza jurídica do nascituro. 
l Prover ao aluno os conhecimentos relativos à noção de capacidade civil das pessoas naturais. 
l  Discorrer sobre as diversas limitações à capacidade jurídica plena: incapacidade absoluta, relativa. 
Estrutura do Conteúdo 
1 A PESSOA NATURAL 
1.1  Pessoas reconhecidas pela ordem jurídica: naturais e jurídicas. 
1.2 A personalidade jurídica: modos de aquisição e perda. 
1.2.1 Docimasia hidrostática de Galeno 
1.3 Natureza jurídica do nascituro. 
1.3.1 Teorias sobre a natureza jurídica do embrião. 
  
2. CAPACIDADE CIVIL 
2.1 Conceito  e distinções. 
2.2 Capacidade de direito ou gozo e capacidade de fato ou de exercício da pessoa física. 
2.3 A incapacidade e o impedimento. 
2.4 Hipóteses legais de incapacidade civil: absoluta e relativa. 
2.5 Suprimento e cessação da incapacidade civil. 
2.5.1 Tutela e curatela 
2.6 Capacidade negocial e Capacidade especial 
2.7 Assistencia e representação 
2.8 Estado civil 
  
  
Referências bibliográficas: 
Nome do livro: O Direito Civil à luz do Novo Código - ISBN: EAN-13:  9788530926663 
Nome do autor: COSTA, Dilvanir José. 
Editora: Rio de Janeiro: Forense 
Ano: 2009. 
Edição: 3a 
Nome do capítulo: Parte Geral - O início e o fim da  Pessoa Natural 
N. de páginas do capítulo: 7 
  
PESSOA NATURAL 
Iniciaremos demarcando  que é o próprio homem, isto é, o ser humano individualmente considerado como sujeito de direitos e obrigações. Vale salientar, que as expressões 
pessoa física e pessoa natural são sinônimas, apenas com a ressalva que esta (pessoa natural) foi a locução adotada pelo Código Civil brasileiro, enquanto que aquela 
(pessoa física) foi adotada pelas legislações tributárias. Feita esta ressalva, continuaremos, no sentido de introduzir ao aluno  o conceito de que personalidade civil ou 
Jurídica é a capacidade que as pessoas têm de serem titulares de direitos e obrigações.Personalidade não é um atributo natural, isto é, não está necessariamente vinculado 
ao ser humano. Se assim fosse, a pessoa jurídica não teria personalidade. Por isso se diz que a personalidade é um atributo jurídico.O início da personalidade civil ocorre a 
partir do momento em que a pessoa nasce com vida, encerrando-se quando de sua morte. Portanto, enquanto a pessoa viver terá personalidade. É o que o art. 2º do novo 
Código Civil diz: “A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro”. Do próprio texto da 
lei temos então que são dois os requisitos para a caracterização da personalidade da pessoa natural: o nascimento e a vida. Após, abordaremos a questão da natureza 
jurídica do nascituro e as diversas posições doutrinárias, sobre as quais, seguem algumas sugestões: 
O já mencionado art. 2º, em sua parte final, salienta que a lei põe a salvo desde a concepção os direitos do NASCITURO  - aquele já concebido, cujo  nascimento já se 
espera como fato futuro. 
Não se trata de uma exceção à regra de que a personalidade só começa com o nascimento com vida. O objetivo do Código é, apenas, resguardar preventivamente os 
eventuais direitos que possam ser adquiridos, caso o nascituro nasça com vida. Entretanto, se não ocorrer o nascimento com vida, torna -se inoperante a ressalva contida no 
Código Civil. Portanto, o NASCITURO não é pessoa natural, tem apenas uma proteção jurídica. 
Há duas teorias que buscam estabelecer qual o momento em que se inicia a personalidade jurídica: a concepcionista e a natalista . Pela primeira, a personalidade jurídica 
se iniciaria no momento da concepção, ou seja, quando o espermatozóide se funde ao óvulo (há quem defenda que a aquisição da personalidade ocorra algum tempo 
depois, contudo). 
Pela teoria natalista , a personalidade começa com o nascimento com vida. A maior parte dos civilistas entende ser essa a teoria adotada pelo Código Civil, que preconiza 
no art. 2º, primeira parte: "a personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida". Ou seja, partir deste momento, começa a existência da pessoa natural e esta 
pode ser titular de direitos e obrigações. 
A parte final deste artigo diz que: "mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro". Por essa disposição, alguns autores (como Maria Helena Diniz) diz 
que o Código Civil adotou a teoria concepcionista. Porém, a doutrina majoritária entende que esta disposição não se refere ao inicío da personalidade jurídica. Esta só ocorre 
com o nascimento com vida. Neste caso, a Lei busca proteger um ser que pode vir a se tornar pessoa (se nascer com vida). Tem muita importância no campo do direito 
sucessório, por exemplo, se o pai da criança falecer enquanto sua esposa está grávida. Se a criança nascer com vida, esta terá direito à sucessão. Caso contrário (se não 
nascer com vida), opera-se a sucessão normalmente. 
Uma implicação importante:  se o bebê morrer pouco após o nascimento? Neste caso, a criança fará juz a sucessão e, logo em seguida, também será autora de herança. 
Situação diferente da que ocorreria se a morte fosse intra-uterina. 
Sobre a capacidade jurídica,  é uma medida limitadora ou delineadora da possibilidade de adquirir direitos e de contrair obrigações. Capacidade significa a aptidão 
que a pessoa tem de adquirir e exercer direitos. 
A capacidade é a regra, ou seja, pelo código civil toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil; a incapacidade é a exceção, ou seja, são incapazes aqueles 
discriminados pela legislação (menores de 16 anos, deficientes mentais, etc). 
 A capacidade divide-se em dois tipos: a) capacidade de direito: em que a pessoa adquire direitos, podendo ou não exercê-los, e b) capacidade de exercício ou de fato: em 
que a pessoa exerce seu próprio direito. Com isso, podemos concluir que todas as pessoas possuem capacidade de direito, mas nem todas possuem a capacidade de 
exercício do direito.  
Depois de fixados os conceitos sobre capacidade absoluta e relativa, vamos apresentar as seguintes distinções: 
Obs.: A incapacidade relativa gera a anulabilidade do ato jurídico.  
  
