Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
23/08/2021 Ead.br https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743368_1… 1/51 LIBRASLIBRAS ESTUDO DA LÍNGUAESTUDO DA LÍNGUA Autor: Me. Jhonatan Diógenes de Oliveira Alves Revisor : Etna Pa loma Nobre I N I C I A R 23/08/2021 Ead.br https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743368_1… 2/51 Introdução Caro(a) estudante, iniciaremos nosso conteúdo a partir de uma análise teórica a respeito das ferramentas linguísticas próprias da língua de sinais. Aprenderemos os componentes da gramática da Libras e sua aplicação na produção de sinais. Isso nos levará a alguns exemplos de diálogos possíveis em se tratando de materiais e objetos que comumente encontramos em casa e que nos darão base para a prática dos sinais. Na sequência, conheceremos algumas orientações a serem seguidas para a realização de uma visita e/ou entrevista a uma escola bilíngue, a partir de referenciais teóricos de pesquisadores que teorizam sobre o assunto, norteando nossa discussão para uma futura prática. Por �m, como parâmetro das investigações sobre os ambientes escolares bilíngues, analisaremos algumas experiências e realidades encontradas em tais cenários e as contribuições que estas podem nos oferecer enquanto estudantes da língua de sinais. introdução 23/08/2021 Ead.br https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743368_1… 3/51 A linguística é uma área de estudos que visa compreender quais fatos comuns aos homens lhes permitem a expressão das diversas línguas. De maneira independente e a partir da lógica das informações às quais nossa espécie tem acesso, essa ciência procura explicar de que modo desenvolvemos a linguagem humana, por fatores como criatividade, fatos, lógica etc. (QUADROS; KARNOPP, 2007). À linguística se relaciona a gramática, ou seja, o conjunto de regras consideradas determinantes para o uso de uma língua falada e escrita. No caso da Libras, a a�rmação de que ela possui uma linguística e uma gramática rea�rma a sua de�nição de língua, e não de linguagem. Para bem compreendermos, façamos uma breve distinção entre essas duas de�nições. Linguagem: na Língua Portuguesa, a linguagem está relacionada a toda forma de comunicação, cálculo, sistemas arti�ciais ou não Linguística eLinguística e Gramática daGramática da Libras: ParâmetrosLibras: Parâmetros e Classi�cadorese Classi�cadores 23/08/2021 Ead.br https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743368_1… 4/51 (QUADROS; KARNOPP, 2007). Ou seja, a linguagem abarca em si as mais variadas expressões possíveis aos seres vivos, para que eles se manifestem, se desenvolvam, em seu grupo ou individualmente, sempre sinalizando algo externamente. Língua: refere-se a uma parte da linguagem, própria ao ser humano e que possui regras e modos de veri�cação especí�cos. A língua pode ser o português, o espanhol, o alemão etc. Essa é apenas uma das de�nições para língua. Ao consultarmos os linguistas, o que encontramos é uma variedade de signi�cados para essa palavra, como nos apresenta Quadros e Karnopp (2007, p. 24-25): Saussure (1995, p. 17) coloca que ‘língua não se confunde com linguagem: é somente uma parte determinada, essencial dela, indubitavelmente. É, ao mesmo tempo, um produto social da faculdade de linguagem e um conjunto de convenções necessárias, adotadas pelo corpo social para permitir o exercício dessa faculdade nos indivíduos’. Bloch e Trager (1942, p. 5) a�rmam que ‘uma língua é um sistema de símbolos vocais arbitrários por meio do qual um grupo social co-opera’. Para Hall (1968, p. 158) a língua(gem) é ‘a instituição pela qual os humanos se comunicam e interagem uns com os outros por meio de símbolos arbitrários orais-auditivos habitualmente utilizados’. Bloch e Trager (1942) e Hall (1968) aplicam a de�nição de língua somente às línguas orais-auditivas. Apesar da diversidade linguística dos seres humanos, há aspectos que se repetem e seguem uma ordem de execução, ou seja, há um padrão lógico universal em todas as línguas. Esses aspectos são de�nidos em cinco áreas: fonologia, morfologia, sintaxe, semântica e pragmática. No que se refere à língua de sinais, constatou-se, por meio de pesquisas a respeito das condições linguísticas, que ela possuía os atributos próprios de uma língua. O primeiro a defender essa tese foi o pesquisador William Stokoe (1919-2000), que se dedicou aos estudos da ASL, ou seja, da Língua de Sinais Norte-americana. Em seus estudos, ele identi�cou que a língua de sinais possuía uma gramática própria e a dispôs a partir dos seguintes parâmetros: 23/08/2021 Ead.br https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743368_1… 5/51 con�guração de mão (CM), localização (L) ou ponto de articulação (PA) e movimento (M) (LACERDA; SANTOS; MARTINS, 2019). Outros nomes de importância nesse cenário foram os de Battson (1964) e Liddell e Johnson (1989), citados por Xavier e Barbosa (2014), que foram responsáveis pelos outros dois parâmetros que, atualmente, compõem a Libras. Battson identi�cou pares de sinais na ASL que se opõem lexicalmente por apresentarem a palma da mão voltada para diferentes direções. Com base nisso, ele propôs a inclusão da orientação no rol de unidades contrastivas dessa língua. [...] Por �m, Liddell e Johnson propuseram a inclusão do parâmetro marcações não-manuais, por observarem que existem sinais na ASL cuja realização envolve não apenas atividades das mãos, mas também atividades de outras partes do corpo, sobretudo da face (XAVIER; BARBOSA, 2014, p. 375). Com isso, temos a de�nição dos cinco parâmetros pertinentes à língua de sinais norte-americana, das quais a Libras é herdeira, assim como todas as demais línguas de sinais. Vejamos, a seguir, com maior atenção, cada um dos parâmetros. Con�guração de mãos (CM): entende-se por con�guração de mãos as variadas formas que as mãos terão ao longo da produção de sinais. Apesar de ser o principal instrumento para a sinalização, essa con�guração não permanece sozinha, exigindo um acompanhamento, assim como o alfabeto manual, que não gera a comunicação sozinho, pois precisa dos demais parâmetros para a realização de uma comunicação efetiva. As últimas pesquisas a�rmam que, ao todo, é possível classi�car mais de setenta e três con�gurações de mãos. Localização (L) ou Ponto de Articulação (PA): refere-se ao local onde será feita a con�guração de mãos, podendo ser em frente ao corpo do intérprete ou em algum espaço neutro, ou seja, próximo ao seu corpo. 