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MUDE SUA VIDA! 
1 
 
SUMÁRIO 
DIREITOS POLÍTICOS .......................................................................................................................................... 2 
DIREITO POLÍTICO POSITIVO .......................................................................................................................... 2 
CAPACIDADE ELEITORAL ATIVA ..................................................................................................................... 2 
CARACTERÍSTICAS DO VOTO...................................................................................................................... 2 
CAPACIDADE ELEITORAL PASSIVA ................................................................................................................. 2 
CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADES ................................................................................................................ 2 
DIREITOS POLÍTICOS NEGATIVOS .................................................................................................................. 3 
INELEGIBILIDADES ......................................................................................................................................... 3 
INELEGIBILIDADES ABSOLUTAS ..................................................................................................................... 3 
INELEGIBILIDADES RELATIVAS ....................................................................................................................... 3 
A) INELEGIBILIDADE RELATIVA DA REELEIÇÃO: ......................................................................................... 3 
B) INELEGIBILIDADE RELATIVA PARA OUTROS CARGOS: ........................................................................... 4 
C) INELEGIBILIDADE RELATIVA EM RAZÃO DO PARENTESCO: ................................................................... 4 
ELEGIBILIDADE DOS MILITARES ..................................................................................................................... 4 
INEXIGIBILIDADES DEFINIDAS POR LEI COMPLEMENTAR ............................................................................. 5 
AÇÃO DE IMPUGNAÇÃO DE MANDATO ELETIVO .......................................................................................... 5 
HIPÓTESES DE PERDA E SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS ................................................................... 5 
PRINCÍPIO DA ANUALIDADE DA LEI QUE ALTERA O PROCESSO ELEITORAL: ANUIDADE OU ANTERIORIDADE 
ELEITORAL ...................................................................................................................................................... 6 
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 7 
GABARITO ...................................................................................................................................................... 9 
 
 
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MUDE SUA VIDA! 
2 
 
DIREITOS POLÍTICOS 
DIREITO POLÍTICO POSITIVO 
Como núcleo dos direitos políticos, surge o direito de sufrágio, que se caracteriza tanto 
pela capacidade eleitoral ativa (direito de votar, capacidade de ser eleitor, alistabilidade) 
como pela capacidade eleitoral passiva (direito de ser votado, elegibilidade). 
CAPACIDADE ELEITORAL ATIVA 
O exercício do direito de votar dá-se pelo voto, que pressupõe: a) alistamento eleitoral; 
b) nacionalidade brasileira; c) idade mínima de 16 anos; e d) não ser conscrito durante o 
serviço militar obrigatório. 
CARACTERÍSTICAS DO VOTO 
O voto é direto e secreto, universal, período, livre, personalíssimo e com valor igual para 
todos. Vejamos detalhadamente cada uma das características: 
A) direto: o cidadão vota diretamente no seu candidato, sem qualquer intermediário. 
Excepcionalmente, existe uma hipótese de eleições indiretas no Brasil (Art. 81, §1º da CF), 
quando vagarem os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, nos últimos 2 anos 
de mandato. Nessa situação, a eleição será feita pelo Congresso Nacional. 
B) secreto: não se dá publicidade da opção do eleitor, devendo ser mantido o sigilo 
absoluto, para que o cidadão possa votar com total liberdade, sem receio de represálias. 
C) Universal: o seu exercício não depende a nenhuma condição discriminatória. O voto 
no Brasil, portanto, não é restrito, por não ser censitário, nem capacitário. 
D) Periódico: já que a democracia representativa, em sintonia como pluralismo político, 
prevê e exige mandatos por prazos determinados. 
E) Livre: no sentido de que o cidadão tem liberdade em escolher seu candidato, 
podendo, inclusive, se preferir, anular o voto ou votar branco. A obrigatoriedade está em 
apenas comparecer às urnas. 
F) igualitário: valor igual para todos. 
Obs.: A Constituição Federal elevou à categoria de cláusulas pétreas, vedando, 
consequentemente, qualquer emenda tendente a abolir o voto direto, secreto, universal e 
periódico (Art. 60, §4º, inciso II da CF). 
CAPACIDADE ELEITORAL PASSIVA 
A capacidade eleitoral passiva nada mais é que a possibilidade de eleger-se, concorrendo 
a um mandato eletivo. O direito de ser votado, no entanto, só se torna absoluto se eventual 
candidato preencher todas as condições de elegibilidade para o cargo ao qual se candidata e, 
ainda, não incidir em nenhum dos impedimentos constitucionalmente previstos, quais sejam, 
os direitos políticos negativos. 
CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADES 
§ 3º - São condições de elegibilidade, na forma da lei: 
I - a nacionalidade brasileira; 
II - o pleno exercício dos direitos políticos; 
III - o alistamento eleitoral; 
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; 
V - a filiação partidária; Regulamento 
VI - a idade mínima de: 
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MUDE SUA VIDA! 
3 
 