O falido não é incapaz, apenas lhe são impostas restrições à atividade mercantil. 
  
A condenação criminal não implica capacidade civil . Como pena acessória, pode sofrer o condenado a perda de função pública ou do direito à investidura em função 
pública; a perda do pátrio poder, da tutela ou da curatela.  
Plano de Aula: 2 - DIREITO CIVIL I
DIREITO CIVIL I 
Assistência 
Os assistentes dos incapazes serão: 
a) os pais ou tutor – assistem os maiores de 16 e menores de 18 anos. 
b) o curador – assiste os pródigos e os que possuem o discernimento reduzido, se maiores de 18 anos. 
Incapacidade e Impedimento 
A incapacidade não se confunde com o impedimento. Neste ocorre a vedação à realização de certos negócios jurídicos, como por exemplo, fazer contratos, adquirir bens 
etc. Exemplo: a lei proíbe que o leiloeiro e seus prepostos adquiram, ainda que em hasta pública, os bens de cuja venda estejam encarregados.  
Capacidade negocial e Capacidade especial 
Além das capacidades de direito e de fato há ainda as capacidades negocial e especial.  
  
A capacidade negocial é aquela exigida como plus, além da genérica, para a realização de atos jurídicos específicos. Exemplo: exige-se que o outorgante da procuração 
particular a advogado seja alfabetizado. 
  
A capacidade especial é a exigida para a realização de determinados atos, normalmente fora da esfera do Direito Privado. Exemplo: para votar exige -se que a pessoa tenha 
16 anos completos. 
Aplicação Prática Teórica 
SITES INDICADOS: 
Assista aodocumentário “Uma História Severina”, de Debora Diniz e Eliane Brum, no Google Video . 
Assista ao documentário “Quem são elas?”, de Debora Diniz, no Google Video . 
Saiba tudo sobre anencefalia. Faça o download do dossiê Anencefalia: o pensamento brasileiro em sua pluralidade no site da Anis. 
  