23/08/2021 Ead.br https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743368_1… 6/51 Nesse sentido, os sinais que se referem à visão ou ao campo visual são realizados na região próxima dos olhos; os que dizem respeito à alimentação, próximos da boca; os referentes a sentimentos, próximos do coração; aqueles relativos ao raciocínio, à intelectualidade e à cognição são realizados próximos da cabeça, e assim por diante. Sendo assim, os sinais podem ser articulados em diferentes regiões do próprio corpo, tais como cabeça, tronco, braço, mãos ou no espaço neutro (LACERDA; SANTOS; MATIAS, 2019, p. 89). A con�guração de mãos, seguida do ponto de articulação, compõe os sinais e dá o signi�cado de cada uma das palavras, de modo especí�co e particular. Isso ocorre pois uma mesma con�guração de mão poderá signi�car coisas diferentes, dependendo do contexto da conversa e, sobretudo, do local onde o sinal está sendo realizado. São exemplos as palavras “laranja”, “sábado” e “suco”: Figura 3.1 - Sinal de “sábado”, “suco” ou “laranja” Fonte: Elaborada pelo autor. #PraCegoVer: imagens sinalizando as palavras “sábado”, “suco” ou “laranja”, que possuem o mesmo movimento e con�guração de mãos. Na primeira imagem, a mão direitada pessoa está fechada e sobre a boca, e, na segunda imagem, permanece no mesmo lugar, mas um pouco aberta, indicando o movimento do sinal. 23/08/2021 Ead.br https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743368_1… 7/51 Veja que as palavras são representadas por um único sinal, ou seja, possuem o mesmo movimento, ponto de articulação e con�guração de mãos. O que alterará o signi�cado é o contexto da conversa no qual o sinal estará inserido. Movimento (M): como parte dos parâmetros da língua de sinais, o movimento possui expressões delimitadas, as quais direcionam as mãos para um local e/ou circuito especí�co. É o caso, por exemplo, da palavra “solteiro”, em que, com a mão em con�guração de “s”, o movimento realizado é de forma circular. Com a mesma con�guração da mão, a palavra “sogra” realiza o movimento trêmulo. Basicamente, os três movimentos mais comuns são: retilíneo, circular e zigue- zague (LACERDA; SANTOS; MATIAS, 2019). Orientação de Mão (OM): não devemos confundir a orientação de mão com o movimento, tampouco com a con�guração de mãos. A orientação diz respeito à direção que a mão deverá ocupar na produção de sinais. Mais que a direção dos dedos, é a palma da mão que con�gurará a orientação, podendo esta ser para cima, para baixo, de frente ou de costas para o corpo, para esquerda ou para direita. Expressões não manuais (ENM): também compreendidas como orientação corporal e facial, são as posições que o diálogo ocupará na construção da comunicação, evidenciando, por meio do corpo e do rosto, referências de a�rmação, negação e interrogação. Classi�icadores da Língua Brasileira de Sinais Os classi�cadores da Libras foram criados tendo por base a Língua de Sinais Norte-americana. Classi�cadores são usados na língua de sinais para indicar quais os movimentos e as posições dos objetos de modo mais especí�co, dando ao surdo uma visão mais detalhada dos fatos, o que favorece a compreensão do conteúdo. Ao invés de somente unir os verbos em uma 23/08/2021 Ead.br https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743368_1… 8/51 frase, os classi�cadores permitem, mediante a visualização, o signi�cado real que se deseja transmitir. Para Ferreira-Brito, na Libras e na ASL, os morfemas classi�cadores se ligam aos verbos de movimento e localização a �m de indicar o movimento do objeto ou a sua localização. Com isso, a relação entre os signi�cados dos verbos e os classi�cadores é transparente ou icônica; contudo essa transparência semântica tende a se estrati�car, ou seja, o morfema deixa de ser produtivo (MENDONÇA, 2012, p. 48). Por exemplo, a frase “o papel caiu!”, na composição em Libras, seria da seguinte forma: PAPEL + CAIR. Apesar de, inicialmente, parecer claro, sinalizar essas duas palavras sequencialmente não traz a compreensão necessária para a frase, pois necessita de classi�cadores. Ou seja, caso o intérprete faça a tradução sinalizando essas duas palavras, primeiro, PAPEL e, em seguida, CAIR, a frase �caria sem sentido. O correto, nesse caso especí�co, seria utilizar um classi�cador unido ao verbo “cair”, deste modo: primeiro, faz-se o sinal de PAPEL, na sequência, o intérprete pode fazer com sua mão o movimento suave de uma folha de papel caindo, levemente levada pelo vento. Esse sinal, que beira a mímica, é o que consideramos classi�cador. Cada país de�ne os seus classi�cadores e o modo como eles serão distribuídos na gramática da língua de sinais. No caso da Libras, temos como marco das pesquisas a respeito desse assunto a obra Por uma gramática de língua de sinais, de Ferreira-Brito (1995), na qual há um capítulo para tratar da função dos classi�cadores. Tal capítulo tem como objetivo a descrição de classi�cadores na Libras em contraste com as línguas orais e a ASL, sem deixar de considerar as diferenças e as semelhanças entre a língua oral e a de sinais. [...] De acordo com ela, por atribuir características ao nome a que se refere, o classi�cador tem signi�cado e é um morfema a�xado a um item lexical organizando-o em uma determinada classe (MENDONÇA, 2012, p. 48). 23/08/2021 Ead.br https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743368_1… 9/51 Em sua obra, a autora a�rma que dois classi�cadores são os mais comuns: os classi�cadores de tipo de objetos e os de segurar o tipo de objeto; eles se referem à con�guração de mãos mais comuns na produção de classi�cadores. Nos classi�cadores de tipo de objetos, as con�gurações de mãos mais comuns são as em formato de “y”, “b”, “g” e “f”. Por exemplo, com a mão con�gurada em “y” é possível sinalizar palavras como “pessoa gorda”, “telefone”, “lata de óleo”, “salto alto” etc. 23/08/2021 Ead.br https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743368_… 10/51 Nos classi�cadores de segurar tipo de objeto, por sua vez, a con�guração de mão é feita para representar como certos objetos são segurados. A mais comum é a con�guração da mão em “s”, que pode representar alguém segurando um guarda-chuva, uma sacola, uma mala, um cano longo, um arco- �echa etc. (MENDONÇA, 2012). Conhecimento Teste seus Conhecimentos (Atividade não pontuada) A linguística cumpre com o papel investigativo na elaboração gramatical dos conceitos que fundamentam as mais variadas línguas reconhecidas pelo homem ao longo da sua história. No caso da Libras, houve, por parte de linguistas como William Stokoe (1919-2000), a preocupação em compreender os atributos gramaticais, a �m de de�ni-la não mais como sendo uma linguagem, mas uma língua. Desse modo, assinale a alternativa a seguir que melhor de�ne o porquê de a Libras ser considerada língua. a) A Libras pode ser considerada língua, pois, como tal, possui elementos em sua estruturação com expressões gramaticais �xas. Ou seja, há, em seu conjunto, parâmetros que evidenciam uma lógica sequencial de uso e cumprimento da regra. 