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da 
República e Senador; 
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do 
Distrito Federal; 
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou 
Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz; 
d) dezoito anos para Vereador. 
Obs.: a idade mínima constitucionalmente estabelecida como condição de elegibilidade é 
verificada tendo por referência a data da posse (no caso de vereador é na data do registro da 
candidatura). 
DIREITOS POLÍTICOS NEGATIVOS 
Diferentemente dos direitos políticos positivos, os direitos políticos negativos 
individualizam-se ao definirem regras constitucionais restritivas ou impeditivas das 
atividades político-partidárias, privando o cidadão do exercício de seus direitos políticos, bem 
como o impedindo de eleger um candidato. 
INELEGIBILIDADES 
As inelegibilidades são as circunstâncias (constitucionais ou previstas em lei 
complementar) que impedem o cidadão do exercício total ou parcial da capacidade eleitoral 
passiva, ou seja, da capacidade de eleger-se. 
As inelegibilidades estão previstas na CF (Art. 14, do §4º ao §8º da CF), normas estas que 
independem de regulamentação infraconstitucional, já que são de eficácia plena, como em lei 
complementar, que poderá estabelecer outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua 
cessação (ROL EXEMPLIFICATIVO). 
As inelegibilidades podem ser absolutas (impedimento eleitoral para qualquer cargo 
eletivo, taxativamente previstas na CF/88) ou relativas (impedimento eleitoral para algum 
cargo eletivo ou mandato, em função de situações em que se encontre o cidadão candidato, 
previstas na CF (Art. 14, §5º ao § 8º) ou em lei complementar (Art. 14, §9º). 
INELEGIBILIDADES ABSOLUTAS 
§ 4º - São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos. 
Inalistáveis: são aqueles que não podem nem mesmo ser eleitor – os estrangeiros e, 
durante o serviço militar obrigatório, os conscritos, não podem alistar-se como eleitores (Art. 
14, §2ºda CF). 
Analfabetos: os analfabetos têm direito à alistabilidade, portanto, possuem o direito de 
votar, mas não podem ser eleitos, pois não possuem capacidade eleitoral passiva. 
INELEGIBILIDADES RELATIVAS 
O relativamente inelegível, em razão de algumas situações, não pode eleger-se para 
determinados cargos, podendo, porém, candidatar-se e eleger-se para outros, sob os quais não 
recaia a inelegibilidade. 
As inelegibilidades nestes casos dão-se conforme as regras constitucionais, VEJAMOS: 
A) INELEGIBILIDADE RELATIVA DA REELEIÇÃO: 
Art. 14, § 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e 
do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou 
substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um 
único período subsequente. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 16, de 1997) 
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MUDE SUA VIDA! 
4 
 
Art. 82. O mandato do Presidente da República é de quatro anos e 
terá início em primeiro de janeiro do ano seguinte ao da sua 
eleição.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 1997) 
Ressalte-se que é permitida a reeleição para um único mandato subsequente aos chefes 
do Poder Executivo, nas esferas federal, estadual/distrital e municipal, conforme Art. 14, § 5º, 
inclusive para quem os houver substituído ou sucedido. 
B) INELEGIBILIDADE RELATIVA PARA OUTROS CARGOS: 
Art. 14, § 6º - Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da 
República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os 
Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses 
antes do pleito. 
O § 6º trata do instrumento de desincompatibilização, por meio do qual o candidato se 
desvincula de alguma circunstância que o impede de exercer a sua capacidade eleitoral 
passiva, ou seja, de eleger-se para determinado cargo. 
Observe que essa regra de desincompatibilização só recai para os chefes do Executivo. O 
STF já se manifestou no sentido de que a desincompatibilização deve dar-se somente para a 
candidatura a outros cargos diferentes. Assim, para a reeleição, os Chefes do Executivo 
não precisam, portanto, renunciar 6 meses antes do pleito. 
C) INELEGIBILIDADE RELATIVA EM RAZÃO DO PARENTESCO: 
Art. 14, § 7º - São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o 
cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau 
ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de 
Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os 
haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se 
já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição. 
A ideia da inelegibilidade relativa em razão do parentesco, conforme destacou o STF, 
deve ser entendida como postulados republicanos e democráticos da Constituição, evitando-
se a perpetuidade ou alongada presença de familiares no poder. 
SÚMULA VINCULANTE Nº 18: A dissolução da sociedade ou do vínculo 
conjugal, no curso do mandato, não afasta a inelegibilidade prevista no § 7º do 
artigo 14 da constituição federal. 
• REQUISITOS CUMULATIVOS PARA INELEGIBILIDADE EM RICOCHETE 
OBS: FALTOU UM REQUISITO, O PARENTE OU CÔNJUGE PASSA A SER ELEGÍVEL. 
 Cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção 
(LINHA RETA OU COLATERAL). 
 No território de jurisdição do titular (DENTRO DA CIRCUNSCRIÇÃO DO CARGO 
ELETIVO). 
 Se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição (NÃO BUSCA A 
REELEIÇÃO). 
ELEGIBILIDADE DOS MILITARES 
§ 8º - O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições: 
I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da 
atividade; 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc16.htm#art77
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MUDE SUA VIDA! 
5 
 