CASO CONCRETO: 
  
Capacidade civil da pessoa física. 
As irmãs ROSA, VIOLETA e MARGARIDA, respectivamente, com 18, 16 e 14 anos de idade, moram na encantadora cidade de Aracaju, capital do estado de Sergipe e estudam bem pertinho de casa, no COLEGI
ESTADUAL PROF HAMILTON ALVES ROCHA, que fica na Av. Marginal  Alves Rocha, no Centro. Vendo aproximar -se o mês de maio e  pretendendo recursos para o presente de sua mãe,  dona DÁLIA,  aceita
a sugestão da irmã mais velha e todas vendem para a OFICINA DO ALCICLEI sua bicicletas. Como podem ser classificados os negócios jurídicos por cada uma das irmãs, tendo por base a capacidade jurídica 
cada uma delas ? Justifique. 
CASO CONCRETO 2 
Capacidade civil da pessoa natural 
José e Maria, durante sua relação, afetiva tiveram um filho, Davi, hoje com seis anos de idade. Com o recente fim do relacionamento, Maria procura um advogado para que este ajuíze ação de alimentos em 
face de José com o escopo de obter pensão alimentícia somente para seu filho David, já que ela possui meios próprios de subsistência. O advogado, então, inicia sua petição da seguinte forma:  
“Davi da Silva, relativamente incapaz, assistido por sua mãe Maria da Silva, domiciliado na Rua da Paz, s/n°, vem, por seu advogado ao final subscrito, propor a presente ação de alimentos em face de José 
da Silva, domiciliado na Rua da Paz, s/n° pelos fatos e fundamentos que a seguir expõe (...)”. 
Após a distribuição (ato de dar entrada) da referida petição inicial, para começar o processo judicial, determina o juiz da vara de família que seja emendada (corrigida) essa petição inicial.  
Responda às questões seguintes, JUSTIFICANDO suas respostas. 
a)                   Davi da Silva é incapaz? Em caso positivo, qual a espécie de incapacidade o atinge?  
b) O juiz determinou que a petição inicial do advogado fosse emendada, ou seja, corrigida. Que erro cometeu o advogado? Faça a correção necessária. 
c) O instituto da incapacidade tem por finalidade punir o incapaz por sua falta de discernimento e pelos prejuízos que pode causar à sociedade em razão dela? Em caso negativo, qual seria então o escopo do 
instituto? 
QUESTÃO OBJETIVA 
Esta questão contém duas afirmações. Assinale o item CORRETO. 
I - Ao nascer com vida, adquire-se capacidade de fato 
PORQUE 
II - A capacidade de direito somente se adquire com a ocorrência das hipóteses do art. 5º CC, ou seja, quando se pode exercer plenamente o direito. 
                                                               
(A) se as duas são verdadeiras e a segunda justifica a primeira. 
(B) se as duas são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira. 
(C) se a primeira é falsa e a segunda é verdadeira. 
(D) se a primeira é verdadeira e a segunda é falsa 
(E) se as duas são falsas. 
Estácio de Sá Página 1 / 3
Título 
2 - DIREITO CIVIL I 
Número de Aulas por Semana 
 
Número de Semana de Aula 
2 
Tema 
A PESSOA NATURAL 
Objetivos 
l  Discorrer sobre as diversas concepções acerca das diversas pessoas no âmbito das relações jurídicas 
l Introduzir o entendimento do conceito, modos de aquisição e perda da personalidade jurídica ou civil. 
l Apresentar a questão conflituosa a respeito da natureza jurídica do nascituro. 
l Prover ao aluno os conhecimentos relativos à noção de capacidade civil das pessoas naturais. 
l  Discorrer sobre as diversas limitações à capacidade jurídica plena: incapacidade absoluta, relativa. 
Estrutura do Conteúdo 
1 A PESSOA NATURAL 
1.1  Pessoas reconhecidas pela ordem jurídica: naturais e jurídicas. 
1.2 A personalidade jurídica: modos de aquisição e perda. 
1.2.1 Docimasia hidrostática de Galeno 
1.3 Natureza jurídica do nascituro. 
1.3.1 Teorias sobre a natureza jurídica do embrião. 
  