23/08/2021 Ead.br https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743368_… 11/51 b) A língua de sinais deve ser compreendida como língua, tendo em vista os esforços que a comunidade surda tem desempenhado para a sua autoa�rmação. Desse modo, todos os gestos e as mímicas utilizados em sua comunicação ganham o status de língua. c) Assim como todas as demais línguas de sinais, a Libras alcançou a importância da língua por meio das instituições legais e de seus decretos, mesmo que ela seja majoritariamente produzida a partir de linguagens como gesticulações e acenos. d) A Libras é a única língua de sinais reconhecida como língua. Isso porque os movimentos políticos associados aos fatores linguísticos o�cialmente instituídos conseguiram demonstrar o seu caráter comunicativo e social na comunidade surda. e) Ao a�rmarmos que tal instrumento de comunicação é uma língua, isso signi�ca que há regras �xas. A Libras deve ser descrita como linguagem, visto que os seus sinais se alteram conforme a localidade e não há regras em sua realização 23/08/2021 Ead.br https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743368_… 12/51 Após compreendermos, teoricamente, os parâmetros e os classi�cadores para a realização dos sinais em Libras, estudaremos alguns sinais que poderão ser utilizados ao se falar sobre material escolar e ambientes domésticos. Materiais escolares Vejamos, a seguir, alguns sinais em Libras relacionados a material escolar. Sinais Referentes aSinais Referentes a Material Escolar eMaterial Escolar e Objetos de CasaObjetos de Casa 23/08/2021 Ead.br https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743368_… 13/51 Figura 3.2: Sinal de “casa” Fonte: Adaptada de Araújo e Pereira (on-line). #PraCegoVer: Imagens de uma intérpretesinalizando a palavra “casa”. No primeiro quadro, ela está de frente e com as mãos em frente ao corpo. As palmas das mãos estão para baixo e as pontas dos dedos das mãos estão encostadas umas nas outras, formando um pequeno “telhado”. Na segunda imagem, as mãos estão em frente ao corpo, a mão direita está com a palma para cima e os dedos estendidos, enquanto a mão esquerda está mais abaixo, na direção do abdômen, com a palma para cima e os dedos estendidos. Há duas setas indicando um movimento linear para cima e para baixo. 23/08/2021 Ead.br https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743368_… 14/51 23/08/2021 Ead.br https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743368_… 15/51 23/08/2021 Ead.br https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743368_… 16/51 Figura 3.5: Sinal de “borracha” Fonte: Adaptada de Araújo e Pereira (on-line). #PraCegoVer: Imagem de uma intérprete sinalizando a palavra “borracha”. Ela está de frente e com o braço direito voltado para o lado esquerdo. Sua mão direita está fechada e encostada na mão esquerda, que está aberta com a palma voltada para frente e os dedos juntos. Há uma seta indicando o movimento linear de um lado para o outro. 23/08/2021 Ead.br https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743368_… 17/51 Figura 3.6: Sinal de “caderno de desenho” Fonte: Adaptada de Araújo e Pereira (on-line). #PraCegoVer: Imagens de uma intérprete sinalizando a palavra “caderno de desenho”. No primeiro quadro, ela está de frente, sorrindo, e com o braço direito estendido em frente ao seu corpo em direção ao braço esquerdo. Sua mão direita está com a palma voltada para o seu corpo, está fechada, porém com o dedo indicador estendido e passando pela mão esquerda, que está com a palma voltada para frente, os dedos estendidos e juntos. Há uma seta indicando um movimento circular realizado pela mão direita sobre a parte �nal da mão esquerda. Esse movimento inicia-se circular e, na sequência, desce reto até o �nal da mão. Na segunda imagem, ela está de frente, sorrindo, com o braço direito em frente ao corpo e na direção do braço esquerdo. Sua mão direita está com a palma virada para seu corpo, e os dedos indicador e médio estendidos e juntos. Sua mão esquerda está com a palma para frente, os dedos estendidos e juntos. Há uma seta sobre a mão esquerda, indicando um movimento de zigue-zague realizado sobre ela pelos dedos indicador e médio da mão direita. 23/08/2021 Ead.br https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743368_… 18/51 23/08/2021 Ead.br https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743368_… 19/51 Os sinais de material escolar são muitos, então, apresentamos, aqui, os mais comuns e de fácil aplicabilidade. Perceba que, em todos eles, a sinalização não se limita aos movimentos e à con�guração de mãos, mas a expressão facial e a corporal contribuem para que o sinal ganhe vida e seja melhor compreendido pela pessoa surda. Sinais de objetos de casa Dando continuidade ao nosso tema, vejamos alguns sinais de objetos que podemos encontrar em casa. Cada um desses sinais é composto pelos parâmetros e, em alguns casos, pelos classi�cadores, que contribuem para a compreensão da identidade dele. Figura 3.8: Sinal de “lápis” Fonte: Adaptada de Araújo e Pereira (on-line). #PraCegoVer: Imagem de uma intérprete sinalizando a palavra “lápis”. Ela está de frente e sua mão direita está encostada em seu rosto do lado direito, com os dedos indicador e polegar em formato de pinça, com suas pontas encostadas na boca. Há dois sinais em torno dos dedos indicador e polegar, indicando um movimento de deslize entre eles. 23/08/2021 Ead.br https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743368_… 20/51 Figura 3.9: Sinal de “casa” Fonte: Adaptada de SAT (2019, p. 19). #PraCegoVer: Imagem de uma intérprete sinalizando a palavra “casa”. Ela está de frente e com as mãos em frente ao corpo. As palmas das mãos estão para baixo e as pontas dos dedos das mãos estão encostadas umas nas outras, formando um pequeno “telhado”. 23/08/2021 Ead.br https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743368_… 21/51 23/08/2021 Ead.br https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743368_… 22/51 Figura 3.11: Sinal de “mesa” Fonte: Adaptada de SAT (2019, p. 63). #PraCegoVer: Imagem de um intérprete sinalizando a palavra “mesa”. Ele está de frente e suas mãos estão em frente ao seu peito, com as palmas para baixo e os dedos estendidos para frente. Abaixo dele, há duas setas indicando o movimento “para os lados e para baixo”, que deve ser realizado pelas duas mãos ao mesmo tempo. Figura 3.12: Sinal de “telefone” Fonte: Adaptada de SAT (2019, p. 93). #PraCegoVer: Imagem de uma intérprete sinalizando a palavra “telefone”. Ela está de frente e sua mão esquerda está encostada em seu rosto do lado esquerdo. Os dedos polegar e mínimo estão estendidos, enquanto os demais estão fechados, em um formato que lembra um telefone. 23/08/2021 Ead.br https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743368_… 23/51 23/08/2021 Ead.br https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743368_… 24/51 Conhecimento Teste seus Conhecimentos (Atividade não pontuada) 23/08/2021 Ead.br https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743368_… 25/51 Olhando para os sinais realizados em Libras, podemos perceber que, ao aprendermos essa língua por meio de palavras que permeiam o nosso cotidiano, o modo de conhecermos e reconhecermos objetos, pessoas, situações etc. sofre alterações estruturais. Ou seja, ignorando a capacidade auditiva, indispensável no aprendizado das línguas orais, identi�camos outros recursos que também são indispensáveis nas línguas sinalizadas. Essas diferenças reforçam ainda mais o caráter cultural presente nas comunidades surdas e a importância de fazermos da acessibilidade uma ideologia universal. Desse modo, ao observarmos os sinais ensinados em Libras, podemos questionar: quais são os outros instrumentos imprescindíveis para a realização dessa língua? Sobre