II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela 
autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato 
da diplomação, para a inatividade. 
Na hipótese de contar menos de dez anos de serviço, embora o texto diga apenas que o 
militar deverá se afastar, esse afastamento deve ser entendido como definitivo. Se o candidato 
a cargo eletivo contar com mais de 10 anos de serviço, este será agregado (afastado 
temporariamente) pela autoridade superior; se eleito, passará automaticamente, no ato da 
diplomação, para a inatividade. 
INEXIGIBILIDADES DEFINIDAS POR LEI COMPLEMENTAR 
Art. 14, § 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de 
inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a 
probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato 
considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e 
legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou 
o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração 
direta ou indireta. (ANOTA AÍ! ROL EXEMPLIFICATIVO) 
AÇÃO DE IMPUGNAÇÃO DE MANDATO ELETIVO 
§ 10 - O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça 
Eleitoral no prazo de quinze dias contados da diplomação, instruída 
a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou 
fraude. 
§ 11 - A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de 
justiça, respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou de 
manifesta má-fé. 
HIPÓTESES DE PERDA E SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS 
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou 
suspensão só se dará nos casos de: 
I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em 
julgado; 
II - incapacidade civil absoluta; 
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem 
seus efeitos; 
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação 
alternativa, nos termos do art. 5º, VIII; 
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º. 
Como quaisquer direitos, os relativos à participação política também não são absolutos. 
Ao contrário, podem ser restringidos, seja por meio da perda ou da suspensão. 
A cassação de direitos políticos é vedada (proibida) no Brasil. Tal instituto consistia na 
declaração unilateral do Poder Executivo, por motivos ideológicos, de que a pessoa por ela 
atingida não mais poderia exercer os direitos políticos, geralmente de modo definitivo. 
Justamente por isso, seria hoje inconstitucional, por violar a garantia da proibição das penas 
de caráter perpétuo e a cláusula do devido processo legal. 
OBS. : O QUE PODE HAVER É A CASSAÇÃO DO MANDATO, MAS QUE CONFIGURA 
UMA ESPÉCIE DO QUE A CF CHAMA DE PERDA DO MANDATO (ART. 55). A 
CASSAÇÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS É PROIBIDA PELO CAPUT DO ART. 15. 
As restrições possíveis no ordenamento brasileiro são a perda e a suspensão dos 
direitos políticos. Costuma-se dizer que a perda ocorre de modo definitivo, com o que não 
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MUDE SUA VIDA! 
6 
 