2. CAPACIDADE CIVIL 
2.1 Conceito  e distinções. 
2.2 Capacidade de direito ou gozo e capacidade de fato ou de exercício da pessoa física. 
2.3 A incapacidade e o impedimento. 
2.4 Hipóteses legais de incapacidade civil: absoluta e relativa. 
2.5 Suprimento e cessação da incapacidade civil. 
2.5.1 Tutela e curatela 
2.6 Capacidade negocial e Capacidade especial 
2.7 Assistencia e representação 
2.8 Estado civil 
  
  
Referências bibliográficas: 
Nome do livro: O Direito Civil à luz do Novo Código - ISBN: EAN-13:  9788530926663 
Nome do autor: COSTA, Dilvanir José. 
Editora: Rio de Janeiro: Forense 
Ano: 2009. 
Edição: 3a 
Nome do capítulo: Parte Geral - O início e o fim da  Pessoa Natural 
N. de páginas do capítulo: 7 
  
PESSOA NATURAL 
Iniciaremos demarcando  que é o próprio homem, isto é, o ser humano individualmente considerado como sujeito de direitos e obrigações. Vale salientar, que as expressões 
pessoa física e pessoa natural são sinônimas, apenas com a ressalva que esta (pessoa natural) foi a locução adotada pelo Código Civil brasileiro, enquanto que aquela 
(pessoa física) foi adotada pelas legislações tributárias. Feita esta ressalva, continuaremos, no sentido de introduzir ao aluno  o conceito de que personalidade civil ou 
Jurídica é a capacidade que as pessoas têm de serem titulares de direitos e obrigações.Personalidade não é um atributo natural, isto é, não está necessariamente vinculado 
ao ser humano. Se assim fosse, a pessoa jurídica não teria personalidade. Por isso se diz que a personalidade é um atributo jurídico.O início da personalidade civil ocorre a 
partir do momento em que a pessoa nasce com vida, encerrando-se quando de sua morte. Portanto, enquanto a pessoa viver terá personalidade. É o que o art. 2º do novo 
Código Civil diz: “A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro”. Do próprio texto da 
lei temos então que são dois os requisitos para a caracterização da personalidade da pessoa natural: o nascimento e a vida. Após, abordaremos a questão da natureza 
jurídica do nascituro e as diversas posições doutrinárias, sobre as quais, seguem algumas sugestões: 
O já mencionado art. 2º, em sua parte final, salienta que a lei põe a salvo desde a concepção os direitos do NASCITURO  - aquele já concebido, cujo  nascimento já se 
espera como fato futuro. 
Não se trata de uma exceção à regra de que a personalidade só começa com o nascimento com vida. O objetivo do Código é, apenas, resguardar preventivamente os 
eventuais direitos que possam ser adquiridos, caso o nascituro nasça com vida. Entretanto, se não ocorrer o nascimento com vida, torna -se inoperante a ressalva contida no 
Código Civil. Portanto, o NASCITURO não é pessoa natural, tem apenas uma proteção jurídica. 
Há duas teorias que buscam estabelecer qual o momento em que se inicia a personalidade jurídica: a concepcionista e a natalista . Pela primeira, a personalidade jurídica 
se iniciaria no momento da concepção, ou seja, quando o espermatozóide se funde ao óvulo (há quem defenda que a aquisição da personalidade ocorra algum tempo 
depois, contudo). 
Pela teoria natalista , a personalidade começa com o nascimento com vida. A maior parte dos civilistas entende ser essa a teoria adotada pelo Código Civil, que preconiza 
no art. 2º, primeira parte: "a personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida". Ou seja, partir deste momento, começa a existência da pessoa natural e esta 
pode ser titular de direitos e obrigações. 
A parte final deste artigo diz que: "mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro". Por essa disposição, alguns autores (como Maria Helena Diniz) diz 
que o Código Civil adotou a teoria concepcionista. Porém, a doutrina majoritária entende que esta disposição não se refere ao inicío da personalidade jurídica. Esta só ocorre 
com o nascimento com vida. Nestecaso, a Lei busca proteger um ser que pode vir a se tornar pessoa (se nascer com vida). Tem muita importância no campo do direito 
sucessório, por exemplo, se o pai da criança falecer enquanto sua esposa está grávida. Se a criança nascer com vida, esta terá direito à sucessão. Caso contrário (se não 
nascer com vida), opera-se a sucessão normalmente. 
Uma implicação importante:  se o bebê morrer pouco após o nascimento? Neste caso, a criança fará juz a sucessão e, logo em seguida, também será autora de herança. 
Situação diferente da que ocorreria se a morte fosse intra-uterina. 
Sobre a capacidade jurídica,  é uma medida limitadora ou delineadora da possibilidade de adquirir direitos e de contrair obrigações. Capacidade significa a aptidão 
que a pessoa tem de adquirir e exercer direitos. 
A capacidade é a regra, ou seja, pelo código civil toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil; a incapacidade é a exceção, ou seja, são incapazes aqueles 
discriminados pela legislação (menores de 16 anos, deficientes mentais, etc). 
 A capacidade divide-se em dois tipos: a) capacidade de direito: em que a pessoa adquire direitos, podendo ou não exercê-los, e b) capacidade de exercício ou de fato: em 
que a pessoa exerce seu próprio direito. Com isso, podemos concluir que todas as pessoas possuem capacidade de direito, mas nem todas possuem a capacidade de 
exercício do direito.  
Depois de fixados os conceitos sobre capacidade absoluta e relativa, vamos apresentar as seguintes distinções: 
Obs.: A incapacidade relativa gera a anulabilidade do ato jurídico.  
  