essa questão, assinale a alternativa que apresenta a resposta correta. a) A Libras necessita ser comunicada em espaços amplos, arejados e de fácil visualização. Dessa forma, a sua expansão e compreensão por todos que a acompanham se tornam melhores e mais efetivas. Esses fatores são cruciais para que ela possa ser realizada e difundida. b) É necessário que se utilizem outros instrumentos para a realização da língua de sinais. Fatores como expressão facial, expressão corporal, conhecimento e pesquisa constante sobre os sinais e suas atualizações, bem como o contato com a comunidade surda, favorecem a sua disseminação. c) Os principais instrumentos para se realizar a comunicação por meio da língua de sinais são o alfabeto manual e os sinais básicos. A partir deles o intérprete poderá transmitir todo e qualquer assunto pertinente à pessoa surda, pois, os sinais mais complexos se originam dos sinais básicos. d) Para que a comunicação em Libras ocorra de modo tranquilo, é necessário que o intérprete conheça todos os tipos de sinais existentes. Assim, a comunicação não terá equívocos e erros e, certamente, favorecerá a pessoa surda. Esse é o atributo principal para uma boa interpretação. e) A Libras exige um conhecimento aprofundado arespeito da Língua de Sinais Norte-americana (ASL). Isso se dá, pois, a base da Libras é a ASL, e toda a sua estrutura gramatical e linguística provém desta. Portanto, para se iniciar a comunicação, deve-se saber os dois idiomas. 23/08/2021 Ead.br https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743368_… 26/51 23/08/2021 Ead.br https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743368_… 27/51 Planejamento dePlanejamento de um Roteiro deum Roteiro de Observação deObservação de Entrevista paraEntrevista para uma Atividadeuma Atividade Extraclasse: VisitarExtraclasse: Visitar uma Escola queuma Escola que Atenda CriançasAtenda Crianças Surdas ouSurdas ou Entrevista comEntrevista com Pessoa SurdaPessoa Surda 23/08/2021 Ead.br https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743368_… 28/51 A possibilidade de se conhecer a realidade de uma escola bilíngue, bem como o modo como se desenvolve a identidade e a cultura da pessoa surda são objetos de curiosidade, sobretudo para aqueles que iniciam os estudos da Libras. Entretanto, antes de conhecermos algumas experiências e relatos a respeito dessas escolas e de seus membros, devemos compreender os fatores de impacto na formação do pro�ssional que ali atua, bem como o que se espera encontrar em uma visita a tais locais. Não se deve supor que escolas bilíngues são locais nos quais há a segregação dos sujeitos de aprendizagem devido a sua condição de surdos. Consequentemente, nesses espaços, não encontraremos modelos ultrapassados de educação, que punem, com crianças tristes e inconformadas por não poderem ouvir, ou locais gélidos, sem vida e silenciosos, devido à falta de alunos ouvintes. É importante iniciarmos nosso diálogo a partir desse ponto, pois, no imaginário popular, uma escola bilíngue possui contornos existenciais que fogem da “normalidade” de uma escola regular. [...] existe uma forte tradição, historicamente marcada na origem dos processos educativos das antigas escolas especiais, voltada para a correção desses sujeitos e que focaliza todos os esforços na tentativa de oralizá-los, usurpando o tempo e os recursos que deveriam ser utilizados na sua formação intelectual. Romper com essa tradição e desconstruir os preconceitos que alicerçam essas práticas têm se mostrado um processo longo e desgastante, o qual exige um permanente investimento na formação de professores e o envolvimento da comunidade escolar, para que possa ser revista a forma preconceituosa com que os surdos são perspectivados e para que sejam construídas práticas que contemplem a diferença surda na forma da aprendizagem singular e cultural desses educandos (ANDREIS-WITKOSKI; DOUETTES, 2014, p. 42). Portanto, ao nos referirmos à escola bilíngue, precisamos encerrar com estereótipos e/ou preconceitos acerca da função e/ou das características dela. Nesses locais, o que se evidencia com mais assertividade é o contato da pessoa surda com a sua cultura, o que lhe garantirá, futuramente, um espaço 23/08/2021 Ead.br https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743368_… 29/51 na sociedade a partir de quem ela é. Para os ouvintes, os quais pertencem a uma maioria em nossa sociedade, a questão da língua está resolvida, assim como o seu aprendizado, que ocorre de maneira natural, sendo o sujeito inserido em seu grupo sem qualquer constrangimento a esse respeito. No entanto, ao falarmos da formação da pessoa surda, não podemos ignorar o fato de que se sentir isolado em uma escola regular onde há inclusão é uma realidade que faz parte de seu cotidiano. A experiência de uma educação inclusiva nem sempre lhe garantirá conhecer o mundo a partir de sua identidade, de seu jeito de ser e de sua condição de surdo. Nesse aspecto, a escola bilíngue lhe proporcionará maior reconhecimento cultural, o que, consequentemente, implicará de forma positiva em sua formação humana e intelectual. [...] necessidade do contato cultural do surdo com o surdo para que, em contato com os ouvintes, perceba a sua identidade diferente. Estas fronteiras são devidamente marcantes. É preciso entender que compete à cultura uma centralidade substantiva e signi�cativa e como ela merece crescente centralidade, pois interfere nos processos de formação e mudança, penetrando na vida cotidiana e tendo um papel constitutivo e localizado na formação de identidades e subjetividades (PERLIN, 2014, p. 229). Nesse aspecto, é possível a�rmarmos que as escolas bilíngues não podem ser identi�cadas como ilhas nas quais as pessoas surdas são distanciadas da comunidade em geral. Nelas e no método bilíngue, atesta-se que o aprendizado não ocorre somente por meio de uma língua, no caso, da Libras ou da Língua Portuguesa, mas por um conjunto de fatores que, em conformidade, permitem que os saberes e a sua consolidação se transformem em aprendizagem (FILIETAZ, 2014). Essa concepção fundamenta a metodologia bilíngue empregada nas escolas para surdos, sobretudo pelo caráter formativo e identitário próprio da comunidade surda no Brasil. 