concordamos, pois, dessa forma, estaríamos diante de uma pena de caráter perpétuo. Na 
realidade, existem duas distinções entre a perda e a suspensão dos direitos políticos. 
Primeiramente, a perda ocorre por prazo INDETERMINADO (o que não quer dizer 
definitivo), ao passo que a suspensão pode ocorrer por prazo DETERMINADO ou 
INDETERMINADO. Por outro lado, a perda permite, sim, a reaquisição dos direitos 
políticos, mas essa reaquisição não se dá de forma automática (é preciso se alistar 
novamente como eleitor). 
Ao revés, a suspensão permite a reaquisição automática dos direitos políticos. Por 
exemplo: a condenação criminal transitada em julgado é causa de suspensão, pois, uma vez 
cessada a condenação, a pessoa readquire automaticamente os direitos políticos. Já no caso do 
cancelamento da naturalização (hipótese de perda), mesmo que a pessoa consiga anular o 
cancelamento da naturalização, será necessário alistar-se novamente como eleitor (pois a 
reaquisição dos direitos não é automática). 
São hipóteses de SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS: a) a incapacidade civil absoluta 
transitória (Art. 15, inciso I); b) improbidade administrativa (Art. 15, V) e c) condenação 
criminal transitadaem julgado (Art. 15, III), enquanto durarem seus efeitos. Por outro lado, a 
perda ocorrerá nos casos de cancelamento de naturalização por sentença transitada em 
julgado (Art. 15, I) e recusa de cumprir obrigação legal a todos imposta ou prestação social 
alternativa (Art. 15, IV). 
 No caso do Art. 15, IV (recusa em cumprir obrigação legal a todos imposta), há 
divergência entre a doutrina e a legislação. Segundo a quase unanimidade da 
doutrina, trata-se de um caso se perda (posição, entre outros, de José Afonso da 
Silva, Alexandre de Moraes, Gilmar Ferreira Mendes, André Ramos Tavares, Pedro 
Lenza, dentre outros). Afinal, mesmo que a pessoa cumpra a obrigação não 
adimplida, será necessário alistar-se novamente como eleitor (a reaquisição não é 
automática). Já as leis que tratam do serviço militar obrigatório e da participação 
no Tribunal do Júri falam em suspensão dos direitos políticos. 
PRINCÍPIO DA ANUALIDADE DA LEI QUE ALTERA O PROCESSO 
ELEITORAL: ANUIDADE OU ANTERIORIDADE ELEITORAL 
Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor 
na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que 
ocorra até um ano da data de sua vigência. 
A legislação eleitoral tem características próprias, em virtude de sua própria natureza e 
uma delas é o princípio da anualidade. 
Com vistas a impedir modificações de última hora na legislação eleitoral, que poderiam 
provocar prejuízos a alguns partidos ou grupos políticos minoritários ou fora do Poder, é que 
qualquer modificação na legislação eleitoral somente será aplicada à eleição que venha 
ocorrer 01 ano após. Essa cláusula impeditiva (Art.16, da CF), visa coibir os chamados 
casuísmos, tão comuns aos governos militares do regime de 1964/85 e não estavam 
presentes nas Constituições anteriores. 
Em face do objetivo desse princípio, o da anualidade da lei eleitoral, entende-se que a 
“lei eleitoral” em comento não é qualquer regra eleitoral, mas apenas aquelas que possam 
influenciar nos parâmetros de equidade entre os partidos políticos ou entre candidatos, 
excluindo-se desse conceito, leis meramente instrumentais. Exemplificando: lei eleitoral 
publicada a menos de ano de uma eleição, não poderá modificar os critérios para 
estabelecimento, ou não, de coligações. Não se admitirá, também, reger eleição a menos de um 
ano de sua vigência, lei que altere os critérios para desincompatibilização. Entretanto, se a 
mudança for meramente instrumental, como, por exemplo, modificação de formulários a 
serem preenchidos por candidatos e eleitor, data e forma de diplomação dos eleitos, 
contabilidade dos votos, etc.. Não serão alcançadas pelo princípio da anualidade da lei 
eleitoral. 
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MUDE SUA VIDA! 
7 
 