O falido não é incapaz, apenas lhe são impostas restrições à atividade mercantil. 
  
A condenação criminal não implica capacidade civil . Como pena acessória, pode sofrer o condenado a perda de função pública ou do direito à investidura em função 
pública; a perda do pátrio poder, da tutela ou da curatela.  
Plano de Aula: 2 - DIREITO CIVIL I
DIREITO CIVIL I 
Assistência 
Os assistentes dos incapazes serão: 
a) os pais ou tutor – assistem os maiores de 16 e menores de 18 anos. 
b) o curador – assiste os pródigos e os que possuem o discernimento reduzido, se maiores de 18 anos. 
Incapacidade e Impedimento 
A incapacidade não se confunde com o impedimento. Neste ocorre a vedação à realização de certos negócios jurídicos, como por exemplo, fazer contratos, adquirir bens 
etc. Exemplo: a lei proíbe que o leiloeiro e seus prepostos adquiram, ainda que em hasta pública, os bens de cuja venda estejam encarregados.  
Capacidade negocial e Capacidade especial 
Além das capacidades de direito e de fato há ainda as capacidades negocial e especial.  
  
A capacidade negocial é aquela exigida como plus, além da genérica, para a realização de atos jurídicos específicos. Exemplo: exige-se que o outorgante da procuração 
particular a advogado seja alfabetizado. 
  
A capacidade especial é a exigida para a realização de determinados atos, normalmente fora da esfera do Direito Privado. Exemplo: para votar exige -se que a pessoa tenha 
16 anos completos. 
Aplicação Prática Teórica 
SITES INDICADOS: 
Assista ao documentário “Uma História Severina”, de Debora Diniz e Eliane Brum, no Google Video . 
Assista ao documentário “Quem são elas?”, de Debora Diniz, no Google Video . 
Saiba tudo sobre anencefalia. Faça o download do dossiê Anencefalia: o pensamento brasileiro em sua pluralidade no site da Anis. 
  
CASO CONCRETO: 
  
Capacidade civil da pessoa física. 
As irmãs ROSA, VIOLETA e MARGARIDA, respectivamente, com 18, 16 e 14 anos de idade, moram na encantadora cidade de Aracaju, capital do estado de Sergipe e estudam bem pertinho de casa, no COLEGI
ESTADUAL PROF HAMILTON ALVES ROCHA, que fica na Av. Marginal  Alves Rocha, no Centro. Vendo aproximar -se o mês de maio e  pretendendo recursos para o presente de sua mãe,  dona DÁLIA,  aceita
a sugestão da irmã mais velha e todas vendem para a OFICINA DO ALCICLEI sua bicicletas. Como podem ser classificados os negócios jurídicos por cada uma das irmãs, tendo por base a capacidade jurídica 
cada uma delas ? Justifique. 
CASO CONCRETO 2 
Capacidade civil da pessoa natural 
José e Maria, durante sua relação, afetiva tiveram um filho, Davi, hoje com seis anos de idade. Com o recente fim do relacionamento, Maria procura um advogado para que este ajuíze ação de alimentos em 
face de José com o escopo de obter pensão alimentícia somente para seu filho David, já que ela possui meios próprios de subsistência. O advogado, então, inicia sua petição da seguinte forma:  
“Davi da Silva, relativamente incapaz, assistido por sua mãe Maria da Silva, domiciliado na Rua da Paz, s/n°, vem, por seu advogado ao final subscrito, propor a presente ação de alimentos em face de José 
da Silva, domiciliado na Rua da Paz, s/n° pelos fatos e fundamentos que a seguir expõe (...)”. 
Após a distribuição (ato de dar entrada) da referida petição inicial, para começar o processo judicial, determina o juiz da vara de família que seja emendada (corrigida) essa petição inicial.  
Responda às questões seguintes, JUSTIFICANDO suas respostas. 
a)                   Davi da Silva é incapaz? Em caso positivo, qual a espécie de incapacidade o atinge?  
b) O juiz determinou que a petição inicial do advogado fosse emendada, ou seja, corrigida. Que erro cometeu o advogado? Faça a correção necessária. 
c) O instituto da incapacidade tem por finalidade punir o incapaz por sua falta de discernimento e pelos prejuízos que pode causar à sociedade em razão dela? Em caso negativo, qual seria então o escopo do 
instituto? 
QUESTÃO OBJETIVA 
Esta questão contém duas afirmações. Assinale o item CORRETO. 
I - Ao nascer com vida, adquire-se capacidade de fato 
PORQUE 
II - A capacidade de direito somente se adquire com a ocorrência das hipóteses do art. 5º CC, ou seja, quando se pode exercer plenamente o direito. 
                                                               