23/08/2021 Ead.br https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743368_… 30/51 23/08/2021 Ead.br https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743368_… 31/51 Diante de um roteiro de observação, não se deve esquecer que o reconhecimento do fator cultural antes da visitação é de suma importância, a �m de evitar equívocos e mal-entendidos. Por esse motivo, podemos elencar algumas características possíveis de serem encontradas em uma escola bilíngue para surdos, descritas a seguir. O ambiente escolar bilíngue é semelhante ao das escolas regulares: nas instituições bilíngues, as crianças também brincam, interagem umas com as outras, formam suas rodas de amizades e, nas aulas de Educação Física, durante as atividades propostas, correm, gritam, sinalizam umas para as outras e se desenvolvem como qualquer outra criança. A língua de instrução é a Libras: diferente das escolas regulares inclusivas, nas escolas bilíngues, os alunos são instruídos a partir da Libras, sendo ela a primeira língua a ser ensinada. Sequencialmente, a Língua Portuguesa também lhes é ensinada, o que torna a educação mais ampla e dialogal. Os professores são surdos: é muito comum encontrarmos pro�ssionais da educação surdos no trabalho com a educação bilíngue. Infelizmente, em se tratando de nativos de sua própria língua, esses pro�ssionais não são a maioria. Nesses casos, os educadores regentes das turmas são bilíngues. Há alunos ouvintes: as turmas das escolas bilíngues são integralmente formadas por alunos surdos. Essa distinção se faz por uma necessidade cultural, pois, como nos apresenta Andreis-Witkoski e Filietaz (2014), dentre os diversos fatores que di�cultam a apropriação cultural do aluno surdo, podemos destacar que “[...] as interações comunicativas são pobres e limitadas pela falta de domínio da Libras entre os colegas ouvintes, que aprendem palavras isoladas [...]” (FILIETAZ, 2014, p. 150). Entretanto há alunos que não são totalmente surdos e que têm a sua matrícula aceita em tais instituições. Há casos, por exemplo, de alunos que não têm nenhum grau de surdez e, mesmo assim, os pais optam por matriculá-los em uma instituição na qual terão, como a primeira língua, a Libras e, como segunda, a Língua Portuguesa (SANTOS, 2017). 23/08/2021 Ead.br https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743368_… 32/51 Há problemas semelhantes à escola regular: como uma escola igual a todas as outras, as escolas bilíngues possuem di�culdades �nanceiras, há divergência de ideias, opiniões e posicionamentos por parte da equipe diretiva, pedagógica e docente, assim comohá alunos que precisam de mais atenção que outros, aqueles que não gostam de estudar, que têm muitas faltas etc. Ou seja, os problemas pertinentes às questões pedagógicas estão presentes em todo e qualquer ambiente de formação. Essas e outras características fazem referência ao ideal pedagógico e cultural estabelecido nas instituições de educação para surdos. Vale ressaltar que, em meio às constantes alterações na compreensão da educação especial em nosso país, a defesa pelas escolas bilíngues não representa o isolamento da pessoa surda, tampouco o seu descompromisso com a sua sociedade. O que se deseja a partir de tais instituições é que a pessoa surda tenha acesso à sua língua, aos seus artefatos e à sua identidade o mais cedo possível, não por uma mera questão ideológica, mas pelo bem de sua própria formação humana e social. Os aprendizes surdos precisam, com urgência, quanto menor sua idade cronológica, ter acesso à sua língua. É sabido que há a necessidade da linguagem para o desenvolvimento do pensamento, portanto, torna-se fundamental o estabelecimento de um conjunto de ações concretas na escola que ampliem o potencial linguístico destas crianças (DECHICHI; SILVA, 2008, p. 271). O que o visitante encontrará nas escolas bilíngues nada mais é que o exercício dessas ações concretas, que saem da teoria e das boas intenções das políticas de inclusão e se fazem em um território seguro e fortalecido por seus pares. O fator cultural se consolida a partir das semelhanças, do encontro dos iguais, que conseguem dialogar a respeito de interesses, di�culdades, diferenças e semelhanças. A educação de pessoas surdas, porém, não está restrita a essas instituições. Longe de existir um modelo único de escola, a Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos - Feneis lançou, em 2013, uma nota, na 23/08/2021 Ead.br https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743368_… 33/51 qual apresenta os três locais considerados pela comunidade surda como apropriados para a promoção de uma educação de qualidade. São eles: – Escolas bilíngues (onde a língua de instrução é a Libras, e a Língua Portuguesa é ensinada como segunda língua, mediada pela língua de instrução, Libras; essas escolas se instalam em espaços arquitetônicos próprios e nelas devem atuar professores bilíngues, sem mediação por intérpretes e sem a utilização do português sinalizado. Os alunos não precisam estudar no contraturno em classes de Atendimento Educacional Especializado, dado que a forma de ensino é adequada e não demanda atendimento compensatório); – as classes bilíngues (que podem ocorrer nos municípios em que a quantidade de surdos não justi�car a criação de uma escola bilíngue especí�ca para surdos) podem existir na mesma edi�cação de uma escola inclusiva; – nas escolas inclusivas, onde o português oral é a língua de instrução, algumas vezes mediada por intérpretes, o aluno surdo tem que estudar dois períodos, participando do Atendimento Educacional Especializado (AEE) no contraturno e são matriculados duas vezes (dupla matrícula) (FENEIS, 2013, n. p.). Sequencialmente, o lançamento, em 2014, do Plano Nacional de Educação - PNE fortaleceu esse entendimento, oportunizando à comunidade surda a escolha de qual instituição melhor se enquadra em suas necessidades e realidades locais. Conforme nos apresenta o documento, as escolas regulares de inclusão, bem como as escolas e turmas bilíngues estão aptas a receberem e formarem os alunos e as alunas surdos. Esse ideal faz parte de suas estratégias, de modo especí�co, a de número 4.7, que diz: garantir a oferta de educação bilíngue, em Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS como primeira língua e na modalidade escrita da Língua Portuguesa como segunda língua, aos (às) alunos (as) surdos e com de�ciência auditiva de 0 (zero) a 17 (dezessete) anos, em escolas e classes bilíngues e em escolas inclusivas, nos termos do art. 22 do Decreto Nº 5.626, de 22 de Dezembro de 2005, e dos arts. 24 e 30 da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com De�ciência, bem como a adoção do Sistema Braille de leitura para cegos e surdo- cegos (BRASIL, 2014, p. 56). 23/08/2021 Ead.br https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743368_… 34/51 g p Conscientes dessas questões, a visitação a uma escola bilíngue se tornará mais e�ciente e agradável, sabendo um pouco mais sobre o seu público, bem como os objetivos que a alicerçam como instituição de educação formal para pessoas surdas. praticar Vamos Praticar Os surdos, ao se enquadrarem no grupo de pessoas com de�ciência, necessitam de muito mais do que políticas de acessibilidade física, urbana e estrutural. A sua diferença está na capacidade de compreender a realidade a partir de um idioma e de uma cultura que não lhes são naturais, sendo-lhes exigido, em muitas situações, que ajam ou pensem como uma pessoa ouvinte, isto é, em um idioma e em uma identidade opostos aos seus. Com isso, novamente, a escola bilíngue se destaca pelo reconhecimento de seus indivíduos a partir daquilo que são e apresentam, sem adequações comportamentais. Tendo por base que as escolas bilíngues desempenham um papel signi�cativo na formação de crianças e jovens, faça uma visita técnica em uma instituição de educação para surdos. Caso isso não seja possível, realize uma entrevista com uma pessoa surda, de preferência, que seja jovem e