EXERCÍCIOS 
1. Acerca dos direitos políticos, julgue o item que se segue. 
Referendo é uma consulta ao povo quanto a assunto já transformado em lei, enquanto 
plebiscito é uma consulta prévia aos eleitores sobre assuntos políticos ou institucionais. 
Certo ( ) Errado ( ) 
RESPOSTA – CERTO 
Plebiscito e referendo são consultas ao povo para decidir sobre matéria de 
relevância para a nação em questões de natureza constitucional, legislativa ou 
administrativa. A principal distinção entre eles é a de que o plebiscito é convocado 
previamente à criação do ato legislativo ou administrativo que trate do assunto em 
pauta, e o referendo é convocado posteriormente, cabendo ao povo ratificar ou 
rejeitar a proposta. 
Ambos estão previstos no Art. 14 da Constituição Federal e regulamentados 
pela Lei nº 9.709, de 18 de novembro de 1998. Essa lei, entre outras coisas, 
estabelece que nas questões de relevância nacional e nas previstas no § 3º do Art. 
18 da Constituição – incorporação, subdivisão ou desmembramento dos estados –, 
o plebiscito e o referendo são convocados mediante decreto legislativo. Nas demais 
questões, de competência dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, o 
plebiscito e o referendo serão convocados em conformidade, respectivamente, com 
a Constituição Estadual e com a Lei Orgânica. 
2. Em relação aos direitos e deveres fundamentais, à nacionalidade e ao Poder Judiciário, 
julgue o item a seguir. 
Situação hipotética: Com a pretensão de candidatar-se a cargo eletivo, determinado 
militar, com cinco anos de serviço, fez, de forma regular, o pedido de registro de sua 
candidatura. Assertiva: Nessa situação, após ser eleito, o militar deverá afastar-se de sua 
atividade pelo período do mandato eletivo, devendo retornar ao serviço após o seu término. 
Certo ( ) Errado ( ) 
RESPOSTA – ERRADO 
Na hipótese de contar menos de dez anos de serviço, embora o texto diga 
apenas que o militar deverá se afastar, esse afastamento deve ser entendido como 
definitivo. Se o candidato a cargo eletivo contar com mais de 10 anos de serviço, 
este será agregado (afastado temporariamente) pela autoridade superior, se eleito, 
passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade. 
3. Com relação aos direitos e garantias fundamentais, julgue o item que se segue. 
Uma lei que altere o processo eleitoral e que seja editada no mesmo ano das eleições 
municipais poderá ser aplicada, desde que sua edição se dê, no mínimo, cento e oitenta dias 
antes do pleito eletivo. 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
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8 
 
RESPOSTA – ERRADO 
A legislação eleitoral tem características próprias, em virtude de sua própria 
natureza e uma delas é o princípio da anualidade. 
Com vistas a impedir modificações de última hora na legislação eleitoral, que 
poderiam provocar prejuízos a alguns partidos ou grupos políticos minoritários ou 
fora do Poder, é que qualquer modificação na legislação eleitoral somente será 
aplicada a eleição que venha ocorrer 01 ano após. Essa cláusula impeditiva 
(Art.16, da CF), visa coibir os chamados casuísmos, tão comuns aos 
governos militares do regime de 1964/85 e não estavam presentes nas 
Constituições anteriores. 
Em face do objetivo desse princípio, o da anualidade da lei eleitoral, entende-
se que a “lei eleitoral” em comento não é qualquer regra eleitoral, mas apenas 
aquelas que possam influenciar nos parâmetros de equidade entre os partidos 
políticos ou entre candidatos, excluindo-se desse conceito leis meramente 
instrumentais. 
4. No que concerne aos direitos e deveres individuais e coletivos, à nacionalidade e aos 
direitos políticos, julgue o item que se segue, tendo como referência as disposições da 
CF. 
Serão cassados os direitos políticos do indivíduo condenado criminalmente em sentença 
transitada em julgado. 
Certo ( ) Errado ( ) 
RESPOSTA - ERRADO 
A cassação de direitos políticos é vedada (proibida) no Brasil. Tal instituto 
consistia na declaração unilateral do Poder Executivo, por motivos ideológicos, de 
que a pessoa por ela atingida não mais poderia exercer os direitos políticos, 
geralmente de modo definitivo. Justamente por isso, seria hoje inconstitucional, por 
violar a garantia da proibição das penas de caráter perpétuo e a cláusula do devido 
processo legal. 
Serão suspensos os direitos políticos do indivíduo condenado criminalmente 
em sentença transitada em julgado 
5. No que diz respeito à disciplina constitucional relativa aos direitos políticos, julgue o 
item seguinte. A alistabilidade, que se refere à capacidade do indivíduo de ser eleitor, 
com direito de participar da escolha dos mandatários, é vedada aos estrangeiros e, 
durante o período do serviço militar obrigatório, aos conscritos. 
Certo ( ) Errado ( ) 
RESPOSTA - CERTO 
O exercício do direito de votar dá-se pelo voto, que pressupõe: a) 
alistamento eleitoral; b) nacionalidade brasileira; c) idade mínima de 16 anos; e 
d) não ser conscrito durante o serviço militar obrigatório. 
Dessa forma, de acordo com a CF, são inalistáveis, não podem votar, os 
estrangeiros e os conscritos. 
E nunca esqueçam: todo inalistável é inelegível. 
QUEMNÃO PODE VOTAR NÃO PODE SER VOTADO. 
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GABARITO
1. CERTO 
2. ERRADO 
3. ERRADO 
4. ERRADO 
5. CERTO 
 
 
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