(A) se as duas são verdadeiras e a segunda justifica a primeira. 
(B) se as duas são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira. 
(C) se a primeira é falsa e a segunda é verdadeira. 
(D) se a primeira é verdadeira e a segunda é falsa 
(E) se as duas são falsas. 
Estácio de Sá Página 2 / 3
Título 
2 - DIREITO CIVIL I 
Número de Aulas por Semana 
 
Número de Semana de Aula 
2 
Tema 
A PESSOA NATURAL 
Objetivos 
l  Discorrer sobre as diversas concepções acerca das diversas pessoas no âmbito das relações jurídicas 
l Introduzir o entendimento do conceito, modos de aquisição e perda da personalidade jurídica ou civil. 
l Apresentar a questão conflituosa a respeito da natureza jurídica do nascituro. 
l Prover ao aluno os conhecimentos relativos à noção de capacidade civil das pessoas naturais. 
l  Discorrer sobre as diversas limitações à capacidade jurídica plena: incapacidade absoluta, relativa. 
Estrutura do Conteúdo 
1 A PESSOA NATURAL 
1.1  Pessoas reconhecidas pela ordem jurídica: naturais e jurídicas. 
1.2 A personalidade jurídica: modos de aquisição e perda. 
1.2.1 Docimasia hidrostática de Galeno 
1.3 Natureza jurídica do nascituro. 
1.3.1 Teorias sobre a natureza jurídica do embrião. 
  
2. CAPACIDADE CIVIL 
2.1 Conceito  e distinções. 
2.2 Capacidade de direito ou gozo e capacidade de fato ou de exercício da pessoa física. 
2.3 A incapacidade e o impedimento. 
2.4 Hipóteses legais de incapacidade civil: absoluta e relativa. 
2.5 Suprimento e cessação da incapacidade civil. 
2.5.1 Tutela e curatela 
2.6 Capacidade negocial e Capacidade especial 
2.7 Assistencia e representação 
2.8 Estado civil 
  
  
Referências bibliográficas: 
Nome do livro: O Direito Civil à luz do Novo Código - ISBN: EAN-13:  9788530926663 
Nome do autor: COSTA, Dilvanir José. 
Editora: Rio de Janeiro: Forense 
Ano: 2009. 
Edição: 3a 
Nome do capítulo: Parte Geral - O início e o fim da  Pessoa Natural 
N. de páginas do capítulo: 7 
  