esteja na idade escolar. Nessa visita, busque registrar a rotina da escola, como são divididas as turmas, os horários, qual a forma utilizada pelos professores para educar e se comunicar com os alunos. Procure também perceber quais as diferenças no trabalho e no agir pedagógico que são mais evidentes ao longo de sua visita. Caso opte por fazer uma entrevista, 23/08/2021 Ead.br https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743368_… 35/51 questione o(a) entrevistado(a) sobre como foi (ou como é) a sua vida escolar. Em qual instituição ele(a) estudou, de que modo ele(a) interpreta a sua educação atualmente, quais as melhorias que ele(a) gostaria e necessita que devam acontecer, como ele(a) se sente nesse ambiente de ensino. No �nal da visita ou da entrevista, faça um relatório descrevendo tudo o que você conseguiu identi�car. 23/08/2021 Ead.br https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743368_… 36/51 Os relatos de instituições de educação para surdos são muitos e, obviamente, não poderíamos citar cada um deles neste material, por nos faltar tempo e espaço. Entretanto, observando alguns deles, vemos que as experiências presentes em tais espaços se repetem, assim como as entrevistas com pessoas surdas sobre suas experiências escolares, que são muito parecidas. Portanto, o que buscaremos neste momento é a explanação de alguns contextos que se assemelham e nos dão uma base segura a respeito do Relatos deRelatos de Visitação a umaVisitação a uma Escola que AtendeEscola que Atende Surdos e/ouSurdos e/ou EntrevistaEntrevista Realizada comRealizada com Pessoas SurdasPessoas Surdas 23/08/2021 Ead.br https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743368_… 37/51 funcionamento de uma escola bilíngue, bem como da vivência da pessoa surda nesse local. Iniciemos pelo trabalho de doutorado da professora Claudia Regina Vieira (2017), no qual encontramos um modelo de uma escola bilíngue para surdos. Nele, a autora nos apresenta as características estruturais da instituição que visitou, o que nos confere uma visão geral de uma escola para surdos. No ano de 2016 a escola possuía 64 estudantes, distribuídos da seguinte forma: Jardim I - seis estudantes - todos meninos[...] Jardim II - 10 estudantes - cinco meninos e cinco meninas [...] 1º ano - 11 estudantes - oito meninos e 3 meninas [...] 2º ano - oito estudantes- sete meninos e 1 menina [...] 3º ano - 11 estudantes - seis meninos e cinco meninas. [...] 4º ano - 10 estudantes [...] 5º ano - nove estudantes - seis meninos e três meninas (VIEIRA, 2017, p. 116-117). Observa-se que as escolas bilíngues, em sua maioria, são formadas por pequenas quantidades de alunos em cada turma. Não somente por uma questão de vagas mas também pelo número de pessoas surdas na sociedade, a seriação escolar ocorre de maneira reduzida. Para o trabalho pedagógico, sem dúvidas, uma turma com poucos alunos é uma grande vantagem, pois as tarefas do professor podem ser melhor distribuídas no tempo de aula, realizando um trabalho personalizado com cada um de seus alunos. Dependendo da disciplina ministrada, as di�culdades podem ser menores ou não. É o caso daquelas em que o conteúdo é constituído por saberes mais abstrato, ou, então, que, inicialmente, partem de conceitos para depois irem para a prática, por exemplo, a matemática. Acreditamos que o ensino da Matemática tem por objetivo – além de desenvolver a linguagem matemática propriamente dita – criar relações entre o abstrato lógico-matemático e o concreto vivenciado no cotidiano. A transição do concreto para o abstrato é um passo delicado – especialmente para o surdo, pois sua percepção de mundo é fortemente permeada pela sua ‘experiência visual’[...] (ALBERTON; CARNEIRO, 2014, p. 5-6). 23/08/2021 Ead.br https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743368_… 38/51 Ainda no relato de Vieira (2017), encontramos mais detalhes a respeito da rotina de uma escola bilíngue. Pontos de destaque são os horários de aula, a troca de professores e o início e o �nal do intervalo: como avisá-los, sabendo que um sinal sonoro não teria efeito? Esses momentos são sinalizados a partir de um dispositivo de luz, que �ca próximo à porta de cada uma das salas, inclusive a dos professores. Esses dispositivos são formados por duas lâmpadas. A de cor amarela sinaliza a troca de aulas, entrada e saída de alunos. A de cor vermelha é para possíveis casos de emergência. Esse sistema de sinalização é crucial para que a escola tenha sua rotina da maneira mais natural possível, como qualquer outra escola. A experiência visual da pessoa surda se torna o principal aliado na formação e no aprendizado; sabendo disso, os professores buscam trazer para suas aulas recursos como slides, jogos, vídeos e tudo aquilo que possa ser visualizado e experienciado pelo aluno (VIEIRA, 2017). 23/08/2021 Ead.br https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743368_… 39/51 Essa escola apresentada por Vieira (2017) realiza um trabalho de educação de tempo integral, isto é, os alunos permanecem na instituição durante todo o horário da manhã e da tarde. No contraturno de suas aulas, o trabalho desenvolvido se concentra em atividades lúdicas, de teatro, de cinema e de contação de histórias. Nesses momentos, conduzidos pela instrução em Libras, as crianças se apropriam, de maneira natural e prazerosa, da língua de sinais e da identidade e cultura surda. Há um cronograma que especi�ca os horários e as atividades para cada turma, a �m de que cada trabalho realizado seja direcionado à faixa etária e à série adequadas. Os alunos contemplados pelas atividades no contraturno são os do segundo ao quinto ano de ensino (VIEIRA, 2017). Nota-se, mais uma vez, a ênfase que se dá a propostas que priorizem experiências práticas dos alunos e seu contato com o novo em uma perspectiva visual. Utilizar espaços variados de aprendizagem, bem como o contato visual com os objetos de aprendizado, faz parte da proposta de ensino de uma escola bilíngue. Inseridos na cultura surda, os conteúdos são trabalhados em conformidade com as condições de acesso dos sujeitos de aprendizagem, em uma perspectiva que os compreenda como diferentes, não de�cientes. Por se tratar de uma escola regular, com inclusão reversa, a elaboração do currículo de uma escola bilíngue para surdos precisa ser construído a partir da ideia de diferença, dando um espaço de signi�cação à formação da sua identidade e sendo organizado em uma perspectiva viso espacial que garanta o acesso a todos os conteúdos escolares na língua de sinais (SANTOS, 2017, p. 76). Dando um passo adiante, falaremos sobre a avaliação e como ela se desenvolve em uma escola bilíngue. Em uma outra experiência institucional de escola bilíngue, apresentada por Santos (2017), observa-se, a partir do Projeto Político-Pedagógico - PPP, que a avaliação se dá de maneira contínua, diagnóstica e priorizando os resultados qualitativos em detrimento dos quantitativos (SANTOS, 2017). Essa leitura acerca do modo de se avaliar os alunos surdos está em conformidade com as teorias pedagógicas trazidas por 23/08/2021 Ead.br