PESSOA NATURAL 
Iniciaremos demarcando  que é o próprio homem, isto é,o ser humano individualmente considerado como sujeito de direitos e obrigações. Vale salientar, que as expressões 
pessoa física e pessoa natural são sinônimas, apenas com a ressalva que esta (pessoa natural) foi a locução adotada pelo Código Civil brasileiro, enquanto que aquela 
(pessoa física) foi adotada pelas legislações tributárias. Feita esta ressalva, continuaremos, no sentido de introduzir ao aluno  o conceito de que personalidade civil ou 
Jurídica é a capacidade que as pessoas têm de serem titulares de direitos e obrigações.Personalidade não é um atributo natural, isto é, não está necessariamente vinculado 
ao ser humano. Se assim fosse, a pessoa jurídica não teria personalidade. Por isso se diz que a personalidade é um atributo jurídico.O início da personalidade civil ocorre a 
partir do momento em que a pessoa nasce com vida, encerrando-se quando de sua morte. Portanto, enquanto a pessoa viver terá personalidade. É o que o art. 2º do novo 
Código Civil diz: “A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro”. Do próprio texto da 
lei temos então que são dois os requisitos para a caracterização da personalidade da pessoa natural: o nascimento e a vida. Após, abordaremos a questão da natureza 
jurídica do nascituro e as diversas posições doutrinárias, sobre as quais, seguem algumas sugestões: 
O já mencionado art. 2º, em sua parte final, salienta que a lei põe a salvo desde a concepção os direitos do NASCITURO  - aquele já concebido, cujo  nascimento já se 
espera como fato futuro. 
Não se trata de uma exceção à regra de que a personalidade só começa com o nascimento com vida. O objetivo do Código é, apenas, resguardar preventivamente os 
eventuais direitos que possam ser adquiridos, caso o nascituro nasça com vida. Entretanto, se não ocorrer o nascimento com vida, torna -se inoperante a ressalva contida no 
Código Civil. Portanto, o NASCITURO não é pessoa natural, tem apenas uma proteção jurídica. 
Há duas teorias que buscam estabelecer qual o momento em que se inicia a personalidade jurídica: a concepcionista e a natalista . Pela primeira, a personalidade jurídica 
se iniciaria no momento da concepção, ou seja, quando o espermatozóide se funde ao óvulo (há quem defenda que a aquisição da personalidade ocorra algum tempo 
depois, contudo). 
Pela teoria natalista , a personalidade começa com o nascimento com vida. A maior parte dos civilistas entende ser essa a teoria adotada pelo Código Civil, que preconiza 
no art. 2º, primeira parte: "a personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida". Ou seja, partir deste momento, começa a existência da pessoa natural e esta 
pode ser titular de direitos e obrigações. 
A parte final deste artigo diz que: "mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro". Por essa disposição, alguns autores (como Maria Helena Diniz) diz 
que o Código Civil adotou a teoria concepcionista. Porém, a doutrina majoritária entende que esta disposição não se refere ao inicío da personalidade jurídica. Esta só ocorre 
com o nascimento com vida. Neste caso, a Lei busca proteger um ser que pode vir a se tornar pessoa (se nascer com vida). Tem muita importância no campo do direito 
sucessório, por exemplo, se o pai da criança falecer enquanto sua esposa está grávida. Se a criança nascer com vida, esta terá direito à sucessão. Caso contrário (se não 
nascer com vida), opera-se a sucessão normalmente. 
Uma implicação importante:  se o bebê morrer pouco após o nascimento? Neste caso, a criança fará juz a sucessão e, logo em seguida, também será autora de herança. 
Situação diferente da que ocorreria se a morte fosse intra-uterina. 
Sobre a capacidade jurídica,  é uma medida limitadora ou delineadora da possibilidade de adquirir direitos e de contrair obrigações. Capacidade significa a aptidão 
que a pessoa tem de adquirir e exercer direitos. 
A capacidade é a regra, ou seja, pelo código civil toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil; a incapacidade é a exceção, ou seja, são incapazes aqueles 
discriminados pela legislação (menores de 16 anos, deficientes mentais, etc). 
 A capacidade divide-se em dois tipos: a) capacidade de direito: em que a pessoa adquire direitos, podendo ou não exercê-los, e b) capacidade de exercício ou de fato: em 
que a pessoa exerce seu próprio direito. Com isso, podemos concluir que todas as pessoas possuem capacidade de direito, mas nem todas possuem a capacidade de 
exercício do direito.  
Depois de fixados os conceitos sobre capacidade absoluta e relativa, vamos apresentar as seguintes distinções: 
Obs.: A incapacidade relativa gera a anulabilidade do ato jurídico.  
  
O falido não é incapaz, apenas lhe são impostas restrições à atividade mercantil. 
  
A condenação criminal não implica capacidade civil . Como pena acessória, pode sofrer o condenado a perda de função pública ou do direito à investidura em função 
pública; a perda do pátrio poder, da tutela ou da curatela.  
Plano de Aula: 2 - DIREITO CIVIL I
DIREITO CIVIL I 
Assistência 
Os assistentes dos incapazes serão: 
a) os pais ou tutor – assistem os maiores de 16 e menores de 18 anos. 
b) o curador – assiste os pródigos e os que possuem o discernimento reduzido, se maiores de 18 anos. 
Incapacidade e Impedimento 
A incapacidade não se confunde com o impedimento. Neste ocorre a vedação à realização de certos negócios jurídicos, como por exemplo, fazer contratos, adquirir bens 
etc. Exemplo: a lei proíbe que o leiloeiro e seus prepostos adquiram, ainda que em hasta pública, os bens de cuja venda estejam encarregados.  
Capacidade negocial e Capacidade especial 
Além das capacidades de direito e de fato há ainda as capacidades negocial e especial.  
  
A capacidade negocial é aquela exigida como plus, além da genérica, para a realização de atos jurídicos específicos. Exemplo: exige-se que o outorgante da procuração 
particular a advogado seja alfabetizado. 
  
A capacidade especial é a exigida para a realização de determinados atos, normalmente fora da esfera do Direito Privado. Exemplo: para votar exige -se que a pessoa tenha 
16 anos completos. 
Aplicação Prática Teórica 
SITES INDICADOS: 
Assista ao documentário “Uma História Severina”, de Debora Diniz e Eliane Brum, no Google Video . 
Assista ao documentário “Quem são elas?”, de Debora Diniz, no Google Video . 
Saiba tudo sobre anencefalia. Faça o download do dossiê Anencefalia: o pensamento brasileiro em sua pluralidade no site da Anis. 
  
CASO CONCRETO: 
  
Capacidade civil da pessoa física. 
As irmãs ROSA, VIOLETA e MARGARIDA, respectivamente, com 18, 16 e 14 anos de idade, moram na encantadora cidade de Aracaju, capital do estado de Sergipe e estudam bem pertinho de casa, no COLEGI
ESTADUAL PROF HAMILTON ALVES ROCHA, que fica na Av. Marginal  Alves Rocha, no Centro. Vendo aproximar -se o mês de maio e  pretendendo recursos para o presente de sua mãe,  dona DÁLIA,  aceita
a sugestão da irmã mais velha e todas vendem para a OFICINA DO ALCICLEI sua bicicletas. Como podem ser classificados os negócios jurídicos por cada uma das irmãs, tendo por base a capacidade jurídica 
cada uma delas ? Justifique. 
CASO CONCRETO 2 
Capacidade civil da pessoa natural 
José e Maria, durante sua relação, afetiva tiveram um filho, Davi, hoje com seis anos de idade. Com o recente fim do relacionamento, Maria procura um advogado para que este ajuíze ação de alimentos em 
face de José com o escopo de obter pensão alimentícia somente para seu filho David, já que ela possui meios próprios de subsistência. O advogado, então, inicia sua petição da seguinte forma:  
“Davi da Silva, relativamente incapaz, assistido por sua mãe Maria da Silva, domiciliado na Rua da Paz, s/n°, vem, por seu advogado ao final subscrito, propor a presente ação de alimentos em face de José 
da Silva, domiciliado na Rua da Paz, s/n° pelos fatos e fundamentos que a seguir expõe (...)”. 
Após a distribuição(ato de dar entrada) da referida petição inicial, para começar o processo judicial, determina o juiz da vara de família que seja emendada (corrigida) essa petição inicial.  
Responda às questões seguintes, JUSTIFICANDO suas respostas. 
a)                   Davi da Silva é incapaz? Em caso positivo, qual a espécie de incapacidade o atinge?  
b) O juiz determinou que a petição inicial do advogado fosse emendada, ou seja, corrigida. Que erro cometeu o advogado? Faça a correção necessária. 
c) O instituto da incapacidade tem por finalidade punir o incapaz por sua falta de discernimento e pelos prejuízos que pode causar à sociedade em razão dela? Em caso negativo, qual seria então o escopo do 
instituto? 
QUESTÃO OBJETIVA 
Esta questão contém duas afirmações. Assinale o item CORRETO. 
I - Ao nascer com vida, adquire-se capacidade de fato 
PORQUE 
II - A capacidade de direito somente se adquire com a ocorrência das hipóteses do art. 5º CC, ou seja, quando se pode exercer plenamente o direito. 
                                                               
(A) se as duas são verdadeiras e a segunda justifica a primeira. 
(B) se as duas são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira. 
(C) se a primeira é falsa e a segunda é verdadeira. 
(D) se a primeira é verdadeira e a segunda é falsa 
(E) se as duas são falsas. 
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