https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743368_… 40/51 pensadores como Libâneo e Luckesi, que sistematicamente se repetem nas escolas especiais, bilíngues ou regulares. Entretanto algo que merece destaque nas considerações trazidas por Santos (2017) a respeito da escola que ela pesquisou é a compreensão do trabalho exercido pelos professores durante o processo de avaliação e ensino, bem como a de�nição que esses fazem da função de uma escola bilíngue. Além das funções civil e política na construção de identidades e reconhecimento de culturas - por mais que esse processo se dê a partir da sua própria cultura -, as escolas bilíngues cumprem outro papel, que é o de promover cidadãos críticos, pensantes e que sejam capazes de se incomodar com a realidade, a ponto de desejar mudá-la. A escola que pretende formar cidadãos críticos e inserir os surdos, não pode mais se basear apenas na interpretação de sinais, mas buscar estratégias de aprendizagem e de avaliação nas quais todos os alunos sejam capazes de expressar criticamente o conhecimento. O aluno surdo fará isso não somente por meio da língua de sinais, e também há ainda aqueles que terão a habilidade de transformar seu conhecimento nos diversos campos que sejam reconhecidos no espaço escolar. Acreditamos que esta mudança visa proporcionar aos seus alunos, como também permite o reconhecimento de habilidades que, muitas vezes, são desconhecidas ou desvalorizadas no ambiente escolar, sendo produtivas também, para a apropriação do conhecimento de seus alunos (SANTOS, 2017, p. 81). Essa de�nição dissipa, mais uma vez, a ideia de uma escola bilíngue para surdos como sinônimo de exclusão da pessoa com de�ciência. Garantir espaços nos quais a educação seja conduzida na perspectiva cultural da pessoa surda deve ser encarado como expressão de cidadania e inclusão social, e nunca o contrário. Oportunizar esses espaços é ir ao encontro de uma sociedade mais democrática, aberta às possibilidades de seus cidadãos serem quem quiserem e puderem, a partir de suas características e personalidades. 23/08/2021 Ead.br https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743368_… 41/51 O Decreto 5.626/05 (BRASIL, 2005) con�gura legalmente que é possível a construção de uma nova realidade. É um avanço, pois ter um direito assegurado por lei signi�ca que um grupo se fez ouvir e foi reconhecido; no entanto, ele, por si só, não garante as mudanças necessárias. Para instituir o novo contexto educacional que a lei garante, é preciso desconstruir uma série de conceitos e preconceitos que se cristalizaram ao longo do tempo. Isso signi�ca criar um espaço de re�exão permanente, em que o principal interessado, o surdo, seja um integrante ativo e possa dizer o que signi�ca para ele e para o seu grupo o uso da Libras, nas interações sociais, culturais e pedagógica (HAHN; SOUZA, 2014, p.187). A necessidade da comunidade surda de ser ouvida é urgente! Signi�cativos avanços foram dados, entretanto há, ainda, muito a ser quali�cado, sobretudo porque não estamos maisnos referindo a uma de�ciência, mas a uma cultura que se a�rma cada dia mais e, como tal, necessita de ter seu espaço garantido e preservado. Sem ouvirmos as reivindicações desse grupo, nos ocupamos de estudar as suas ideias e conquistas a partir de uma visão acadêmica, porém pouco relacional: quantos de nós convivemos com surdos, colaboramos com suas causas, entendemos as suas lutas e permitimos que eles possam ser eles mesmos em nossa sociedade? Crescer em uma cultura ouvinte se tornou mais fácil para eles, porém as questões existenciais e identitárias ainda os inquietam. Em nossos movimentos, reivindicamos salas de aula só para surdos, professores surdos e espaço físico estruturado para nossas necessidades. Não estamos aqui para excluir os educadores ouvintes, mas, que estes, primeiramente, possam ser preparados para, de forma competente, também participar de nossa educação. O que se deve às nossas opções por professores surdos são as a�nidades, pois eles passaram e vivenciaram nossas histórias de vida. Possuem experiências e dominam a LIBRAS, tornando-os mais capacitados para atuarem com sua mesma comunidade cultural, produzindo métodos e técnicas que levam ao surdo obter saberes signi�cativos e conduzindo-os a serem cidadãos atuantes, de forma “igualitária”, desta sociedade competitiva (LIRA, 2009, p. 29). 23/08/2021 Ead.br https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743368_… 42/51 Por �m, antes de a�rmarmos ou não se essas instituições apresentadas seguem uma proposta educacional adequada, devemos permitir que os mais interessados se manifestem. Ou seja, é a comunidade surda que deve ser ouvida antes de qualquer parâmetro ser de�nido como correto. As políticas de inclusão e acessibilidade necessitam promover sempre mais debates e diálogos nos quais os protagonistas sejam aqueles que serão afetados pelos resultados. As escolas bilíngues, ao nosso ver, demonstram que a comunidade surda almeja mais espaços em possa ser ouvida e atendida em suas necessidades, fazendo da pluralidade cultural uma experiência possível e respeitada por todos. praticar Vamos Praticar Conhecer uma escola bilíngue, bem como o pensamento da comunidade surda a seu respeito, é uma oportunidade de enriquecimento cultural. As diferenças que marcam a metodologia, a sequência de ensino, os objetos presentes na alfabetização e a validação das propostas escolares permitem aos pesquisadores o contato com um mundo inteiramente novo e desa�ador. Por esse motivo, praticar a interpretação das diferentes propostas de ensino, seja o regular, o inclusivo ou o bilíngue, favorece a leitura democrática do que venha a ser a escola, os sujeitos e a maneira como os processos de ensino devem e podem ocorrer. No intuito de aprofundar as pesquisas acerca das metodologias das escolas bilíngues, encontramos inúmeros trabalhos acadêmicos que têm como objetivo descrever os movimentos pedagógicos presentes em cada instituição de ensino bilíngue, a visão de mundo e compreensão do espaço pedagógico apropriado ao 23/08/2021 Ead.br https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743368_… 43/51 aluno surdo. Ter acesso a tais leituras é um excelente método de averiguação das possibilidades de ensino das quais a educação especial se ocupou ao longo da história, bem como na modernidade. Faça uma pesquisa sobre o processo de alfabetização presentes em uma escola bilíngue e em uma escola regular inclusiva. Busque identi�car quais as principais diferenças existentes nesses dois cenários, quais as metodologias empregadas em cada uma delas e qual o objetivo que move o seu trabalho pedagógico. No �nal, faça um relatório em que esteja presente a situação e as diferenças encontradas em cada uma das duas instituições pesquisadas. 23/08/2021 Ead.br https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743368_… 44/51 Material Complementar indicações LIVRO Surdez, Educação Bilíngue e Libras: perspectivas atuais Luiz Renato Martins da Rocha, Jáima Pinheiro deOliveira e Márcia Regina dos Reis (Orgs.). Editora: CRV ISBN: 978-85-444-1108-7 Comentário: O livro traz trabalhos de pesquisadores a respeito da educação de surdos no Brasil, em cenários diversos. Da Educação Básica ao Ensino Superior, o tema da educação bilíngue perpassa todo o conteúdo proposto, levando-nos a re�etir a respeito das possibilidades de ensino e do modo como este tem sido ministrado na formação da pessoa surda. 23/08/2021 Ead.br https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743368_… 45/51 WEB Inclusão, educação ideal? Tipo: Documentário Comentário: O documentário trata a respeito da experiência da Libras em escolas bilíngues e em escolas de inclusão. Há uma relutância por parte da comunidade surda em considerar o ensino inclusivo como adequado ao ensino de crianças e jovens surdos. Portanto, nesse trabalho, apresenta-se uma re�exão sobre essas duas modalidades de ensino e o quanto cada uma tem a contribuir com a formação de jovens, a partir da perspectiva da comunidade surda. Para conhecer mais sobre o �lme, acesse o trailer. A C E S S A R https://www.youtube.com/watch?v=qSV_qIglB7g 23/08/2021 Ead.br https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743368_… 46/51 Conclusão Aprendemos, nesta unidade, sobre a linguística e a gramática da língua de sinais brasileira, a Libras. Vimos a sua constituição lógica e sequencial, a �m de compreendermos a sua de�nição enquanto língua. Na sequência, aprendemos alguns sinais básicos referentes a materiais escolares e objetos de casa, que podem ser utilizados e treinados no dia a dia. Vimos, também, algumas orientações para que se possa realizar uma visita técnica ou uma entrevista com uma pessoa surda, a partir da compreensão do papel e das contribuições das escolas bilíngues. Por �m, re�etimos a respeito de alguns relatos sobre a estrutura de uma escola bilíngue, bem como sobre a opinião da comunidade surda quanto a essa escola e à educação inclusiva. conclusão Referências Bibliográ�cas ALBERTON, B. F. A.; CARNEIRO, F. H. F. Relatos de experiência sobre o ensino da matemática para alunos surdos bilíngues. In: ENCONTRO NACIONAL DE EDUCAÇÃOMATEMÁTICA – ENEM, 13., 2016, São Paulo, SP. Anais Eletrônicos [...]. São Paulo: ENEM, 2014. p. 1-11. Disponível em: referências 23/08/2021 Ead.br https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743368_… 47/51 http://www.sbembrasil.org.br/enem2016/anais/pdf/8110_3827_ID.pdf. Acesso em: 10 dez. 2020. ANDREIS-WITKOSKI, S.; DOUETTES, B. B. Educação bilíngue de surdos: implicações metodológicas e curriculares. In: ANDREIS-WITKOSKI, S.; FILIETAZ, M.R. P. (Org.). Educação de surdos em debate. Curitiba: Ed. UTFPR, 2014, p. 41-50. ARAÚJO, H. F. de; PEREIRA, R. C. Libras: Contexto escolar. São Paulo, IFSP. Disponível em: https://pep.ifsp.edu.br/images/PDF/CSP/documentos- sociopedagogicos/Palavras-para-o-Contexto-Escolar.pdf. Acesso em: 02 dez. 2020. BRASIL. Plano Nacional de Educação 2014-2024. Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014.Aprova o Plano Nacional de Educação (PNE) e dá outras providências (Série Legislação, Num. 125). Brasília, DF: Edições Câmara, 2014. DECHICHI, C.; SILVA, C. Inclusão escolar e educação especial: teoria e prática na diversidade. Uberlândia: EDUFU, 2008. FENEIS - Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos. A luta da comunidade surda brasileira pelas escolas bilíngues para surdos no Plano Nacional da Educação – PNE. Rio de Janeiro: Autor, 2013. FERREIRA BRITO, L. Por uma gramática de língua de sinais. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1995. FILIETAZ, M. R. P. A idiossincrasia pro�ssional instituída para a educação bilíngue. In: ANDREIS-WITKOSKI, S.; FILIETAZ,M. R. P. (Org.). Educação de surdos em debate. Curitiba: Ed. UTFPR, 2014. p.147-159. HAHN, R. S.; SOUZA, R. M. de. Surdos e ouvinte sem contexto bilíngue no ensino médio: sobre as (im)possibilidades de inclusão. In: ANDREIS-WITKOSKI, S.; FILIETAZ, M.R. P. (Org.). Educação de surdos em debate. Curitiba: Ed. UTFPR, 2014. p. 185-207. http://www.sbembrasil.org.br/enem2016/anais/pdf/8110_3827_ID.pdf https://pep.ifsp.edu.br/images/PDF/CSP/documentos-sociopedagogicos/Palavras-para-o-Contexto-Escolar.pdf 23/08/2021 Ead.br https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743368_… 48/51 LACERDA, B. F. de; SANTOS, L. F. dos; MARTINS,V. R. de O. Libras: aspectos fundamentais. Curitiba: InterSaberes, 2019. LIRA, D. S. A experiência e opinião dos estudantes surdos nas escolas bilíngues e de inclusão. 2009. 66 f. Monogra�a (Especialização em Educação Especial) - Faculdade Santa Helena, Recife, 2009. MENDONÇA, C. S. S. S. Classi�cação nominal em Libras: um estudo sobre os chamados classi�cadores. 2012. 171 f. Dissertação (Mestrado em Linguística) – Universidade de Brasília, Brasília,2012. PERLIN, G. Cultura e educação bilíngue no pulsar das identidades surdas contemporâneas. In: ANDREIS-WITKOSKI, S.; FILIETAZ, M. R. P. (Org.). Educação de surdos em debate. Curitiba: Ed. UTFPR, 2014. p.223-232. QUADROS, R. M. de; KARNOPP, L. B. Língua de Sinais Brasileira: estudos linguísticos. São Paulo: Artmed, 2007. ROCHA, L.R. M. da; OLIVEIRA, J. P. de; REIS, M.R. Surdez, Educação Bilíngue e Libras: perspectivas atuais. Curitiba: CRV, 2016. SAT – SERVIÇO DE AJUDA TÉCNICA. Mini dicionário. Porto Alegre: FADERS, 2019. Disponível em: http://www.faders.rs.gov.br/uploads/Dicionario_Libras_CAS_FADERS1.pdf. Acesso em: 02 dez. 2020. SANTOS, G. B. dos. Currículo na educação bilíngue para surdos: concepções e metodologias desenvolvidas na Escola Municipal de Ensino Infantil e Fundamental Bilíngue Porto Velho. 2017. 106 f. Dissertação (Mestrado em Educação). Universidade Federal de Rondônia – UNIR, Porto Velho, 2017. TRAILER "Inclusão, Educação Ideal?" -Festival de Cinema de Gramado 2014. [S.l.: s. n.], 2014. 1 vídeo (3 m). Publicado pelo canal Helenne Sanderson. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=qSV_qIglB7g. Acesso em: 15 dez.2020. http://www.faders.rs.gov.br/uploads/Dicionario_Libras_CAS_FADERS1.pdf https://www.youtube.com/watch?v=qSV_qIglB7g 23/08/2021 Ead.br https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743368_… 49/51 VIEIRA, C. R. Educação bilíngue para surdos: re�exões a partir de uma experiência pedagógica. 2017. 238 f. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade de São Paulo – USP, São Paulo,2017. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-27032017- 115557/publico/CLAUDIA_REGINA_VIEIRA_rev.pdf. Acesso em: 09 dez. 2020. XAVIER, A. N.; BARBOSA, P. A. Diferentes pronúncia sem uma língua não sonora? Um estudo da variação na produção de sinais da libras. DELTA, São Paulo, v. 30, n.2, p. 371-413, dez. 2014. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102- 44502014000200371&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 30 nov. 2020. https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-27032017-115557/publico/CLAUDIA_REGINA_VIEIRA_rev.pdf http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-44502014000200371&lng=pt&nrm=iso 23/08/2021 Ead.br https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743368_… 50/51 23/08/2021 Ead.br https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_743368_… 51/51
Compartilhar